quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SUPERBACTÉRIAS

Cientistas alertam para risco de epidemia global com 'superbactéria' Algumas infecções com bactérias com o gene NDM-1 não são tratáveis.
 Um novo tipo de bactéria resistente aos antibióticos mais poderosos pode gerar uma epidemia mundial, segundo estudo divulgado esta semana na publicação científica Lancet.
Essas bactérias contêm um gene chamado NDM-1, que as torna resistentes a antibióticos, entre eles os chamados de carbapenemas. Isso é preocupante porque os carbapenemas são geralmente usados para combater infecções graves, causadas por outras bactérias resistentes.
Os cientistas acreditam que esse gene, encontrado hoje principalmente na bactéria E.coli (que causa infecções urinárias), possa ser rapidamente reproduzido em outras bactérias.
Se isso acontecer, algumas infecções perigosas poderiam se espalhar, com poucas possibilidades de tratamento.
Índia e Paquistão
Cientistas na Grã-Bretanha acreditam que essas "superbactérias", que infectaram apenas 50 pessoas no país até agora, foram trazidas por pacientes que fizeram viagens à Índia e ao Paquistão.
Segundo o estudo publicado na Lancet, uma epidemia global de NDM-1 é "possível e assustadora".
A pesquisa foi feita por cientistas da universidade de Cardiff, no País de Gales, e da Agência de Proteção à Saúde da Grã-Bretanha (HPA, na sigla em inglês), em colaboração com pesquisadores internacionais.
Eles analisaram casos do NDM-1 até o ano de 2009 em diversos hospitais britânicos. Pelo menos 17 de 37 pacientes haviam viajado para Índia ou Paquistão no ano passado.
O Ministério da Saúde britânico já emitiu um alerta para que hospitais do país fiquem atentos a casos de infecção com essas bactérias.
'Assustadora'
Até agora, a maior parte das infecções com micróbios com o gene NDM-1 são passíveis de tratamento.
No entanto, pelo menos um tipo de infecção por NDM-1 estudado pelos cientistas até agora é resistente a todos os tipos de antibióticos disponíveis.
Infecções deste tipo já foram registradas nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e na Holanda.
Para impedir que a NDM-1 se espalhe, os cientistas recomendam que se identifique e isole rapidamente pacientes diagnosticados com infecções do tipo.
Medidas normais para tratamento de infecções - como desinfetar equipamentos de hospitais e boa higiene por parte de médicos e enfermeiras - podem ajudar a impedir que as bactérias se espalhem.

Retirado do site G1 - Produzido pela BBC.

TESOUROS DE MINHA VIDA


Meus filhos Maria Eduarda e Carlos Eugenio. Razões de meu viver.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

NÃO FAÇA ISSO COMIGO!

Olhar de súplica e tristeza...

Enviado por minha filha Anamaria. Valeu!

E AGORA, JOSÉ?

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José ?
Está sem discurso,
está sem carinho,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José ?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José !
  José, pra onde ?

 Carlos Drummond de Andrade, sempre sábio e atual.

DESCULPE-ME...

Verdadeiro olhar de desculpas...

Enviado por minha filha Anamaria. Valeu, filha!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

MULHER

QUÍMICA DO ORGANISMO HUMANO

De madrugada 03:00- 05:00h: desintoxicação dos pulmões. É por isso que por vezes neste horário se produzem fortes acessos de tosse. Quando o processo de desintoxicação atinge o trato respiratório é melhor não tomar medicamentos para a tosse já que interferem no processo de eliminação de toxinas.

Manhã
05:00- 07:00h: desintoxicação do cólon. É o horário de ir ao banheiro para esvaziar o intestino.
O Café da manhã antes das 7:30h é benéfico para aqueles que querem manter-se em forma.
Os que não têm por hábito tomar o Café da manhã devem tentar mudar o hábito, sendo menos prejudicial realizá-lo entre as 9:00 e as 10:00 em vez de ficar a manhã completa sem comer.

Dormir tarde e despertar tarde interromperá o processo de desintoxicação de químicos desnecessários ao teu organismo. Além disso deves ter em conta que das
00:00 às 4:00h é o horário em que a medula óssea está produzindo sangue. Então, procura dormir bem e não te deites tarde.

CUIDA DA TUA SAÚDE
Vive a vida com limites!
 
Recebido por e-mail da amiga Christiane Blatter.

JULGAMENTOS

Amigo

Examina o trabalho que desempenhas

Analisa a própria conduta

Observa os atos que te definem

Vigia as palavras que proferes

Aprimora os pensamentos que emites

Pondera as responsabilidades que recebestes

Aperfeiçoa os próprios sentimentos

Relaciona as faltas, que porventura incorreste

Arrola os pontos fracos da própria personalidade

Inventaria os débitos em que te inseriste

Sê o investigador de ti mesmo, o defensor do próprio coração, o guarda de tua mente

Mas, se não deténs contigo a função do juiz, chamado à cura das chagas sociais, não julgues o irmão do caminho, porque não existem dois problemas, absolutamente iguais e cada espírito possui um campo de manifestações particulares

Cada criatura tem o seu drama, a sua aflição, a sua dificuldade e a sua dor

Antes de julgar, busca entender o próximo e compadece-te para que a tua palavra seja uma luz de fraternidade no incentivo do bem

E, acima de tudo, lembra-te de que amanhã outros olhos pousarão sobre ti, assim como agora tua visão  se demora sobre os outros

Então, serás julgado pelos teus julgamentos e medido, segundo as medidas que aplicas aos que te seguem .

André Luiz- Meditações diárias   
 
Enviado por e-mail pela querida sobrinha Luciana, de Brasília. 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

EMMANUEL E CHICO XAVIER

"Toda educação pede renúncia e todo aprimoramento roga serviço..."

APRENDER E RETIFICAR
Emmanuel
Não há experiência sem preço.
Tudo na vida corresponde a certo resultado.
Por isso mesmo, conhecemos no mundo o verbo aprender e o verbo retificar.
A escolha determina o trabalho.
O trabalho mede as qualidades de espírito.
Um homem demandará um diploma universitário que lhe confira direito ao exercício nessa ou naquela profissão liberal.
Com semelhante desígnio, porém, não atinge a meta à custa da expectação e votos ardentes.
O programa a concretizar-se requer estudo, com larga despesa de atividade e atenção.
Anos a fio são gastos naturalmente em disciplina, até que a láurea lhe consagre a tarefa.
É isso verdadeiramente aprender.
Mas, se o profissional abusa do título conquistado para ferir os outros, é justo assuma compromissos perante a vida que somente o labor da expiação conseguirá redimir. Temos aqui o reajuste em ação, compelindo a criatura a genuíno retificar.
Diante do sofrimento é imperioso esquecer a antiga noção do crime e castigo, porquanto a evolução não aparece na calha da gratuidade.
Refazimento é reequilíbrio.
Toda educação pede renúncia e todo aprimoramento roga serviço
.
A paz verdadeira nunca foi prêmio à ociosidade.
Todas as grandes realizações clamam por grandes lutas.
Em razão disso, se é certo que ressarciremos com mais trabalho os benefícios da vida de que estejamos abusando, é preciso saibamos escolher, com determinação e firmeza, o caminho do esforço máximo na exaltação do bem, a fim de que sejamos considerados, perante a Lei, na condição de operários fiéis ao salário da Eterna Luz.
(Do livro "Nascer e Renascer", pelo Espírito Emmanuel, Francisco C. Xavier)
Realização:
Instituto André Luiz
 
 
Clique em Mostrar Imagens para ouvir o som de fundo e ver as imagens
O mal existe?
Certo dia um professor ateu desafiou seus alunos com a seguinte pergunta: "Deus fez tudo o que existe?"

Um estudante respondeu corajosamente: "Sim, fez!"

"Deus fez tudo, mesmo?" Insistiu o professor.

"Sim, professor" respondeu o jovem.

O professor replicou: "De Deus fez todas as coisas, então Deus fez o mal, pois o mal existe. E, considerando-se que nossas ações são um reflexo de nós mesmos, e somos a imagem e semelhança de Deus, então Deus é o mal.

O estudante calou-se diante de tal afirmativa e o professor ficou feliz por haver provado uma vez mais que a fé era um mito.

Outro estudante levantou sua mão e disse: "Posso lhe fazer uma pergunta, professor?"

"Sem dúvida", respondeu-lhe o professor.

O jovem ficou de pé e perguntou: "Professor, o frio existe?"

"Mas que pergunta é essa? Claro que existe, você por acaso nunca sentiu frio?"

O rapaz respondeu: "Na verdade, professor, o frio não existe. Eu não sou especialista no assunto, mas, segundo as leis da física, o que consideramos frio é, na realidade, ausência de calor.

Todo corpo ou objeto pode ser estudado quando tem ou transmite energia, mas é o calor e não o frio que faz com que tal corpo tenha ou transmita energia.

O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe.

Criamos esse termo para descrever como nos sentimos quando nos falta o calor."

E a escuridão, existe?" Continuou o estudante.

O professor respondeu: "Mas é claro que sim."

"Novamente o senhor se engana, a escuridão tampouco existe. A escuridão é, na verdade, a ausência da luz.

Podemos estudar a luz, mas a escuridão não. O prisma de Newton decompõe a luz branca nas várias cores de que se compõe, com seus diferentes comprimentos de onda.

A escuridão não. Um simples raio de luz rasga as trevas e ilumina a superfície que a luz toca.

Como se faz para determinar quão escuro está um determinado local do espaço?

Apenas com base na quantidade de luz presente nesse local, não é mesmo? Escuridão é um termo que o homem criou para descrever o que acontece quando não há luz presente."

Finalmente, o jovem estudante perguntou ao professor: "Diga, professor, o mal existe?"

Ele respondeu: "Claro que existe. Como eu disse no início da aula, vemos roubos, crimes e violência diariamente em todas as partes do mundo, essas coisas são o mal."

Então o estudante disse: "O mal não existe, professor, ou, pelo menos, não existe por si só. O mal é simplesmente a ausência do bem.

O mal, como acontece com o frio e o calor, é um termo que o homem criou para descrever essa ausência do bem.

Assim sendo, Deus não criou o mal.

Deus criou o amor, a fé, que existem como existe a luz e o calor.

Já o mal é resultado da falta de Deus nos corações. É como o frio que surge quando não há calor, ou a escuridão que acontece quando não há luz."

Diante da lógica da argumentação do aluno, o professor se calou, pensativo.

***

O mal não tem vida própria, é apenas a ausência do bem.

Onde o bem se faz presente o mal bate em retirada.

Já o amor é de essência divina, e está presente nos corações de todos os homens, mesmo que em estado latente, esperando a oportunidade de germinar, crescer e florescer.
 
 
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em história de autoria ignorada.

domingo, 12 de setembro de 2010

MARIANA NA BARRA

Minha linda sobrinha Mariana, que veio de Brasília para dar seu apoio e carinho para nossa mãe Nercy, na festa de aniversário da Flávia, na Barra de São Miguel. Que Deus a abençoe!

NA CASA DA BARRA

Aniversário da Tia Flávia, esposa de meu irmão Abelardo. Música e bons momentos em família.

sábado, 11 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

PRIMEIRO COMPUTADOR DO MUNDO

Construído a partir do ano de 1930, o computador Z1 foi inventado pelo engenheiro alemão Conrad Zuse, e fazia alguns cálculos complexos. Na foto, aparece seu filho Horst Zuse, com o computador original. Convém observar o tamanho do nosso vovô da informática! Muito interessante!

Retirado do site G1.

EM SÃO PAULO

Momento de nosso passeio a um Shopping em São Paulo, com minha filha Aninha, no mês de julho de 2010. Esperando o almoço!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

FIM DE NEBULOSA

Momentos finais da Nebulosa Ampulheta, que está em processo de redução para transformação em anã branca. Idêntica situação viverá nosso Sol daqui a alguns milhões de anos. Maravilhoso Universo de Deus! Imagem captada pelo Telescópio Hubble.

Retirado do site Ig - Último Segundo.

domingo, 5 de setembro de 2010

NATUREZA MARAVILHOSA

Peixe que simula alga, este dragão marinho vive nos mares da Austrália. Se encontra em risco de desaparecimento. Maravilhosa criação divina!

Retirado do site da revista Galileu.

ENERGIA SOLAR

Eike constrói a primeira usina solar comercial do país

CIRILO JUNIOR

DO RIO

A MPX, do empresário Eike Batista, vai construir a primeira usina solar comercial do país, em Tauá (Ceará). Serão investidos R$ 10 milhões para a instalação de 1 MW (megawatt) de capacidade, que permitirá abastecer 1.500 residências a partir do ano que vem.
A empresa já entrou com pedido na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para poder operar até 5 MW, o que deve acontecer em até dois anos.
Os planos da MPX preveem ter uma capacidade instalada de até 50 MW em outros projetos. Esse objetivo, porém, ainda esbarra nos custos da energia solar, devido aos equipamentos caros -que só podem ser comprados no exterior.
A usina pioneira não indica que o aproveitamento da luz solar para gerar energia esteja finalmente deslanchando no país. Faltam projetos e sobram reclamações no setor, que cobra do governo incentivos para desenvolver o mercado.
Produzir energia solar custa até seis vezes mais do que a geração hidrelétrica. O custo com energia solar varia entre R$ 500 e R$ 600 por megawatt-hora. Representa até quatro vezes mais do que o preço da energia eólica, outra fonte limpa e renovável. O megawatt-hora da energia oriunda dos ventos varia entre R$ 150 e R$ 200.
A MPX obteve incentivos do governo do Ceará que possibilitaram a construção da unidade. "Mas precisamos ter escala. No mundo, a tecnologia solar vem avançando muito, com incentivos e pesquisa", afirma Marcus Temke, diretor de operações e implantação da MPX.
CUSTO
Para o presidente da Abeama (Associação Brasileira de Energias Renováveis e Meio Ambiente), Ruberval Baldini, o custo da energia solar pode ficar no mesmo patamar da energia eólica, em franca expansão. Mas isso, ressalta, não vai acontecer de forma natural.
"O Brasil tem feito de tudo para que as energias renováveis caminhem sozinhas. O próprio governo diz que é necessário que a tarifa caia para os projetos saírem do papel. Isso só vai acontecer se o governo agir para que os preços caiam", observa.
Produtores chineses de equipamentos têm interesse em se instalar no país. A vinda deles, porém, está condicionada à demanda por material ligado à geração solar.
Temke lembra que há investidores estrangeiros com intenção de estabelecer parcerias, de olho na obtenção de créditos de carbono para mitigar a emissão de gases em outros países.
Apesar de ser o segundo lugar do planeta com maior incidência de raios solares, o Brasil está muito distante da Espanha e da Alemanha, cujas capacidades instaladas em energia solar superam os 2.000 MW. "Estamos 20 anos atrasados na energia solar", sentencia Baldini.
Mauricio Arouca, especialista da Coppe/UFRJ, diz ser um contrassenso o Brasil não aproveitar sua condição privilegiada. Lembra que os custos da indústria, em geral, vêm caindo 15% a cada ano.

Retirado do site da Folha de São Paulo, edição de 05.09.2010.

Meu comentário: O Brasil deveria aproveitar com maior intensidade a energia solar, pois, como o artigo informa, somos o pais com a segunda maior incidência de raios solares da Terra. Trata-se de uma fonte de energia limpa e inesgotável, assim como a energia eólica.
Fiquei feliz que esta planta de usina solar seja construída no nosso Nordeste, no Ceará.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

NOSSO LAR

“A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é jogo escuro das ilusões. O grande rio tem seu trajeto, antes do mar imenso. Copiando-lhe a expressão, a alma percorre igualmente caminhos variados e etapas diversas, também recebe afluentes de conhecimentos, aqui e ali, avoluma-se em expressão e purifica-se em qualidade, antes de encontrar o Oceano Eterno da Sabedoria. Cerrar os olhos carnais constitui operação demasiadamente simples. Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação, como a troca de vestidos nada tem que ver com as soluções profundas do destino e do ser. Oh! caminhos das almas, misteriosos caminhos do coração! É mister percorrer-vos, antes de tentar a suprema equação da Vida Eterna! É indispensável viver o vosso drama, conhecer-vos detalhe a detalhe, no longo processo do aperfeiçoamento espiritual!... Seria extremamente infantil a crença de que o simples "baixar do pano" resolvesse transcendentes questões do Infinito. Uma existência é um ato. Um corpo - uma veste. Um século - um dia. Um serviço - uma experiência. Um triunfo - uma aquisição. Uma morte - um sopro renovador. Quantas existências, quantos corpos, quantos séculos, quantos serviços, quantos triunfos, quantas mortes necessitamos ainda? E o letrado em filosofia religiosa fala de deliberações finais e posições definitivas! Ai! por toda parte, os cultos em doutrina e os analfabetos do espírito! É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo, ingresso que se verifica, quase sempre, de estranha maneira - ele só, na companhia do Mestre, efetuando o curso difícil, recebendo lições sem cátedras visíveis e ouvindo vastas dissertações sem palavras articuladas. Muito longa, portanto, nossa jornada laboriosa.”

André Luiz, psicografado por Chico Xavier, no livro Nosso Lar.

CRISE MUNDIAL DA EDUCAÇÃO

Uma crise planetária da educaçãoMartha Nussbaum

Courrier Internacional, ed. portuguesa – No. 175, Setembro de 2010

Atravessamos actualmente uma crise de grande amplitude e de grande envergadura internacional. Não falo da crise económica mundial iniciada em 2008; falo da que, apesar de passar despercebida, se arrisca a ser muito mais pre­judicial para o futuro da democracia: a crise planetária da educação.
Estão a produzir -se profundas alterações naquilo que as sociedades democráticas ensinam aos jovens e ainda não lhe afe­rimos o alcance. Ávidos de sucesso económico, os países e os seus sistemas educati­vos renunciam imprudentemente a competências que são indispensáveis à sobrevivência das democracias. Se esta tendência persistir, em breve vão produzir-se pelo mundo inteiro gerações de máquinas úteis, dóceis e tecnicamente qualificadas, em vez de cidadãos realizados, capazes de pensar por si próprios, de pôr em causa a tradição e de compreender o sentido do sofrimento e das realizações dos outros.

De que alterações estamos a falar? As Humanidades e as Artes perdem terreno sem cessar, tanto no ensino primário e secundário como na universidade, em quase todos os países do mundo. Considera­das pelos políticos acessórios inúteis, nu­ma época em que os países têm de desfazer – se do supérfluo para continuarem a ser competitivos no mercado mundial, estas disciplinas desaparecem em grande ve­locidade dos programas lectivos, mas também do espírito e do coração dos pais e das crianças Aquilo a que poderíamos chamar os aspectos humanistas da ciência e das ciências sociais está igualmente em retrocesso, preferindo os países o lucro de curto prazo, através de competências úteis e altamente aplicadas, adaptadas a esse objectivo.

Procuramos bens que nos protegem, satisfazem e consolam — aquilo a que [o escritor c pensador indiano] Rabindranath Tagore chamava o nosso «invólucro» material. Mas parecemos esquecer as faculdades de pensamento e imaginação que fazem de nós humanos e das nossas interacções relações empáticas e não simplesmente utilitárias Quando estabelecemos contactos sociais, se não aprendermos a ver no outro um outro nos, imagi­nando-lhe faculdades internas de pensa­mento e emoção, então a democracia é vo­tada ao malogro, porque assenta precisamente no respeito e na atenção dedicados ao outro, sentimentos que pressupõem que os encaremos como seres humanos e não como simples objectos.

Hoje mais que nunca, dependemos todos de pessoas que nunca vimos. Os pro­blemas que temos de resolver – sejam de ordem económica, ecológica, religiosa ou política – têm envergadura planetária. Nenhum de nós escapa a esta interdependência mundial. As escolas e as universidades do mundo inteiro têm, por conseguinte, uma tarefa imensa e urgente: culti­var nos estudantes a capacidade de se considerarem membros de uma nação heterogénea (todas as nações modernas o são) e de um mundo ainda mais heterogéneo, bem como uma noção da história dos dife­rentes grupos que o povoam.

Se o saber não é a uma garantia de boa conduta, a ignorância é quase infalivelmente uma garantia de maus procedimentos. A cidadania mundial implica realmente o conhecimento das humanidades? 0 indivíduo necessita certamente de muitos co­nhecimentos factuais que os estudantes podem adquirir sem formação humanista – memorizando, nomeadamente, os factos em manuais padronizados (supondo que não contêm erros). Contudo, para ser um cidadão responsável necessita de algo mais: de ser capaz de avaliar os dados históricos, de manipular os princípios económicos e exercer o seu espírito crítico, de comparar diferentes concepções de justiça social, de falar pelo menos uma língua estrangeira, de avaliar os mistérios das grandes religiões do mundo. Dispor de uma série de factos sem ser capaz de os avaliar, pouco mais é que ignorância. Ser capaz de se referenciar em relação a um vasto leque de culturas, de grupos e de nações e à história das suas interacções, isso é que permite às democracias abordar de forma responsável os problemas com os quais se vêem actualmente confrontadas. A capacidade – que quase todos os seres humanos têm, em maior ou menor grau – de imaginar as vivências e as necessidades dos outros deve ser amplamente desenvolvida e estimulada, se queremos ter alguma esperança de conservar instituições satisfatórias, ultrapassando as múltiplas clivagens que existem em todas as sociedades modernas.

«Uma vida que não se questiona não vale a pena ser vivida», afirmava Sócrates. Céptico em relação à argumentação sofista e aos discursos inflamados, pagou com a vida a sua fixação neste ideal de questionamento crítico.

Hoje, o seu exemplo é o fulcro da teo­ria e prática do ensino da cultura geral da tradição ocidental, e ideias similares estão na base do mesmo ensino na Índia e noutras culturas. Se insistirmos em dispensar a todos os estudantes do primeiro ciclo uma série de ensinamentos da área das Humanidades, é porque pensamos que es­sas matérias os estimularão a pensar e a argumentar por eles mesmos, em vez de se resumirem simplesmente à tradição e à autoridade; e porque consideramos que, como proclamava Sócrates, a capacidade de raciocinar é importante em qualquer sociedade democrática. É-o particularmente nas sociedades multiétnicas e multiconfessionais. A ideia de que cada um possa pensar por si próprio e relacio­nar-se com os outros num espírito de respeito mútuo é essencial à resolução pacífica das diferenças, tanto no seio de uma nação como num mundo cada vez mais dividido por conflitos étnicos e religiosos.

O ideal socrático está hoje submetido a uma rude prova, porque queremos promover a qualquer custo o crescimento económico. A capacidade de pensar e ar­gumentar por si não parece indispensável para os que visam resultados quantificáveis.

(…)

Para compreenderem efectivamente o mundo complexo que os cerca, os cidadãos não têm suficientes conhecimentos factuais nem de lógica. Necessitam de um terceiro elemento, estreitamente ligado a esses dois, a que poderia chamar-se imaginação narrativa. Noutros termos, a capacidade de se pôr no lugar do outro, de ser um leitor inteligente da história dessa pessoa, de compreender as emoções, os dese­jos e os sentimentos que ela pode sentir. Essa cultura da empatia está no centro das melhores concepções modernas de educação democrática, tanto nos países ociden­tais como nos demais. Isso deve fazer-se em grande parte no seio familiar, nas escolas, e mesmo as universidades desempenham também um papel importan­te. Para preenchê-lo correctamente, de­vem atribuir um espaço nos seus programas para as Humanidades e as Artes, visto que melhoram a capacidade de ver o mundo através dos olhos do outro – capa­cidade que as crianças desenvolvem por meio de jogos de imaginação.

(…)

Devemos cultivar os «olhares interio­res» dos estudantes. As artes têm um du­plo papel na escola e na universidade: enriquecer a capacidade de jogo e de empatia, de uma maneira geral, e agir sobre os pontos cegos, em especial.

Esta cultura da imaginação está estrei­tamente ligada à capacidade socrática de criticar as tradições mortas ou inadaptadas, e fornece-lhe um apoio essencial. Não se pode tratar a posição intelectual do outro com respeito sem ter pelo menos tentado compreender a concepção de vida e as experiências que lhe estão subjacentes. Mas as artes contribuem também para outra coisa. Gerando o prazer associado a actos de compreensão, subversão e reflexão, as Artes produzem um diálogo suportável e até atraente com os preconceitos do passado, e não um diálogo caracte­rizado pelo medo e pela desconfiança. Era o que Ellison queria dizer quando qualifi­cava o seu Homem invisível como «janga­da de sensibilidade, de esperança e de di­vertimento».

(…)

As Artes, diz-se, custam demasiado di­nheiro. Não temos meios, em período de dificuldades económicas. E, no entanto, as Artes não são necessariamente tão caras como se diz. A literatura, a música e a dança, o desenho e o teatro são poderosos vectores de prazer e de expressão para todos, e não requerem muito dinheiro para os fa­vorecer. Diria mesmo que um tipo de educação que solicita a reflexão e a imaginação dos estudantes e dos professores reduz efectivamente os custos, reduzindo a delinquência e a perda de tempo induzidas pela ausência de investimento pessoal.

Como se apresenta a educação para a ci­dadania democrática no mundo actual? Bas­tante mal, temo eu. Ainda se porta relativamente bem no lugar onde a estudei, nomea­damente nas disciplinas de cultura geral dos currículos universitários norte-ameri­canos. Esta faixa curricular, em estabeleci­mentos coma o meu [a Universidade de Chicago], beneficia ainda de um apoio ge­neroso de filantropos. Pode-se mesmo dizer que é uma faixa curricular que trabalha melhor hoje para a cidadania democrática do que há 50 anos, época em que os estu­dantes não aprendiam muito sobre o mun­do fora da Europa e da América do Norte, ou sobre as minorias do seu próprio país. Os novos domínios de estudo integrados no tronco comum aumentaram a sua compreensão de países não ocidentais, de eco­nomia mundial, de relações intracomunitárias, de dinâmica de género, de história das migrações e de combates de novos gru­pos para o reconhecimento e a igualdade. Após um primeiro ciclo universitário, os jovens de hoje são, no seu conjunto, menos ignorantes do mundo não ocidental que os estudantes da minha geração. O ensino da literatura e das artes conheceu uma evolução similar: os estudantes são confronta­dos com um leque de textos claramente mais vasto.

Não podemos, contudo, afrouxar a vigilância. A crise económica levou numero­sas universidades a cortar nas Humanida­des e nas Artes. Não são, certamente as únicas disciplinas abrangidas pelos cortes. Mas sendo as Humanidades consideradas supérfluas por muitos, não se vê inconve­nientes em amputá-las ou em suprimir to­talmente certos departamentos. Na Euro­pa, a situação é ainda mais grave. A pressão do crescimento económico levou mui­tos dirigentes políticos a reorientarem todo o sistema universitário – o ensino e a investigação, em simultâneo — numa óptica de crescimento.

(…)

Numa época em que as pessoas começaram a reclamar democracia, a educação foi repensada no mundo inteiro, para produzir o tipo de estudante que corresponde a essa forma de governação exigente: não se pretendia um gentleman culto, impregnado da sabedoria dos tempos, mas um membro activo, critico, ponderado e empático numa comunidade de iguais, ca­paz de trocar ideias, respeitando e compreendendo as pessoas procedentes dos mais diversos azimutes. Hoje continuamos a afirmar que queremos a democracia e também a liberdade de expressão, o respeito pela diferença e a compreensão dos outros. Pronunciamo-nos a favor destes valores, mas não nos detemos a reflectir no que temos de fazer para os transmitir à geração seguinte e assegurar a sua sobrevivência.


Retirado do Blog de Marta Bellini. 

GALÁXIAS ENTRELAÇADAS

Imagem fantástica do entrelaçamento de galáxias. Maravilhoso Universo de Deus, uma das inúmeras moradas para seus filhos.

Retirado do site Ig - 02/09/2010.

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...