sexta-feira, 30 de agosto de 2013

ENERGIA E PENSAMENTO - ZÍBIA GASPARETTO




As energias refletem o íntimo de cada um, pensamento é energia e aquilo em que você crê cria um campo magnético que determina os acontecimentos no seu dia a dia.

Mesmo que não acredite, suas energias se comunicam inspirando sentimentos nos outros onde você for. Basta observar qual sentimento toma conta de você quando encontra com as pessoas. Se é alguém otimista, de bem com a vida, você terá uma sensação prazerosa. No entanto, se ela estiver deprimida, triste, mesmo que tente disfarçar manifestando alegria, você a achará uma pessoa maçante, vai querer ir embora o quanto antes, poderá sentir certo mal-estar, peso, dor de cabeça, enjoo e indisposição. É que as energias negativas nos empurram para baixo, nos deixam inseguras, perdemos a ousadia natural e não progredimos.

Quem presta a atenção ao que sente, abre a intuição e vai além do que parece, pois as energias refletem o íntimo de cada um. Nunca se engana e consegue evitar muitos problemas de relacionamento.

Se está com dificuldades no trabalho, saiba que a causa está em você mesma e é preciso identificá-la para reverter a situação. Mesmo que seja uma boa profissional, há outros elementos que podem interferir e limitar seu sucesso. Conforme você acredita, você atrai. Suas crenças se expressam por meio de suas atitudes.

Para descobrir a verdade, você terá que analisar seu sentimento e rever toda a sua vida. Na infância, é comum acreditar em tudo que os outros dizem e aceitar falsas crenças como verdadeiras. No relacionamento com os pais – que muitas vezes ignoram que cada um tem uma vocação dada por Deus, mas optam por escolher outros rumos -, nunca conseguirá progredir porque lhe faltará entusiasmo e realização. O mesmo acontece com relação aos professores e à cultura, na qual os modismos se generalizam.

Tente lembrar quem em sua família costumava dizer frases que a colocavam pra baixo, cortando seu entusiasmo. Isso é muito comum para quem se impressiona com pessoas bem-sucedidas, que pretendem ensinar todo mundo. Copiar os outros nunca deu certo porque você é diferente. Neste mundo não há duas pessoas iguais. Cada um é um. A criação é versátil e a diversidade é elemento importante para o progresso do mundo, uma vez que cada um terá de dar sua contribuição para o progresso de todos.

Se deseja progredir, descubra qual é a sua vocação, dedique-se com afinco ao que mais gosta e seja o melhor que puder na área que escolher. Acredite: que você tem o apoio divino e foi preparada para ter sucesso em todas as áreas de sua vida. Mas terá de desempenhar sua parte nesse processo. A vida trabalha por mérito e nunca premiará alguém que tenta ludibriar as leis divinas. Ao contrário, tudo fará para que você reconheça, assuma a sua responsabilidade e se esforce para conquistar o próprio sucesso.

Enquanto não fizer isso, continuará tendo dificuldades. Não adianta rezar e pedir ajuda de Deus. Seu espírito é eterno. Deus a criou à sua semelhança. Ele já lhe deu um potencial e nele há tudo que você precisa para conquistar a sabedoria e ser feliz. Você tem capacidade de desenvolver esse potencial e, quando o fizer, terá todo apoio das forças divinas. Não perca mais tempo. É hora de fazer o que você programou antes de nascer. Acredite em sua força e vá em frente. Só você tem o poder de decidir.



Zibia Gasparetto

CAPÍTULO 7 - MEIMEI - CHICO XAVIER

CAPITULO 7

...
Não te afaste do bem, ainda mesmo que a estrada se te mostre crivada de obstáculos.

Não te detenhas.

Entrega ao seu tempo quantos se fixaram transitoriamente nas margens do caminho, receando calamidades e abismos, e prossegue adiante.

Espalha bondade e coragem, suportando com paciência as forças contrárias que, porventura se levantem, buscando barrar-te os passos.

Caminha, amando e auxiliando e Deus te mostrará que ninguém se eleva, sem suor e sem lágrimas...


pelo Espírito Meimei, Do Livro: Canteiro de Idéias, Médium: Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A VILA - NÉIO LÚCIO - CHICO XAVIER

Olá Alma Irmã, nossas Fraternais Saudações!

Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!
Obrigado pela companhia!!!
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

A VILA



Durante alguns dias permaneci no leito de convalescente, combatendo, sob o carinho dos familiares, as impressões nocivas que me dominavam o pensamento.

Antoninho, nosso primo, não se demorou mais que um dia ao meu lado. Estava em regime de internato, no Parque dos Meninos, e não devia adiar o regresso aos estudos. O médico, porém, visitou-me todos os dias, no espaço de duas semanas, até que me retirei do quarto, melhorado e bem disposto, apesar de enfraquecido.

Vovó Adélia e Tia Eunice, visivelmente satisfeitas, acompanharam-me ao exterior, amparando-me nos primeiros passos.

Oh! Que alegria!...

Só então percebi que ambas residem numa casa deliciosa e confortável.

Após atravessar pequeno corredor, cheguei a espaçosa sala, bem mobiliada, parando, admirado, na porta cheia de luz, que comunicava com o exterior.

Novo mundo descortinava-se à minha vista.

A paisagem ambiente era bela e prodigiosa. Bonitas casas, semelhantes de algum modo às nossas, apesar de serem muito mais lindas, alinhavam-se, de espaço a espaço, com graça e encanto. Todas elas cercavam-se de pequenos ou grandes jardins, ligados ao fundo por arvoredo agradável aos olhos.

Concluí que os vegetais frutíferos mereciam, em toda a parte, o mesmo carinho dispensado à flores.

Bandos de aves, de penugem brilhante, vagueavam alegremente nos ares.

Na atmosfera pairava uma tranquilidade que não tive ensejo de conhecer na Terra. Respirei, a longos sorvos, o ar puro e leve.

A residência de vovó Adélia está rodeada de flores diversas, predominando as de cor avermelhada, o que empresta ao jardim um aspecto de permanente alegria. Disse vovó que tia Eunice foi organizadora da plantação, fazendo a escolha das flores cultivadas.

Você, naturalmente, desejaria saber se são iguais às que possuímos na Terra. Sim. Muitas parecem com as rosas, cravos e miosótis que aí deixei, mas grande parte mostra diferenças, que não me será possível descrever. Entre o jardim e o pomar da casa da vovó, por exemplo, há dois caramanchões, cobertos com uma trepadeira cujas sementes eu gostaria de enviar a mamãe. Essa planta delicada projeta caprichos e compridos fios, cobertos de folhas verde-escuro, entre as quais desabrocham pequeninas e abundantes coroas de pétalas brancas, pintalgadas de rubro, as quais exalam delicioso aroma. Aliás, os fios de folhas e as flores são tão perfumados e belos que não encontro recursos para comparação.

Para se franco a você, nunca supus houvesse lugar de tamanha beleza, depois da morte. Ante as minhas demonstrações de assombro, esclareceu-me vovó que outras regiões existem, muito mais lindas onde apenas podem penetrar as almas santificadas que utilizaram toso o tempo da existência terrestre na prática do bem.


pelo Espírito Neio Lúcio, Do Livro: Mensagens do Pequeno Morto, Médium: Francisco Cândido Xavier.

APRENDER E RECOMEÇAR

Mensagem enviada pelo Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

APRENDER E RECOMEÇAR



Dizes que não tens condições para as obras da fé porque erraste.
Erraste e sofreste.

Sofreste e temes a crítica.
É possível que ainda lutes contigo mesmo.

Entretanto, não recuses o convite do bem que te chama a servir.
Esquece-te e caminha.

O trabalho em auxílio aos outros te fará profunda e bela renovação.
A benção do Senhor te sustentará.

Se não crês no Amparo do Alto, observa a lição do sol.

O astro do dia, vestido em luz pura e imensa está sempre reiniciando o próprio trabalho, em cada hemisfério da Terra.

Pensa nisso e aprende a recomeçar.



pelo Espírito Emmanuel, Do Livro: Tempo e Nós, Médium: Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O CÂNCER VISTO NUMA PERSPECTIVA ESPÍRITA - JORGE HESSEN


Se você estiver lendo este texto,certamente lembrará de um ente querido ou de um amigo que esteja passando ou já passou,por essa doença que a todos abalam.
Lembro-me de um amigo querido,que perdi a alguns anos,estava no auge de sua juventude quando desencarnou, teve um câncer raríssimo. Fisicamente sempre fora um jovem saudável,alegre e trabalhador,mas,dizia sempre que guardava Mágoas e que não conseguia PERDOAR.....Nós espíritas sabemos que o ódio, o rancor a mágoa ,são tóxicos , venenos no oxigênio da saúde mental e física,consomem nossa energia vital,abrindo espaço para a instalação de doenças.
O Câncer visto numa perspectiva Espírita
Recentemente, na Califórnia, nos Estados Unidos, Hannah Powell-Auslam, uma menina de 10 anos de idade, foi diagnosticada com câncer de mama, um caso considerado, extremamente, raro (carcinoma secretório invasivo). Os médicos fizeram uma mastectomia, mas o câncer se espalhou para um nódulo e Hannah terá que passar por outra cirurgia, ou por tratamento de radioterapia.
Outro caso instigante é o das duas gêmeas idênticas britânicas, diagnosticadas com leucemia, com apenas duas semanas de intervalo. O drama das meninas Megan e Gracie Garwood, de 4 anos, começou em agosto de 2009. "Receber a notícia de que você tem três filhos e dois deles têm câncer é inimaginável", afirmou a mãe das meninas. "Você fica pensando o que fez para merecer isso". Câncer é uma palavra derivada do grego “karkinos”, a figura mitológica de um caranguejo gigante, escolhida por Hipócrates, para representar úlceras de difícil cicatrização e que, ao longo do tempo, consagrou-se como sinônimo genérico das neoplasias malignas. Há mais de cem tipos diferentes de câncer, que variam, ao extremo, em suas causas, manifestações e prognósticos.
Diferentemente do câncer em adultos, em que se leva em conta aspectos do comportamento como fumo, alcoolismo, alimentação, sedentarismo e exposição ao sol, a medicina, ainda, não conseguiu estabelecer os verdadeiros fatores de risco do câncer pediátrico. Os casos de Hannah Powell-Auslam, Megan e Gracie Garwood bem que podem entrar nas estatísticas brasileiras do câncer infanto-juvenil, que atinge crianças e adolescentes de um a 19 anos. Segundo pesquisa divulgada pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer) e pela Sobop (Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica), o câncer é a doença que mais mata os jovens, na faixa dos cinco aos 18 anos, no Brasil. Pesquisa indica o surgimento de, aproximadamente, 10 mil casos de câncer infanto-juvenil, a cada ano, no Brasil, a partir do biênio 2008/2009. O agravante é que o câncer, nos adolescentes, costuma ser mais agressivo do que nos adultos, e é mais difícil de ser diagnosticado, segundo Luiz Henrique Gebrin, Diretor do Departamento de Mastologia do Hospital Pérola Biynton, em São Paulo (SP).
Será o câncer, então, uma obra do acaso, uma “punição divina” ou um “carma” do espírito? Hoje, à luz da Ciência médica, pode-se afirmar que o fator predominante da carcinogênese é, sem dúvida, o comportamento humano: tabagismo, abuso de álcool, maus hábitos alimentares e de higiene, obesidade e sedentarismo, os quais são responsáveis por quatro, em cada cinco casos de câncer e por 70% do total de mortes. Os cânceres por herança genética pura, ou seja, que não dependem de fatores comportamentais e ambientais, são menos de 5% do total.
A experiência corrobora, pois, que o câncer é uma enfermidade, potencialmente, “cármica”. Estamos submetidos a um mecanismo de causa e efeito que nos premia com a saúde ou corrige com a doença, de acordo com nossas ações. A criança de hoje foi o adulto de antanho. “O corpo físico reflete o corpo espiritual que, por sua vez, reflete o corpo mental, detentor da forma”. (1) “Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram, renascem, trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem os processos mórbidos das vias respiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem, portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou da osteíte difusa.” (2)
“A cura para o câncer não deverá surgir nos próximos dez anos” (3) é o que afirma o articulista da Revista Time, Shannon Browlee. Talvez os cientistas nunca encontrem uma única resposta, um único medicamento capaz de restaurar a saúde de todos os pacientes com câncer, porque um tumor não é igual ao outro. Os espíritas sabem que não existem doenças e sim doentes. Em verdade, "todos os sintomas mentais depressivos influenciam as células em estado de mitose, estabelecendo fatores de desagregação.” (4) Apesar dos consideráveis avanços tecnológicos, em busca do diagnóstico precoce e do tratamento eficaz, a Medicina e a Ciência, em geral, estão, ainda, distantes de dominarem o comportamento descontrolado das células neoplásicas.
Obviamente, não precisamos insistir na busca de vidas passadas para justificar o câncer: As estatísticas demonstram grande incidência de câncer no pulmão, em pessoas que fumam na atual encarnação. Muitas formas de cânceres têm sua gênese no comportamento moral insano atual, nas atitudes mentais agressivas, nas postulações emocionais enfermiças. “O mau-humor é fator cancerígeno que ora ataca uma larga faixa da sociedade estúrdia.” (5) O ódio, o rancor, a mágoa, a ira são tóxicos fulminantes no oxigênio da saúde mental e física, consomem a energia vital e abrem espaços intercelulares para a distonia e a instalação de doenças. São “agentes poluidores e responsáveis por distúrbios emocionais de grande porte, são eles os geradores de perturbações dos aparelhos respiratório, digestivo, circulatório. Responsáveis por cânceres físicos, são as matrizes das desordens mentais e sociais que abalam a vida” (6)
Falando sobre doença cármica, “o câncer pode, até, eliminar as sombras do passado, mas não ilumina a estrada do porvir. Isso depende de nossas ações, da maneira como arrostamos problemas e doenças.
Quando a nossa reação diante da dor não oprime aqueles que nos rodeiam, estamos nos redimindo, habilitados a um futuro luminoso. "Quando nos rendemos ao desequilíbrio ou estabelecemos perturbações em prejuízo contra nós (...), plasmamos nos tecidos fisiopsicossomáticos determinados campos de ruptura na harmonia celular, criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade e, conseqüentemente, toda a zona atingida torna-se passível de invasão microbiana.” (7) Outra situação complicada é o aborto que “oferece funestas intercorrências para as mulheres que a ele se submetem, impelindo-as à desencarnação prematura, seja pelo câncer ou por outras moléstias de formação obscura, quando não se anulam em aflitivo processo de obsessão.” (8)
O conhecimento espírita nos auxilia a transformar a carga mental da culpa, incrustada no perispírito, e nos possibilita maior serenidade ante os desafios da doença. Isso influenciará no sistema imunológico. Os reflexos dos sentimentos e pensamentos negativos que alimentamos se voltam sobre nós mesmos, depois de transformados em ondas mentais, tumultuando nossas funções orgânicas.
Para todos os males e quaisquer doenças, centremos nossos pensamentos em Jesus, pois nosso bálsamo restaurador da saúde é, e será sempre, o Cristo. Ajustemo-nos ao Evangelho Redentor, pois o Mestre dos mestres é o médico das nossas almas enfermas.

Fontes:
(1) Xavier, Francisco Cândido. Evolução em Dois Mundos , ditado pelo espírito André Luis 15ª edição, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1997.
(2) Xavier Francisco Cândido. Religião dos Espíritos, Rio de Janeiro: 11ª Edição Ed. FEB - (Mensagem psicografada por em reunião pública de 03/07/1959)
(3) Transcrita em um caderno especial na Folha de São Paulo de 4 de novembro de 1999
(4) Xavier, Francisco Cândido. Pensamento e Vida, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2000
(5) Franco, Divaldo. Receita de Paz, ditado pelo espírito Joanna de Angelis, Salvador: Ed. Leal, 1999
(6) FRANCO, Divaldo Pereira. O Ser Consciente, Bahia, Livraria Espírita Alvorada Editora, 1993
(7) Artigo "Uma Visão Integral do Homem", Grupo Espírita Socorrista Eurípides Barsanulfo, disponível no site http://www.geocities.com/Athens/9319/chacras.htm, acessado em 25/04/2006
(8) Xavier Francisco Cândido e Vieira Waldo. Leis de Amor, São Paulo: Edição FEESP, 1981
Autor:

Jorge Luiz Hessen (Brasília/DF)
é membro da Rede Amigo Espírita, servidor Publico Federal, residente em Brasília, palestrante,
escritor, articulista em diversos jornais e sites, com textos publicados na Revista Reformador da FEB, O Espírita de Brasília, O Imortal, Revista Internacional do Espiritismo, entre outros e além de conselheiro da revista eletrônica O Consolador. e-mail: jorge.loluhesse@gmail.com
Blog:http://jorgehessen.net/

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

CURA DO MAL - EMMANUEL - CHICO XAVIER


Quando Jesus nos ensinou a perdoar, concedeu-nos o máximo de poder imunológico para frustrar o contágio do ódio e do desequilíbrio, em nosso relacionamento recíproco.

Perdoa a quem te persegue ou calunia, no veículo do silêncio, e situarás o agressor, na cela íntima do arrependimento, na qual se lhe transformarão os sentimentos para a cura espiritual que se lhe faz precisa.

Perdoa, sem comentários, a quem te ofende e a breve tempo, te conscientizarás dos males que evitaste e das esperanças com que renovaste muitos dos corações que te partilham a vida.

Se alguém te feriu, perdoa e silencia.

Se alguém te prejudicou, silencia e perdoa sempre.

Quando todos nós praticarmos o perdão que o Cristo nos legou, teremos afastado do mundo as calamidades da própria guerra, que, na essência, é a cristalização do mal que nos induz a apoiar, voluntária ou involuntariamente, o extermínio de milhões de pessoas.


pelo Espírito Emmanuel, Do Livro: Hora Certa, Médium: Francisco Cândido Xavier - Edição GEEM.

domingo, 25 de agosto de 2013

PERDÃO E AMOR


Nunca te esqueças do privilégio que usufruis: podes perdoar a quem te ofende.

Caminha encorajado pelas vibrações que descem dos Céus até o teu espírito em romagem terrena.

Faz de tua vida uma vida de exemplo de trabalho e de amor.

Nada temas, porém, prossegue sempre com a alma pronta a servir.

Caminha e serve. É o dístico que deverás trazer guardado em tua alma.

Caminha e serve com humildade e amor.




pelo Espírito Maria do Rosário - Do livro: Perdão e Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

LIBERTEMOS A DOUTRINA! - DR. INÁCIO FERREIRA - CARLOS BACCELLI


Carlos Antônio Baccelli
LIBERTEMOS A DOUTRINA!

Libertemos a Doutrina do engessamento que os seus equivocados adeptos, amantes do poder, estão tentando lhe impor!
A começar pelos Centros Espíritas aos Órgãos Unificadores, o Espiritismo, para não repetir a trajetória do Cristianismo, descaracterizado em Catolicismo, carece de continuar livre, tal qual foi Codificado por Allan Kardec.

Nele não existe, e nunca deve existir, autoridade religiosa constituída, seja por médiuns ou por dirigentes, que, direta ou indiretamente, evocam para si semelhante condição.

Estamos carecendo de que, nas Casas Espíritas, impere maior fraternidade – legítima, e não aparente! –, maior integração de seus dirigentes com os frequentadores, que, em absoluto, não devem submetê-los às suas ideias e pontos de vista pessoais.

Muitos dirigentes espíritas, autoritários e moralistas, estão conduzindo as suas Instituições com mão de ferro, sem a necessária sensibilidade oriunda do Evangelho para promover o crescimento espiritual do grupo que eles integram.

Conheço dirigentes que, a pretexto de salvaguardar os interesses da Doutrina (os interesses são os deles!), não hesitam em colocar colaboradores para fora, chegando a expulsá-los do Centro.

Raros são os dirigentes que procuram dar exemplos, misturando-se com o grupo nas atividades assistenciais – eles se julgam dispensados de praticar a Caridade! Não mais participam da Campanha do Quilo, não mais auxiliam na confecção da Sopa, não mais se devotam à singela tarefa do Passe, não mais visitam os doentes – transformaram-se em teóricos do Espiritismo, ocupando a tribuna para satisfazer a sua vaidade e personalismo!

O espírita verdadeiro não manda fazer – faz!

O espírita que professa a sua fé com sinceridade tem menos “O Livro dos Espíritos” na cabeça, e mais “O Evangelho Segundo o Espiritismo” no coração!

O espírita consciente sabe que, em verdade, a sua maior necessidade é de renovação íntima – a sua, e não a dos outros!

Estes nossos irmãos, cujo passado fala excessivamente alto no presente, estão causando sérios prejuízos à Doutrina, porque, sem perceberem, atuam como médiuns das Trevas, reduzindo a Doutrina a mais uma religião, neste festival de religiões que conspiram contra a libertação espiritual da criatura encarnada, porque, desde muito, a religião, que foi feita para libertar o pensamento, é o que mais o tem escravizado!

Por ele ser dirigente, não dê valor ao dirigente espírita – dê valor a Doutrina! E valorize o dirigente apenas na condição de um irmão que deve se sentir onerado pela responsabilidade que assumiu.

Por ele ser médium, não dê valor ao médium espírita – dê valor à Mediunidade! E valorize o médium somente na condição de um confrade que deve trabalhar duro para ressarcir pesados débitos do pretérito.

O Movimento Espírita, infelizmente, está repleto de vendilhões! O Espiritismo, para muitos, virou comércio, virou meio de vida, virou profissão – quem não está atrás de dinheiro, está atrás de satisfazer a sua vaidade!

Procurem frequentar os Centros Espíritas mais humildes, localizados nas periferias, nos quais, por vezes, não tem quem faça a leitura de uma simples página de “O Evangelho”, e, de preferência, passem longe de qualquer Órgão que esteja fomentando o elitismo em nosso Movimento.

Eu identifico um espírita da gema quando lhe observo as atitudes, e não quando lhe ouço as palavras!...



INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 19 de agosto de 2013.

Apenas para lembrar: (Inácio Ferreira de Oliveira (Uberaba, 15 de abril de 1904 — idem, 27 de setembro de 1988) foi um médico psiquiatra espírita brasileiro.)

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

PROGRAMA PARA PERDOAR - DIVALDO FRANCO

"... Perdoai e sereis perdoados.” (Lucas – 6:37)


Esforce-se para impedir que a ofensa se converta em mágoa.

Silencie o sucesso infeliz em que se viu envolvido.

Acautele-se, face aos comentários que lhe tragam os maledicentes e os levianos.

Reflita, maduramente, valorizando o ensejo e retirando proveito da lição que o alcança em forma de sofrimento.

Se você é inocente, exulte. Se é culpado, tranquilize-se diante do pagamento.

Não fique remoendo, mentalmente, o acontecido.

Pense na hipótese de o seu agressor estar enfermo.

A posição da vítima é sempre melhor.

Enseje ao desafeto oportunidade para a reparação e o retorno.

Se tudo estiver, aparentemente, contra você, fiscalizado por uns, perseguido por outros, mantenha inalterada sua confiança em Deus, que tudo sabe.

Desgraça verdadeira é perseguir, inquietar, comprazer-se na dor alheia, envenenar-se com o azedume e a cólera.

Perdoando, você estará sempre em paz, podendo auferir mais tarde as vantagens de haver sido enganado, perseguido ou ultrajado, com o espírito livre de outros débitos, de que, então, se encontrará liberado.


pelo Espírito Marco Prisco - Do livro: Momentos de Decisão, Médium: Divaldo Franco.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

RECEITA DE BEM VIVER

Um dos graves problemas da Humanidade é o desgosto pela vida. Em muitas criaturas, nota-se um descaso por esse tesouro.

A prova cabal é o número crescente de suicídios em todas as camadas sociais, de ambos os sexos e nas mais variadas idades.

Seria muito importante se começássemos a olhar para a vida com outros olhos. Se pensássemos, todos os dias, que, apesar das inúmeras dificuldades que atravessamos, muitos Espíritos desencarnados gostariam de estar em nosso lugar, aqui, na carne, usufruindo das bênçãos da existência física.

Melhor ainda se seguíssemos a extraordinária receita dos bebês, para amar e viver bem cada minuto desta vida.

Primeiro - acordar cantando como as aves que saúdam o novo dia sempre em festa. Não vale chorar nem acordar a casa toda.

Segundo – espreguiçar-se bastante, antes de se levantar da cama. Normalmente, acordamos em sobressalto, pulamos da cama e nos envolvemos com as tarefas, sem ao menos gozar desse prazer de se alongar, esticar, sentir as pernas, os braços, o corpo todo.

Terceiro – pegar todo dia o solzinho da manhã, de preferência acordando mais cedo para uma caminhada sem pressa. Uma caminhada que não vise somente ao exercício recomendado pelo médico, mas andar e respirar com vagar o ar da manhã que se espreguiça.

Uma caminhada onde os nossos olhos se encham com a radiosidade do sol que desponta e das flores que se abrem, nas praças, lançando perfumes.

Quarto - mostrar para quem amamos que eles são muito importantes para nós. Estender os braços, abraçar, sentir o calor do outro e dizer com todas as letras: Bom dia!

Quinto - pedir colinho, sempre que possível. Quantas vezes nos sentimos carentes, isolados e não nos encorajamos a pedir ao nosso amor: Abrace-me. Beije-me. Preciso de você. E, é claro, não esquecer que às vezes, precisamos dar colinho também.

Sexto - não se importar com as pessoas que não gostam de criança, de flor e de nós. Não se permitir a mágoa. Elas têm o direito de não gostar de nós, o que não quer dizer que não sejam criaturas boas, úteis a outras tantas pessoas que nos amam.

Sétimo – fazer primeiro, para receber depois, muito dengo e carinho. Não esperar o dia dos namorados, do aniversário, da criança, para demonstrar atenção. Todo dia é um dia especial para se comemorar o amor. Que tal hoje?

Oitavo - dar atenção a todos os que se aproximam de nós, mesmo àqueles a quem acabamos de conhecer. Toda criatura traz em si um potencial positivo que nos cabe descobrir e cultivar.

Nono - adorar ouvir o que as pessoas que a gente ama falam e respeitar o que fazem.

E, finalmente, sorrir para todos e para a gente mesmo. Rir muito, todos os dias, sempre que não tiver um justo motivo para chorar...

A vida é um poema de amor e beleza esperando por nós. É um patrimônio por demais precioso para ser desprezado, não importando as circunstâncias ou as dores.

Pense que a vida que você desfruta é o hálito do Pai Criador em sua soberana manifestação de amor por você.


por Momento Espírita. Redação do Momento Espírita, com base no texto Receita do nenê, de Angela Moura e no verbete Vida, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. LEAL. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=550&stat=0.

E A PAZ CHEGOU...

O carro da guerra passou esmagador em desvario, deixando as marcas inapagáveis da desolação e da morte em toda parte. Uma nuvem de sofrimento cobriu o sol da esperança, enquanto as vozes em desespero misturavam-se ao murmúrio aflitivo das litanias.

A aldeia era uma pequena clareira na floresta do mundo ambicioso e temporal.

Os seus moradores nada sabiam da política perversa dos estranhos dominadores dos seus destinos.

A poeira que descia sobre as carnes trêmulas dos vencidos transformava-se em lama ensanguentada.

As crianças esmagadas não tiveram tempo de fugir, nem os seus pais atônitos de poder salvá-las ou salvar-se, e nem mesmo as virgens que se refugiaram no templo o conseguiram.

Somente dominava o crime com o terror que vencia tudo e todos.

Na turbulência alucinada pelo desespero, alguém arrancou a música aprisionada na garganta e suplicou em angústia por socorro e misericórdia:

Oh! Doce amor dos desgraçados!

Desce a Tua ternura até nós e recolhe as nossas aflições na concha sublime das Tuas luminosas mãos.
Faze suavizar o peso em nossos ombros, carregados de opróbrio e de humilhação, com o bálsamo das doces esperanças da Imortalidade.

Toma nossas infinitas aflições e transforma-as em sorrisos como flores de incomparável delicadeza, ornando a Terra infeliz onde jazemos semimortos, de forma que se transforme num jardim de bênçãos para o futuro.

E silenciou, arquejante.

Somente se ouviam entre os gemidos, as onomatopeias da Natureza compadecida.

Krishna escutou-a e enfrentou Indra, o invejoso e temerário, que fugiu envergonhado para além das nuvens dos céus, permitindo que flechas de luz descessem sobre a aldeia vencida e triste, vestindo-a de claridade.

A partir daquele momento, todas as dores da Terra foram se transformando em rosais e festões de primavera eterna, a fim de que um Rei, que é o maior de todos os reis, um Deus que supera todos os outros deuses, aplacasse a crueldade onde surgisse e uma doce esperança nunca abandonasse aqueles que amam e confiam, deixando de ser desventurados.

O monstro da guerra, surpreendido, tentou fugir, ressurgindo, aqui e ali, todavia, a partir de então, a aldeia dos corações humanos ficou em harmonia, instalando-se um reino diferente que nunca mais desaparecerá do mundo.

Esse Rei Triunfante deu a Sua vida por todas as vidas, e o Seu canto de perdão elevou a humanidade aos Cimos anelados, superando reinos e principados, por entender-se para sempre o infinito da Imortalidade.

Ei-lO novamente cantando o sermão da paz e da renovação da vida, quando parecia estar esquecido!


pelo Espírito Rabindranath Tagore - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de 2 de agosto de 2013, durante o 5º Congresso Espírita de Mato Grosso, em Cuiabá, MT. Do site: http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=330.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

A DOR EM NOSSAS VIDAS

Você já parou para pensar na razão da existência da dor, do sofrimento, em nossas vidas?
Talvez num daqueles momentos de extrema angústia, em que o coração parece apertar forte, você tenha pensado em Deus, na vida, e gritado intimamente: por quê?!
Os benfeitores espirituais vem nos esclarecer que a dor é uma lei de equilíbrio e educação.
Léon Denis, reconhecido escritor francês, em sua obra "O Problema do Ser, do Destino e da Dor", esclarece que o gênio não é somente o resultado de trabalhos seculares; é também a apoteose, a coroação de sofrimento.
De Homero a Dante, a Camões, a Tasso, a Milton, todos os grandes homens, como eles, têm sofrido.

A dor fez-lhes vibrar a alma, inspirou-lhes a nobreza dos sentimentos, a intensidade da emoção que souberam traduzir com os acentos do gênio, e que os imortalizou.
É na dor que mais sobressaem os cânticos da alma.
Quando ela atinge as profundezas do ser, faz de lá saírem os gritos sinceros, os poderosos apelos que comovem e arrastam as multidões.

Dá-se o mesmo com todos os heróis, com todas as pessoas de grande caráter, com os corações generosos, com os espíritos mais eminentes. Sua elevação mede-se pela soma dos sofrimentos que passaram.
Ante a dor e a morte, a alma do herói e do mártir revela-se em sua beleza comovedora, em sua grandeza trágica que toca, às vezes, o sublime, e o inunda de uma luz inapagável.

A história do mundo não é outra coisa mais que a sagração do espírito pela dor. Sem ela, não pode haver virtude completa, nem glória imperecível.
Se, nas horas da provação, soubéssemos observar o trabalho interno, a ação misteriosa da dor em nós, em nosso “eu”, em nossa consciência, compreenderíamos melhor sua obra sublime de educação e aperfeiçoamento. A dor é um dos meios de que Deus se utiliza para nos chamar a Si e, ao mesmo tempo, nos tornar mais rapidamente acessíveis à felicidade espiritual, única duradoura.

É, pois, realmente pelo amor que nos tem que Deus envia o sofrimento. Fere-nos, corrige-nos como a mãe corrige o filho para educá-lo e melhorá-lo; trabalha incessantemente para tornar dóceis, para purificar e embelezar nossas almas, porque elas não podem ser completamente felizes, senão na medida correspondente às suas perfeições.
A todos aqueles que perguntam: para que serve a dor? A sabedoria divina responde: para polir a pedra, esculpir o mármore, fundir o vidro, martelar o ferro.

***
A dor física é, em geral, um aviso da natureza, que procura preservar-nos dos excessos. Sem ela, abusaríamos de nossos órgãos até o ponto de os destruirmos antes do tempo.

Quando um mal perigoso se vai insinuando em nós, que aconteceria se não lhes sentíssemos logo os efeitos desagradáveis? Ele nos invadiria cada vez mais, terminando por secar em nós as fontes de vida.
É assim que, em nosso mundo, para o nosso crescimento, a dor ainda se faz necessária.

REDAÇÃO MOMENTO ESPÍRITA

O HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO agradece os irmãos do SITE AUXILIO FRATERNIDADE, pelo artigo que engrandeceu este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.
Se deseja compartilhar e divulgar estas informações, reproduza a integralidade do texto e cite o autor e a fonte. Obrigada.
HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ORAI PELOS QUE VOS PERSEGUEM - EMMANUEL

Compadecei-vos de quantos se consagram a instilar a peçonha da crueldade nos corações alheios, porque toda perseguição nasce da alma desventurada que a invigilância entenebreceu.

Monstro invisível, senhoreando idéias e sentimentos, é qual fera à solta, transpirando veneno, a partir das próprias vítimas que transforma em carrascos.

Quase sempre, surge naqueles que vascolejam o lixo da maledicência, buscando o lodo da calúnia para as telas do crime, quando não se levanta do charco ignominioso da inveja para depredar ou ferir.

De qualquer modo, gera alienação e infortúnio naqueles que lhes albergam as sugestões, escurecendo-lhes o raciocínio, para arrebata-los com segurança ao cárcere da agonia moral no inferno do desespero.

Ventania de lama, espalha corrente miasmáticas com o seu hálito de morte, agregando elementos de corrosão em todos os que lhe ofertam guarida.

É por isso que, ante os nossos perseguidores, é preciso acender a flama da caridade, a fim de que se nos não desvairem os pensamentos espancados de chofre.

Olhos e ouvidos empenhados à sombra dessa espécie; são rendições ao desânimo e à delinqüência, à deserção e à enfermidade.

Eis porque, Jesus, em Seu Amor e Sabedoria, não nos inclinou à lutar contra semelhante fantasma, induzindo-nos à bênção da compaixão, qual se fôssemos defrontados pela peste contagiante.
Perseguidos no mundo; mantenhamo-nos constante no trabalho do bem a realizar, e, ao invés do gládio da reação ou do choro inútil da queixa, aprendamos, cada dia, entre o perdão e o silêncio, a orar e esperar.



pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Trilha De Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O CAJUEIRO AMIGO - HUMBERTO DE CAMPOS

Em momentos como os que vivemos, em que se presencia a destruição indiscriminada de árvores antigas, para extração ilegal de madeiras nobres; em que muitos ainda pensam mais em seus cofres e contas bancárias do que na agressão ao meio ambiente, nada mais oportuno do que se falar do amor à natureza.

Humberto de Campos, em seu livro Memórias conta que, aos dez anos de idade, a família se mudou para o Piauí, na cidade de Parnaíba.

No dia seguinte ao da mudança para a pequena casa, toda cheirando ainda a cal, a tinta e a barro fresco, encontrou um amigo.

Humberto estava no banheiro tosco, próximo ao poço, quando seus olhos descobriram no chão, entre as pedras grosseiras, uma castanha de caju.

Ela acabara de rebentar, inchada, no desejo vegetal de ser árvore. Dobrado sobre si mesmo, o caule parecia mais um verme, um caramujo a carregar a sua casca, do que uma planta em eclosão.

A castanha ainda guardava as duas primeiras folhas úmidas e avermelhadas, como duas joias flexíveis que tentassem fugir do seu cofre.

Com a autorização de sua mãe, o pequeno Humberto plantou a castanha, a uns trinta ou quarenta metros da casa.

Fez uma pequena cova, enterrou aí o projeto de árvore e o cercou com pedaços de tijolo e telha.

Regou-o e o protegeu contra a fome dos pintos e a irreverência das galinhas.

Todas as manhãs, ao lavar o rosto, deixava cair a água desse momento alegre sobre a plantinha. Com afeto, acompanhou a multiplicação das suas folhas tenras.

Três anos mais tarde, Humberto se separou de seu amigo cajueiro pela primeira vez, para residir no Maranhão. Anos depois, foi morar no Rio de Janeiro.

Vez ou outra voltou à Parnaíba para visitar o amigo.

Próximo de seu regresso ao mundo espiritual, retornou para uma última visita ao seu cajueiro e escreveu:

Ele não me conhece mais. Eu estou homem; ele está velho. A enfermidade cava-me o rosto, altera-me a fisionomia, modifica-me o tom de voz.

Ele está imenso e escuro. Quero abraçá-lo e já não posso...

Então me volto e parto. E me sinto a viver como ele, com os pés na lama, dando, às vezes, sombra aos porcos.

Mas, também, às vezes, dourado de sol lá em cima, oferecendo frutos aos pássaros e pólen ao vento.

No milagre divino do meu sonho, sangrando resina cheirosa, com o Espírito enfeitado de flores que o vento leva e o coração, aqui dentro, cheio de mel e todo ressoante de abelhas.

Humberto de Campos desencarnou. O amigo fiel continuou a oferecer os mesmo frutos doces de outrora.

Nos galhos retorcidos pelo tempo, com a exuberância do seu verde vivo, a árvore centenária ainda está lá, demonstrando que o amor se estende e prospera em todos os reinos da natureza.

Ainda há muito amor a exercitarmos no mundo para com nossa mãe natureza.



por Momento Espírita. Redação do Momento Espírita, a partir do artigo Meu cajueiro, publicado na revista O espírita, de janeiro/abril 2009. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2305&stat=0.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

ENRIQUECE-TE SEMPRE - EMMANUEL - CHICO XAVIER

A vida não foi criada para a mendicância.

Em toda a parte, a Natureza é uma lição viva de magnificência divina.

O rio é o tesouro das fontes acumuladas.

A colheita é o feixe de bênçãos da fartura.

O Sol é a riqueza da luz.

Mas a fonte cresce para servir sem distinção, a espiga incorpora os grãos valiosos para sustento da mesa e a claridade solar é foco de vida e esplendor para nutrir todas as formas de existência.

Foge da usura, mas não temas a prosperidade.

Sabemos que é preciso amealhar recursos que se coloquem a serviço de nosso aperfeiçoamento.

Enriquece-te de sabedoria, estudando e aprendendo; enriquece-te de amor, praticando a boa vontade para com os que te cercam; enriquece-te de paciência, tolerando, com calma, as pedras e os espinhos da estrada, e enriquece-te de qualidades preciosas, aceitando o trabalho de cada dia, que o mundo te impõe.

Dinheiro que domina é sombra congelante das nossas melhores oportunidades de aprimoramento, mas dinheiro dirigido pelo serviço e pela caridade é veículo de progresso a ascensão.

Imita, pois, a árvore que se enriquece de flores e frutos, para distribuir abastança e alegria, e, cumprindo os nossos deveres de cada hora, não nos esqueçamos de que Jesus exemplificou a fraternidade e a cooperação, dando sempre de si mesmo, sem mendigar.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Correio Fraterno, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

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domingo, 11 de agosto de 2013

AÇÃO DE GRAÇAS - ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER


Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

AÇÃO DE GRAÇAS

Ó Terra — mãe devotada,
A ti, nosso eterno preito
De gratidão, de respeito
Na vida espiritual!
Que o Pai de Graça Infinita
Te santifique a grandeza
E abençoe a natureza
Do teu seio maternal!

Quando errávamos aflitos,
No abismo de sombra densa,
Reformaste-nos a crença
No dia renovador.
Envolveste-nos, bondosa,
Nos teus fluidos de agasalho,
Reservaste-nos trabalho
Na divina lei do amor.

Suportaste-nos sem queixa
O menosprezo impensado,
No sublime apostolado
De terno e infinito bem.
Em resposta aos nossos crimes,
Abriste nosso futuro,
Desde as trevas do chão duro
Aos templos de luz do Além.

Em teus campos de trabalho,
No transcurso de mil vidas,
Saramos negras feridas,
Tivemos lições de escol.
Nas tuas correntes santas
De amor e renascimento,
Nosso escuro pensamento
Vestiu-se de claro sol.

Agradecemos-te a bênção
Da vida que nos emprestas;
Teus rios, tuas florestas,
Teus horizontes de anil,
Tuas árvores augustas,
Tuas cidades frementes,
Tuas flores inocentes
Do campo primaveril!...

Agradecemos-te as dores
Que, generosa, nos deste,
Para a jornada celeste
Na montanha de ascensão.
Pelas lágrimas pungentes,
Pelos pungentes espinhos,
Pelas pedras dos caminhos:
Nosso amor e gratidão!

Em troca dos sofrimentos,
Das ânsias, dos pesadelos,
Recebemos-te os desvelos
De mãe de crentes e incréus.
Sê bendita para sempre
Com tuas chagas e cruzes!
Ás aflições que produzes!
São alegrias nos céus.

Ó Terra — mãe devotada,
A ti, nosso eterno preito
De gratidão, de respeito,
Na vida espiritual!
Que o Pai de Graça Infinita
Te santifique a grandeza
E abençoe a natureza
Do teu seio maternal!



pelo Espírito André Luiz - Do livro: Obreiros da Vida Eterna, Médium: Francisco Cândido Xavier (Trecho do capítulo, com oração da Irmã Zenóbia).

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

DESAJUSTADO - IRMÃO X - CHICO XAVIER

Conheço-lhe os males, meu amigo, e reconheço a oportunidade de suas considerações.

Após o surgimento da sublime luz da crença em sua alma, parece-lhe a paz um mito distante. “Meu coração ganhou fé – assevera você –, mas perdeu a tranqüilidade.” A palestra inteligente de preciosos amigos não acende em seu espírito o interesse de outro tempo. Se falam de economia, lembra você o serviço imenso de Jesus no setor da repartição dos bens terrestres; se comentam a política, você recorda o programa do Cristo nas atividades do amor ao próximo. Quando a Ciência, a Arte e a Literatura não sintonizam com as suas aspirações presentes, doloroso tédio invade-lhe o coração. Tolera as conversações sem movimentá-las e é com esforço que, muita vez, acompanha os comentários da vida e do mundo no círculo dos parentes, aos quais deve o tesouro dos júbilos familiares.

A espiritualidade superior é, agora, sua preocupação dominante. Em muitas ocasiões, assemelha-se ao homem de um velho conto, de minha meninice, perdido em gruta escura e selvagem, procurando acesso ao oxigênio leve do campo.

Antigamente, o mundo materializado fascinava-lhe os olhos. Era preciso correr na conquista de conhecimentos e vantagens, instalar a personalidade na galeria da evidência social e política e adaptar-se às dominações do momento, a fim de atender aos imperativos da existência terrestre. Mas, depois... Uma luz forte colheu-lhe a mente na estrada. Deslumbrado a princípio, você acreditou que era mais uma lâmpada festiva, no castelo das sensações; no entanto, aos poucos, reconheceu que não se tratava de uma claridade como as outras. Porque você tratou sempre os problemas da vida alimentando o firme desejo de acertar, encontrou a luz elevados recursos em sua sinceridade, e penetrou seu país interior, devagarinho, iluminando-lhe a consciência. Desde então, nasceu novo entendimento em sua alma. Transformaram-se as paisagens internas e externas. Muitos quadros que lhe pareciam grandiosos, tornaram-se insignificantes. Situações invejáveis que noutra época seduziam seu coração, constituem hoje zonas escuras de que você foge naturalmente amedrontado. Vantagens converteram-se em perigos, conquistas em responsabilidades e muitos ganhos, que se lhe figuravam indispensáveis na tabela de aquisições do mundo, representam agora para você derrotas e perdas, que é necessário evitar em benefício de sua própria felicidade.

Desajustado! Desajustado!

Seu pensamento repete essa definição todos os dias e seus velhos afeiçoados renovam a mesma observação. Debalde, procuram nos seus gestos, atitudes e palavras, o homem que você já foi. Alguns afirmam que a velhice prematura se assenhoreou de seus dias, exclamam outros que a experiência religiosa lhe embotou o raciocínio. Você mesmo, em momentos de prova mais áspera, esforça-se inutilmente por tornar ao passado. Todavia, não é mais possível o caminho de regresso. A verdade domina a fantasia e você é compelido a permanecer na mesma posição de deslocamento espiritual.

Desajustado! Desajustado!

Desde alguns séculos, existe no mundo a chamada legião dos homens “marginais”. São eles judeus alemães, nas sociedades germânicas; anglo-indianos, em círculos indus; mestiços na África Portuguesa e na Ilha de Java. Sentem-se deslocados, ansiosos, insatisfeitos... Chamam-lhes “sem pátria”, viajando a caminho de um porto que jamais encontrarão. Exasperam-se e sofrem, sem remédio que lhes cure a chaga íntima. Um deles, Stefan Zweig, sensibilidade extraordinária a serviço da inteligência, enfadado de fichários e passaportes, angustiado pela sua condição de peregrino internacional, preferiu o suicídio, menosprezando os dons de Deus.

Seu sofrimento, porém, meu amigo, era pior. Seu desajustamento, mais grave. Não havia pátrias terrenas que lhe pudessem satisfazer o ideal, porque a fé conferira ao seu coração a cidadania do mundo. Sofreria pelo brasileiro, como pelo javanês; meditaria na dor comum, onde essa dor aparecesse. Desprendera-se dos laços humanos, embora permanecesse dentro deles, segundo a expressão física. Era um prisioneiro libertado, conservando os grilhões por amor ao dever. O sangue que lhe corria nas veias modificara-se. Pertencia ao organismo da Humanidade. É por isso que a sua angústia interior ultrapassara a aflição dos que disputam urna pátria terrestre, confinada por pontes, árvores, rios ou cercas de arame. Ansiava o seu coração por uma esfera mais alta, onde pudesse pulsar ao ritmo da compreensão universal.

Para você, também, não há outro remédio na Terra senão prosseguir avante, procurando manter no seu espírito a bênção da divina serenidade. E quando o desalento assediar, de longe, o seu coração, lembre-se da súplica de Jesus, em favor dos continuadores amados. No capítulo dezessete, do Evangelho de João, o Mestre exclama : – “Não são do mundo, como eu do mundo não sou.” Não ignorava que a sua lição deslocaria a mente dos aprendizes, reajustaria os valores da existência aos olhos de cada discípulo, perante a revelarão da eternidade e lhes traria profunda renovação interior. Compreendia Jesus que esse trabalho é básico e essencial na edificação do Reino de Deus, e reconhecendo que necessitava esclarecer os aprendizes, de maneira inequívoca, Ele mesmo tomou a posição da margem. Nem no Céu, onde não poderia descansar ainda, nem na Terra, onde não conseguiria identificar-se com a maioria dos mortais e, sim, na cruz, na situação de Marginal Divino, convidando as criaturas ao monte da Ressurreição.

É evidente, pois, que o Cristo previu esse desajustamento temporário e espera que o cooperador fiel de sua obra tome a cruz que lhe pertença e lhe siga os passos, a caminho da Vida Imortal




pelo Espírito Irmão X - Do livro: Lázaro Redivivo, Médium: Francisco Cândido Xavier.

A LENDA DA ROSA - MARIA DOLORES - CHICO XAVIER


Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

A LENDA DA ROSA



Dizem que quando a Terra começava
A ser habitação de forças vivas,
Nas telas primitivas,
Tudo passara a ser agitação de festa;
As cidades nasciam
Em singelas aldeias na floresta...
A beleza imperava,
O verde resplendia,
Toda a vegetação se espalhava e crescia,
Dando refúgio e proteção
Aos animais,
Do mais fraco ao mais forte...
O progresso ganhava as marcas de alto porte.

No campo, as plantas todas
Respiravam felizes,
Da folhagem no vento à calma das raízes;
Era um mundo de belos resplendores,
Adornado de flores,
Com uma estranha exceção.
Tão-somente, o espinheiro,
Era triste e sozinho
Uma espécie de monstro no caminho,
De que ninguém se aproximava,
Todo feito de pontas agressivas,
Recordando punhais de traiçoeiro corte,
Que anunciavam dor e feridas de morte.

De tanto padecer desprezo e solidão,
Um dia, o espinheiral
Fitou o Azul Imenso e disse em oração:
- Senhor, que fiz de mal
Para ser espancado e escarnecido,
Todos me evitam cautelosamente
Como se eu não devesse haver nascido...
Compadece-te, oh! Pai, da penúria que trago,
Terei culpa das garras que me deste?
Acendes astros mil para a noite celeste,
Vestes a madrugada em mantilhas vermelhas,
Dás lã para as ovelhas,
Inteligência aos cães, cântico às neves,
Estendeste no chão a bondade das fontes
Que deslizam suaves
Na força universal com que desdobras,
A amplitude sem fim dos horizontes,
Em cujo místico esplendor
Falas de majestade, paz e amor...
Não me abandones, Pai, às pedras dos caminhos,
Se posso, não desejo
Oferecer somente espinhos...
Quero servir-te à obra, aspiro a ser perfume,
Inspiração e cor, harmonia e beleza,
Para falar de ti nas leis da Natureza.

Dizem que Deus ouviu a inesperada prece
E notando a humildade e a contrição do espinheiral,
Mandou que, à noite, o orvalho lhe trouxesse
Um prodígio imortal.
Na seguinte manhã, logo após a alvorada,
Por entre exalações maravilhosas,
O homem descobriu, de alma encantada,
Que Deus para mostrar-se o Pai e o Companheiro,
Atendendo a oração pusera no espinheiro
A primeira das rosas.


pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Maria Dolores, Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

TRABALHO E FIDELIDADE

Saudamos, de coração,
Com carinho fraternal,
A todos que aqui estão
Neste Encontro Regional.

Quando estamos albergados
Nas terras do Paraná,
Pensamos no que será
Ser fiel aos postulados.

Postulados da doutrina
Que o Espiritismo nos traz,
Que tanta luz descortina
Quando a penetramos mais.

Que sob as bênçãos de Deus
Cada Espírito se aprume,
Que no amor sempre ache lume,
Na rota dos apogeus.

Que, à luz da reencarnação,
Possa, então, glorificar-se,
E, pela renovação,
Às leis do Pai integrar-se.

Saber da imortalidade
Dalma é mui desconcertante,
Porque nos dá cada instante
Mais responsabilidade.

Somos sempre responsáveis
Por aquilo que fazemos.
Sendo cruéis ou amáveis,
Por tudo responderemos.

Filhos de Deus, registramos,
Com grande felicidade,
Que o nosso amor à verdade
Faz com que nos construamos.

Cerrar fileiras, de fato,
Em torno do mundo novo,
É dar à vida bom trato,
Enquanto se ensina ao povo.

Trabalhar pela alegria
De ver alguém mais feliz
Sob a flórea diretriz
Da Doutrina, a cada dia.

Servir na mediunidade
Sem ter medo de afirmar
Que o trato da caridade
Impõe-nos sempre estudar.

Pelo empenho do altruísmo,
Dar o pão a quem carece,
Bem cuidar do que padece
Longe de todo pieguismo.

Somos todos destinados
Aos esforços por vencer,
Pra vivermos libertados,
Disciplinando o querer.

Pra ser fiel à Doutrina,
Que na Terra hoje reluz,
Basta repensar Jesus,
Como Allan Kardec ensina.


pelo Espírito Sebastião Lasneau - Psicografia de Raul Teixeira, durante o 4º Encontro Estadual Espírita do Interior, em 15.09.2001, em Cascavel, Pr. Do site: http://www.raulteixeira.com.br/mensagens.php?not=311.

domingo, 4 de agosto de 2013

SEJA COMPREENSIVO - MARCO PRISCO - CHICO XAVIER

Mensagem enviada pelo Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil



Não esqueça de usar a bondade em circunstância nenhuma da sua vida.

Vença a violência, antes que ela o deixe vencido.

Sorria ante o ofensor e esqueça-lhe a ofensa.

Revidar mal por mal, a pretexto de ser verdadeiro, é aprimorar a maldade que predomina na sua natureza, fazendo-o mais infeliz.

Recorra à oração e confie no tempo, quando as coisas se apresentarem diferentes do que você espera.

Infeliz, realmente, é todo aquele que acredite ser hoje o tempo único, buscando resolver agora, o que só mais tarde será solucionado naturalmente.

Não duvide da Justiça Divina, apenas porque não a consegue entender, na precipitação dos seus raciocínios apaixonados.

Você não é o único que tem problemas no mundo.

O maior problema da atualidade é o homem em si mesmo, e somente quando este se volte para os valores mais altos da vida se equacionará.

Não transfira, portanto, para os outros, a responsabilidade do que lhe sucede de errado ou desagradável.

Você é filho de Deus e, como afirmou Jesus, nenhuma das criaturas que o Pai Lhe confiou Ele deixaria perder-se.

Acalme-se e avance com a luz da consciência tranqüila, sem intentar fazer da sua claridade uma chama pronta a arder em volta, provocando devastaçâo.


pelo Espírito Marco Prisco - Do livro: Luz Viva, Médium: Divaldo Franco.

sábado, 3 de agosto de 2013

DOMINE SEU EU FANTASMA - ECKHART TOLLE



Domine seu “eu-fantasma” e conquiste a paz de seu espaço interior

by José Batista de Carvalho

As pessoas, em sua maioria, estão apenas superficialmente conscientes do mundo que as cerca, sobretudo quando estão familiarizadas com o ambiente em que se encontram. A voz na cabeça absorve a maior parte de sua atenção.

Há quem se sinta mais vivo quando viaja e conhece lugares desconhecidos ou outros países porque, nessas ocasiões, a percepção sensorial ocupa mais a sua consciência do que o pensamento. Esses indivíduos se tornam mais presentes.

Outros permanecem sob o total domínio da voz da cabeça até mesmo nessas situações. Suas percepções e sensações são distorcidas por julgamentos instantâneos. Na verdade, eles não chegaram a ir a lugar nenhum. Apenas seu corpo está viajando, enquanto eles permanecem onde sempre estiveram: na própria cabeça.

Essa é a realidade da maior parte das pessoas: tão logo alguma coisa é percebida, ela é nomeada, interpretada, comparada com outra coisa qualquer, apreciada, detestada ou chamada de boa ou má pelo eu-fantasma, o ego. Elas estão aprisionadas nas formas pensamento, na consciência do objeto.

Ninguém desperta espiritualmente enquanto não interrompe o processo compulsivo e inconsciente de nomear, ou pelo menos, até que tome consciência dele e assim seja capaz de observá-lo enquanto ocorre.

É por meio desse nomear constante que o ego permanece em atividade como a mente não observada. Sempre que ele para e até mesmo quando nos tornamos conscientes dele, há lugar para o espaço interior e então deixamos de ser possuídos pela mente.

Agora, escolha um objeto próximo a você - uma caneta, uma cadeira, uma xícara, uma planta - e examine-o visualmente, ou seja, olhe para ele com grande interesse, quase com curiosidade.

Evite itens com fortes associações pessoais que o façam se lembrar do passado, como onde você os comprou, de quem os ganhou, etc. Deixe de lado também tudo o que tenha algo escrito, como um livro ou uma garrafa. Isso pode estimular o pensamento.

Sem fazer esforço, relaxado mas alerta, dedique total atenção ao objeto, a cada detalhe dele. Se surgirem pensamentos, não se envolva com eles. Não é neles que você está interessado, e sim no ato da percepção em si.

Você consegue tirar o pensamento da percepção?

É capaz de observar sem que a voz na sua cabeça faça comentários, tire conclusões, compare ou tente descobrir alguma coisa?

Depois de uns dois minutos, deixe seu olhar vagar pelo ambiente, com sua atenção alerta iluminando cada coisa sobre a qual ela pousar.

Depois, ouça os sons que possam estar presentes. Faça isso da mesma maneira como olhou para as coisas ao seu redor. Talvez alguns sons sejam naturais - água, vento, pássaros - enquanto outros sejam artificiais. Alguns podem ser agradáveis, outros desagradáveis. No entanto, não faça diferenças entre bons e maus.

Deixe cada som ser como ele é, não o interprete.

Nesse caso também, o segredo é a atenção relaxada, porém alerta.

No momento em que olhar e escutar desta maneira, você poderá se tornar consciente de um sentimento sutil de calma, que, a principio, talvez seja difícil de perceber. Algumas pessoas o sentem como um silêncio em segundo plano. Outras preferem chamá-lo de paz.

Quando a consciência não está mais absorvida pelo pensamento, uma parte dela permanece no seu estado natural, não condicionado, sem forma.

Esse é o espaço interior.

Eckhart Tolle

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

CORPO TRISTE - CORNÉLIO PIRES - CHICO XAVIER

Caro Mateus, sua carta
Que tanto carinho encerra
Pergunta o que penso agora
Em torno ao corpo da Terra.

Pergunta muito importante
A sua pergunta amiga,
Traz à baila em nosso estudo
Uma questão muito antiga.

Não sei porque tantos sábios
Em tempos que já se vão,
Atiravam sobre o corpo,
Injúria e condenação.

Muita gente acreditava
Que desde a infância à velhice,
Fosse o corpo responsável
Por todo o mal que se visse.

No entanto, estragar o corpo,
A pretexto de elevar-se,
É um erro sem contradita,
Contrasenso sem disfarce.

Não se vê em parte alguma
Em qualquer desastre à vista,
Um carro a desgovernar-se,
Agindo sem motorista.

Por outro lado se um carro
Vive encostado e sem nome
É um corpo desabitado,
Que o pó vergasta e consome.

Na escola da evolução,
O corpo é cabine ou cela ...
A evolução traz a luz,
Ninguém avança sem ela.

Por menosprezo do corpo
E obrigação esquecida,
Em todo lugar do mundo
Muita gente perde a vida.

Recorde a nossa Laurinda,
Quis viver só de jejum,
Padeceu sem precisão,
Morreu sem proveito algum.

Andando em maceração
Para ser feliz no Além
Teve morte prematura
Dona Zilica Belém.

Gina ao dizer-se com Deus,
Vivia de manga e jaca,
Por fim no instante da morte
Pedia carne de vaca.

Afirmando-se em virtude,
Castigava-se o Clemente,
Um dia largou-se ao mundo,
Assustando a muita gente.

Em sacrifício por nada,
O nosso Lico Sertório
Dizia buscar o Céu
E acabou no sanatório.

Alegando crença e regra
O nosso amigo Apulêio,
Condenava o próprio banho ...
Morreu por falta de asseio.

Julgando-se em perfeição,
O nosso Anísio Amorim,
Começou passando fome,
Morreu comendo capim.

Em pregações contra o corpo
Viveu Sinhana Tereza,
Passou muita privação
E arrasou-se na fraqueza ...

O corpo sem disciplina
Sofre desvios fatais,
Mas o freio é bom amigo
Sem ser apertado demais.

Diz a Lei por toda parte
De forma clara e concisa:
Cada pessoa no mundo
Tem o corpo que precisa.

Quanto ao mais nessa matéria,
Atenda, caro Mateus:
Guarde o corpo com cuidado
Que o corpo é bênção de Deus.


pelo Espírito Cornélio Pires - Do livro: Conversa Firme, Médium: Francisco Cândido Xavier.

AFEIÇÕES - EMMANUEL

Devotar-nos-emos aos familiares e amigos queridos; no entanto, há que observar sempre o ponto exato em que seremos levados pelas circunstâncias da vida a facear problemas e lutas intransferíveis.

Quem não precisará de escora afetiva, quando o próprio Cristo, na travessia dos empeços terrestres, não dispensou o auxílio dos companheiros de apostolado?

Não será lícito esquecer a nossa própria necessidade de afeto; todavia, vejamos ainda em Jesus a lição do testemunho pessoal nas horas difíceis.

Por mais admiradores tivesse, nenhum deles lhe tomou o lugar nas crises supremas.

Assim também nós.

Os entes amados incentivar-nos-ão, no desempenho dos deveres que nos competem, mas não conseguirão cumpri-los por nós.

O professor prepara o aluno; entretanto, não lhe viverá, de futuro, os percalços da profissão.

Os próprios pais, por mais se ofereçam em holocausto pela felicidade dos filhos, não logram arredá-los das experiências a que se destinam, atendendo a causas variadas nas atividades de agora e daquelas outras que remanescem de passadas reencarnações.

Amemos nossos familiares e amigos, no entanto, sem exigir venham um dia a fazer o trabalho que nos cabe realizar.

Todos eles serão provavelmente criaturas admiráveis no entendimento e na virtude, mas não nos conhecem as lutas mais íntimas, tanto quanto de nossa parte não conhecemos as deles.

Auxiliemo-nos mutuamente, aceitando-lhes o concurso, sabendo, porém, poupá-los aos sofrimentos inúteis de viver nos obstáculos que nos digam respeito. Isso porque as afeições nos ajudam, na parte visível de nossas dificuldades; entretanto, urge reconhecer que não são capazes de solucionar por nós os problemas profundos que carregamos na intimidade indevassável do coração, onde estamos absolutamente insulados, entregues à nossa própria consciência e ao juízo de Deus.



Emmanuel



(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, extraída do livro Rumo Certo).

Enviada pela amiga Lúcia Basto. Grato!



quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Stevie Wonder - Lately

A SEMENTE DA PAZ E DA ESPERANÇA


Nesse instante em que pedíamos com fervor, vi que um foco de luz atravessava a pesada atmosfera, banhando aquelas frontes imersas no martírio. Nenhuma delas percebeu aquele clarão; somemte em alguns notei a eflorescência de uma estranha ansiedade, que representava ligeiro alívio ao mesmo tempo...

Escutei, em seguida, o meu guia dizer:

- “Vamos, filha! A nossa prece foi ouvida. Se os sofredores não conseguiram receber seus benefícios imediatamente, pelo estado de dor e de endurecimento em que se encontram, basta, para a nossa alegria, que algumas dessas almas vagamente tenham sentido o sagrado influxo dos nossos apelos; porque hoje, nesses corações que experimentaram o anseio da felicidade e da perfeição, plantamos com as nossas rogativas sinceras os lírios perfumados da paz e da esperança”.




pelo Espírito Maria João de Deus - Do livro: Cartas de uma Morta, Médium: Francisco Cândido Xavier.

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...