quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ENFERMIDADE - EMMANUEL - CHICO XAVIER





Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

ENFERMIDADE



Ninguém poderá dizer que toda enfermidade, a rigor, esteja vinculada aos processos de elaboração da vida mental, mas todos podemos garantir que os processos de elaboração da vida mental guardam positiva influenciação sobre todas as doenças.

Há moléstias que têm, sem dúvida, função preponderante nos serviços de purificação do espírito, surgindo com a criatura no berço ou seguindo-a, por anos a fio, na direção do túmulo.

As inibições congeniais, as mutilações imprevistas e as enfermidades dificilmente curáveis catalogam-se, indiscutivelmente, na tabela das provações necessárias, como certos medicamentos imprescindíveis figuram na ficha de socorro ao doente; contudo, os sintomas patológicos na experiência comum, em maioria esmagadora, decorrem dos reflexos infelizes da mente sobre o veículo de nossas manifestações, operando desajustes nos implementos que o compõem.

Toda emoção violenta sobre o corpo é semelhante a martelada forte sobre a engrenagem de máquina sensível, e toda aflição amimalhada é como ferrugem destruidora, prejudicando-lhe o funcionamento.

Sabe hoje a medicina que toda tensão mental acarreta distúrbios de importância no corpo físico.

Estabelecido o conflito espiritual, quase sempre as glândulas salivares paralisam as suas secreções, e o estômago, entrando em espasmo, nega-se à produção de ácido clorídrico, provocando perturbações digestivas a se expressarem na chamada colite mucosa. Atingido esse fenômeno primário que, muita vez, abre a porta a temíveis calamidades orgânicas, os desajustamentos gastrintestinais repetidos acabam arruinando os processos da nutrição que interessam o estímulo nervoso, determinando variados sintomas, desde a mais leve irritação da membrana gástrica até a loucura de abordagem complexa.

O pensamento sombrio adoece o corpo são e agrava os males do corpo enfermo.

Se não é aconselhável envenenar o aparelho fisiológico pela ingestão de substâncias que o aprisionem ao vício, é imperioso evitar os desregramentos da alma que lhe impõem desequilíbrios aviltantes, quais sejam aqueles hauridos nas decepções e nos dissabores que adotamos por flagelo constante do campo íntimo.

Cultivar melindres e desgostos, irritação e mágoa é o mesmo que semear espinheiros magnéticos e adubá-los no solo emotivo de nossa existência, é intoxicar, por conta própria, a tessitura da vestimenta corpórea, estragando os centros de nossa vida profunda e arrasando, conseqüentemente, sangue e nervos, glândulas e vísceras do corpo que a Divina Providência nos concede entre os homens, com vistas ao desenvolvimento de nossas faculdades para a Vida Eterna.

Guardemos, assim, compreensão e paciência, bondade infatigável e tolerância construtiva em todos os passos da senda, porque somente ao preço de nossa incessante renovação mental para o bem, com o apoio do estudo nobre e do serviço constante, é que superaremos o domínio da enfermidade, aproveitando os dons do Senhor e evitando os reflexos letais que se fazem acompanhar do suicídio indireto.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Pensamento e Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier.

EM NÓS - EMMANUEL - CHICO XAVIER




Paciência em todas as dores e em todas as circunstâncias, a fim de
transpormos com segurança as dificuldades que vigem por fora.

Mas paciência também conosco, para construirmos a nobilitação que nos é
necessária.

Não é que devamos acalentar nossas fraquezas, e sim que não nos cabe
interromper a edificação, no mundo íntimo, ante nossas falhas.

É frequente fugirmos das tarefas de elevação, martelando confissões quais
farpas no coração:

- Verifiquei que não presto...

- Tentei melhorar e não pude...

- Não me peçam para voltar... Não sou santo...

- Sou um monte de erros...

Uns dizem: “pau que nasce torto tem a sombra torta”, esquecendo que existem
milhares de troncos tortos com boa seiva e bons frutos.

Cair é acidente próprio dos que caminham.

Refocilar-se no chão é próprio dos que se animalizam.

Aprendamos a corrigir, restaurar e refazer...

Paciência para angariar a simpatia e colaboração das almas alheias e educar
as nossas.


Emmanuel / Médium Chico Xavier
Livro: Caminho Espírita (extrato) - Ed. IDE

Enviado pela amiga Lúcia Basto. Grato!

terça-feira, 26 de agosto de 2014

MENSAGEM DO TEMPLÁRIO DO SOL




Só um grande coração pode apaziguar as tormentas

Como dimensionar o Amor de Deus?

Como aquilatar o carinho e cuidado do Mestre Jesus, no pastoreio de Suas ovelhas perdidas?

Vossas mentes ainda infantis não conseguem nesta vida, avaliar a "grandeza da luz" que tenta segurar o Eixo da Terra que vê-se forçado a verticalizar.

Só o Grande Coração de um Anjo de Paz e Amor, pode apaziguar as tormentas e catástrofes, que se aproximam simultaneamente do Planeta.

Creiam, se não fosse o pedido do Divino Governador por mais tempo, a energia que força a Terra a romper a barreira que a segura na terceira dimensão, tudo já teria se precipitado sem que os avisos tivessem chegado.

Agradeçam irmãos, todos os dias, pelo prazo que foi ofertado a vós, e façais do tempo que vos resta, a oportunidade de mudar e progredir, para que vossos espíritos também se elevem na dimensão de amor que todos anseiam.


Templário do Sol

GESH – 05/04/2014 – Vitória, ES – Brasil

Retirado do Blog Os Extra e Intra terrestres e o planeta Terra.

PARA SER FELIZ - EMMANUEL - CHICO XAVIER


PARA SER FELIZ


“E não nos cansemos de fazer o bem, porque há seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido”. – PAULO. (Gálatas, 6.9).


Confia em Deus.

Aceita no dever de cada dia a vontade do Senhor para as horas de hoje.

Não fujas da simplicidade.

Conserva a mente interessada no trabalho edificante.

Detém-te no “lado bom” das pessoas, das situações e das coisas.

Guarda o coração sem ressentimento.

Cria esperança e otimismo onde estiveres.

Reflete nas necessidades alheias, buscando suprimi-las ou atenua-las.

Faze todo o bem que puderes, em favor dos outros sem pedir remuneração.

Auxilia muito.

Espera pouco.

Serve sempre.

Espalha a felicidade no caminho alheio, quanto seja possível.

Experimentemos semelhantes conceitos na vida prática e adquiriremos a luminosa ciência de ser feliz.




pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Caminho Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

domingo, 24 de agosto de 2014

ANOTAÇÕES SIMPLES - IRMÃO X - CHICO XAVIER




Entrevistado, através da televisão, você, meu amigo, jornalista distinto, afirmou que os escritores desencarnados estão transformando o Brasil numa grande necrópole. E acrescentou irônico: porque não se consagram os Espíritos a outras atividades artísticas? Por que razão não vem Da Vinci pintar alguma tela que lhe marque a glória inconfundível, como prova da sobrevivência? Por que não se faz ouvido o gênio musical de Chopin nas sessões espíritas, atestando a continuidade da vida, além-túmulo? Entretanto, somente nós, pobres escrivinhadores da vida carnal, em sua opinião, tornamos à arena física, padecendo pruridos de publicidade, famintos de evidência...

E você, transbordando sarcasmo, termina a conversação sugerindo que o acervo de nossos avisos não passa de mistificações, em que os médiuns, à feição de cadernos pelotiqueiros, se fazem credores das atenções da própria justiça.

Suas perguntas e considerações, transmitidas a milhares de telespectadores, ficam no ar, e nós não guardamos a pretensão de a elas responder. Se estivéssemos ai, envergando ao seu lado o macacão de carne, talvez lhe adotássemos o ponto de vista sem qualquer discrepância. Por isso mesmo, acatando-lhe a visão provisória, desejamos apenas dizer-lhe que não faltam artistas aqui, dispostos a enfrentar, com mais amplitude e profundeza, a pauta e o pincel, no sentido de colaborarem na sublimação da arte terrestre; no entanto, escasseiam no mundo companheiros que lhes abracem o ideal de beleza e renúncia, aceitando a necessária disciplina para a consecução das obras que pretenderiam concretizar, embora já existam, no Brasil e no seio de outros povos, médiuns do som e da cor, edificando notáveis realizações que você desconhece.

Movimente-se, afaste-se um tanto da sua galeria de censor e procure-os. Encontrá-los-á, fazendo o melhor que podem, sob a orientação de grandes inteligências desencarnadas que, naturalmente, apenas lhes confiam aquilo que são capazes de receber.

Quanto a, nós outros, os que ainda escrevemos para resgatar os nossos pecados, perdoe-nos as páginas, agora despidas de qualquer presunção acadêmica.

Creia que, atualmente, não fazemos simples literatura.

Mereceríamos o inferno se ainda aqui estivéssemos na condição de beletristas interessados na fama que os vermes aniquilaram.

Achamo-nos em abençoada construção do espírito, utilizando os talentos da palavra, como o artífice que se vale dos méritos do tijolo para erguer o edifício humano. Intentamos, com isso, não apenas retificar nossas faltas, mas igualmente contribuir na edificação da justiça e do amor, da solidariedade e do bem, da responsabilidade e do entendimento entre as criaturas, para que a Terra de amanhã seja menos conturbada que a Terra de hoje. Buscamos simplesmente informar a vocês que a morte não existe e que o túmulo é uma espécie de cabina fotográfica, revelando o verdadeiro retrato de nossa consciência, afim de que se habilitem, nos padrões de Jesus, a suportar as requisições do tempo...

Para a execução desse tentame, não dispomos de outro recurso senão escrever. E olhe que escrever não é tão indigno assim.

Você, com o seu respeitável título de católico-romano, não poderá, esquecer-se de que a primeira dádiva direta do Céu aos homens, segundo a Bíblia, foi o Livro dos Dez Mandamentos, de que Moisés se fez o guarda irredutível. E se um vaso Sagrado da Terra guarda a luz do Cristo para as nações, é forçoso convir que esse vaso é ainda o livro, arquivando-lhe a palavra de amor e luz.

Desse modo, com todo o nosso respeito aos pintores e musicistas, desencarnados ou não, rogo-lhe não considere com tanto desdém os seus irmãos de letras.

Esteja certo de que, em futuro talvez próximo, você estará pessoalmente em nossa companhia e sentirá uma vontade louca de apagar os seus erros escritos.

E que você encontre uma criatura consciente e caridosa que o ajude mediúnicamente, na piedosa empresa, são nossos votos sinceros, porque, sem dúvida alguma, ao nosso porto de surpresa e refazimento o barco de sua vida, hoje ou amanhã, chegara também.



pelo Espírito Irmão X - Do livro: Cartas e Crônicas, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sábado, 23 de agosto de 2014

JESUS É O EXEMPLO E O EVANGELHO É O ROTEIRO


Somos todos irmãos aos olhos do Pai.

Amigos de jornada, diante da estrada que devemos percorrer em direção à libertação das provas e expiações, sou ainda um aprendiz da Obra Divina.

O exemplo é Jesus, e seguir Seus passos exige do candidato à Luz uma luta diária contra si mesmo, buscando domar personalidades dominantes, arrefecer o orgulho que cega a iniciativa das boas ações, erradicar o egoísmo que leva ao poder escravizante e, por consequência, o aniquilamento dos sentimentos mais nobres que lutam por emergir nos corações endurecidos.

Portanto, a guerra que travamos em cada existência, é entre a Luz que trazemos latente em nós, uma partícula do Criador, contra as más tendências, tão facilmente praticadas no decorrer das peregrinações cármicas.

Então, as lutas em que devemos nos empenhar não são contra os nossos ditos inimigos ou desafetos, mas, na verdade, contra as más ações que causam tropeços e cicatrizes, que mostram na alma as marcas das batalhas entre o ser que fomos ontem, e o ser livre que buscamos ser hoje.

Não há ilusões, a guerra é árdua e ninguém poderá trava-la por nós ou intervir. Somente através do esforço diário nas práticas das qualidades sublimes do amor, perdão, paciência e tolerância, é que poderemos alcançar a vitória de nós, contra nós mesmos.

Por fim, Jesus é o Exemplo, e o Evangelho é o Roteiro.


Chico Xavier

GESJ – 03/06/2014 – Reunião Pública – Vitória, ES – Brasil


Retirado do Blog Os Extra e Intra terrestres e o planeta Terra.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

ASSOCIAÇÃO - EMMANUEL - CHICO XAVIER




Se o homem pudesse contemplar com os próprios olhos as correntes de pensamento, reconheceria, de pronto, que todos vivemos em regime de comunhão, segundo os princípios da afinidade.

A associação mora em todas as coisas, preside a todos os acontecimentos e comanda a existência de todos os seres.

Demócrito, o sábio grego que viveu na Terra muito antes do Cristo, assevera que “os átomos, invisíveis ao olhar humano, agrupam-se à feição dos pombos, à cata de comida, formando assim os corpos que conhecemos”.

Começamos agora a penetrar a essência do microcosmo e, de alguma sorte, podemos simbolizar, por enquanto, no átomo entregue à nossa perquirição, um sistema solar em miniatura, no qual o núcleo desempenha a função de centro vital e os eletrons a de planetas em movimento gravitativo.

No plano da Vida Maior, vemos os sóis carregando os mundos na imensidade, em virtude da interação eletromagnética das forças universais.

Assim também na vida comum, a alma entra em ressonância com as correntes mentais em que respiram as almas que se lhe assemelham.

Assimilamos os pensamentos daqueles que pensam como pensamos.

É que sentindo, mentalizando, falando ou agindo, sintonizamo-nos com as emoções e idéias de todas as pessoas, encarnadas ou desencarnadas, da nossa faixa de simpatia.

Estamos invariavelmente atraindo ou repelindo recursos mentais que se agregam aos nossos, fortificando-nos para o bem ou para O mal, segundo a direção que escolhemos.

Em qualquer providência e em qualquer opinião, somos sempre a soma de muitos.

Expressamos milhares de criaturas e milhares de criaturas nos expressam.

O desejo é a alavanca de fosso sentimento, gerando a energia que consumimos, segundo a nossa vontade.

Quando nos detemos nos defeitos e faltas dos outros, o espelho de nossa mente reflete-os, de imediato, como que absorven do as imagens deprimentes de que se constituem, Pondo-se nossa imaginação a digerir essa espécie de alimento, que mais tarde se incorpora aos tecidos Sutis de nossa alma. Com o decurso do tempo nossa alma não raro passa a exprimir, pelo seu veículo de manifestação o que assimilara fazendoo seja pelo corpo carnal, entre os homens, seja pelo corpo espiritual de que nos servimos, depois da morte.

É por esta razão que geralmente os censores do procedimento alheio acabam praticando as mesmas ações que condenam no próximo, porqüanto, interessados em descer às minúcias do mal, absorvem-lhe inconscientemente as emanações, surpreendendo-se, um dia, dominados pelas forças que o representam.

Toda a brecha de sombra em nossa personalidade retrata a sombra maior.

Qual o pequenino foco infeccioso que, abandonado a si mesmo, pode converter-se dentro de algumas horas no bolo pestífero de imensas proporções, a maledicência pode precipitar-nos no vício, tanto quanto a cólera sistemática nos arrasta, muita vez, aos labirintos da loucura ou às trevas do crime.

Pensando, conversando ou trabalhando, a força de nossas idéias, palavras e atos alcança, de momento, um potencial tantas vezes maior quantas sejam as pessoas encarnadas ou não que concordem conosco, potencial esse que tende a aumentar indefinidamente, impondo-nos, de retorno, as conseqüências de nossas próprias iniciativas.

Estejamos, assim, procurando incessan temente o bem, ajudando, aprendendo, servindo, desculpando e amando, porque, nessa atitude, retletiremos os cultivadores da luz, resolvendo, com segurança o nosso problema de companhia.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Pensamento e Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A FLOR DO SENHOR - ESPÍRITO POETINHA - PABLO DE SALAMANCA



Na beira de uma floresta,
Encontrei alva flor.
Pensei: uma esperança ainda resta!
Agradeci a Nosso Senhor.

Com alegria a flor apanhei,
Sem cuidado e com pressa.
Espanto: meu dedo espetei!
Perguntei: que esperança é esta?

Uma voz me segredou:
A rosa branca é uma lição
Para o viajante desatento,
Sem fé, ao desalento.

Na vida tudo é labor.
Quem não trabalha,
Tesouro não amealha.
Medite melhor na flor.

A bela rosa branca
Não revela seu real valor,
Sem o espinho que ensina
O caminho do Senhor.

Gritei: voz que me conduz!
Donde vens e para onde vais?
Respondeu-me: meu nome é Jesus.
Te ofereço a verdadeira Paz.

Ajoelhei-me à beira do caminho
E roguei ao Salvador:
Eu mereço o espinho
E não o perfume da flor.

Agora a voz se afastava,
Mas ainda declarava:
Não esqueça a lição!
Sem o suor do justo labor,
Não se aquece o coração.

Poetinha, 06/05/1999.

Retirado do livro "Sabedoria em versos". Direitos reservados.

SEGUE-ME TU - EMMANUEL - CHICO XAVIER

"Disse-lhe Jesus: Se eu quero que ele fique até que eu venha, que te importa a ti? Segue-me tu." -- (JOÃO, capítulo 21, versículo 22.)

Nas comunidades de trabalho cristão, muitas vezes observamos
companheiros altamente preocupados com a tarefa conferida a outros irmãos
de luta.

É justo examinar, entretanto, como se elevaria o mundo se cada homem
cuidasse de sua parte, nos deveres comuns, com perfeição e sinceridade.

Algum de nossos amigos foi convocado para obrigações diferentes?

Confortemo-lo com a legítima compreensão.

As vezes, surge um deles, modificado ao nosso olhar. Há cooperadores
que o acusam. Muitos o consideram portador de perigosas tentações.
Movimentam-se comentários e julgamentos à pressa.

Quem penetrará, porém, o campo das causas? Estaríamos na elevada
condição daquele que pode analisar um acontecimento, através de todos os
ângulos? Talvez o que pareça queda ou defecção pode constituir novas
resoluções de Jesus, relativamente à redenção do amigo que parece agora
distante.

O Bom Pastor permanece vigilante. Prometeu que das ovelhas que o Pai
lhe confiou nenhuma se perderá.

Convém, desse modo, atendermos com perfeição aos deveres que nos
foram deferidos. Cada qual necessita conhecer as obrigações que lhe são
próprias.

Nesse padrão de conhecimento e atitude, há sempre muito trabalho nobre
a realizar.

Se um irmão parece desviado aos teus olhos mortais, faze o possível por
ouvir as palavras de Jesus ao pescador de Cafarnaum: "Que te importa a ti?
Segue-me tu."

In "CAMINHO VERDADE E VIDA", psicografado por FRANCISCO C. XAVIER, pelo Espírito EMMANUEL

A GRANDE TRANSIÇÃO - JOANNA DE ÂNGELIS



A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude. Há, em toda a parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega de maneira espontânea, gerando lamentáveis consequências, que se avolumam em desaires contínuos.

É inevitável a colheita da sementeira por aqueles que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.

Como as leis da vida não podem ser derrogadas,toda objeção que lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.

A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.

Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.

O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.

(Joanna de Ângelis)

(O Espiritismo)

domingo, 17 de agosto de 2014

PAZ - LOURIVAL LOPES



A paz que você procura está dentro de você.
Na verdade, tudo está dentro de você.
A paz ou a intranquilidade.
O amor ou o ódio.
A riqueza ou a pobreza.
A saúde ou a doença.
Depende de como você encara a vida.
Se apenas enxerga o lado bom das pessoas, das
coisas e dos fatos, vai encontrar a paz.
Mas, se pende para o lado negativo,
edifica um espinheiro em forma de vida.
É uma verdadeira paz confiar em si e na Vida.
Lourival Lopes
Extraído de "Gotas de esperança"

PERSEVERANÇA



Quem quer que tenha parado para observar uma criança tentando descobrir como funciona alguma coisa, ou na tentativa de execução de algo que queira, já deve saber o que é perseverança.

Perseverança é essa virtude que leva à perfeição. Uma virtude que parece inata nos bebês e nos primeiros anos, desaparecendo depois, quando os homens começam a crescer e passam a acreditar que o mais importante, no mundo, é fazer muitas coisas, não importa de que forma.

Alguns pais incutem essa forma de pensar nos seus pequenos, quando os colocam em múltiplas atividades e eles precisam correr de uma aula para outra, e fazer tudo às pressas, para darem conta do recado.

Possivelmente, seja este um dos motivos pelo qual muitos desistem, a meio caminho, quando desejam fazer alguma coisa. É comum ouvir-se as pessoas falarem de seus projetos abandonados porque dificuldades apareceram.

Abandona-se aquele e se opta por algo mais fácil, menos trabalhoso e cujo resultado seja quase imediato.

Isso nos recorda de uma experiência comovente de um artista japonês. Ele se chamava Hokusai e suas pinturas eram muito cobiçadas pela realeza.

Um dia, um nobre o visitou e encomendou uma pintura de seu precioso pássaro. Ele deixou o pássaro com Hokusai, e o artista disse ao nobre para que retornasse uma semana depois.

Porque gostasse muito do pássaro, o nobre ficou ansioso e, ao final de semana, retornou ao estúdio do artista. Contudo, o quadro não fora feito.

O artista pediu humildemente que ele retornasse depois de duas semanas. As duas semanas se transformaram em dois meses, em seis meses.

Um ano mais tarde, o nobre chegou no estúdio de Hokusai, exigindo a pintura de imediato e o seu pássaro de volta. Conforme o costume japonês, Hokusai se curvou ante o nobre e retornou à sua mesa de trabalho. Pegou um pincel, uma grande folha de papel de palha de arroz e, em poucos instantes, desenhou o pássaro, sem nenhum esforço, exatamente como ele era.

O proprietário da ave ficou maravilhado diante da pintura para, logo em seguida, descarregar sua raiva:

Por que você me fez esperar um ano se podia ter aprontado a pintura em tão pouco tempo?

O senhor não entendeu, disse com voz macia o artista.

E convidou o nobre a entrar em um cômodo, onde as paredes estavam cobertas de pinturas do mesmo pássaro. Nenhuma delas, no entanto, expressava a graça e a beleza do último trabalho.

Ele treinara durante um ano e o seu esforço estava recompensado: ele criara uma obra de arte.

Quando você estiver a ponto de desistir de um sonho, de um plano, de uma atividade, lembre do artista japonês e de sua perseverança até atingir a perfeição.

Recorde da criança que tenta girar uma chave na fechadura do armário pela primeira vez e, sentada no chão, ou de joelhos, tenta, tenta e tenta. E, se hoje não consegue, ele vai embora, para retornar depois e tentar outra vez, e outra mais.

Recorde, finalmente, que você está no mundo para realizar uma obra de arte: a sua vida. E não meça esforços, nem se importe com as repetições. São os rascunhos que conferem perfeição à obra final.



por Redação do Momento Espírita, com base no cap. Por trás de um desenho rápido, de Joni Eareckson Tada, do livro Histórias para o coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4214&stat=0.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

MONTANHA ACIMA - ARNOLD DE SOUZA - CHICO XAVIER




Não reproves a dor que te reclama
Ao trabalho do amor que aperfeiçoa,
Não te esqueças da flor humilde e boa
Que desabrocha no montão de lama.

Chora, padece e crê... Espera e ama...
E ainda mesmo na sombra que atraiçoa,
Faze do bem a fúlgida coroa
Do serviço a que o mundo te conclama.

Não recues na jornada para a frente.
Fira-te embora a lágrima pungente,
Segue, montanha acima, calmo e forte!

Para quem busca do Céu, a luz não tarda,
Mas aquele que volta à retaguarda
Recebe a estagnação, a treva e a morte.




pelo Espírito Arnold de Souza - Do livro: Cartas do Coração, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos

sábado, 9 de agosto de 2014

OS MISTÉRIOS DOS GATOS - GERALD E LORETTA HAUSMAN






O Gato e a Espiritualidade.

Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não topa o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se relaciona com a aparência do homem. Ele vê além, por dentro e pelo avesso. Relaciona-se com a essência. Se o gesto de carinho é medroso ou substitui inaceitáveis (mas existentes) impulsos secretos de agressão, o gato sabe. E se defende do afago. A relação dele é com o que está oculto, guardado e nem nós queremos, sabemos ou podemos ver. Por isso, quando surge nele um ato de entrega, de subida no colo ou manifestação de afeto, é algo muito verdadeiro, que não pode ser desdenhado. É um gesto de confiança que honra quem o recebe, pois significa um julgamento. O homem não sabe ver o gato, mas o gato sabe ver o homem. Se há desarmonia real ou latente, o gato sente. Se há solidão, ele sabe e atenua como pode, ele que enfrenta a própria solidão de maneira muito mais valente que nós. Nada diz, não reclama. Afasta-se. Quem não o sabe "ler" pensa que "ele" não está ali. Presente ou ausente, ele ensina e manifesta algo. Perto ou longe, olhando ou fingindo não ver, ele está comunicando códigos que nem sempre (ou quase nunca) sabemos traduzir. O gato vê mais e vê dentro e além de nós. Relaciona-se com fluídos, auras, fantasmas amigos e opressores. O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma chance de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge silencioso, meditativo e sábio monge, a nos devolver as perguntas medrosas esperando que encontremos o caminho na sua busca, em vez de o querer preparado, já conhecido e trilhado. O gato sempre responde com uma nova questão, remetendo-nos à pesquisa permanente do real, à busca incessante, à certeza de que cada segundo contém a possibilidade de criatividade e de novas inter-relações, infinitas, entre as coisas. O gato é uma lição diária de afeto verdadeiro e fiel. Suas manifestações são íntimas e profundas. Exigem recolhimento, entrega, atenção. Desatentos não agradam os gatos. Bulhosos os irritam. Tudo o que precise de promoção ou explicação quer afirmação. Vive do verdadeiro e não se ilude com aparências. Ninguém em toda natureza aprendeu a bastar-se (até na higiene) a si mesmo como o gato! Lição de sono e de musculação, o gato nos ensina todas as posições de respiração ioga. Ensina a dormir com entrega total e diluição recuperante no Cosmos. Ensina a espreguiçar-se com a massagem mais completa em todos os músculos, preparando-os para a ação imediata. Se os preparadores físicos aprendessem o aquecimento do gato, os jogadores reservas não levariam tanto tempo (quase 15 minutos) se aquecendo para entrar em campo. O gato sai do sono para o máximo de ação, tensão e elasticidade num segundo. Conhece o desempenho preciso e milimétrico de cada parte do seu corpo, a qual ama e preserva como a um templo. Lição de saúde sexual e sensualidade. Lição de envolvimento amoroso com dedicação integral de vários dias. Lição de organização familiar e de definição de espaço próprio e território pessoal. Lição de anatomia, equilíbrio, desempenho muscular. Lição de salto. Lição de silêncio. Lição de descanso. Lição de introversão. Lição de contato com o mistério, com o escuro, com a sombra. Lição de religiosidade sem ícones. Lição de alimentação e requinte. Lição de bom gosto e senso de oportunidade. Lição de vida, enfim, a mais completa, diária, silenciosa, educada, sem cobranças, sem veemências, sem exigências. O gato é uma chance de interiorização e sabedoria, posta pelo mistério à disposição do homem." O gato é um animal que tem muito quartzo na glândula pineal, é portanto um transmutador de energia e um animal útil para cura, pois capta a energia ruim do ambiente e transforma em energia boa, -- normalmente onde o gato deita com frequência, significa que não tem boa energia-- caso o animal comece a deitar em alguma parte de nosso corpo de forma insistente, é sinal de que aquele órgão ou membro está doente ou prestes a adoecer, pois o bicho já percebeu a energia ruim no referido órgão e então ele escolhe deitar nesta parte do corpo para limpar a energia ruim que tem ali. Observe que do mesmo jeito que o gato deita em determinado lugar, ele sai de repente, poi ele sente que já limpou a energia do local e não precisa mais dele. O amor do gato pelo dono é de desapego, pois enquanto precisa ele está por perto, quando não, ele se a afasta. No Egito dos faraós, o gato era adorado na figura da deusa Bastet, representada comumente com corpo de mulher e cabeça de gata. Esta bela deusa era o símbolo da luz, do calor e da energia. Era também o símbolo da lua, e acreditava-se que tinha o poder de fertilizar a terra e os homens, curar doenças e conduzir as almas dos mortos. Nesta época, os gatos eram considerados guardiões do outro mundo, e eram comuns em muitos amuletos. "O gato imortal existe, em algum mundo intermediário entre a vida e a morte, observando e esperando, passivo até o momento em que o espírito humano se torna livre. Então, e somente então, ele irá liderar a alma até seu repouso final."
Fonte: The Mythology Of Cats, Gerald & Loretta Hausman

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

SABER VIVER - ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER





Toda Lei Divina revela serena imparcialidade. Fuga à responsabilidade não diminui o quadro de nossas obrigações.

Não adianta paralisares o teu relógio, porque as horas seguirão sempre, independentemente dele e de ti...

Toda transformação moral há de ser profunda. Mudanças aparentes não modificam o espírito para melhor.

O corte dos cabelos ou o uso do chapéu não te renovam os pensamentos no íntimo da cabeça...

Todo corpo há de ser governado pelo espírito. A rigor, a carne só é fraca quando reflete o ânimo indeciso.

Os sapatos aparentemente te conduzem os pés porque os teus pés os conduzem...

Todo empréstimo terrestre é passageiro. Imperioso desapegarmos-nos da matéria, desoprimindo o espírito.

Apenas dinheiro no bolso não te outorga a tranqüilidade da consciência...

Toda pessoa para ser verdadeiramente feliz reclama trabalho. Mas somente o trabalho que serve bem de todos é alimento da Criação.

Algumas vezes encontramos irmãos nossos que se dizem cansados de trabalhar e acabam hospedados pela polícia.

Toda criatura tanto precisa de conhecimento quanto de bondade.

Nem só estudo e nem só benevolência libertam integralmente a alma.

Os óculos não te corrigem os defeitos da vontade e nem a vontade te corrige os defeitos da visão...

Todo coração necessita de amor. Urge discernir como se ama e como se é amado.

Os parasitos, decerto, agarram-se às próprias vítimas atendendo a impulsos de bem-querer...

Toda existência tem objetivos específicos. A ação construtiva que surge para ser feita agora não deve ser adiada.

A tua carteira de identidade só vale para a presente encarnação...

O espiritismo ensinar-te-á como viver proveitosamente, em plenitude de alegria e de paz, ante o determinismo da evolução.

Viver por viver todos vivem.

O essencial é saber viver.


pelo Espírito André Luiz - Do livro: Opinião Espírita, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

LUXO E LIXO - ERASMO JÚNIOR - CHICO XAVIER




Às vezes, dizes: “Trabalho
É carroção que não puxo.”
E avanças devagarinho
Para a gaiola do luxo.
Lá dentro, acabas suando,
Qual estudante no espicho,
Aprendendo, muito tarde,
Que o ócio é cama de lixo.

Entornas grandes promessas
Em fala, sonho, debuxo,
No entanto, buscas, primeiro,
Conforto, destaque, luxo...
Consomes a força e o tempo
Em sono, prato, cochicho,
E, um dia, clamas debalde
No escuro montão do lixo.

Anseias dinheiro a rodo,
Cheque e cheque em papelucho,
Regalo de toda espécie,
Caminho talhado em luxo...
Mas, depois de tanto fausto,
Tanto enfeite, tanto nicho,
Mergulhas além da morte
Na grande maré do lixo.

Não conserves a existência
Por tesouro no cartucho.
Muita gente afunda e morre
No antigo atascal do luxo.
O bem de todos é a lei
Que a vida guarda a capricho.
Repara que todo excesso
Vem do luxo e cai no lixo.


Pelo Espírito Erasmo Junior - Do livro: Antologia dos Imortais, Médium: Francisco Cândido Xavier.


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

MENSAGEM ESPIRITUAL DE NOEL ROSA





Entrei no Plano Espiritual

Irmãos, era bom ser boêmio, admirado pelos amigos e os festeiros do grupo. Muitas vezes quando a vida me encostava na parede, havia momentos de lucidez, e eu me afastava das noitadas infindáveis.

Mas, fraco, voltava; não poderia culpar os amigos, os problemas e a família pela fraqueza, que era somente minha, e pala criatura lamentável na qual me transformei.

Daí veio o desgaste do aparelho carnal, instrumento maravilhoso que foi doado por irmãos que me amavam e acreditavam no meu sucesso.

No entanto, faltava-me dedicar o tempo que tive na matéria a superar as fraquezas das quais era portador, por invigilância e rebeldia.

Entrei no Mundo Espiritual sem os amigos de copo, sem as mulheres que me cercavam, sem as bajulações dos ditos admiradores.

Vi-me só, alma esmagada pela vergonha do fracasso. E o que fiz? Chorei, implorei que alguma alma boa me ouvisse e me tirasse daquele pântano de lamentações e dores.

Fui socorrido, e depois de um tempo, recuperado. Foi-me oferecida várias opções de trabalho e não hesitei. Socorro, aconselho, cuido daqueles, que como eu, achavam que a vida desregrada atraia boas companhias e a simpatia das pessoas.

Trabalho incessantemente por aqueles, que são iguais a mim, em tempo idos, para que façam o melhor possível a fim de que os erros fiquem na Terra, e que ela os absorva. Que ao retornarem e entrarem no Mundo Espiritual, abram-se aos olhos das criaturas a um mundo de esperança, luz e paz.


Noel Rosa

GESJ – 20/05/2014 – Reunião Pública – Vitória, ES – Brasil

Retirado do Blog Os Extra e Intra terrestres e o planeta Terra

sábado, 2 de agosto de 2014

PARÁBOLA DO SERVO - IRMÃO X - CHICO XAVIER





Na linha divisória em que encontram as regiões da Terra e do Céu, nobre Espírito, exibindo alva túnica, solicitava passagem, suspirando pela Divina Ascensão. Guardava a pureza exterior de um lírio sublime, falava docemente como se harpa melodiosa lhe habitasse as entranhas e mostrava nos olhos a ansiedade e a timidez da andorinha sequiosa de primavera.

O Anjo do Pórtico ouviu-lhe o requerimento com atenção e, admirando-lhe a brancura da veste, conduziu-o à balança de precisão para observar-lhe o peso vibratório.

Contudo, o valioso instrumento foi contra ele. O clima interno do candidato não lhe correspondia à indumentária brilhante.

À frente das lágrimas tristes que lhe vertiam dos olhos, o funcionário divino exortou-o, otimista:

- Desce à Terra e planta o amor cada dia. A colheita da caridade dar-te-á íntima luz, assegurando-te a elevação.

O Espírito faminto de glória celestial renasceu entre os homens e, sempre cauteloso na própria apresentação, muniu-se de casa enorme, adquirida ao preço de inteligência e trabalho, e começou a fazer o bem por intermédio das mãos que o serviam.

Criados numerosos eram mobilizados por ele, na extensão da bondade aqui e ali...

Espalhava alimentação e agasalho, alívio e remédio, através de largas faixas de solo, explorando com felicidade os negócios materiais que lhe garantiam preciosa receita.

Depois de quase um século, tornou à justiceira aduana.

Trazia a roupa mais alva, mais linda.

Ansiava subir às Esferas Superiores, mas, ajustando à balança, com tristeza verificou que o peso não se alterava.

O Anjo abraçou-o e explicou:

- Pelo teu louvável comportamento, junto à posses humanas, conquistaste a posição de Provedor e, por isso, a tua forma é hoje mais bela; no entanto, para que adquiras o clima necessário à vida no Céu, é indispensável regresses ao mundo, nele plantando as bênçãos do amor.

O Espírito, embora desencantado, voltou ao círculo terreno. Todavia, preocupado com a opinião dos contemporâneos, fêz-se hábil político, estendendo o bem, por todos os canais e recursos ao seu alcance.

Movimentou verbas imensas construindo estradas e escolas, estimulando artes e indústrias, ajudando a milhares de pessoas necessitadas.

Quase um século se esgotou sobre as novas atividades, quando a morte o reconduziu à conhecida fronteira.

Trazia ele uma túnica de beleza admirável, mas, levado a exame, a mesma balança revelou-se desfavorável.

O fiscal amigo endereçou-lhe um olhar de simpatia e disse, bondoso:

- Trouxeste agora o título de Administrador e, em razão disso, a tua fronte aureolou-se de vigorosa imponência... Para que ascendas, porém, é imprescindível retornes à carne para a lavoura do amor.

Não obstante torturado, o amigo do Céu reencarnou no plano físico, e, fundamente interessado em preservar-se, ajuntou milhões de moedas para fazer o bem.

Extensamente rico de cabedais transitórios, assalariou empregados diversos que o representavam junto dos infelizes, distribuindo a mancheias socorro e consolação.

Abençoado de muitos, após quase um século de trabalho voltou à larga barreira.

O aferidor saudou-lhe a presença venerável, porque da roupagem augusta surgiam novas cintilações.

Apesar de tudo, ainda aí, depois de longa perquirição, os resultados lhe foram adversos.

Não conseguira as condições necessárias ao santo cometimento.

Debulhado em lágrimas, ouviu o abnegado companheiro, que informou prestimoso:

- Adquiriste o galardão de Benfeitor, que te assegura a insígnia dos grandes trabalhadores da Terra, mas, para que te eleves ao Céu, é imperioso voltes ao plano carnal e semeies o amor.

Banhado em pranto, o aspirante à Morada Divina ressurgiu no corpo denso, e, despreocupado de qualquer proteção a si mesmo, colocou as próprias mãos no serviço aos semelhantes... Capaz de possuir, renunciou às vantagens da posse; induzido a guardar consigo as rédeas do poder, preferiu a obediência para ser útil, e, embora muita vez bafejado pela fortuna, dela se desprendeu a benefício dos outros, sem atrelá-la aos anseios do coração... Exemplificou o bem puro, sossegou aflições e lavou chagas atrozes... Entrou em contacto com os seres mais infelizes da Terra. Iluminou caminhos obscuros, levantou caídos da estrada, curvou-se sobre o mal, socorrendo-lhe as vítimas, em nome da virtude... Paralisou os impulsos do crime, apagando as discórdias e dissipando as trevas... Mas a calúnia cobriu-o de pó e cinza, e a perversidade, investindo contra ele, rasgou-lhe a carne com o estilete da ingratidão.

Depois de muito tempo, ei-lo de volta ao sítio divino.

Não passava, porém, de miserável mendigo, a encharcar-se de lodo e sangue, amargura e desilusão.

- Ai de mim! – soluçou junto ao vigilante da Grande Porta – se de outras vezes, envergando veste nobre não consegui favorável resposta ao meu sonho, que será de mim, agora, coberto de barro vil?

O guarda afagou-o, enternecido, e conduziu-o à sondagem habitual.

Entretanto, oh! surpresa maravilhosa!...

A velha balança, movimentando o fiel com brandura, revelou-lhe a sublime leveza.

Extático, em riso e pranto, o recém-chegado da Esfera Humana sentiu-se tomado nos braços pelo Anjo Amigo, que lhe dizia, feliz:

- Bem-aventurado sejas tu, meu irmão! Conquistaste o título de Servo. Podes agora atravessar o limite, demandando a Vida Superior.

Imundo e cambaleante, o interpelado caminhou para a frente, mas, atingindo o preciso lugar em que começava a claridade celeste, desapareceu a lama que o recobria, desagradável, e caíram-lhe da epiderme equimosada as pústulas dolorosas... Como por encanto, surgiu vestido numa túnica de estrelas e, obedecendo ao apelo íntimo, elevou-se à glória do firmamento, coroado de luz.



pelo Espírito Irmão X - Do livro: Estante da Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

E EU COMPREI UM FUSCA 1966...




Tinha planejado tudo. Por muitos meses, fazia retiradas quase diárias do caixa de nossa farmácia, em pequenas quantias, com o intuito de depositar em caderneta de poupança da APEAL, na rua do Comércio.
Quantos meses eu depositei, não sei, não consigo me lembrar.
Recordo-me que cada depósito ficava registrado em papel que guardávamos em uma caderneta plástica. E minha caderneta estava ficando cheia!
O objetivo que perseguia era comprar um carro!
Não aceitava o fato de não termos um carro em nossa família, uma vez que nossos tios já tinham adquirido os seus. Me machucava termos que pegar táxi para nossa locomoção, em especial pela deficiência visual que papai tinha... E mamãe o acompanhando, se sujeitando aos maus humores dos motoristas ignorantes...
E fui pesquisar preços de Fuscas.
Me parece que consegui juntar seis mil cruzeiros. Isto aconteceu em 1974, quando eu tinha 15 anos.
Como compraria um carro se eu não sabia dirigir, e era de menor, e ninguém dirigia em casa?
Mas eu estava determinado! Iria comprar um veículo para dirigi-lo!
Em uma tarde, ao sair de nossa Farmácia, me dirigi à rua Gabino Besouro, próxima à rua Pedro Monteiro, e entrei na Moura Automóveis, e me pus a procurar um fusquinha bonitinho para comprar...
Encontrei um fusca ano 1966, reluzente, de cor café-com-leite...
E fechei negócio!
Aí começaram os problemas!
Como retirar o carro da loja?
Eu não sabia dirigir!
Ninguém de minha família sabia desta minha compra. Fiz uma grande e complicada surpresa!
Pior. O fusquinha estava com a bateria arriada, e a primeira marcha não entrava...
Tive que dizer toda a verdade para minha mãe. Imediatamente ela falou com nosso tio Nildomar, que foi à loja e desfez o negócio.
Ora, eu sendo de menor, nem podia fazer qualquer compra de veículo!
Meu tio pegou o dinheiro que tinha comprado, devolvido pelo dono da loja, e investiu em um Fuscão 1500 verde escuro.
E eu peguei este carro, e trouxe do centro da cidade até nossa casa na rua José de Alencar. Não sei como eu consegui chegar em casa.
Ao chegar, sentimos um cheiro de queimado, e só percebi que tinha vindo com o freio de mão acionado. A jante tava quentíssima! Não sei como pegou fogo!
Tempos depois, trocamos o fuscão verde pelo Fuscão azul calcinha que tinha sido de tio Audísio, ano 1972, que ficou conosco por um bom tempo...
Hoje, passados 40 anos, me recordo desta loucura que fiz, mas só agindo assim, conseguimos comprar nosso primeiro carro! Nosso pai era muito seguro, medroso, e eu fiz o que ele não fez...

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...