domingo, 30 de setembro de 2012

ENDEREÇO DE PAZ

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


Nunca se diga inútil mecanismo da vida.

A usina é um centro gigantesco de força, mas é a lâmpada que dosa em casa a luz de que carecemos.

Determinada moradia será provavelmente um palácio, mas é a chave que lhe resguarda a segurança.

Realmente, não somos indispensáveis, porque a Providencia Divina não pode falir quando falhamos transitoriamente, mas, em verdade, segundo a Sabedoria do Universo, Deus não criaria, se não tivesse necessidade de nós.

Trabalhe e o serviço conferir-lhe-á respostas exatas.

Ofensas e injúrias? Perdoe sinceramente, sejam quais sejam, e Deus auxiliará você a esquecê-las.

Procure agir no bem incessante a alegria ser-lhe-á preciosa salário.

Não importa quando você disponha para agir e servir, a benefício de outrem.

Vale o que fizer e como fizer daquilo que o Senhor já confiou a você.

Por onde você passe e do tamanho que possa, deixe um rastro de alegria.

Você voltará, mais tarde, para colher-lhe a bênção de luz.

Indiferença ou desprezo de alguém? Trabalhe e olvide.

Não ore por vida fácil.
Roguemos a Deus ombros fortes, não só para carregar o bendito fardo das obrigações que nos competem, como também para sermos mais úteis.

Cada coração pode ser um manancial de bênçãos.


pelo Espírito André Luiz - Do livro: Endereço de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ENTREVISTA COM RICHARD SIMONETTI

Entrevista com Richard Simonetti

Grupo de Estudos Avançados Espíritas - GEAE
PROJETO ENTREVISTA ELETRÔNICA
entrevista nº 2, ano 1996

1 - A divulgação do Espiritismo, bem como de outras religiões, poderá sofrer impactos nunca vistos, com a possibilidade de uso intensivo da rede Internet em todo o mundo. Como você sugere que deveria ser a presença de nossa Doutrina na rede, se de uma maneira não articulada ou coordenada, a cargo de pessoas espíritas, engajadas no Movimento Espírita e com grande entusiasmo, porém, sem terem toda a experiência e conhecimento necessários, ou via a utilização de recursos que eventualmente pudessem ser disponibilizados pelo Movimento Espírita, através da FEB e/ou órgãos federativos, como a USERJ e USE, devidamente coordenados?

Não podemos perder o bonde da História. Mais do que nunca o Mundo precisa do conhecimento espírita. Embora sejam respeitáveis todos os esforços isolados, é indispensável e inadiável que nossos órgãos de unificação despertem para as potencialidades das estradas de comunicação como a Internet. Tenho conversado com muita gente a respeito. A família espírita está disposta a colaborar pecuniariamente. Falta a iniciativa de nossos dirigentes, organizando-se nesse sentido.

2 - Freqüentemente, observamos na grande imprensa uma grande confusão de conceitos, especialmente no que tange à menção de assuntos de umbanda e/ou candomblé, como se fossem de Espiritismo. O que você sugeriria no sentido de melhor esclarecer e difundir junto à opinião pública o que é verdadeiramente o Espiritismo?

Esse trabalho de esclarecimento, feito precariamente na mídia, por companheiros eventualmente convidados, somente alcançará um patamar razoável quando criarmos nossos próprios programas de divulgação, envolvendo particularmente a televisão, o que também depende da iniciativa de nossos órgãos de unificação.

3 - Sistematicamente, creio que há vários anos, o bispo católico da diocese de Novo Hamburgo, RS, D. Boaventura Kloppenburg, vem criticando os espíritas e a Doutrina Espírita, em órgãos da imprensa, tal como o Jornal do Brasil. Tenho visto, eventualmente, algumas réplicas por parte do presidente da USEERJ, Gerson Simões Monteiro, procurando esclarecer de forma precisa, em conformidade com o Espiritismo, sempre com o cuidado de não ser deselegante. Pergunto a sua opinião, se cabe, também, às pessoas espíritas redigirem cartas, contestando alguma coisa divulgada de maneira errônea na mídia, porém com o risco de que a contestação não seja formulada precisamente, dando ensejo a novas críticas de adversários do Espiritismo e aí, talvez, fundamentadas?

O citado sacerdote é um divulgador incansável da Doutrina Espírita. Desperta interesse de muita gente com suas críticas. Não há por que temer a iniciativa de confrades que manifestam sua indignação, ainda que o façam sem muita competência, ensejando tréplicas fundamentadas. É mais propaganda. A Doutrina deverá se impor, como o vem fazendo, pela sua obra social, a demonstrar a excelência de seus princípios que nos fazem mais conscientes e mais participativos na vida social.

4 - O Centro Espírita é o elemento chave para o Espiritismo, onde o homem irá encontrar o amparo, o conhecimento e o trabalho, necessários ao seu aperfeiçoamento moral. No sentido de melhorar continuamente o funcionamento do Centro, verifica-se, algumas vezes, a necessidade de se ampliar o mesmo a fim de dar melhor funcionalidade às suas atividades. Esse é o caso do Centro que freqüento, onde obras estão sendo realizadas para aumentar o número de salas e melhorar os trabalhos de Evangelização Infantil, Mocidade e Atendimento Fraterno. O que sugere, sempre a luz da Doutrina Espírita, como possíveis atividades válidas para obtenção de recursos financeiros para realização desse tipo de obra? Em tempo, destaco que rifas, bingos e assemelhados não de forma alguma utilizados em nossa Casa. Para obtenção dos recursos financeiros estamos realizando eventos do tipo almoço fraterno e atividades como venda de brindes, de camisetas com motivos espíritas, e de livros espíritas, em conjunto com as doações recebidas dos sócios e freqüentadores da Casa.

É preciso mobilizar recursos para fazer face aos serviços prestados pela casa espírita, particularmente assistenciais, que envolvem expressivas despesas. Não devemos solicitar donativos em nossas reuniões doutrinárias o que sugeriria cobrança por benefícios espirituais, mas mister se faz conscientizar as pessoas de que Espiritismo é trabalho, criando uma mentalidade participativa e solidária. Almoços beneficentes, tardes da Pizza, bazares, artesanato, dentre outras atividades, são excelentes iniciativas para promover a integração e confraternização dos freqüentadores da Casa Espírita, além de atender às suas necessidades financeiras. Em Bauru, sob o patrocínio da USE-Bauru, há uma feira anual que reúne dezenas de entidades espíritas. Durante dois dias há venda de artesanato, lanches, salgados, livros, conservas, congelados, roupas, etc., com excelentes resultados. Também em Bauru temos uma rifa beneficente, realizada anualmente com autorização da Receita Federal, da qual participam centenas de entidades de todo o Estado de São Paulo. Não entendo a rifa como atividade perniciosa, capaz de estimular o vício do jogo, assim como não entendo os quitutes de uma promoção beneficente como algo capaz de estimular a gula, ou os bazares como estímulos ao consumismo.

5 - Como você vê a questão da Transcomunicação Instrumental (TCI) no Brasil? As pesquisas são sérias, profundas e à luz da Doutrina Espírita? E no exterior?

Na questão 934, de O Livro dos Espíritos, o mentor espiritual que responde a Kardec informa que no futuro haveria meios mais diretos e mais acessíveis para a comunicação com o Espíritos. Parece-nos que esse futuro chegou, com a TCI. No Brasil conheço grupos espíritas que desenvolvem com seriedade esse trabalho. Há notícias de que o mesmo ocorre no exterior, particularmente na Europa, com um detalhe: as experiências por lá são realizadas sem vinculação com a Doutrina Espírita. Os europeus estão redescobrindo o intercâmbio com o Além graças à TCI.

6 - Temos em algumas publicações espíritas, tais como Reformador e Correio Fraterno do ABC, uma certa intolerância mútua, digamos assim, quer por questões doutrinárias (Roustaing), quer por questões de forma de ação (CEPA), quer por questões de fundo econômico (edição de livros espíritas). Este tipo de conduta, com certeza, não traz benefícios ao Movimento espírita, causando uma certa confusão e perplexidade entre os espíritas. Como você vê esse tipo de comportamento, e que sugestões teria a dar para que as eventuais arestas, ora existentes, possam ser corrigidas?

Considerando que nosso mundo é a morada da opinião, é normal que tenhamos divergências, até sobre questões doutrinárias. Inaceitável, porém, tendo em vista a própria orientação da Doutrina Espírita, o clima de beligerância que se estabelece, não raro, envolvendo companheiros que confundem veemência com agressividade, ou defesa da verdade com hostilidade. A solução está em nos colocarmos sempre no lugar daqueles que criticamos, perguntando-nos como nos sentiríamos se fizessem o mesmo conosco.

7 - Há pouco mais de um mês meu querido avô desencarnou e senti a necessidade de amparo espiritual naqueles momentos difíceis. Graças a Deus já havia lido o seu livro Quem Tem Medo da Morte? Na época tal publicação foi de relevada importância como guia e alívio espiritual. Gostaria de saber como posso obter informações confiáveis sobre o estado de meu avô no plano espiritual.

Chico Xavier diz que o telefone toca de lá para cá, reportando-se ao fato de que as notícias do além devem ser da iniciativa dos Espíritos. E para tanto não há a necessidade de médiuns. Freqüentemente, quando é possível, entramos em contato com nossos entes queridos durante as horas de sono, guardando nítidas lembranças, na forma de sonhos.

8 - Como convencer uma pessoa amiga com respeito à Doutrina Espírita?

O melhor caminho para uma iniciação é o livro espírita. Se a pessoa gosta de ler ofereça-lhe livros compatíveis com suas preferências e cultura. A literatura espírita é vastíssima e atende a todos os gostos.

9 - Gostaria de obter maiores informações a respeito de como se processa o efeito das pílulas anticoncepcionais no corpo espiritual. Se verdadeira a afirmação de que estas podem vir a lesá-lo.

As conseqüências estão relacionadas com as motivações do usuário. Se a mulher usa pílulas porque não deve engravidar, atendendo a recomendação médica ou a ponderado planejamento familiar, não há por que preocupar-se. Se o faz porque é adepta do sexo promíscuo, costuma trair o marido e não quer complicações, certamente enfrentará problemas.

10 - De que forma a vasectomia poderia afetar o perispírito quando esta for praticada somente por interesse de satisfação sexual e fuga da responsabilidade familiar?

O perispírito será afetado por desajustes nos centros genésicos, dando origem, na presente existência ou em futura, a problemas como infecções renitentes, esterilidade, impotência, câncer, prostatite?

11 - Gostaria, se possível, de coletar maiores informações sobre o Espírito Ramatis e saber por quais motivos seus livros não são reconhecidos pela Federação Espírita Brasileira.

O problema de Ramatis é que nem sempre suas afirmações estão de acordo com os princípios espíritas. Representam a opinião de um Espírito, contrapondo-se ao princípio da universalidade das idéias espíritas, criteriosamente codificadas por Allan Kardec, que se serviu de vários médiuns.

12 - Você acha que às vésperas do III Milênio a civilização ocidental poderia encarar o fenômeno da morte de uma forma tão tranqüila quanto à oriental?

Isso acontecerá mais cedo ou mais tarde, na medida em que se difundam os princípios espíritas que, literalmente, matam a morte, oferecendo-nos uma gloriosa visão das realidades espirituais.

13 - Como você classifica, num contexto de coletividade, o desencarne de seres que são, durante a vida, considerados como mitos no Brasil (ex. Senna, Mamonas Assassinas). A comoção generalizada que esses desencarnes causam no seio de nossa sociedade, tem alguma função espiritual?

Esses acontecimentos estão vinculados ao comportamento e aos problemas cármicos dos envolvidos. Não obstante sempre repercutem no seio das coletividades que, por momentos, cogitam da problemática da morte e da efemeridade da vida. Fazem as pessoas pensarem.

14 - Em primeiro lugar pergunto se esse ilustre divulgador dos postulados espíritas já tem conhecimento do nosso programa mensal "Espiritismo Via Satélite", transmitido daqui de Belém ou de qualquer parte do País, para todo o Brasil e outros países onde alcança o nosso BRASILSAT, programa esse que vai contar com a sua participação num momento qualquer para conversarmos sobre as maravilhas com que você tem brindado as criaturas com os seus livros e também suas palestras.

Estive presente na sala de conferências via satélite, da Embratel, em Bauru, quando pela primeira vez um programa dessa natureza foi transmitido para todo o Brasil, partir de Belém. Não sabia da continuidade desse trabalho. Tomo conhecimento com muita satisfação. É preciso colocar o Espiritismo na mídia, para que concretize, o mais breve possível sua grandiosa missão, retirando o homem de seu milenar descaso pelos valores espirituais. Será motivo de muita satisfação para mim participar de qualquer iniciativa dessa natureza.

15 - Que sugestão você tem a dar a esta questão horrível do movimento espírita brasileiro carregado de críticas e verdadeiras agressões aos companheiros da mesma crença, principalmente através da imprensa espírita, em ataques verdadeiramente violentos, àqueles irmãos que lêem os livros de J.B. Roustaing (vale salientar que não sou "roustenguista", nem qualquer outro ista). Será que não é hora dos espíritas procurarem se mirar um pouco mais no Evangelho e olharem para si mesmos, antes de tomarem iniciativas de agredirem os próprios irmãos de ideal?

Endosso em gênero e número suas palavras. Há quem entre para o Espiritismo sem que o Espiritismo entre em seu coração.

16 - Antes de se tentar explicar o Espiritismo pela Ciência é necessário explicar a Ciência pelo Espiritismo?

A Ciência sempre encontrará um precioso apoio na Doutrina Espírita para uma visão objetiva do Universo e da Vida. No entanto, para que isso aconteça em plenitude é necessário que seja aceita pela comunidade científica, a partir do empenho em "explicar o Espiritismo pela Ciência".

17 - Você não acha que a nossa Casa Mater, a FEB, está omissa na questão da divulgação em massa da nossa querida Doutrina? Nossos amigos evangélicos jamais deixariam passar em branco questões caluniosas a respeito deles. No entanto, temos que conviver quase que diariamente com telejornais, programas de entrevistas e outros, onde a Doutrina Espírita é tratada como se fosse Umbanda, Mediunismo, etc. O que você pensa a respeito?

O Espiritismo cresceu tanto no campo dos serviços prestados à coletividade, que todas as críticas por profitentes de outras religiões, envolvendo os meios de comunicação, acabam por ter feito contrário, desgastando as crenças daqueles que as emitem. Não obstante, concordo que o movimento espírita está omisso em relação às possibilidades de divulgação pela mídia. Um programa de televisão espírita de alcance nacional, organizado pelas entidades federativas com a colaboração da família espírita, convocada a contribuir para isso, teria um alcance inestimável.

18 - Algumas vezes, em meus pensamentos sobre a existência de tudo (Deus, mundo físico, mundo espiritual e suas inter-relações), fico muito confuso de como tudo se iniciou, se Deus é o nosso criador, quem é o criador de Deus? Se tentarmos descobrir uma resposta para esta questão ficamos loucos. O que você poderia falar sobre isto? Será que não estamos preparados para a compreensão desta questão? Como nós sabemos o mundo espiritual não nos permite conhecer tudo, porque ainda não estamos em condições de compreender.

Não estamos impedidos de divagar a respeito desse assunto, mas será perda de tempo, algo como uma criança de três anos cogitar da física quântica. Quando detivermos maturidade intelectual e espiritual, nos planos mais altos, teremos acesso a essas informações.

19 - Faço parte de um grupo espírita no Rio de Janeiro e tenho 21 anos. Neste grupo, participo de algumas reuniões, sendo uma delas uma reunião de treinamento mediúnico. Então, lá vai minha pergunta: como não possuo potencial mediúnico desenvolvido, tenho muitas dúvidas a respeito de minhas psicografias e psicofonias. Como devo enfrentar esse problema? Continuo esse trabalho sem ter certeza de que é um espírito realmente que se comunica por meu intermédio?

Essa é a grande dúvida do médium iniciante, que tem dificuldade para distinguir o que é dele e o que é do comunicante. Kardec recomenda, em O Livro dos Médiuns, que a melhor maneira de resolvermos a questão é pelo treinamento, exatamente o que você está fazendo. Estude, ore e confie, deixando ao tempo a definição quanto às suas potencialidades. Considere a atividade inicial um mero treinamento para o exercício mediúnico futuro.

20 - Em relação ao livre-arbítrio, importante e fundamental à evolução humana (visto que concebemos a encarnação como primeira prova que faremos de nossa liberdade de agir, pensar e falar), gostaria de compreender melhor sobre o certo e o errado. Claro que o certo é tudo o que gera o bem, partindo do bem maior que é Jesus. Mas como medir o bem? Como trilhar o melhor caminho, se existem tantas estradas, só existe uma correta? Quando nos decidimos por um lado, sempre deixamos de vivenciar algo para viver outras situações. Como saber qual é a melhor decisão?

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo o Espírito Verdade recomenda que nos amemos e nos instruamos. Esse é o caminho fundamental de nossa realização como filhos de Deus. Na medida em que cultivarmos os valores do conhecimento, buscando entender a vida e seus objetivos, e procurando fazer ao semelhante o bem que desejaríamos nos fosse feito, que é o amor em ação, não vacilaremos quanto ao que nos compete em qualquer setor de atividade humana.

21 - O que poderemos fazer trabalhando na área de informática mais especificamente Internet e Telecomunicações, para desenvolvermos um trabalho assistencial, já que estamos muito isolados do humanitário?

A divulgação das idéias espíritas constitui um precioso investimento no atendimento de uma das necessidades básicas do ser humano - o esclarecimento espiritual. Acredito que poderemos também incrementar serviços de apoio específico a pessoas necessitadas, como providenciar internação para doentes, conseguir remédio raros, reunir recursos para socorrer uma família? Lembro-me de um notável filme francês que descreve a mobilização de radioamadores em inúmeros países para conseguir um remédio para a tripulação de um barco pesqueiro que fora envenenada por comida deteriorada. Via Internet há um imenso campo a ser desenvolvido pela família espírita.

22 - Como você vê a agressividade de muitos espíritas aos irmãos e crença que lêem livros de Roustaing, por exemplo? Não sou roustainguista. Aliás nem gosto dessa palavra, mas respeito a liberdade de cada um ler o que prefere.

Como diz o velho ditado, "cada um dá o que tem". Há companheiros que julgam dar força aos seus argumentos usando a clava. Também não sou roustainguista e preferiria que não falassem tanto dele, como o fazem aqueles que a pretexto de esclarecer a comunidade espírita sobre uma "ameaça" que não significa nada para 99,99% dos espíritas, são seus grandes divulgadores.

23 - Considerando as dificuldades econômico financeiras, o desemprego, que a classe média vem enfrentando, como orientar o jovem espírita para a vida (lazer, sexo, família), sem o risco da desesperança que parece contagiar a juventude? (inclusive com incidência de suicídio entre os jovens)

O jovem espírita que comete suicídio revela total ignorância dos princípios codificados por Kardec. Um mínimo de esclarecimento a respeito das conseqüências funestas do auto-aniquilamente funciona como infalível vacina contra o suicídio. O conhecimento da Doutrina nos permite enfrentar com segurança os desafios da vida, demonstrando, sobretudo, que nossa felicidade não está subordinada à satisfação de nossos desejos. É preciso, se queremos ser felizes, que entendamos o que a vida espera de nós. Nesse particular o Espiritismo é imbatível.

24 - Como orientar o jovem espírita que gosta e se sente bem em bares, boates, etc.?

O Espiritismo é a Doutrina da consciência livre. Não estamos impedidos de entrar em nenhum lugar. Importante saber como vamos sair. E deve o jovem espírita ter consciência de que nesses ambientes há uma pressão muito grande da espiritualidade inferior, estimulando os impulsos do sexo promíscuo, do vício e da licenciosidade. Não é fácil conservar ali a integridade espiritual. O apóstolo Paulo dizia: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convém.Seria interessante pensar nisso.

25 - Como orientar o adolescente espírita com relação ao sexo durante o namoro?

O problema na atualidade, quanto ao namoro, é que as pessoas tendem a confundir amor com sexo. Quando se fala em amar, pensa-se em "transar". Invertem-se as posições. O grande desafio em se tratando do jovem espírita, é passar-lhe a convicção de o sexo deve ser a culminância de uma ligação afetiva, consolidada por longa convivência, jamais o seu início.

26 - As rifas para conseguir fundos para obras de caridade são válidas ou não?

Há um projeto de lei que visa legalizar os cassinos. Num programa de televisão, um dos debatedores dizia-se contrário aos cassinos mas favorável aos sorteios como a loteria. Explicava que os cassinos estão associados ao vício do jogo, levando muita gente a dilapidar fortunas, um verdadeiro azar na vida da pessoa, enquanto que os sorteios, como da loteria jamais fazem viciados a gastar compulsivamente seus recursos, situando-os como inocente tentativa de experimentar a sorte. Penso da mesma forma e acho um absurdo colocar uma rifa beneficente no patamar de uma indução ao vício do jogo.

27 - O corpo de Jesus fora fluídico ou não?

No capítulo XV, de A Gênese, Allan Kardec deixa bem claro que Jesus foi um Espírito encarnado, como todos nós que mourejamos na Terra.

28 - No livro A Gênese, uma comunicação de Galileu (segundo o médium), diz que Marte não tinha satélites. Sabemos há muito tempo que Marte tem 2 satélites (aliás isso foi descoberto poucos anos depois dessa comunicação). O médium era astrônomo e responsável pelo observatório real da França (infelizmente esqueci o nome dele). É possível que essa comunicação tenha sido um fenômeno anímico e não uma comunicação real? Se foi então ela conseguiu passar pelos cuidados de Kardec?

O médium foi Camilo Flammarion, célebre astrônomo francês e é notável lembrar que ele tinha apenas 20 anos quando psicografou as mensagens que deram origem ao capítulo VI, de A Gênese, um dos mais importantes, denominado por Kardec "Uranografia Geral". Quanto ao equívoco sobre os satélites de Marte podemos atribuí-los à um problema de filtragem mediúnica, não detectado por Kardec, mesmo porque nada se sabia a respeito do assunto.

29 - O uso da palavra magnetismo ainda no meio atual do movimento espírita não induz ao pseudo-cientificismo? É compreensível na época de Kardec o seu uso e o uso da idéia de eletricidade para explicar os fenômenos espíritas, inclusive porque o elétron só foi descoberto no final do século passado. Mas hoje em dia, eletricidade e magnetismo são dois conceitos bem definidos em Física. Toda vez que vejo esses termos sendo usados sem os devidos cuidados sinto que em vez de ajudar a doutrina isso pode atrapalhá-la. Por que não mudar a expressão campo magnético por campo atracional ou outra palavra qualquer?

Confrades ligados às áreas da física, quando abordam o assunto junto aos seus pares, devem explicar essas expressões, reportando-se ao fato de que representavam um grande avanço na época em que foram utilizadas. Não podemos, entretanto, modificar os textos da codificação sob pena de cometermos adulteração. E para uso popular parece-me que a expressão magnetismo é bastante abrangente e está consagrada pelo uso.

30 - Como explicar a comunicação da mãe do Chico sobre o planeta Marte? Ela viu o mundo espiritual daquele planeta e não o mundo dos encarnados? Então por que ela não deixou isso explícito no texto? Por que existe uma comunidade espiritual tão operante lá se não existe comunidade encarnada, ou como se explica as fotos da sonda espacial que esteve lá?

Maria João de Deus foi uma mulher humilde, sem nenhuma cultura, que escreveu cartas a Chico reportando-se a Marte segundo sua própria ótica, sem perceber que passava a idéia de que a população de Marte fosse constituída de seres biológicos. Quando à existência de uma comunidade desencarnada em Marte, sem a correspondente encarnada, não é exceção, mas regra no Universo. A Terra é uma das exceções. A questão número 55 de O Livro dos Espíritos explica que todos os mundos são habitados. Raros tem vida biológica como nosso planeta.

31 - O problema da regressão e progressão de memória é brilhantemente estudado por Hermínio C. Miranda em seus livros. Como você explica os estudos de progressão feitos recentemente por cientistas americanos e suas conclusões estranhas?

Não estou suficientemente informado sobre o assunto. Sei apenas que o fenômeno é escorregadio e merece reservas, porquanto pode ocorrer que o paciente fantasie inconscientemente situações envolvendo o passado e, particularmente, o futuro.

32 - O que garante que o Movimento Espírita não vai cometer o mesmo erro das outras religiões? Por exemplo, infelizmente muitos confrades espíritas não são capazes de defender suas convicções em relação à Doutrina sem cair no "duelo" de palavras, na deselegância e na falta de tolerância com as idéias de outras pessoas. Notar que Jesus nos pediu que amássemos os nossos inimigos e não estamos sabendo nem mesmo amar os amigos!

Espero que nossos temores a esse respeito não se confirmem. Seria lamentável ver o movimento espírita dividido pela beligerância de alguns companheiros menos felizes em suas imponderadas considerações.

33 - Sou portador de distúrbios psíquicos e nervosos de fundo mediúnico. Na Revista Espírita Allan Kardec número 11, página 32, no artigo "Formação do Expositor", diz que reencarnei com a missão de ser orador e expositor. Como fazer para cumprir essa missão? Como proceder?

Desconheço o artigo em referência. Não obstante, a existência de distúrbios psíquicos e nervosos não significa o desabrochar de uma mediunidade ou a notícia de uma missão a ser cumprida no campo da oratória. Seria oportuno um longo tratamento espiritual no Centro Espírita, com o empenho de estudo da Doutrina e a participação nas suas atividades, deixando para mais tarde, em melhores condições, a identificação de uma possível tarefa desse teor.

34 - Considerando as perguntas 346 e 346-a, de O Livro dos Espíritos, um feto pode morrer por imperfeições da matéria. Deus deu inteligência ao homem que atualmente consegue perceber no início da gestação, problemas de má formação do feto (ex. irmãos siameses, deficientes de nascença), indicando nesses casos o aborto clínico. Seria lícito um aborto num caso desses? Ou será que a pergunta 346a, só se refere às mortes naturais, ou seja, se a natureza não eliminou o feto, então o corpo (perfeito ou não) é o que o Espírito precisa?

A questão está respondida em sua derradeira conjectura. Por outro lado é importante considerar que, segundo as questões 358 e 359, só numa situação é admissível o aborto: quando o médico tem que decidir entre salvar a mãe ou o filho, numa emergência. Como diz o mentor, preferível é que se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe. O existir aqui significa ter nascido.

35 - Que pensar, sob o ponto de vista espírita, do bebê de proveta, ou seja, a fecundação em laboratório?

Não há o ponto de vista estritamente doutrinário, já que Kardec não tratou do assunto na codificação. Não obstante, como ponto de vista de espírita podemos dizer que se trata de uma alternativa aceitável para mães com dificuldade de engravidar.

36 - Nos países onde não há Centros Espíritas como são atendidas as entidades desencarnadas sofredoras, bem como os casos de obsessões?

Como está claro na monumental obra de André Luiz, a Espiritualidade tem amplos recursos para cuidar de Espíritos encarnados e desencarnados, em estado de desequilíbrio. A atuação do Centro Espírita nesse particular é apenas um recurso a mais, em benefício dos Espíritos que desencarnam sem nenhum preparo para a vida espiritual.

37 - Considerando os livros publicados sobre temas de atualidade, a luz da Doutrina Espírita, de sua autoria, gostaria de saber se o senhor tem algum estudo sobre a visita de extraterrestres a Terra. Especificamente sobre o atual caso de Varginha MG, que está nos noticiários.

Acredito que sejamos constantemente visitados por Espíritos desencarnados pertencentes a outros mundos e outros sistemas solares. Quanto à visita de extraterrestres encarnados, parece-me uma possibilidade extremamente remota. Há muita fantasia em torno do assunto, muitas especulações, sem nenhum contato documentado, sem nenhuma fotografia, nenhum vestígio, nada de palpável, de autêntico. Varginha é um exemplo.

38 - Evoluímos assim do mineral para o vegetal, animal, hominal e deste para o angelical, certo? Passamos por todas as espécies de animais? Nesta etapa de evolução (animal), estamos já nos individualizando? Quando começamos a nos tornar Espíritos individualizados?

Não há uma clara definição doutrinária a respeito do assunto. Aparentemente, o princípio espiritual (embrião do Espírito), individualiza-se no reino animal. Passa, então por experiências em variadas espécies (não me parece que necessariamente por todas elas, até por que ao longo dos milênios incontáveis espécies novas surgem, incontáveis se extinguem). Segundo Emmanuel, a conquista da consciência, transformando o princípio espiritual em Espírito, não ocorre na Terra, mas em outros planos do Infinito.

39 - Qual a posição da Doutrina Espírita em relação ao sexo antes do casamento?

A liberalidade sexual da atualidade, transformada em libertinagem sexual, revive os impulsos poligâmicos da criatura humana. Um retrocesso transitório, decorrente do fato de que nem o homem nem a mulher estão preparados para a liberdade de que desfrutam. O ideal seria o sexo ser exercitado como a culminância de um relacionamento afetivo sustentado pelo amor, dispostos ambos a assumir as responsabilidades de uma existência em comum.

40 - Como o espírita deve encarar o casamento religioso e civil?

O casamento civil atende às leis humanas. É o testemunho de que o homem e a mulher estão dispostos a assumir os compromissos inerentes a uma vida em comum, uma demonstração recíproca de confiança na solidez da relação. Quanto ao casamento religioso onde se destaca a figura do oficiante, é uma cerimônia exterior incompatível com os princípios espíritas. Todo ato de adoração, em que evocamos as bênçãos divinas, deve ser um ato do coração, sem intermediários. Os próprios noivos devem fazê-lo, na intimidade do lar.

41 - Uma pessoa que não se casa tem a liberdade de manter uma vida sexualmente ativa?

O casamento não é condição para o exercício sexual. Considere-se, entretanto, que a promiscuidade sexual, sem compromisso e sem responsabilidade, é porta aberta para excessos e viciações, desajustes e enfermidades.

42 - Como deve ser encarada a masturbação?

Vai longe o tempo em que se proclamava que a masturbação conduzia à loucura e ao inferno. Normal no adolescente que está descobrindo a sexualidade, freqüente nos corações solitários, o problema é que ela favorece a viciação, conturbando o psiquismo do indivíduo com sensualidade exacerbada. Por outro lado compromete a sublimação das energias sexuais quando as circunstâncias nos convocam à castidade, convidando-nos a canalizá-las para as realizações mais nobres.

43 - No Plano Espiritual os Espíritos (atrasados, medianos e adiantados), praticam o sexo, levando em consideração as instruções de André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, que nos diz existirem algumas diferenças entre o corpo espiritual e o corpo físico, principalmente na região sexual e de digestão?

As poucas informações que nos chegam da espiritualidade a respeito do assunto nos permitem conceber que os Espíritos também experimentam o orgasmo, embora não saibamos exatamente como isso ocorre ou se envolve perispiritualmente sensações semelhantes aquelas que decorrem da comunhão carnal.

44 - Há alguma interseção entre o Espiritismo e a política? A meu ver não há uma lei moral mais perfeita do que as máximas do Cristo, mas percebo que todas as sociedades afastam-se deliberadamente delas, não havendo uma interseção mais forte entre a política social e a religião. Com um mundo tão cheio de riquezas, em que o dinheiro parece manipular todo o seu funcionamento, os governantes esquecem-se de certas leis básicas que podem desencadear vários conflitos totalmente desnecessários. Poderia o Espiritismo, com sua filosofia, inspirar um modelo social e governamental mais justo e adequado? O quão distante estamos hoje desta edificante realidade?

O grande problema das sociedades humanas é o egoísmo, a manifestar-se nos indivíduos e nas coletividades. Todas as religiões, particularmente o Cristianismo, explicam isso. A grande vantagem do Espiritismo é que ele nos demonstra de forma clara e objetiva as conseqüências do comportamento egoístico, convocando-nos à edificação de uma sociedade solidária como fundamental à nossa felicidade, onde conforme ensina Jesus, o maior será sempre aquele que se fizer sinceramente servo de todos.

45 - Muitas pessoas que conheço e que desenvolvem alguma atividade num Centro espírita dizem que isto lhes toma todo o tempo. Muitos dizem que até a família reclama devido ao fato de que essas pessoas não se lembram mais dos parentes e que estão se dedicando apenas aos trabalhos da instituição. Na sua opinião até que ponto devemos nos envolver com tarefas numa casa espírita? Eu sei que é um trabalho gratificante, mas não é por causa disso que preciso abdicar de nossas outras atividades.

Todos temos compromissos relacionados com a família, a sociedade, a profissão, a religião. Se nos dedicamos ao cumprimento de parte deles, negligenciando os demais, incorremos no erro da omissão, pelo qual teremos fatalmente que responder. Considere-se, entretanto, que a família não raro costuma exagerar a atenção de que necessita, pretendendo anular a iniciativa de um de seus membros, que está tentando cumprir seus deveres religiosos, fundamentais ao nosso equilíbrio e à edificação de uma sociedade melhor. Geralmente os familiares que mais reclamam são aqueles que não participam nem se interessam em fazer algo que transcenda o imediatismo familiar.

Richard Simonetti

Caixa Postal 503
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O ESTRANHO MUNDO DOS SUICIDAS


Frederico Francisco

Freqüentemente somos procurados por iniciantes do Espiritismo, para explicações sobre este ou aquele ponto da Doutrina. Tantas são as perguntas, e tão variadas, que nos chegam, até mesmo através de cartas, que chegamos à conclusão de que a dúvida e a desorientação que lavram entre os aprendizes da Terceira Revelação partem do fato de eles ainda não terem percebido que, para nos apossarmos dos seus legítimos ensinamentos, havemos de estabelecer um estudo metódico, parcelado, partindo da base da Doutrina, ou exposição das leis, e não do coroamento, exatamente como o aluno de uma escola iniciará o curso da primeira série e não da quarta ou da quinta.

Desconhecendo a longa série dos clássicos que expuseram as leis transcendentes em que se firmam os valores da mesma Doutrina, não somente nos veremos contornados pela confusão, impossibilitados de um sadio discernimento sobre o assunto, como também o sofisma, tão perigoso em assuntos de Espiritismo, virá em nosso encalço, pois não saberemos raciocinar devidamente, uma vez que só a exposição das leis da Doutrina nos habilitará ao verdadeiro raciocínio.

Procuraremos responder a uma dessas perguntas, de vez que nos chegou através de uma carta, pergunta que nos afligiu profundamente, visto que fere assunto melindroso, dos mais graves que a Doutrina Espírita costuma examinar. A dita pergunta veio acompanhada de interpretações sofismadas, próprias daquele que ainda não se deu ao trabalho de investigar o assunto para deduzir com a segurança da lógica. Pergunta o missivista:

- Um suicida por motivos nobres sofre os mesmos tormentos que os demais suicidas? Não haverá para ele uma misericórdia especial?

E então respondemos:

- De tudo quanto, até hoje, temos estudado, aprendido e observado em torno do suicídio à luz da Doutrina Espírita, nada, absolutamente, nos tem conferido o direito de crer que existam motivos nobres para justificar o suicídio perante as leis de Deus. O que sabemos é que o suicídio é infração às leis de Deus, considerada das mais graves que o ser humano poderia praticar ante o seu Criador. Os próprios Espíritos de suicidas são unânimes em declarar a intensidade dos sofrimentos que experimentam, a amargura da situação em que se agitam, conseqüentes do seu impensado ato. Muitos deles, como o grande escritor Camilo Castelo Branco, que advertiu os homens em termos veementes, em memorável comunicação concedida ao antigo médium Fernando de Lacerda, afirmam que a fome, a desilusão, a pobreza, a desonra, a doença, a cegueira, qualquer situação, por mais angustiosa que seja,, sobre a Terra, ainda seria excelente condição "comparada ao que de melhor se possa atingir pelos desvios do suicídio".

Durante nosso longo tirocínio mediúnico, temos tratado com numerosos Espíritos de suicidas, e todos eles se revelam e se confessam superlativamente desgraçados no Além-Túmulo, lamentando o momento em que sucumbiram. Certamente que não haverá regra geral para a situação dos suicidas. A situação de um desencarnado, como também de um suicida, dependerá até mesmo do gênero de vida que ele levou na Terra, do seu caráter pessoal, das ações praticadas antes de morrer.

Num suicídio violento como, por exemplo, os ocasionados sob as rodas de um trem de ferro, ou outro qualquer veículo, por uma queda de grande altura, pelo fogo, etc., necessariamente haverá traumatismo perispiritual e mental muito mais intenso e doloroso que nos demais. Mas a terrível situação de todos eles se estenderá por uma rede de complexos desorientadores, implicando novas reencarnações que poderão produzir até mesmo enfermidades insolúveis, como a paralisia e a epilepsia, descontroles do sistema nervoso, retardamento mental, etc. Um tiro no ouvido, por exemplo, segundo informações dos próprios Espíritos de suicidas, em alguns casos poderá arrastar à surdez em encarnação posterior; no coração, arrastará a enfermidades indefiníveis no próprio órgão, conseqÜência essa que infelicitará toda uma existência, atormentando-a por indisposições e desequilíbrios insolúveis.

Entretanto, tais conseqüências não decorrerão como castigo enviado por Deus ao infrator, mas como efeito natural de uma causa desarmonizada com as leis da vida e da morte, lei da Criação, portanto. E todo esse acervo de males será da inteira responsabilidade do próprio suicida. Não era esse o seu destino, previsto pelas leis divinas. Mas ele próprio o fabricou, tal como se apresenta, com a infração àquelas leis. E assim sendo, tratando-se, tais sofrimentos, do efeito natural de uma causa desarmonizada com leis invariáveis, qualquer suicida há de suportar os mesmos efeitos, ao passo que estes seguirão seu próprio curso até que causas reacionárias posteriores os anulem.

No caso proposto pelo nosso missivista, poderemos raciocinar, dentro dos ensinamentos revelados pelos Espíritos, que o suicida poderia ser sincero ao supor que seu suicídio se efetivasse por um motivo nobre. Os duelos também são realizados por motivos que os homens supõem honrosos e nobres, assim como as guerras, e ambos são infrações gravíssimas perante as leis divinas. O que um suicida suporia motivo honroso ou nobre, poderia, em verdade, mais não ser do que falso conceito, sofisma, a que se adaptou, resultado dos preconceitos acatados pelos homens como princípios inabaláveis.

A honra espiritual se estriba em pontos bem diversos, porque nos induzirá, acima de tudo, ao respeito das mesmas leis. Mas, sendo o suicida sincero no julgar que motivos honrosos o impeliram ao fato, certamente haverá atenuantes, mas não justificativa ou isenção de responsabilidades. Se assim não fosse, o raciocínio indica que haveria derrogação das próprias leis de harmonia da Criação, o que não se poderá admitir.

Quanto à misericórdia a que esse infrator teria direito como filho de Deus, não se trataria, certamente, de uma "misericórdia especial". A misericórdia de Deus se estende tanto sobre esse suicida como sobre os demais, sem predileções nem protecionismo. Ela se revela no concurso desvelado dos bons Espíritos, que auxiliarão o soerguimento do culpado para a devida reabilitação, infundindo-lhe ânimo e esperança e cercando-o de toda a caridade possível, inclusive com a prece, exatamente como na Terra agimos com os doentes e sofredores a quem socorremos. Estará também na possibilidade de o suicida se reabilitar para si próprio, através de reencarnações futuras, para as duas sociedades, terrena e invisível; as quais escandalizou com o seu gesto, e para as leis de Deus, sem se perder irremissivelmente na condenação espiritual.

De qualquer forma, com atenuantes ou agravantes, o de que nenhum suicida se isentará é da reparação do ato que praticou com o desrespeito às leis da Criação, e uma nova existência o aguardará, certamente em condições mais precárias do que aquela que destruiu, a si mesmo provando a honra espiritual que infringira.

O suicídio é rodeado de complexos e sutilezas imprevisíveis, contornado por situações e conseqüências delicadíssimas, que variam de grau e intensidade diante das circunstâncias. As leis de Deus são profundas e sábias, requerendo de nós outros o máximo equilíbrio para estudá-las e aprendê-las sem alterá-las com os nossos gostos e paixões.

Assim sendo, que fique bem esclarecido que nenhum motivo neste mundo será bastante honroso para justificar o suicídio diante das leis de Deus. O suicida é que poderá ser sincero ao supor tal coisa, daí advindo então atenuantes a seu favor. O melhor mesmo é seguirmos os conselhos dos próprios suicidas que se comunicam com os médiuns: - Que os homens suportem todos os males que lhes advenham da Terra, que suportem fome, desilusões, desonra, doenças, desgraças sob qualquer aspecto, tudo quanto o mundo apresente como sofrimento e martírio, porque tudo isso ainda será preferível ao que de melhor se possa atingir pelos desvios do suicídio. E eles, os Espíritos dos suicidas, são, realmente, os mais credenciados para tratar do assunto.

Revista Reformador de março de 1964

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

MENSAGEM DE AMOR - CHICO XAVIER

Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!
Obrigado pela companhia!!!
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


Meus queridos Paizinhos.

Deus nos abençoe.

Sigamos nosso caminho de lutas salvadoras, encontrando no trabalho e no sofrimento o bendito ensejo de elevação.

Não acreditem esteja meu espírito ausente do nosso quadro de lutas.

O amor não se extingue com a morte.

A família espiritual continua, além das sombras, entesourando carinho.

O serviço não cessa com a supressão do corpo físico.

A luta não se acaba com a transposição de plano.

E a purificação prossegue, invariavelmente, constrangendo-nos a receber o riso e a lágrima, a alegria e a dor, no mesmo cálice de esperanças.

Quanto puderes, não deixem que a luz da crença esmoreça em nossa casa.

Nosso grupo precisa rearticular-se, a fim de que a produção de conhecimento superior não sofra intervalos em nossa jornada de ascensão.

Aqui, também, somos obrigados a grande esforço para sustentar nossas lâmpadas de fé, acesas e vibrantes.

A afinidade nos reúne em agrupamentos diversos, cada qual guardando funções diferentes na plantação do bem.

Em verdade, a nossa vida não apresenta modificações fundamentais.

Envolvemos em paisagens que se filiam à enorme semelhança com as cidades terrenas.

No capítulo dos fenômenos, as linhas de estudo são sempre mais ricas e mais belas, entretanto, nos horizontes do coração, os sentimentos não sofrem alterações essenciais.

Somos o que somos.

O túmulo é apenas uma passagem, no rumo do Mais Além, onde a maior novidade que nos surpreende é a continuidade da nossa existência.

É, por isso, o esforço que nos cabe na transformação do lastro de nossas antigas idéias deve ser sacrifical e constante, se desejamos auxiliar com eficiência aos amados que ficam.

Possuímos templos sublimes, em cuja intimidade a luz vive associada à beleza, extravasando divinas revelações, contudo, a cada passo, somos defrontados pelo impositivo de nossa própria renovação em Cristo.

Nesse aspecto de nossa luta, somos assim induzidos a formar conjuntos e congregações de trabalho assistencial, de socorro mútuo, de vigilância fraterna e de oração balsamizante.

Além das nossas atividades no corpo coletivo das sociedades a que nos ajustamos, reunimo-nos desse modo, em misteres e obrigações particulares que podem perfeitamente inspirar as igrejas domésticas da sociedade humana.

O mundo necessita, não somente de escolas e hospitais, de oficinas e tribunais, de academias e santuários, para solucionar os problemas das criaturas, mas também de lares que, como células regeneradoras do organismo social, se expandam em benefícios reais para os nossos irmãos nos variados setores da experiência comum.

Ajudem-nos a realizar nossa velha aspiração de um grupo firme e valoroso, incessantemente afinado com o Evangelho de Nosso Senhor Jesus, em nosso séqüito familiar.

Ninguém pode, por enquanto, na Terra, avaliar a importância de uma simples oração erguida por duas ou três pessoas unidas em nome do Senhor.

A prece produz vibrações e pensamentos reconstrutivos, alcançando o ambiente vivo dos cérebros e dos corações. Em razão disso, ainda mesmo sem os fenômenos da mediunidade e sem os recursos materiais para a extensão da caridade, a prece pura e sem artifícios, em si mesma, já constitui um estandarte de auxílio positivo, cuja difusão de bênçãos não podemos apreciar.

Assim, meus queridos amigos, paizinhos de meu coração, ajudemo-nos nesse sentido.

As meninas, principalmente, necessitam de nossa realização. E não nos esqueçamos de que amparando aos nossos, estaremos auxiliando aos outros, aos nossos companheiros da Humanidade.

Mãezinha querida e Paizinho abençoado recebam com todos os nossos afetos o meu carinho de todas as horas. Que Jesus nos auxilie em nossa marcha de fé renovadora na Terra, em busca de nossa união com a Vida Superior, são os votos ardentes da filha e irmã que não os esquece.


pelo Espírito Therezinha - Do livro: Taça de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O TITANIC ESPÍRITA

O TITANIC ESPÍRITA NA TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

Publicado por Maurício de Araújo Zomignani

Importante diálogo é descrito entre à página 155, no livro "No final da Última Hora" de Lúcius/ André Luiz Ruiz, capítulo "Os Espíritas", entre trabalhadores espirituais que tentam alertar as Casas Espíritas sobre a delicadeza do momento da Transição Planetária:

- Sabe, Ribeiro, estamos muito aflitos. Com exceção desta instituição que você dirige em sintonia com os ideais superiores e de mais umas duas ou trés aqui nesta cidade, não temos encontrado ambiente favorável entre os espíritas, para a multiplicação do chamamento - falou Jerônimo.

- Entendo o que dizem, meus amigos. Nossa realidade espiritual não os empolga. Já observamos esse comportamento em muitos de nossos queridos irmãos. Todos nós somos provenientes de outros caminhos religiosos nas muitas vidas já vividas, quando viciamos a crença nos modelos da inoperância e da preguiça. Então, mesmo depois que aceitam o trabalho espírita nesta jornada, no fundo anseiam por um cargo, por um posto onde se assentem e permaneçam na mesmice, sem empenho profundo na transformação.

Tais dirigentes espiritas se assemelham ao capitão de um navio que, naufragando, em vez de avisar os passageiros de que tudo vai afundar, mantém o cassino funcionando para tudo parecer normal, manda a orquestra tocar mais alto para esconder os ruídos do afundamento, não espalha salva vidas nem ordena que se baixem os botes salva vidas a fim de que não se levantem suspeitas da tragédia em andamento. Desse modo, não previnem os passageiros para a tormenta que os aguarda e contra a qual poderiam estar bem mais preparados.

Os trabalhadores espritas são como a tripulação desse navio que, não podendo afrontar o capitão, tem que obedecer às suas ordens. Quando muito poderiam comentar em sigilo a alguns íntimos sobre o naufrágio, com o compromisso que o capitão não venha a saber ou desconfiar de que suas regras estão sendo quebradas.

Por incrível que pareça, capitão e tripulação estão avisados de que o navio está indo para o fundo.

O trecho nos fala da tremenda responsabilidade daquele que muito sabe, de quem, já se disse, muito será cobrado. Sem alarmismo paralisante, mas com claro sentido de urgência, temos todos o claro dever de chamar aqueles que nos rodeiam para a clara responsabilidade do momento vivido, um dos grandes divisores de águas a ser lembrado por muito tempo, de uma forma amarga ou feliz, de acordo com as decisões que tomarmos.




sábado, 22 de setembro de 2012

UMA EXPIAÇÃO TERRESTRE

Publicado na Revista Espírita de Julho/1863

Max, O Mendigo!

Pelo ano de 1850, morreu numa aldeia da Baviera, um velho quase centenário, conhecido como Pai Max. Ninguém sabia, ao certo, a sua origem, pois não tinha família.

Desde quase meio século, abatido por enfermidades que o impossibilitavam de ganhar a vida pelo trabalho, não tinha outro recurso senão a caridade pública, que dissimulava indo vender nas fazendas e castelos, almanaques e pequenos objetos. Tinham-lhe dado o apelido de Conde Max e as crianças só o chamavam Senhor Conde, com o que sorria sem se formalizar. Por que tal título? Ninguém saberia dizer: já era hábito. Talvez fosse por causa da fisionomia e das maneiras, cuja distinção contrastava com seus trapos. Vários anos após sua morte apareceu em sonho à filha do dono de um dos castelos, onde era hospedado na cavalariça, pois não tinha domicílio. E lhe disse: “Obrigado por vos terdes lembrado do pobre Max em vossas preces, pois foram ouvidas pelo Senhor. Desejais saber quem sou eu, alma caridosa que vos interessastes pelo infeliz mendigo? Vou satisfazer-vos. Será para todos uma grande instrução”.

Então fez o relato que segue, mais ou menos nestes termos:

“Há mais ou menos um século e meio eu era um rico e poderoso senhor desta região, mas vão, orgulhoso e enfatuado de minha nobreza. Minha imensa fortuna jamais serviu senão para os meus prazeres, e apenas bastava, porque era jogador, debochado e passava a vida em orgias. Meus vassalos, que julgava criados para meu uso como animais de fazenda, eram oprimidos e maltratados para contribuir para as minhas prodigalidades. Eu ficava surdo às suas lamentações, como às de todos os infelizes e, em minha opinião, deviam sentir-se muito honrados de servir aos meus caprichos. Morri em idade pouco avançada, esgotado pelos excessos, mas sem haver experimentado nenhuma verdadeira desgraça. Ao contrário, tudo parecia sorrir-me, de sorte que, aos olhos de todos eu era um dos felizes do mundo. Minha classe me valeu funerais suntuosos; os vivedores lamentaram em mim o faustoso senhor, mas nem uma lágrima caiu em minha sepultura, nem uma prece de coração subiu a Deus por mim e minha memória foi maldita por todos aqueles cuja miséria eu havia agravado. Ah! Como é terrível a maldição dos que tornamos infelizes! ela não cessou de retinir em meus ouvidos durante longos anos, que me pareciam uma eternidade! E, à morte de cada uma de minhas vítimas, era uma nova figura ameaçadora ou irônica que se erguia à minha frente e me perseguia sem trégua, sem que eu pudesse encontrar um recanto escuro para me subtrair à sua vista. Nem um olhar amigo! Meus antigos companheiros de deboche, infelizes como eu, me fugiam e pareciam dizer com desdém: “Não podes mais pagar os nossos prazeres.” Oh! Como eu teria pago caro um instante de repouso, um copo d’água para estancar a sede causticante que me devorava! Mas eu não possuía mais nada e todo o ouro que havia semeado a mancheias na Terra não havia produzido uma só bênção! uma só, ouvis, minha filha!

Por fim, abatido pela fadiga, esgotado como um viajante tresmalhado, que não vê o termo de sua rota, exclamei: “Meu Deus! tende piedade de mim! Quando terminará esta horrível situação?” Então uma voz, a primeira que ouvia desde que deixei a Terra, me disse: “Quando quizeres. – Que devo fazer, grande Deus? respondi; dizei; eu me submeto a tudo. – É preciso que te arrependas; que te humilhes ante aqueles que humilhaste; pedir-lhes que intercedam por ti, porque a prece do ofendido que perdoa é sempre agradável ao Senhor.”Humilhei-me, pedi aos meus vassalos, aos meus servos, que estavam à minha frente e cujos rostos cada vez mais benevolentes acabavam desaparecendo. Foi então para mim como uma nova vida; a esperança substituiu o desespero e agradeci a Deus com todas as minhas forças de minh’alma. A voz me disse então: “Príncipe!” e eu respondi: “Aqui não há outro príncipe senão o Deus Todo-Poderoso, que humilha os soberbos. Perdoai-me Senhor, porque pequei; fazei de mim um servo de meus servos, se tal for a vossa vontade.”

Alguns anos depois nasci de novo, mas esta vez de uma família de pobres camponeses. Meus pais morreram deixando-me criança, e fiquei só no mundo sem apoio. Ganhei a vida como pude, ora trabalhador, ora como criado de fazenda, mas sempre honestamente, porque desta vez acreditava em Deus. Aos quarenta anos, uma moléstia me tornou entrevado de todos os membros e tive que mendigar por mais de cinqüenta anos nas mesmas terras das quais tinha sido dono absoluto; que receber um pedaço de pão nas fazendas que tinham sido minhas e onde, por amarga ironia, me tinham apelidado Senhor Conde; que muitas vezes me sentir feliz com um abrigo na escuderia do castelo que fora meu. No sonho comprazia-me em percorrer esse Castelo que onde mandara como déspota. Quanta vez, em meus sonhos, me reviu em meio à minha antiga fortuna! Essas visões me deixavam, ao despertar, um indefinível sentimento de amargura e de pesar. Mas nunca um lamento me escapou da boca. E quando aprouve a Deus me chamar, eu o bem disse por me ter dado coragem para sofrer sem murmurar essa longa e penosa prova, cuja recompensa hoje recebo. E vós, minha filha, eu vos abençôo por haverdes orado por mim.”

TATO DE MÃE


Um menino, com um breve poeminha à mão, entrou correndo pela porta do quarto dos pais, ansioso para que o lessem.
Encontrou os pais numa discussão acirrada a respeito de um tema que desconhecia.
À maneira que só as crianças conseguem fazer, ficou ali, ao lado, quase invisível, tentando ser escutado.
Pai, mãe, olha o que escrevi!
Repetiu esse acalanto algumas vezes, falando cada vez mais alto, tornando a balbúrdia no aposento quase insuportável.
Ninguém se entendia e todos queriam ser ouvidos.
Repentinamente, o pai, já sem paciência, tomou a folha de papel das mãos do filho, amassou com força e disse: Já não expliquei que agora não posso!?
Atirou o papelote na lixeira mais próxima, o que deixou o filho sem chão e repleto de lágrimas.
Mais tarde, a mãe, que não havia ficado satisfeita com a cena presenciada e se enchia de compaixão, procurou o menino.
Ela carregava na mão esquerda uma folha de papel enrugada. Tinha a expressão emocionada e condoída.
Filho... Foi você quemescreveu este poema?
O menino, que ainda estava cabisbaixo, apenas acenou com a cabeça que sim.
Que coisa mais linda! Você é um poeta, meu filho! Você é um poeta! –E abraçou, carinhosamente, a criança.
A partir daquele dia, diz a história desse menino, ele resolveu definitivamente ser poeta.
O relato é do próprio autor que conta que, se não fosse pela destreza e tato de sua mãe, possivelmente não se dedicaria à poesia.
Assim, graças à sensibilidade daquela mulher, o mundo pôde conhecer a arte e inspiração de Pablo Neruda.
* * *
O tato é essa capacidade que temos, ou não, de lidar com situações delicadas.
Saber dizer as coisas certas na hora certa. Saber calar. Saber abraçar e chorar junto.
Para se ter tato faz-se necessário desenvolver a empatia, essa capacidade sublime de colocar-se no sentimento do outro.
A amorosidade também faz parte da conquista do tato, pois tudo aquilo que é dito com amor, com carinho, tem muito mais chance de ser bem recebido pelo outro.
Ficamos a pensar quantos Neruda deixamos de conhecer no mundo, pela simples falta de tato de pais e educadores, que não promoveram o incentivo necessário ou que simplesmente abafaram, silenciaram talentos tão importantes.
Assim, olhemos nossas crianças com atenção. Operemos sempre com muito tato, psicologia, em tudo que façamos, falemos ou deixemos de falar a eles.
Nem sempre serão grandes talentos ou gênios.
Porém, um incentivo aqui, um elogio ali são os responsáveis primeiros pela formação de uma boa autoestima.
Tratemos o lar como a terra que necessita estar sempre fértil, preparada para receber as mudas da filiação bendita, que Deus nos dá como presente e responsabilidade.
Redação do Momento Espírita.
Em 27.08.2012.

AMOR E VIDA

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

AMOR E VIDA

Muita semente esquecida
Em simples trato de chão
Transforma os charcos da vida
Em flor, alegria e pão.

Quem sente amor não reclama
Privilégios para si,
Quanto mais sofre, mais ama,
Quanto mais chora, mais ri.

Quem sabe renunciar,
Fazendo feliz alguém,
Por si já sabe olvidar
As mágoas que a vida tem.

Amor real e profundo
Dos sonhos e anseios meus,
Só mesmo existe no mundo
No coração que é de Deus.

Amor não é fanatismo,
Ciúme; inveja e paixão.
Amor é um a Luz Divina
Por dentro do coração.

Amor de mãe, poesia
Inspirada, terna e pura,
Que o Senhor criou um dia
Pensando em nossa ventura.

Vive; trabalha e abençoa,
Que a treva jamais te vença...
Quem ama sempre perdoa
A dor de qualquer ofensa.

Na Terra, o amor é assim:
Uma estrela em doce luz
Que brilha, do início ao fim,
E se consome na cruz.

Justiça aponta a Verdade
Sem segredos e sem véus,
Mas somente a Caridade
Sabe o caminho dos Céus.


pelo Espírito Eurícledes Formiga - Do livro: Sementes De Luz, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Carlos Bacelli.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

NOSSA FAMÍLIA PLANETÁRIA

Salve o Cristo Planetário!

Salve Jesus! Salve a paz!

Irmãs, mesmo longe, nossas mentes se unem, pois buscamos amigos queridos que caíram em suas ações morais, e foram enviados ao exílio. Vivem os momentos finais da Terra de Expiação e Provas.

Ao contatarmos os Dirigentes dos Grupos de Luz no qual trabalham (GESJ), encontramos aqui, amigos de outras plagas.

Como guerreiros experientes que somos, lutamos pelo ideal maior que é a limpeza planetária, e o preparo do lindo Planeta Azul para os novos habitantes que aqui viverão.

Mesmo estando dentro do seu "Sistema", a distância que nos separa é imensa, e só o sentimento fraterno possibilitou o nosso reencontro.

Pela afinidade e convívio familiar, apresentamo-nos para lutar junto a vocês, e quando necessário e permitido, protege-los no caminho, que se encontra infestado pelos inimigos da luz, comandados pela Besta. Tal confronto não é novidade em nossas jornadas planetárias, mas o que nos alegra é estarmos lutando lado a lado com nossa família planetária.

Somos poucos, mas em vidas anteriores construímos laços afetivos que nos ligam nas horas eternas da evolução.

Um dia nos reconhecerão e a partir deste dia, mente ligadas, esperamos não haver mais retrocessos ou paradas no caminho.

Outros Irmãos das Estrelas, não conhecidos por vocês, enviarão por meio deste Grupo, mensagens de paz e alerta pra a população terrena; esperamos que com a energia e vibração emitidas por suas palavras encontrar sintonia nas mentes da humanidade.

Que a Paz do Senhor dos Mundos envolva a todos.

Atlon

Extraterrestre da Constelação de Capricórnio

GESH – 23/03/2012 – Vitória, ES – Brasil

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A MENTE MAIS ESTÁVEL DO MUNDO

A Mente Mais Estável do Mundo - Dadi Janki


Uma ioguina indiana, DADI JANKI, de 86 anos, foi considerada pelo Instituto de Pesquisa Médica e Cientifica da Universidade do Texas, como a "mente mais estável do mundo", porque mesmo testada em situações tensas e perigosas, seu eletroencefalograma marcou a presença constante de ondas delta, as ondas mais positivas e lentas produzidas pela atividade cerebral. Ela recebeu da ONU o título, muito raro de ser concedido, de Guardiã do Planeta, por seu
trabalho em prol de mentes mais livres e pacíficas.



Quando lhe perguntaram, em sua visita a São Paulo, a receita de uma mente tão tranquila e sem pesos, ela respondeu:



"Muito amor no coração por todos e nenhum apego por ninguém, tentar não prejudicar pessoa alguma minimamente e eliminar da mente qualquer pensamento negativo, fazendo um exercício diário e ter a certeza de que não estamos aqui à-toa, mas para cumprir o destino da evolução. Que somos caminhantes, sem dependências ou estabilidades. Quem não percebe isso se torna escravo do desnecessário e polui a mente".



Em 1978, Dadi Janki foi submetida a um teste na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, quando então se tornou conhecida como "a mente mais estável do mundo" (suas ondas cerebrais não se alteram mesmo em situações extremas).



"A maravilha é que, mesmo não entendendo inglês, consegui dar as respostas certas", diz.



Hoje, aos 86 anos, 60 deles dedicados ao estudo espiritual e à prática da meditação, Dadi é só tranqüilidade e paz. Co-diretora mundial da Brahma Kumaris - universidade espiritual com sede na Índia e mais de 5 mil centros pelo mundo -, integrante do grupo Guardiões da Sabedoria e criadora da Fundação Janki de Pesquisas para Saúde Global, em Londres, ela nos recebeu vestindo branco por dentro e por fora, sem solenidades, sem as vaidades comuns à maioria das mulheres. Seu discurso encanta pela pureza e ensina que
as mudanças possíveis ao mundo começam no coração de cada pessoa.

- Por que tanta gente está buscando uma vida simples?



- Vivemos com muitas demandas de consumo. Eu quero isto, eu quero aquilo, aquilo outro e assim por diante. E todo mundo tem muitas demandas e expectativas.

Se vivemos ao sabor das demandas externas, tudo o que conseguimos ver em termos de reconhecimento da personalidade humana é o que aparece na superfície, o que é artificial. E vida simples significa vida real.
Algumas pessoas pensam que a necessidade da vida é possuir coisas, quando, na verdade, o que realmente importa é possuir valores espirituais. Portanto, quando reafirmamos nossa vida em propósitos de paz, felicidade e amor, caminhamos para a felicidade verdadeira.

A conquista de uma vida simples permite que a espiritualidade se desenvolva facilmente.E espiritualidade significa eu usar o meu tempo, o meu dinheiro e a minha energia no caminho do bem.



- E de que maneira podemos seguir esse caminho na prática, levando em conta as dificuldades do dia-a-dia?



- Existem três aspectos importantes para o entendimento do que proponho aqui, do que estamos levando adiante com o conhecimento. O primeiro passo é empreender a busca, porque quando faço isso reconheço os territórios internos, em termos de qualidade dos pensamentos, e entendo o que pode ser feito para mudar. Segundo, tenho de conhecer a Deus, ser capaz de ter um relacionamento com o divino, de maneira a estar pronto para receber de Deus o tesouro da paz.
Terceiro, eu também preciso entender os movimentos de calma e de ação, assim como o curso e os efeitos de minhas ações. Se eu puder entender essas três coisas, então certamente terei paz verdadeira.



- A senhora vive com pouco?



- Posso viver muito bem com três conjuntos de roupas: uma para tudo, outra para alternar na lavagem, uma terceira guardada. Às vezes, quando visito alguém, as pessoas me chamam para mostrar o número de roupas que elas têm, a quantidade de sapatos, as jóias. Eu sinto compaixão por elas, porque seu intelecto certamente está disperso. Todos esses apelos externos nos distraem do real propósito da vida.



- Essa desconexão com o real complica também nossos relacionamentos?

- Sim, as demandas externas distanciam as pessoas do que entendemos como qualidade em um relacionamento. É o que deteriora a família, as amizades, e consagra o egoísmo no lugar da verdade. Quando, enfim, complicamos muito a vida, fica difícil tomarmos conta de nós mesmos e, mais ainda, não há como cuidar devidamente de nossos relacionamentos.
Bem, eu posso mostrar, com a minha vida, de que maneira é possível alcançar a felicidade e, assim, os outros têm uma referência de como conseguir isso também. Com uma vida simples, posso dar atenção aos outros, cooperar com os outros, porque quando meu coração é honesto, ele se torna grande, generoso.



- É possível manter-se centrado mesmo com o turbilhão de informações produzido por jornais, revistas e televisão?



- Eu prefiro viver longe desse fluxo. Porque, se sabe, isso acaba virando um vício. As pessoas acreditam que, lendo jornais ou assistindo TV, estejam apenas buscando informações sobre o que acontece no mundo. Mas, na verdade, tudo isso produz uma grande quantidade de distrações.
O cinema, da mesma forma, difunde muitos e muitos maus hábitos. Assim, fica muito difícil, por exemplo, manter uma vida mais contemplativa, pautada na prática da meditação. A natureza humana é muito suscetível.

Somos freqüentemente afetados pelo mal. E quase sempre a influência do mal ocorre de maneira muito rápida.

Se eu, de fato, quiser me tornar um ser humano em sua plenitude, se esse é meu propósito, devo procurar caminhos diferentes, que não me façam perder tempo e energia. Ideias assim são sempre muito inspiradoras. Mas parece um tanto difícil conseguir isso.

A verdade é que há muitos males no mundo de hoje e creio que é mesmo hora de pararmos com isso. Eu tenho o alegre objetivo de, primeiro, fazer da minha vida uma boa vida e manter a mim mesma livre de todas as influências de negatividade do mundo. E há muitas pessoas criando uma vida boa como esta.

Gente do mundo todo está reconhecendo que é por meio da espiritualidade que se pode alcançar uma vida plena.



- Vivemos tempos um tanto incertos. Podemos acreditar num bom destino para a humanidade?



- Sim, eu acredito que o futuro será bom. Há pessoas buscando uma vida sensata, uma vida simples, e elas servirão de inspiração para os outros, em favor do mundo. E tudo o que é exigido é uma transformação interna, de maneira que possamos ter bons sentimentos, sem nos colocarmos negativamente contra quem quer que seja. Basta que não tenhamos maus sentimentos, que exercitemos a aceitação dos outros, disseminando paz e felicidade.



- É preciso tornar-se um iogue para incorporar essa atitude?



- Não necessariamente. Todos aqueles que, através da observação contínua de si mesmos, e através da meditação, experienciam um relacionamento autêntico com Deus, podem se tornar as estrelas brilhantes que iluminam o mundo.

Eu acredito que se todos seguirmos juntos assim, poderemos criar o céu aqui na Terra. Mas, primeiro, teremos de criar o céu em nossas mentes. Porque tudo o que acontece neste mundo começa antes no coração dos homens.

Enviada pela amiga Lucia Basto. Gratzie!

A REUNIÃO DOS DEMÔNIOS


Reunião de demônios ( para refletir muito sobre a “evolução” !)
O titulo é pesado, mas vale a pena ler, pois em alguns momentos ele se torna muito verdadeiro.

A Reunião de Satanás


Satanás convocou uma Convenção Mundial de demônios.

Em seu discurso de abertura, ele disse:

"Não podemos impedir os cristãos de irem à igreja"
"Não podemos impedi-los de ler as suas Bíblias e conhecerem a Verdade"
"Nem mesmo podemos impedi-los de formar um relacionamento íntimo com o seu Salvador.
E, uma vez que eles ganham essa conexão com Jesus, o nosso poder sobre eles está quebrado.
Então vamos deixá-los ir para suas igrejas, vamos deixá-los com os almoços e jantares que nelas organizam, MAS, vamos roubar-lhes o TEMPO que têm, de maneira que não sobre tempo algum para desenvolver um relacionamento com Jesus Cristo".
"O que quero que cada um vocês faça o seguinte", disse o diabo:
"Distraia-os a ponto de que não consigam aproximar-se do seu Senhor"

"Como vamos fazer isto?" gritaram os seus demônios.
Respondeu-lhes:

"Mantenha-os ocupados nas coisas não essenciais da vida, e invente inumeráveis assuntos e situações que ocupem as suas mentes"
"Tente-os a gastarem, gastarem, gastarem, e tomar emprestado, tomar emprestado"
"Persuada as suas esposas a irem trabalhar durante longas horas, e os maridos a trabalharem de 6 a 7 dias por semana, durante 10 a 12 horas por dia, a fim de que eles mantenham a capacidade financeira para garantir os seus estilos de vida fúteis e vazios."
"Crie situações que os impeçam de passar algum tempo com os filhos"
"À medida que suas famílias forem se fragmentando, muito em breve seus lares já não mais oferecerão um lugar de paz para se refugiarem das pressões do trabalho".
"Estimule suas mentes com tanta intensidade, que eles não possam mais escutar aquela voz suave e tranqüila que orienta seus espíritos".
"Encha as mesinhas de centro de todos os lugares com revistas e jornais".
"Bombardeie as suas mentes com notícias, 24 horas por dia".
"Invada os momentos em que estão dirigindo, fazendo-os prestar atenção a cartazes chamativos".
"Inunde as caixas de correio deles com papéis totalmente inúteis, catálogos de lojas que oferecem vendas pelo correio, loterias, bolos de apostas, ofertas de produtos gratuitos, serviços, e falsas esperanças".
"Mantenha lindas e delgadas modelos nas revistas e na TV, para que seus maridos acreditem que a beleza externa é o que é importante, e eles se tornarão mal satisfeitos com suas próprias esposas".
"Mantenha as esposas demasiadamente cansadas para amarem seus maridos à noite, e dê-lhes dor de cabeça também. Se elas não dão a seus maridos o amor que eles necessitam, eles então começam a procurá-lo em outro lugar e isto, sem dúvida, fragmentará as suas famílias rapidamente."
"Dê-lhes Papai Noel, para que esqueçam da necessidade de ensinarem aos seus filhos o significado real do Natal."
"Dê-lhes o Coelho da Páscoa, para que eles não falem sobre a Ressurreição de Jesus Cristo e o Seu poder sobre o pecado e a morte."
"Até mesmo quando estiverem se divertindo, se distraindo, que seja tudo feito com excessos, para que, ao voltarem dali, estejam exaustos!".
"Mantenha-os de tal modo ocupados que nem pensem em caminhar e observar a natureza, para refletirem na criação de Deus. Ao invés disso, mande-os para Parques de Diversão, acontecimentos esportivos, peças de teatro, concertos e ao cinema. Mantenha-os ocupados, ocupados."
"E, quando se reunirem para um encontro, ou uma reunião espiritual, envolva-os em mexericos e conversas sem importância, para que, ao saírem, o façam com as consciências pesadas".
"Encha as vidas de todos eles com tantas causas nobres e importantes a serem defendidas
que não tenham nenhum tempo para buscarem o poder de Jesus".
Muito em breve, eles estarão buscando em suas próprias forças, as soluções para seus problemas e causas que defendem, sacrificando sua saúde e suas famílias pelo bem da causa."
"Isto vai funcionar!! Vai funcionar !!"

Os demônios ansiosamente partiram para cumprirem as determinações do chefe, fazendo com que os cristãos, em todo o mundo, ficassem mais ocupados, e mais apressados, indo daqui para ali e vice-versa, tendo pouco tempo para Deus e para suas famílias, não tendo nenhum tempo para refletir e contar a outros sobre o poder de Jesus.

Creio que a pergunta é:
Teve o diabo sucesso nas suas maquinações?
Se você não estiver muito OCUPADO, passe adiante.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A RECIDIVA OBSESSIVA

Adésio Alves Machado

Um dos grandes males que atormentam a humanidade terrena, sem sombra de
dúvida, é a obsessão, e justamente pela sua peculiar característica, a de não ser
percebível por quem se acha submetido ao seu jugo infelicitador.
O Espiritismo é o grande remédio, um verdadeiro antídoto contra a obsessão,
porque mostra com riqueza de detalhes toda ação maléfica dos Espíritos inferiores, os
quais procuram arrastar as criaturas para os abismos tenebrosos dos vícios, das paixões
dissolventes, dos ódios, do desejo de vingança e para os crimes e suicídios.
Conhecesse o homem da Terra a influência espiritual em sua vida, naturalmente
recuaria diante da possibilidade de cometer algum ato que pudesse, mais tarde, levá-lo
ao arrependimento.
Salientemos, na oportunidade, que para haver a influência desses Espíritos
atrasados, necessário é que eles encontrem a sintonia mental no Espírito reencarnado,
aquilo chamado por Manoel Philomeno de Miranda de “plug”. Portanto, há a participação
do “influenciado”, mais ainda quando alimenta pensamentos em desarmonia,
desequilibrados que ferem, conflitam-se com a Lei Maior. Sem este detalhe não há como
eles, Espíritos inferiores, acessarem a nossa mente e nos conduzirem ao erro.
È bem verdade, também, que “eles”, não conseguindo nos atingir diretamente com
suas “sugestões”, utilizam pessoas de nosso relacionamento afetivo, parentes mais
próximos, por exemplo, que estejam na condição de invigilantes. Atormenta-os e os leva
ao desequilíbrio, o que, de alguma forma, termina por nos infelicitar, por mexer com o
nosso emocional, nossos sentimentos mais profundos.
Todo cuidado, toda atenção requer de nós, os espíritas mais ainda, o “modus
operandi” dos chamados obsessores. Precatemo-nos contra “eles”, procurando conhecer
como atuam, quais os mecanismos de que se utilizam para nos perturbar a existência.
Falemos do retorno ao processo obsessivo, ou seja, à recidiva, pelo fato desta ser
bem mais grave do que a obsessão em si.
Necessário usarmos o raciocínio em tudo que fizermos, e quando conseguimos ver
com clareza o que ocorre ao nosso derredor, faz-se imprescindível que nos revistamos de
maior dose de atenção, vigilância e de oração, a fim de nos precatarmos contra a recidiva
obsessional. Ela nos fará cair em lamentável e constrangedor processo de aflição.
Logo de início evitemos, o mais possível, frases desanimadoras, comumente
utilizadas pelo ser humano diante de problemas, de dificuldades: “não posso mais”, “não
suporto isso”, “não gosto desta medicação terapêutica, porque ela não resolve”, “eu sou
muito infeliz”, “só dou azar”, etc, etc. Todas estas reações interiores, verbalizadas ou não,
são pontos negativos que atraem os “negativos” do mais além,
Nada se consegue sem esforço e trabalho, conseqüentemente sem lutas, sem o
enfrentamento de dificuldades. Não temos como nos furtar deste aspeto.
Com referência ao tratamento espírita, seguido rigidamente, podemos afirmar, com
toda segurança, que nada há de melhor, de mais eficaz para a volta à normalidade.
A medicação receitada, a terapêutica preceituada e não tomada, é desperdício,
tenham elas o sabor amargo que tiverem, precisam ser “ingeridas”, da mesma forma
como se faz quando um médico nos prescreve esse ou aquele medicamento. Ninguém
logrará ir conosco além do lugar onde queremos estacionar.
A partir do momento em que o envolvido no processo obsessivo estiver em
condições de logicar, necessária será a sua colaboração para o êxito do tentame. A
integração e participação efetiva da “vítima” na sua própria cura é imprescindível, não há
quem a possa substituir.
Vigiemos a nossa mente porque somos os condutores da nossa vida, o que quer
dizer: senhor de nossa vontade. Caso esta exercitemos, ela nos ajudará na sedimentação
dos meios para controlarmos os nossos impulsos, a fim de fixarmos mensagens
otimistas, pensamentos sadios. Assim agindo, novamente retomaremos os hábitos
deixados há pouco e dos quais nos afastamos.
O estudo de páginas saturadas de otimismo tem a finalidade de imprimir clichês
mentais idealistas, os quais funcionarão como estímulo, incentivo de que necessitamos.
Com a praxiterapia, evitamos a terrível “hora vazia”, este mal que costuma levar ao
desfalecimento ou à queda nos abismos da desordem mental.
Há os que sofrem mais do que nós, e vencendo o nosso problema, capacitamonos
para os ajudar, mais tarde, desde o momento em que conhecemos, por experiência
pessoal, a significação da alienação transitória.
Porfiar na prece é medicamento para todo instante, pelo fato dela ser alimento do
Espírito, criando em torno do orante uma psicosfera superior que impedirá a presença ou
a insistência do perseguidor desencarnado.
Mutismo e isolamento são comportamentos que se instalam no influenciado, o que
pode levar a um estado letárgico mental, favorecendo o “trabalho” pernicioso dos
perseguidores implacáveis.
O cultivo da humildade e da submissão dão valor moral e fazem com que a “vítima”
granjeie mérito perante a Vida, o que muito a ajudará na sua libertação do jugo mental
opressor.
Seguidores de outras filosofias religiosas costumam não aceitar a terapia espírita,
a qual se baseia no passe, na água fluidificada, no serviço do bem e na oração pelo bem
do obsessor. Só temos que lamentar, porque somente ajudando somos ajudados,
somente perdoando somos perdoados, e é esforçando-nos por alcançar uma
sintonização com o labor dos bons Espíritos que haveremos de nos impregnar das forças
celestes que nos querem socorrer.
Aquele que se esforça, porque não só acredita mas está convicto, alcançará os
resultados salutares possíveis e imediatos.
(Artigo publicado originalmente em Reformador - Setembro 2001

domingo, 16 de setembro de 2012

PROMETA A SI MESMO

Ser forte de maneira que nada possa mudar a sua paz de espírito.
Falar de saúde, felicidade e prosperidade a toda pessoa que encontrar; não por vaidade nem por ostentação.
Fazer os seus amigos sentirem que há alguma coisa superior dentro deles.
Olhar para o lado glorioso de todas as coisas, e fazer com que o seu otimismo se torne uma realidade. Pensar sempre no melhor, trabalhar sempre para o melhor e esperar sempre o melhor.
Esquecer os erros do passado e preparar-se para melhores realizações no futuro.
Conservar em todas as ocasiões um semblante alegre, distribuindo nos lugares por onde passar, a semente do bom humor.
Ter tanto interesse e entusiasmo pelo sucesso alheio como pelo próprio.
Dedicar tanto tempo ao próprio aperfeiçoamento, que não lhe sobre um minuto para censurar os outros.
Ser calmo na contrariedade, nobre na cólera,forte no temor e receber alegremente as experiências da vida.
Fazer um bom juízo de si mesmo e proclamar este fato ao mundo, não em altas vozes, mas em grandes feitos.
Viver na certeza de que o mundo estará ao seu lado, enquanto lhe dedicar o que há de melhor dentro de si mesmo.

Do livro "Coletânea de Preces Espíritas".

sábado, 15 de setembro de 2012

INSPIRAÇÃO DO POETA

Inspiração do poeta

Conta-se que, num dia qualquer, o compositor Almir Sater estava em São Paulo para uma temporada. Em certo momento, desceu do seu apartamento para tomar um cafezinho num mercado ali perto.
Encontrou um amigo, que o convidou para experimentar uma viola que acabara de comprar. Enquanto tomavam café, Almir dedilhou a viola e soltou a voz:
Ando devagar... ao que o amigo emendou... porque já tive pressa.
Dizem que essa maravilha chamada Tocando em frente, ficou pronta em dez minutos. Um dia, alguém perguntou ao Almir como essa música fora feita e ele respondeu: Ela estava pronta. Deus apenas esperou que eu e o Renato nos encontrássemos para mostrá-la para nós.
Será verdade ou será mais uma dessas lendas que se inventam, a respeito de pessoas célebres e suas produções?
Lenda ou verdade, não importa. O que sabemos é que a inspiração existe e disso entendem muito bem os gênios de todos os matizes.
E a letra e música de Tocando em frente são uma joia rara.
Convidam-nos a parar em meio à correria, a viver com mais vagar, como a saborear cada momento.
Também nos recordam que, na vida, lágrimas e sorrisos se sucedem.
Assim dizem os versos:
Ando devagar porque já tive pressa.
E levo esse sorriso, porque já chorei demais.
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe...
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei...
Há tanto para aprender. E quantos cremos ser superiores, por entendermos disso ou daquilo. E, contudo, quem verdadeiramente se dedica a aprender, descobre que quanto mais aprende, mais há a ser pesquisado, descoberto.
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
O planeta Terra é o grande laboratório Divino em que provamos a dor, a alegria. Em que nos extasiamos ante a manhã que se espreguiça e nos encantamos com a riqueza das pessoas.
Cada uma com seu talento especial, sua forma de ser, de agir em nossas vidas.
E, neste planeta de provas e expiações, com quantas delícias nos agracia Deus. Sabores de frutas, consistências inúmeras.
É preciso tudo provar. Aprender a degustar, reconhecendo o sabor de cada fruta, do trigo transformado em pão, do grão triturado, moído, servido com aroma de café.
Mas é preciso o amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, continua cantando o inspirado poeta.
Sim, o amor nos é imprescindível porque fomos criados e somos mantidos pelo amor de Deus, trazendo essa essência Divina em nossa intimidade.
E somente sorri, num mundo de tanta perversidade ainda, quem já descobriu o segredo da vida na Terra, que se chama oportunidade e progresso.
Por isso, cada um de nós compõe a sua história. E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.
E, como todo mundo ama, todo mundo chora, não esqueçamos que um dia a gente chega, no outro vai embora.
A vida é transitória. Aproveitemo-la, ao máximo, vivendo com a família, os amigos. Produzindo na sociedade, deixando nossas marcas de luz para, como alguém já falou, quem venha atrás, possa dizer: Por aqui passou um ser iluminado. Uma estrela...

Redação do Momento Espírita.
Em 23.08.2012.

O AMOR VENCE!

Olá, nossas Fraternais Saudações!

Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!

Tomamos a liberdade em lhe convidar para o 10º Conec (com os dados logo abaixo). Ficaremos imensamente felizes em contar com sua presença, caso possa vir. Agradeceremos também se puder nos ajudar na divulgação, sendo enviando para sua lista de contatos, imprimindo e afixando no mural da Casa Espírita ou incluindo em sua mídia disponível (site, blog, jornal, revista, facebook,etc..).

10º CONEC - CONGRESSO DE ESPIRITISMO DO CIRCUITO DAS ÁGUAS
Tema: O Espiritismo e os Transtornos Psíquicos do Homem Moderno
Local: Serra Negra-SP


Semana Espírita
André Luís Rosa
10/10/2012 (quarta-feira) – Jaguariuna – - Tema: "Quando as crianças voltam mais cedo para casa"
11/10/2012 (quinta-feira) – Socorro – tema: Quando as crianças voltam mais cedo pra casa."
12/10/2012 (sexta-feira) – Monte Sião
Tema: NAO ESPERE MAIS,SEJA FELIZ AGORA!
13/10/2012 (sábado) – Serra Negra - NÃO ESPERE MAIS, SEJA FELIZ AGORA!
14/10/2012 (domingo) – Socorro 9h30 - NÃO ESPERE MAIS, SEJA FELIZ AGORA!
Orson Peter Carrara
15/10/2012 (segunda-feira) – Lindóia – Tensão emocional
16/10/2012 (terça-feira) – Pedreira – A morte dói?
17/10/2012 (quarta-feira) – Águas de Lindóia – Projeto reencarnatório.


CONEC
dia 19/10/2012 - sexta-feira às 19h30
palestra de abertura com Izaías Claro
tema: Jesus: médico das almas

dia 20/10/2012 - sábado
09h00 às 12h00 seminário com Izaías Claro
tema: Leis Morais e Saúde Mental
14h00 às 16h00 seminário com Paulo Henrique Figueiredo

dia 21/10/2012 - domingo
09h00 às 12h00 - seminário com Adenáuer Novaes
Tema: Auto: conhecimento, descobrimento, transformação e iluminação.
14h00 às 16h00 – seminário com Orson Peter Carrara
Por que adoecemos?


Mais informações em: http://www.usecircuitodasaguas.com.br/

Obrigado pela companhia!!!
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

O AMOR VENCE



Meu querido Ricardo!

Jesus nos abençoe.

A Terra é, como sempre, a nossa vasta escola. E o sofrimento, meu abençoado companheiro, é o velho instrutor. A experiência é o prêmio. A caridade é o anjo de luz, revelar-nos sempre mais amplos e mais sublimados caminhos...

Por vezes, não percebemos semelhante verdade, mormente, quando nos encerramos no oásis fechado da aflição exclusivista. A felicidade, quando inteiramente do mundo, costuma cegar-nos. Correm os dias sem que lhes vejamos a claridade celeste e desdobram-se as noites, sem que nos apercebamos da necessidade de meditar.

Entretanto, Ricardo, vem a morte e desperta-nos. Então, compreendemos a grandeza da dor e da luta, que nos constrangem a renovação permanente.

Que seria de nós, amado amigo, sem a lágrima que nos exercita na direção do bem eterno? Louvemos o pranto que nos purifica e o trabalho que nos aperfeiçoa.

Nos últimos anos, quando outros poderiam julgar-nos separados, vivemos mais juntos para aprender na cartilha divina da verdade.

Se você soubesse quanta alegria palpita em minhalma... Júbilo de senti-lo mais perto de minha ternura e contentamento de saber que as minhas palavras não se perderam sem eco. Nosso amor venceu os obstáculos frios e cinzentos do túmulo.

Nossa esperança superou a saudade, a confiança subjugou a incerteza e continuamos unidos para a imortalidade gloriosa.

Ontem, eu andava sob o carinho de suas mãos. Você guiava-me os passos e ensinava-me o caminho em que eu deveria pisar e, graças ao Senhor, jamais me arrependi de ouvir-lhe as instruções e conselhos... Com seus avisos aproveitei o tempo no trabalho edificante da maternidade, amparando os filhinhos que o céu me confiou e plasmando neles os seus ideais de homem de bem.

Agora, porém, Ricardo, transformei-me na companhia incessante de seu roteiro...

Hoje, ponho as mãos sobre as suas, transmito-lhes o calor do coração e percorremos uma estrada diferente... É a senda de transformação para a vida superior.

Dia a dia, avançamos um pouco mais e sinto em mim o orgulho da companhia que retribue a você em dedicação, quanto recebeu em amor e cuidado.

Não temamos, Jesus segue a frente de nós.

Antigamente, buscávamos as flores e os frutos da Terra, agora, porém, procuramos as bênçãos e as luzes do céu. Semeamos de sol a sol. Lutamos, preparamos e plantamos juntos... Atualmente, juntos, organizamos a felicidade da colheita.

E, aproveitando as lições que a Terra nos oferece, prosseguimos, horizonte afora, em demanda de um novo reino, o reino de nossa união imperecível em Jesus.

Com o divino auxílio, você ouviu minha voz e continuamos a viagem, montanha além...

Quando a sombra se faça mais densa sobre a fronte, lembre-se, meu querido Ricardo, que a estrela de nosso amor continua brilhando... E se as pedras do chão parecerem multiplicadas, recorde que as flores de nossa fé permanecem cada vez mais perfumadas e mais vivas.

Nos momentos em que a solidão insinuar-se mais perceptível aos seus anseios de afeto, não se esqueça de que os meus braços sustentam o seu carinhoso coração junto de mim, conservando a convicção de que Jesus é o nosso companheiro invisível.

E quando a cruz das provas pesar em seus ombros, de estranha maneira, como se a aflição aumentasse o volume do fardo redentor de lutas que ainda devemos suportar, não olvide a prece...

A oração nos ajudará a dividir todas as preocupações e todas as dores, equilibrando-nos na grande romagem de regeneração para os mundos felizes.

A experiência na carne é um curso constante de valiosos ensinamentos.

Guardemos a certeza de que a Justiça Divina nos rege os mínimos atos.

Quem dá, recebe.

Quem sofre com paciência, recolhe mais luz.

Quem se sacrifica pelo bem dos outros, espiritualiza a própria existência, colocando-se na subida para os cimos da verdadeira felicidade.

Quem ajuda, ampara a si mesmo.

Quem perdoa incessantemente, aproxima-se com mais facilidade de Deus, - nosso Pai de infinita bondade – que desculpa amorosamente as nossas faltas, desde o início da vida.

Quem renuncia, adquire com mais segurança.

Quem ama pela glória de amar, como Jesus nos amou, cedo conhece a vitória e a ressurreição.

Ricardo, o caminho é o longo e os esclarecimentos são muitos. Felizmente, seu coração me ouve e, por isso minhalma pode escutar igualmente a sua. Adiantemo-nos na senda a percorrer.

Oremos pelos entes amados e esperemos que o Mestre os acolha em seu divino regaço de harmonia e de luz.

Agradeço o seu devotamento e beijo as suas mãos que, entrelaçadas às minhas, se dedicam hoje ao cultivo da caridade.

Plantemos a gratidão, o auxílio, a compreensão, a tolerância construtiva, o caminho, o estímulo ao bem, o bom ânimo, a fé, a esperança, a fraternidade, o entendimento irmão e aguardemos...

A caridade é o sol milagroso que vitaliza a sementeira de nossa boa vontade em toda parte, preparando a seara rica e sublime da ventura no reino da Paz.

Meu abraço afetuoso aos filhos queridos, com pensamento reconhecido à Maria Isabel e envolvendo meu coração com o seu, na mesma vibração de ternura, alegria e reconhecimento, sou a companheira, sempre sua.


pelo Espírito Irmã Candoca - Do livro: Páginas do Coração, Médium: Francisco Cândido Xavier.

MENSAGEM DE EURÍPEDES BARSANULFO - ASSOCIAÇÃO MÉDICO-ESPÍRITA DO RIO GRANDE DO SUL

Irmãos Queridos.

Diante dessa crise que se abate sobre o nosso povo, face a essa onda de pessimismo que toma conta dos brasileiros, frente aos embates que o país atravessa, nós, os seus companheiros, trazemos na noite de hoje a nossa mensagem de fé, de coragem e de estímulo. Estamos irradiando-a para todas as reuniões mediúnicas que estão sendo realizadas neste instante, de norte a sul do Brasil. Durante vários dias estaremos repetindo a nossa palavra, a fim de que maior número de médiuns possa captá-la. Cada um destes que sintonizar nesta faixa vibratória dará a sua interpretação, de acordo com o entendimento e a gradação que lhe forem peculiares.

Estamos convidando todos os espíritas para se engajarem nesta campanha. Há urgente necessidade de que a fé, a esperança e o otimismo renasçam nos corações. A onda de pessimismo, de descrédito e de desalento é tão grande que, mesmo aqueles que estão bem intencionados e aspirando realizar algo de construtivo e útil para o país, em qualquer nível, veem-se tolhidos em seus propósitos, sufocados nos seus anseios, esbarrando em barreiras quase intransponíveis.

É preciso modificar esse clima espiritual. É imperioso que o sopro renovador de confiança, de fé nos altos destinos de nossa nação, varra para longe os miasmas do desalento e do desânimo. É necessário abrir clareiras e espaços para que brilhe a luz da esperança. Somente através de esperança conseguiremos, de novo, arregimentar as forças de nosso povo sofrido e cansado.

Os espíritas não devem engrossar as fileiras do desalento. Temos o dever inadiável de transmitir coragem, infundir ânimo, reaquecer esperanças e despertar a fé! Ah! a fé no nosso futuro! A certeza de que estamos destinados a uma nobre missão no concerto dos povos, mas que a nossa vacilação, a nossa incúria podem retardar. Responsabilidade nossa. Tarefa nossa. Estamos cientes de tudo isto e nos deixamos levar pelo desânimo, este vírus de perigo inimaginável.

O desânimo e seus companheiros, o desalento, a descrença, a incerteza, o pessimismo, andam juntos e contagiam muito sutilmente, enfraquecendo o indivíduo, os grupos, a própria comunidade. São como o cupim a corroer, no silêncio, as estruturas. Não raras vezes, insuflado por mentes em desalinho, por inimigos do progresso, por agentes do caos, esse vírus se expande e se alastra, por contágio, derrotando o ser humano antes da luta. Diante desse quadro de forças negativas, tornam-se muito difíceis quaisquer reações. Portanto, cabe aos espíritas o dever de lutar pela transformação deste estado geral.

Que cada Centro, cada grupo, cada reunião promova nossa campanha. Que haja uma renovação dessa psicosfera sombria e que as pessoas realmente sofredoras e abatidas pelas provações, encontrem em nossas Casas um clima de paz, de otimismo e de esperança! Que vocês levem a nossa palavra a toda parte. Aqueles que possam fazê-lo, transmitam-na através dos meios de comunicação. Precisamos contagiar o nosso Movimento com estas forças positivas, a fim de ajudarmos efetivamente o nosso país a crescer e a caminhar no rumo do progresso.

São essas forças que impelem o indivíduo ao trabalho, a acreditar em si mesmo, no seu próprio valor e capacidade. São essas forças que o levam a crer e lutar por um futuro melhor. Meus irmãos, o mundo não é uma nau à matroca. Nós sabemos que “Jesus está no leme!” e que não iremos soçobrar. Basta de dúvidas e incertezas que somente retardam o avanço e prejudicam o trabalho. Sejamos solidários, sim, com a dor de nosso próximo. Façamos por ele o que estiver ao nosso alcance. Temos o dever indeclinável de fazê-lo, sobretudo transmitindo o esclarecimento que a Doutrina Espírita proporciona. Mas também, que a solidariedade exista em nossas fileiras, para que prossigamos no trabalho abençoado, unidos e confiantes na preparação do futuro de paz por todos almejado. E não esqueçamos de que, se o Brasil “é o coração do mundo”, somente será a “pátria do Evangelho” se este Evangelho estiver sendo sentido e vivido por cada um de nós”.

Eurípedes Barsanulfo
Mensagem recebida no Centro Espirita “Jesus no Lar”
Medium - Suely Caldas Schuber
Postado por AMERGS às 20:04

CHICO XAVIER E OVNIS, PLUTÃO, HITLER E GANDHI!


CHICO XAVIER E OS OVNIS, EXTRATERRESTRES, PLUTÃO, HITLER E GANDHI

por Geraldo Lemos Neto, sábado, 31 de Março de 2012

Há muito que tencionava relatar este caso de nossas conversas com o Chico, e que não vi ninguém mais registrar até agora. Pois bem, aproveito a oportunidade de seu próximo aniversário em 2 de Abril para o registro que farei por seu intermédio.

Em nossas conversas nas madrugadas em sua casa, muitas vezes eu perguntava ao Chico sobre o Universo, as galáxias e suas nebulosas e estrelas com os planetas que se movimentam em seu derredor. Ele me falava com muita vivacidade sobre o assunto, inclusive sobre a existência de humanidades muito mais avançadas que a nossa, espalhadas pelo sem fim dos Multiversos.

Chico Xavier inclusive nos contou que já havia estado com visitantes de outros orbes, e ao expressar a ele a minha vontade de também um dia vir a conhecê-los ele foi enfático :

"Você deve ter muito cuidado Geraldinho, porque embora a maioria das civilizações que já desvendaram os segredos das viagens interplanetárias serem de grande evolução espiritual e votadas ao Bem e à Fraternidade Geral, há também aqueles outros que somente se desenvolveram no campo da técnica, enregelando sentimentos mais nobres no coração. Representantes dessa outra turma também têm nos visitado mas com objetivos escusos. Para eles nós somos tão atrasados que eles não prestam nenhuma atenção às nossas necessidades e sentimentos. São eles que raptam pessoas e animais para experiências horrorosas em suas naves. Quanto a esta turma nós devemos ter muito cuidado. Uma vez eu estava indo de Uberaba a Franca para visitar a irmã de Vivaldo, Eliana, que havia passado por uma cirurgia no coração naquela cidade. Dr. Elias Barbosa foi dirigindo o automóvel na companhia de Vivaldo e eu, que fiquei no banco de trás. Pois bem, íamos lá pelas 3 horas da manhã, na madrugada, para evitar o trânsito, e a meio caminho uma luz meio baça, na cor alaranjada envolveu o automóvel e passou a segui-lo. Dr. Elias achou por bem encostar o carro e esperamos os três para ver o que ia acontecer. Intuitivamente comecei a orar, pedindo aos amigos que me acompanhassem na prece. O espírito de Emmanuel se fez presente e nos solicitou redobrada vigilância. A nave apareceu então no pasto ao lado iluminando toda a natureza em torno com a sua luz alaranjada e baça. Ela pairou no ar sem tocar o solo e do meio dela saiu uma luz mais clara ainda de onde desceu uma entidade alienigena. Ela tinha uma aparência humanóide, mas muito mais alta com cerca de 3 metros de altura, esquelética.

Senti um medo instintivo e roguei ao Senhor que nos afastasse daquele cálice de amarguras, que pressentia com o auxílio de Emmanuel. Subitamente a entidade parou e desistiu de nós, retornando para a sua nave. Depois o veículo interplanetário elevou-se do solo e eu vi perfeitamente uma vaca sendo levada até o seu interior como se levitasse até lá. Em seguida a nave desapareceu de nossas vistas com velocidade espantosa.

O espírito de Emmanuel me revelou então que estes irmãos infelizmente não eram vinculados ao Bem e ao Amor, eram sociedades que pilhavam planetas em busca de experiências genéticas estranhas. De vez em quando abduzem homens e animais para suas aventuras laboratoriais. Segundo Emmanuel somente não fazem mais porque Nosso Senhor Jesus estabeleceu normas e guardiães para proteger a Humanidade Terrestre ainda tão ignorante quanto às realidades siderais, em sua infância planetária.

Então meu filho, se você avistar alguma entidade com as características que eu lhe dei, 3 metros de altura e corpo humanóide esquelético, corra, Geraldinho... Pernas pra que te quero !!! - E riu-se o Chico com seu modo característico.

Não contive a pergunta : Mas eles são minoria não é Chico ? E como serão os alienígenas bonzinhos ?

Ao que ele me respondeu : Ah! São magníficos. Os que eu conheci são criaturas de muito baixa estatura, de cerca de 1 metro apenas. São grandes inteligências e por isto mesmo têm uma cabeça de tamanho avantajado em relação à nossa, com grandes olhos amendoados e meigos, capazes de divisar todas as faixas de vida nos diversos planos de matéria física e espiritual. Não possuem narizes, orelhas e sua boca é apenas um pequeno orifício. Seus sistemas fisiológicos são muito diferentes dos nossos e já não possuem intestinos. Toda a sua alimentação é apenas líquida. São de uma bondade extraordinária e protegem a civilização terrena assumindo um compromisso com Jesus de nos guiar para o Bem. Um dia, Geraldinho, que não vai longe, eles terão permissão para se apresentarem a nós à luz do dia, trazendo-nos avanços tecnológicos, médicos e científico nunca dantes imaginados.

Fiquei imaginando como o Universo deve ser vasto, e o quanto o Chico sabia sobre ele e ficava calado!

Tempos depois dessa conversa perguntei ao Chico sobre Hitler. Onde estaria o espírito de Hitler ? Chico então me contou uma história muito interessante. Segundo ele, imediatamente após a sua desencarnação, o espírito de Hitler recebeu das Altas Esferas uma sentença de ficar 1.000 anos terrestres em regime de solitária numa prisão espiritual situada no planeta Plutão. Chico explicou-me que esta providência foi necessária não somente pelo aspecto da pena que se lhe imputara aos erros clamorosos, mas também em função da Misericórdia Celeste em protegê-los da horda de milhões de almas vingativas que não o haviam perdoado os deslizes lamentáveis. Durante este período de 10 séculos em absoluta solidão ele seria chamado a meditar mais profundamente sobre os enganos cometidos e então teria nova chance de recomeçar na estrada evolutiva.

Quando o espírito de Gandhi desencarnou, e ascendeu aos Planos Mais Altos da Terra pela iluminação natural de sua bondade característica, ao saber do triste destino do algoz da humanidade na II Grande Guerra Mundial, solicitou uma audiência com Jesus Cristo, o Governador Espiritual da Terra, e pediu ao Cristo a possibilidade de guiar o espírito de Hitler para o Bem, o Amor e a Verdade. Sensibilizado pelo sacrifício de Ghandi, Nosso Senhor autorizou-o na difícil tarefa e desde então temos Gandhi como dos poucos que se aproximam do espírito de Hitler com compaixão e amor...

Impressionado perguntei ao Chico : Então Chico, o Planeta Plutão é uma planeta penitenciária ?

E ele me respondeu : É sim, Geraldinho. Em nosso Sistema Solar, temos penitenciárias espirituais em Plutão, em Mercúrio e na nossa Lua terrena. Eu soube por exemplo que o espírito de Lampião está preso na Lua. É por isso que alguns astronautas que lá pisaram, sentindo talvez um frio na alma, voltaram à Terra meio desorientados e tristes. Soube de um até que se tornou religioso depois de estar por lá !

Como vemos o nosso Chico era capaz de desvendar muitos mistérios em torno da organização da vida mais além ! E com que simplicidade e naturalidade ele nos falava dessas coisas ...
Postado por AMERGS

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...