quarta-feira, 31 de julho de 2013

DESAPEGO

Mensagem enviada pelo Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil




Vivemos uma época de celebridades, apelos fáceis à riqueza, ao consumismo, às paixões avassaladoras. Transitamos aturdidos por um mundo em que o destaque vai para aquele que mais tem.

E a todo instante os comerciais de televisão, os anúncios nas revistas e jornais, os outdoors clamam: Compre mais. Ostente mais. Tenha mais e melhores coisas.

É um mundo em que luxo, beleza física, ostentação e vaidade ganharam tal espaço que dominam os julgamentos.

Mede-se a importância das pessoas pela qualidade de seus sapatos, roupas e bolsas.

Dá-se mais atenção ao que possui a casa mais requintada ou situada nos bairros mais famosos e ricos.

Carros bons somente os que têm mais acessórios e impressionam por serem belos, caros e novos. Sempre muito novos.

Adolescentes não desejam repetir roupas e desprezam produtos que não sejam de grife. Mulheres compram todas as novidades em cosméticos. Homens se regozijam com os ternos caríssimos das vitrines.

Tornamo-nos, enfim, escravos dos objetos. Objetos de desejo que dominam nosso imaginário, que impregnam nossa vida, que consomem nossos recursos monetários.

E como reagimos? Será que estamos fazendo algo – na prática – para combater esse estado de coisas?

No entanto, está nos desejos a grande fonte de nossa tragédia humana. Se superarmos a vontade de ter coisas, já caminhamos muitos passos na estrada do progresso moral.

Experimente olhar as vitrines de um shopping. Olhe bem para os sapatos, roupas, joias, chocolates, bolsas, enfeites, perfumes.

Por um momento apenas, não se deixe seduzir. Tente ver tudo isso apenas como são: objetos.

E diga para si mesmo: Não tenho isso, mas ainda assim eu sou feliz. Não dependo de nada disso para estar contente.

Lembre-se: é por desejar tais coisas, sem poder tê-las, que muitos optam pelo crime. Apossam-se de coisas que não são suas, seduzidos pelo brilho passageiro das coisas materiais.

Deixam para trás gente sofrendo, pessoas que trabalharam arduamente para economizar...

Deixam atrás de si frustração, infelicidade, revolta.

Mas, há também os que se fixam em pessoas. Veem os outros como algo a ser possuído, guardado, trancado, não compartilhado.

Esses se escravizam aos parceiros, filhos, amigos e parentes. Exigem exclusividade, geram crises e conflitos.

Manifestam, a toda hora, possessividade e insegurança. Extravasam egoísmo e não permitem ao outro se expressar ou ser amado por outras pessoas.

É, mais uma vez, o desejo norteando a vida, reduzindo as pessoas a tiranos, enfeiando as almas.

Há, por fim, os que se deixam apegar doentiamente às situações.

Um cargo, um status, uma profissão, um relacionamento, um talento que traz destaque. É o suficiente para se deixarem arrastar pelo transitório.

Esses amam o brilho, o aplauso ou o que consideram fama, poder, glória.

Para eles, é difícil despedir-se desse momento em que deixam de ser pessoas comuns e passam a ser notados, comentados, invejados.

Qual o segredo para libertar-se de tudo isso? A palavra é desapego. Mas... Como alcançá-lo neste mundo?

Pela lembrança constante de que todas as coisas são passageiras nesta vida. Ou seja: para evitar o sofrimento, a receita é a superação dos desejos.

Na prática, funciona assim: pense que as situações passam, os objetos quebram, as roupas e sapatos se gastam.

Até mesmo as pessoas passam, pois elas viajam, se separam de nós, morrem...

E devemos estar preparados para essas eventualidades. É a dinâmica da vida.

Pensando dessa forma, aos poucos, a criatura promove uma autoeducação que a ensina a buscar sempre o melhor, mas sem gerar qualquer apego egoísta.

Ou seja, amar sem exigir nada em troca.



por Momento Espírita - Redação do Momento Espírita. Disponível no livro Momento Espírita, v. 6, ed. Fep. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=1520&stat=0.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

RUMO PERDIDO - JOANNA DE ÂNGELIS - DIVALDO FRANCO

Mensagem enviada pelo Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil





Contempla a imensa caravana dos indivíduos que perderam a direção de si mesmos e malbaratam a oportunidade de que dispõem para ser felizes.

Alguns extraviaram-se nos desvios da jornada, optando pelas veredas desconhecidas das fantasias e do prazer sem o correspondente contributo da responsabilidade.

Outros renasceram assinalados pela culpa e fixados aos erros, experimentando os tormentosos conflitos de inferioridade ou de narcisismo, fugindo das estradas luminosas dos deveres e procurando esconder-se nos lôbregos antros dos vícios em que chafurdam.

Número incontrolável deles transita hebetado, sem ideal nem interesse pelos valores que dão sentido à existência física.

Com esgares, que lhes substituem os sorrisos do encantamento perdido, seguem sem rumo para lugar nenhum, solitários ou em grupos horrendos, onde escondem as mazelas...

Sequer experimentaram os júbilos naturais da existência, porque foram empurrados com violência para o fosso onde derrearam...

As suas expressões faciais traduzem as batalhas internas que são travadas nas paisagens do medo ou da revolta, das ambições desarvoradas ou dos desencantos, fazendo-os sucumbir.

A sociedade desatenta e preconceituosa, na sua condição de órgão humano coletivo, ao invés de buscar arrancá-los da deplorável situação que se permitiram ficar, evita-os, ignorando-lhes as dores acerbas.

Sem resistências morais, que advêm das experiências dignificadoras, eles facilmente desistem das tentativas de soerguimento, naufragando no paul da indiferença que os amortalha.

Número maior do que se pensa, constrói, embora inconscientemente, o submundo moral, onde se homiziam, formando as multidões de caminhantes sem roteiro, que pesam na economia moral do planeta...

Perseguidos por milicianos cruéis, irresponsáveis que são, porque também agridem-se como hienas famélicas, são açoitados, de um para outro lado empurrados e perseguidos...

Detêm-se a observar na claridade do dia, mas principalmente nas sombras pesadas da noite, esses seres que se desumanizam e, como fantasmas, espiam com receio ou com mágoa os transeuntes que lhes parecem ditosos.

Invejam as aparências dos afortunados, conforme pensam, e porque somente recebem as migalhas que lhes são atiradas com desprezo, odeiam-nos.

Não fiques insensível ante os numerosos membros da caravana dos tristes e vencidos.

Todos eles são teus irmãos!

Não tiveram a mesma oportunidade que desfrutas, assinalados pelos delitos transatos de cujas conseqüências não se têm podido evadir.

Mas, assim mesmo, são teus irmãos necessitados de compaixão, de ensejo,de um lugar ao sol.

Afirmas, em mecanismo de fuga da responsabilidade, que nada podes fazer, que são muitos e não dispões daquilo que lhes é indispensável.

Essa é uma vão justificativa, que deves corrigir quanto antes, já que te luz a ocasião para ajudá-los.

Renasceste para construir o mundo melhor.

Desarma-te em relação aos agressores, aos sofredores, aos trânsfugas do dever, e ama-os.

Abre-lhes o coração, irradiando ternura e fraternidade.

Faculta-lhes amizade, ofertando-lhes a face em sorrisos, ao invés da carantonha de reproche ou de mágoa.

Fala-lhes sem preconceito, não os excluindo dos teus relacionamentos, quanto te buscarem.

O mínimo que lhes concedas é de grande significado para a sua carência imensa.

Recorda que o oceano é constituído de gotículas d´agua, da mesma forma que os areais quase infinitos se formam com pequeninos grãos de terra...

Se direcionares a tua mente no rumo deles, enviando-lhes mensagens de compaixão, diminuir-lhes-ás a miséria moral, contribuindo para o seu soerguimento, pois que sempre há possibilidades de êxito.

Sabes que o processo de evolução ocorre sem grandes saltos, mas passo a passo.

Sê tu quem dê esse primeiro passo na direção daqueles que já não sabem caminhar.

Mentalmente, coloca-te no lugar de algum deles, e pensa quanto gostarias de receber de quem se encontrasse em melhor situação. Faze, então, o que anelarias que te fizessem.

A caravana dos espíritos sem rumo não se restringe apenas aos deambulantes carnais, mas também aos desencarnados em aflição.

Não se deram conta de que o fenômeno da morte retirou-os das roupagens carnais.

Ignorando a realidade da vida exuberante, apegam-se aos despojos em desagregação e enlouquecem-se sem entender a ocorrência.

Ajuda-os com a tua oração, com a emissão de ondas mentais de simpatia e de solidariedade.

Algum dia, no passado, estiveste em situação afligente como a que eles hoje sofrem, e foste recolhido pelas mãos sublimes do amor, que foram distendidas na tua direção.

A proposta soberana da vida é fazer por outrem tudo quanto se gostaria que lhe fosse oferecido.

Como te encontras no rumo certo, buscando a luz da Inefável Misericórdia, assinala a tua passagem pela Terra deixando pegadas, como se fossem pequeninas estrelas fulgindo no solo, para apontar o caminho àqueles que seguem na retaguarda.

Não te canses de auxiliar, nem te irrites com os esfaimados de pão, de paz e, principalmente, de amor.

As alegrias que recolhas junto aos padecentes do caminho fortalecer-te-ão para facultar-te tentames mais audaciosos no futuro.

O mundo atual encontra-se constituído pelas ações que foram realizadas no passado, abrindo as portas para o futuro enriquecido de plenitude, quando todos os seres encontrarão e seguirão o rumo de Jesus.




pelo Espírito Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 20.8.2012, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Do site: http://divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=312.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

CARIDADE E DESENVOLVIMENTO - HUMBERTO DE CAMPOS - CHICO XAVIER

Mensagem enviada pelo Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil




Num grupo de inquietas senhoras, após a reunião em que se haviam comunicado diversos Espíritos amigos, estalavam ruidosos comentários.

A palestra não interessava à vida alheia, segundo antiga acusação lançada às filhas de Eva; contudo, a nota dominante era a leviandade.

Falava-se entusiasticamente a respeito da prática e propaganda dos postulados espiritistas. Umas alegavam perseguições do Invisível, outras aludiam às aventuras dos maridos inconstantes, atribuindo as penas domésticas à influência dos maus Espíritos. Dentre todas, destacava-se a senhora Laurentina Cardoso pelo fervor sincero que lhe brilhava nos olhos. Divergindo da maioria, seus pareceres demonstravam singular interesse no assunto.

– Sinto-me transportada a região desconhecida – dirigia-se, impressionada, à diretora da feminil assembléia –, o mundo invisível nos arrebata à compreensão nova. Quão enorme é o serviço do bem a realizar!

E cruzando as mãos no peito, gesto que lhe era característico em instantes de profunda impressão, continuava, bondosa:

– Que fazer para cooperar no trabalho sublime?

Quanto desejava ser útil aos infelizes da esfera espiritual!...

– Sim, minha filha – explicava a presidente –, é preciso desenvolver-se, aproveitar suas faculdades no esclarecimento de nossos irmãos atrasados. Seja atenta ao dever e alcançará os mais nobres valores.

– Não poderia a senhora consultar os instrutores espirituais nesse sentido? – indagou dona Laurentina, ansiosa.

– Perfeitamente.

E, decorridos alguns dias, escrevia-lhe solícito o orientador da reunião:

– Minha irmã, Deus te abençoe o propósito de fraternidade e confiança. Continua devotada ao bem do próximo. A caridade é luminoso caminho de redenção. Não a esqueças na experiência humana e, a fim de estenderes a divina virtude, não desprezes o desenvolvimento próprio. Companheiros abnegados, no plano invisível, seguirão teus passos na edificação de ti mesma. Ora, vigia, trabalha, espera e sobretudo confia em Deus.

A Srª. Cardoso estava radiante. Figurou-se-lhe a pequenina mensagem verdadeiro bilhete de luz, habilitando-a a conviver com os gênios celestiais. Leu, releu, dobrou a folha minúscula, guardando-a na bolsa de passeio; enxugou as lágrimas que a emotividade lhe trouxera aos olhos e agradeceu a dádiva jubilosamente.

Desde esse dia, transformou-se o lar de Joaquim Oliveira Cardoso. O marido de dona Laurentina, homem de negócios ativos nos círculos industriais e financeiros, notou a mudança, assaz surpreendido. A esposa dedicada e carinhosa multiplicava os pedidos de licença para comparecer às reuniões variadas e múltiplas, destinadas a experimentação mediúnica. Avolumando-se dessarte os pedidos, Joaquim lhe fez ampla concessão a tal respeito. A companheira nunca o desgostara em qualquer circunstância. Humilde e abnegada, auxiliara-o na construção da fortuna sólida. Jamais demonstrara a vaidade ridícula dos novos ricos. Sempre se conduzira à altura da sua expectativa de homem consagrado à cultura intelectual e às boas maneiras. Desinteressada de exibições sociais, distante do convencionalismo balofo, dividia a existência com ele e os quatro filhinhos. Por que lhe impor restrições ingratas? Não compreendia aquele Espiritismo que se instalara na mente da esposa, mas não encontrava razão para proibir-lhe manifestações de fé. Além disso, Laurentina se entregava a semelhante movimento em companhia de relações respeitáveis. Esses raciocínios o tranquilizavam, mas, no entanto, os dias se incumbiram de lhe carrear ao cérebro novas preocupações.

Laurentina parecia obcecada. Não lhe interessava a mudança de cortinas, a limpeza dos quadros, a proteção dos livros prediletos. Aranhas andavam à solta, os espanadores pareciam aposentados. O chefe da casa duplicou o número de criadas, temendo situações mais difíceis.

Decorreram um, dois, três anos. Preocupava-se agora o capitalista, não só com a indiferença da esposa, no tocante ao ambiente doméstico, como também com a conduta maternal. É que, ao nascer o quinto filho, Laurentina requisitou o concurso da ama de leite. Alegando falta de tempo, o petiz foi entregue aos cuidados de uma pobre senhora que se prontificou ao serviço, mediante remuneração adequada. O marido, todavia, atendeu ao problema, fundamente amargurado. Servidores a mais ou a menos não lhe alteravam o programa econômico, mas a disposição da companheira desgostava-o. Suportou, contudo, a situação, sem queixas que a pudessem magoar.

O panorama caseiro prosseguia sem modificações, quando o sexto filhinho alegrou o casal. Decorridos dois meses em que a ama regressara ao serviço ativo, Joaquim valeu-se de momento íntimo, na hora da refeição, e falou à esposa, delicadamente:

Tens observado a saúde do pequenino? Não te parece disposto a anemia profunda?

Dona Laurentina não pôde disfarçar o desapontamento ante a observação inesperada, e explicou:

– Ainda ontem ponderei a conveniência de levá-lo ao médico.

Cardoso fez o gesto de quem não deve adiar soluções justas e acrescentou.

– Creio, Laurentina, que o caso não se prende a consultório, mas propriamente ao lar.

Ela empalideceu e o marido prosseguiu:

– Sinto ferir-te a sensibilidade, mas hás de concordar que o leite materno, sempre que possível, não deve ser negado à criança. Reconheço, todavia, que multiplicaste talvez excessivamente as obrigações sociais.

Tão ligada aos filhinhos, noutro tempo, não hesitas agora em voltar sempre tarde, confiando-os quase absolutamente às criadas. Não firo o assunto no propósito de repreender; tuas companheiras são respeitabilíssimas; entretanto...

– É que desconheces o serviço da caridade, Joaquim – atalhou melindrada com a delicada repreensão diante dos filhos –, minha ausência de casa obedece a trabalhos importantes, com que procuro atender aos bons Espíritos.

A pequena Luísa, filhinha do casal, com a gracilidade espontânea dos seis anos, obtemperou com interesse e vivacidade :

– Papai, esses Espíritos devem ser maus, porque não deixam a mamãe voltar cedo. Sinto tanta falta dela!

O chefe da família sorriu significativamente e retrucou :

– Talvez tenhas razão, minha filha. Esses Espíritos podem ser bons para toda gente, menos para nós.

Dona Laurentina esforçou-se para que as lágrimas não caíssem dos olhos, ali mesmo, e retirou-se desolada ao seu aposento. A pobre senhora se desfez em pranto amargo. Sentia-se vítima de angustiosa incompreensão. Não atendia a serviços de caridade? Não tentava desenvolver faculdades mediúnicas por consagrá-las ao alívio dos sofredores? Nessa noite, porém, esquivou-se à sessão costumeira. Precisava orar, meditar, ensimesmar-se. Rogou fervorosamente a Jesus lhe permitisse receber inspirações da Verdade. E, com efeito, sonhou que se aproximava de amplo e luminoso recinto, onde pontificava generosa entidade a serviço do bem. Guardava, por isso, a impressão de haver encontrado um anjo de Deus. Ajoelhou-se aflita e confiou-lhe as mágoas da alma sensível e afetuosa. Não acusava o marido nem se queixava dos filhinhos, mas pedia socorro para que lhe compreendessem o intuito. Ao fim de confidências angustiosas, o amigo afagou-lhe a fronte e explicou :

– Volta ao trabalho, Laurentina, e não te percas em lágrimas injustas. O companheiro é digno e bom, os filhinhos são flores do coração. Atende ao dever, minha amiga.

A interpelada quedara perplexa. Pedia socorro e recebia conselhos? Sentindo-se incompreendida, voltou a dizer :

– Rogo, por amor de Deus, auxiliardes meu esposo, no concernente às obrigações doutrinárias.

– Joaquim não as tem esquecido – esclareceu o orientador. – De há muitos anos se vem ele revelando mordomo fiel. Responsável por numerosas famílias de empregados que o estimam, trata os interesses de todos com justiça e honestidade. Não o deixes sem amparo afetivo, em tarefa tão grave. Porque não atenda diariamente a problemas de ordem religiosa, no que toca a letras e cerimônias, não quer dizer que permaneça desamparado de Deus. Entende-se ele com o Pai, no altar da consciência reta, quando organiza os serviços de cada dia, proporcionando trabalho e remuneração aos operários do seu círculo, segundo os méritos e necessidades de cada um.

– Não estou eu, porém, ao serviço da caridade? pergunta Dona Laurentina, extremamente surpreendida.

– Sem dúvida, e por isso Jesus não te desampara a alma sincera. Entretanto, existem problemas que não deveriam passar despercebidos. Já observaste que, antes da caridade, permanece a primeira caridade?

Dona Laurentina esboçou o gesto de quem interroga sem palavras.

– A primeira caridade da dona de casa – continuou o mentor delicadamente – é atender ao lar; a da esposa é ajudar o companheiro; a da mãe é amamentar e nortear os filhos. Sem isso, o trabalho do bem não seria completo.

Fundamente admirada e sem ocultar o desapontamento que lhe ia nalma, a senhora Cardoso objetou:

– Mas o próprio orientador de nossas reuniões me aconselhou o desenvolvimento, sempre desejei atender a benefício dos que sofrem nas trevas e, por isso, tenho tentado o desabrochar de minhas faculdades mediúnicas...

– Quando o amigo espiritual te aconselhou desenvolvimento, procedeu sabiamente. Todos precisamos desenvolver sentimentos nobres, compreensões justas, noções santificantes. Quanto a faculdades psíquicas, é indispensável considerar que toda criatura as possui, em maior ou menor grau. Há, sim, trabalhadores com tarefas definidas, nesse particular; no entanto, não podem fugir à espontaneidade, como não escapaste à missão de mãe. E olvidaste, porventura, que ser mãe é ser médium da vida? Ignoras que o lar constitui sessão permanente, onde a doutrinação e a caridade com os filhos pedem, às vezes, sacrifício secular? Não abandones a cooperação de amor junto às amigas do mundo, prossegue servindo aos semelhantes, dentro das possibilidades justas, alivia o sofrimento dos que choram no plano invisível, mas não esqueças a reunião permanente da família, onde tens evangelizações e testemunhos, a todos os minutos do dia e da noite. Para poder cooperar nos campos imensos da esfera visível e invisível é preciso saber cultivar o canteiro da obrigação própria. Volta, minha amiga, e que Deus te abençoe.

Dona Laurentina acordou assombrada. Radiosa alegria estampara-se-lhe no semblante. Num transporte de júbilo contou ao marido a curiosa ocorrência.

Ele abraçou-a contente e exclamou :

– Agora, interessa-me de fato essa nobre doutrina. Nunca julguei que pudessem existir Espíritos tão sábios e tão bons.



pelo Espírito Humberto de Campos, Do Livro: Reportagens e Além Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 21 de julho de 2013

MEU TIO ABELARDO

Ele sempre aparecia em nossa casa, para nos visitar e nos brindar com sua inteligência e seu fino humor. Passava por Atalaia, onde ia visitar e abraçar o compadre Gil, nosso tio Gildenor, irmão de minha mãe.
Muito bonito e elegante, usava um fino bigode nos anos mais jovens. Lembro-me de uma foto em que mamãe participava da sua formatura em Medicina.
Sua Vemaguete, com o ronco característico e com aquele cheirinho de gasolina e óleo, sempre me faz lembrar de Tio Abelardo. Passava dias hospedado em nossa casa.
Meu pai o amava muito, tanto que colocou o nome em seu terceiro filho, como homenagem eterna. Abelardo Costa Melo Sobrinho é hoje engenheiro civil, casado, pai de família, homem de bem, e honra o nome do saudoso tio.
Anos depois, comprou uma perua Volkswagen, Variant, verde escura. Passeamos muito nela.
Durante alguns anos, passava minhas férias em sua casa em Recife, localizada em uma das ruas do bairro da Imbiribeira. Ele era funcionário do Banco do Brasil e Médico especializado em Pneumologia.
Sua esposa Yeda, calma e serena, cuidava de mim nos dias em que eu permanecia hospedado em sua casa. Guardo boas recordações dela, muito ligada que era em tio Abelardo.
Quando eu estava já cursando Medicina, o visitei em Recife, e ele me ofertou com uma bolsa de couro de médico e com um estetoscópio. Guardei esta lembrança por muitos anos.
Sinto apenas não lembrar de nossas conversas. Quisera hoje ter a oportunidade de revê-lo.
Ele está no mundo espiritual, junto com a amada Yeda. Um dia iremos nos reencontrar!

sexta-feira, 19 de julho de 2013

PODES - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Mensagem enviada pelo Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Bras



Só Deus é a Providência,
Mas podes ser o auxílio.

Só Deus é a Luz,
Mas podes ser a lâmpada.

Só Deus é a Alegria Perfeita.
Mas podes ser o sorriso.

Só Deus é a Sabedoria,
Mas podes ser a boa palavra.

Só Deus é Tudo no Bem.
Mas podes ser a migalha.





pelo Espírito Emmanuel, Do Livro: Deus Sempre, Médium: Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

FRUTO E EXEMPLO

Mensagem enviada pelo Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil



Revela-se a árvore na gleba em que se desenvolve por valioso conjunto de utilidades, quais sejam:

A seiva de que se nutre;
As frondes que albergam ninhos;
A flor que perfuma;
A sombra que ameniza;
O aspecto que balsamiza;
O lenho que reaquece.

Todavia, se não estende o fruto que lhe assinala a espécie, no socorro às criaturas que lhe observam o crescimento, terá desertado do objetivo fundamental a que se destina, reprovando a si mesma na solidão e na esterilidade.

Assim também o homem, no campo da luta em que se estagia, destaca-se por toda uma equipe de qualidades que lhe marcam a rota, como sejam:

A força com que se eleva;
A inteligência com que domina;
As ligações afetivas com que se associa a outros seres;
O ideal que se inflama;
O verbo que o manifesta;
A compreensão com que se orienta;
O entusiasmo de sonhar e realizar que lhe distingue os impulsos.

Entretanto, se foge à ação construtiva do exemplo nobre com que se exprimirá no edifício do progresso de todos, em favor dos irmãos que lhe buscam inspiração e modelo, em verdade terá perdido o ensejo divino para que foi trazido à existência, sentenciando-se à frustração.

No reino vegetal, todo o paciente esforço da árvore, sob o império das estações, tende à produção do fruto com que se desincumbirá do compromisso máximo, à frente da natureza; e no campo humano todas as atividades laboriosas do espírito, sob o domínio da experiência, visam à demonstração do exemplo renovador com que enriquecerá a economia da vida, através dos valores físicos ou espirituais.

Vigiemos as nossas próprias ações no santuário das horas de cada dia, porque para todos nós prevalece o aviso de Jesus quando asseverou, convincente:

- "Pelos frutos conhece-los-eis."



pelo Espírito Emmanuel, Do Livro: Plantão de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 16 de julho de 2013

ESPIRITISMO COM DEUS

Mensagem enviada pelo Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


Espiritismo com Jesus é Vida,
Ânimo à lida, reconforto à dor,
Novo roteiro à humanidade aflita,
Luz infinita de Esperança e Amor.

Espiritismo com Jesus alenta
A alma sedenta em desesperação.
Fonte da Paz que jorra, de mansinho,
Celeste vinho de consolação.

Espiritismo com Jesus consola,
Na grande escola que edifica o bem,
Desde as angústias da ilusão terrena,
À luz serena que enche os bons no Além.

Espiritismo com Jesus perdoa
E aperfeiçoa para o bem real.
Sabedoria que esclarece e ensina
A Lei Divina, fúlgida, imortal.

Irmã querida que amas a Verdade,
Na tempestade, na desolação.
Seja o Evangelho de Jesus teu ninho
E áureo caminho de teu coração.


pelo Espírito Vallado Rosas, Do Livro: Nosso Livro, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

domingo, 14 de julho de 2013

NÃO COMENTES O MAL - CHICO XAVIER

Enviada pelo Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil



Meu amigo, não comentes
Os males de teu irmão.
Também vives no caminho
Da dor e da imperfeição.

Se vires num companheiro
Mazelas e cicatrizes,
Lembra que o Mestre abraçou
Os pobres e os infelizes.

Jesus não veio atender
Aos caprichos do mais forte,
Mas consolar sobre a Terra
As desventuras da sorte.

Alguém errou? Guarda a calma
Na esfera da opinião.
Às vezes, tudo não passa
De malícia e incompreensão.

Recebe, com vigilância,
Quem acuse alguém contigo.
Quem fala do mal dos outros
Não pode ser teu amigo.

Quem segue o Divino Mestre,
Em espírito e verdade,
Conhece, mais que a dos outros,
A própria necessidade.

Bendita a boca fraterna
Que não vibra ou fala a esmo!
Cuidado! O bom julgador
Julga os outros por si mesmo!...


pelo Espírito Casimiro Cunha - Do livro: Cartas do Evangelho, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

NA EDIFICAÇÃO - IRMÃO X - CHICO XAVIER

Mensagem enviada pelo Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil




Os ociosos de todos os tempos sempre encontram infinitos recursos, para escapar ao círculo das obrigações que lhes competem. Comumente, estão queixosos e desalentados. Para eles, os melhores cargos estão providos, no templo de serviço em que trabalham; as maiores realizações já foram levadas a efeito; as estações do ano trazem variações decisivas que os compelem à permanência no lar; as relações sociais são algemas que os agrilhoam às longas conversações, os menores sintomas de enfermidade constituem ensejo a dilatadas teorias sobre diagnoses diversas. Estão rodeados de obstáculos e não realizam coisa alguma. Gastam fortunas para que ninguém os aborreça e se alguém lhes pede contas dessa ou daquela edificação, explicam que não tiveram sorte, essa sorte por eles transformada num gênio cego que distribui os favores divinos, a torto e a direito.

Assim acontece, igualmente, no campo das realizações de ordem espiritual. É incontável o número de pessoas que se aproximam das fontes espiritistas, afirmando-se desejosas de iluminação. Querem as bênçãos da esfera superior, desejam aquisições mediúnicas, pretendem participar dos serviços de auxílio. Entretanto, em todos os cometimentos do progresso legitimo, o problema da construção não se resume à palavra. É necessário dispor de material efetivo na concretização dos propósitos elevados. A casa reclama pedra e cal. A ferrovia pede trilhos adequados. A usina solicita aparelhagem. Se, na vida física, há necessidade do aproveitamento de recursos vivos e substanciais, como dispensar a boa vontade e os valores do homem, nas edificações do espírito?

Inúmeros corações dirigem-se a nós, suplicando auxílio, mas, como ministrar-lhes o socorro fraterno? Esperam que as almas desencarnadas lhes tomem a iniciativa, subtraindo-os a toda espécie de responsabilidades e preocupações.

Que movimento doutrinário, porém, seria esse em que os amigos experientes, a pretexto de proteção e socorro, instituiriam o regime da irresponsabilidade e da preguiça sistemática? Estariam os mortos tão desocupados, não recebendo da vida outra obrigação que essa de converter a grande universidade da existência humana em simples jardim da infância?

Bondosos amigos nossos comparecem às reuniões do Espiritismo e aguardam fenômenos estupefacientes. Intentam consolidar a fé e se dizem necessitados de paz íntima; todavia, esperam as manifestações maravilhosas dos desencarnados, como se todas as suas construções interiores dependessem disso. Às vezes, recebem o que pedem, mas ficam na situação do espectador que se espantou no circo, vendo as acrobacias do atleta, dançando numa corda frágil, a quinze metros de altura, ou contemplando, boquiaberto, o mágico que engole fogo.

Findo o espetáculo, volta para casa, a fim de atender às obrigações pertinentes à família e à rotina de luta redentora. Ocorre o mesmo, nas observações espirituais. Terminada a injeção de emotividade, o estudante, o crente e o investigador regressam ao campo habitual, onde os deveres de cada dia lhes aguardam o testemunho de amor e compreensão.

Daí essa necessidade de renovação do pensamento que os desencarnados esclarecidos apregoam.

Muitos companheiros se aproximam de nosso plano e pedem qualidades de cooperação, esquecendo-se, porém, de que eles são portadores delas. Apenas necessitam dilatá-las, com educação e proveito. Esse desenvolvimento, contudo, não pode ser uma realização do exterior para o interior. Não são os Espíritos que, desenvolvem os médiuns e sim estes que apuram as faculdades receptivas, alargando as suas possibilidades de colaboração e valorizando-as pelo estudo constante e pela aplicação própria às obras da verdade e do bem.

Que dizer de uma pessoa que aspira ao diploma de médico, detestando os doentes? Como apreciar o falador pedante que deseja cooperar nos serviços da sabedoria, mantendo-se nos círculos escuros da ignorância? Outros propõem-se a receber a luz brilhante do cume, entretanto, sentem receio do caminho. Temem as pedras, os espinhos e as serpentes prováveis, talvez ocultas nas várias regiões que separam o vale da montanha. Obrigá-los a ajudar o enfermo, a soletrar o alfabeto e a fugir das tentações, não é atitude compatível com a lei de vida e liberdade que nos rege.

O próprio Jesus, segundo a venerável lição do Evangelista, permanece à porta e bate. Se alguém abrir, Ele entrará com as bênçãos divinas. Ele, o Mestre, traz a sabedoria, o amor, a luz e a revelação, mas não tem a chave, que pertence ao aprendiz, filho de Deus e herdeiro da vida eterna, como Ele próprio. Poderia, efetivamente, violentar a habitação e destruir o impedimento. Foi o Cristo, Senhor e Organizador do Planeta, quem forneceu ao usufrutuário do mundo a matéria prima para a edificação temporária em que se mantém, mas, Administrador Consciencioso e Justo, sabe que, acima de tudo, permanece a autoridade do Pai, e espera, nos casos de rebeldia e endurecimento, que o Doador Universal se manifeste. E, por vezes, a ordem suprema é de bombardeio demolidor. Aí, então, não há necessidade de chave para a abertura. Os impactos diretos do sofrimento modificam a habitação, apenas com a circunstância desagradável de que o dono por muito tempo se aprisiona na perturbação e na dor, antes de retomar a oportunidade de nova construção.


pelo Espírito Irmão X, Do Livro: Lázaro Redivivo, Médium: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 10 de julho de 2013

CARTA DO PERDÃO

Alma boa, onde estiveres,
Tranqüiliza quem te escuta,
Seja na dor ou na luta
Da prova que envolva alguém...
Construindo entendimento,
Eis que a vida te deseja
A palavra benfazeja
Na garantia do bem.

Recorda: às vezes, o incêndio
Que se amplia, cresce e arrasa
É uma faísca de casa,
Mantida em desatenção;
Vemos também grandes males,
Surgindo de bagatela
Que a sombra desenovela
Num pingo de irritação.

Fita os Céus... De estrela a estrela,
O Universo brilha e avança
Com garbos de segurança
Que não se sabe explicar;
É Deus que nos lembra à vida,
Desde os Paramos Supremos,
O dever que todos temos
De servir e edificar.

Onde estiveres, atende
Ao nosso claro programa:
Desculpa, trabalha e ama
Em qualquer senda a transpor;
Onde a discórdia apareça,
Aí é que Deus te eleva
Por luz que dissipe a treva
Na benção do Eterno Amor.


pelo Espírito Maria Dolores, Do Livro: Maria Dolores, Médium: Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 9 de julho de 2013

ATAQUES ESPIRITUAIS NOS CENTROS ESPÍRITAS

(isso é muito sério, vejam que ''saia justa'')
“Prezados irmãos. Que Jesus nos abençoe e nos fortaleça no seu amor.
Quando nos propomos a falar da Ação das Trevas nos Grupos Espíritas, antes ... de tudo precisamos saber de quais Espíritos estamos falando, porque a grande maioria de Espíritos obsessores que vêm às Casas Espíritas são mais ignorantes do que propriamente maldosos.
No livro “Não há mais tempo”, organizado pelo Espírito Klaus, nós publicamos uma comunicação de um verdadeiro representante das organizações do mal e percebemos que há uma grande diferença entre o que nós classificamos como Espíritos obsessores e os verdadeiros representantes das trevas.
Eu estava presente na reunião na qual essa entidade se manifestou.
Quando o Espírito incorporou a doutrinadora disse: “Seja bem vindo meu irmão!”. Ele respondeu: “em primeiro lugar não sou seu irmão, em segundo lugar eu conheço o seu sentimento. Sei que você não gosta nem das pessoas que trabalham com você na casa, que dirá de mim que você não conhece. Por isso duvido que eu seja bem vindo aqui”.
Ela ficou um tanto desconsertada, porém, disse: “mas meu irmão, veja bem, isto aqui é um hospital”.
Ele respondeu: “muito bem, agora você vai dizer que eu sou o doente e que você vai cuidar de mim, não é isto?”.
Ela disse: “Sim”.
“Pois bem, e quem garante para você que eu sou um doente? Só porque eu penso diferente de você. Aliás, o que a faz acreditar que possa cuidar de mim? Quem é que cuida de você? Porque suponho que quando alguém vai cuidar do outro, este alguém esteja melhor que o outro e, francamente, eu não vejo que você esteja melhor que eu. Porque eu faço o mal? Porque sou combatente das idéias de Jesus? Sim, é verdade, mas admito isto, enquanto que você faz o mal tanto quanto eu e se disfarça de espírita boazinha”.
Outro doutrinador disse: “meu irmão, é preciso amar”.
O Espírito respondeu: “acabou o argumento. Quando vocês vêm com esta ladainha que é preciso amar é que vocês não têm mais argumentos”.
“Mas o amor não é ladainha meu irmão”.
“Se o amor não é ladainha por que o senhor não vai amar o seu filho na sua casa? Aliás, um filho que o senhor não tem relacionamento há mais de 10 anos Se o senhor não consegue perdoar o seu filho que é sangue do seu sangue, como é que o senhor quer falar de amor comigo? O senhor nem me conhece".
Vieram outros doutrinadores e a história se repetiu até que, por último, veio o dirigente da casa e com muita calma disse: “Não é necessário que o senhor fique atirando estas verdades em nossas faces Nós temos plena consciência daquilo que somos. Sabemos que ainda somos crianças espirituais e que precisamos aprender muito”.
O Espírito respondeu: “até que enfim alguém com coerência neste grupo, até que enfim alguém disse uma verdade. Concordo com você, realmente vocês são crianças espirituais e como crianças não deveriam se meter a fazer trabalho de gente grande porque vocês não dão conta”.
COMO AGEM OS ESPÍRITOS REPRESENTANTES DAS TREVAS EM NOSSOS NÚCLEOS ESPÍRITAS?
Esses Espíritos estarão sim atacando núcleos espíritas desde que o núcleo realmente represente algum perigo para as intenções das trevas.
Portanto, quando nós falamos das inteligências do mal nós estamos falando destes Espíritos que têm uma capacidade mental e intelectual muito acima da média em geral.
Normalmente não são esses Espíritos que se comunicam nas nossas sessões mediúnicas.
Normalmente eles não estão preocupados com os nossos trabalhos, a não ser que esses trabalhos estejam bem direcionados, o que é muito difícil, e represente algum perigo para eles.
Nós que vivemos e trabalhamos numa Casa Espírita sabemos bem dos problemas encontrados nas atividades desses grupos.
Para ilustrar vou contar para vocês um fato verídico ocorrido numa Casa Espírita.
Um Espírito obsessor incorporou na sessão mediúnica e disse para o grupo: “Nós viemos informar que não vamos mais obsediar vocês. Vamos para o outro grupo”.
Houve silêncio até que alguém perguntou: “Vocês não vão mais nos obsediar, por quê?”.
O Espírito respondeu: “existe nesta casa, tanta maledicência, tanta preguiça tanto atrito, tantas brigas pelo poder, tantas pessoas pregando aquilo que não praticam, que não precisamos nos preocupar com vocês, você mesmos são obsessores uns dos outros”.
POR QUE REALIZAR UM SEMINÁRIO RESSALTANDO A AÇÃO DAS TREVAS? FALAR DO MAL NÃO É AJUDAR O MAL A CRESCER?
No livro a “Arte da Guerra” está escrito: “se você vai para uma guerra e conhece mais o seu inimigo que a você mesmo, não se preocupe, você vai vencer todas as batalhas.
Se você conhece a si mesmo, mas não conhece o inimigo, para cada vitória você terá uma derrota.
Porém, se você não conhece nem a si mesmo e nem ao inimigo, você vai perder todas as batalhas”.
Infelizmente, a grande maioria das pessoas não conhece a si mesma. Têm medo da reforma intima, têm medo do que vão encontrar dentro de si. Negam a transformação interior.
Precisamos falar das trevas para conhecermos as trevas. Se não conhecermos como eles manipulam os tarefeiros espíritas como é que vamos saber nos defender deles.
Para isso é preciso refletirmos nesta condição de nos conhecermos, até porque toda ação das trevas exteriores é um reflexo das trevas que nós carregamos dentro de nós.
É preciso realmente realizarmos a nossa reforma interior para sairmos da sintonia dessas entidades.
E OS GUARDIÕES QUE CUIDAM DO CENTRO, COMO É QUE FICA?
Não podemos esquecer que os benfeitores espirituais trabalham respeitando o nosso livre arbítrio.
Uma Casa Espírita como esta possui o seu campo de proteção, uma cerca elétrica construída pelos benfeitores, porém, quem a mantém ligada são os trabalhadores encarnados.
Toda vez que há brigas dentro do centro, toda vez que há grupos inimigos conflitando-se, toda vez que há maledicências, é como se houvesse um curto circuito nesta rede, é como se houvesse uma queda de energia, e as entidade do mal entram.
Os benfeitores espirituais estão presentes, a rede é religada, mas, as entidades dos mal já entraram.
O grande problema é que quase sempre nós não estamos sintonizados com o bem. A ação do bem em nossa vida é fundamental.
Por exemplo: o Umbral não é causa, o Umbral é efeito. Só existe o Umbral, a zona espiritual inferior que cerca o planeta, porque os homens têm sentimentos medíocres e inferiores.
No dia que a humanidade evoluir o Umbral desaparece, porque ele é conseqüência.
Por isso que não podemos nos esquecer que as trevas exteriores são apenas uma extensão das nossas trevas interiores. Existe, sim, a proteção espiritual nas Casas Espíritas, porém, os Espíritos amigos respeitam o nosso livre arbítrio.
COMO É QUE OS GRUPOS ESPÍRITAS PODEM SE DEFENDER DAS TREVAS?
• Havendo muita sinceridade, amizade verdadeira e, principalmente, muito amor entre todos os colaboradores do grupo. • Existindo a prática da solidariedade, carinho e respeito para com todas as pessoas que buscam o grupo ou para estudar ou para serem orientadas ou para receberem assistência espiritual.. • Havendo muito comprometimento com a causa espírita. • Realizando, periodicamente, uma avaliação dos resultados obtidos.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

ARREPENDIMENTO - CHICO XAVIER



" - Chico, você se arrepende de alguma coisa?
- Perguntou a ele quem eu já não me lembro mais.

Parando a caneta sobre os livros que autografava
na madrugada, olhou-nos e respondeu.

- Ah, sim, arrependo-me
de não ter amado mais,
porque é só o amor
o que a gente deixa sobre este mundo !"

(Obra: Chico Xavier O Médium dos Pés Descalços)

Devemos amar mais o nosso irmão,ser mais compreensivo: ser Caridoso.

sábado, 6 de julho de 2013

SOLIDARIEDADE - BATUÍRA - CHICO XAVIER


Benditos aguilhões da vida que nos impulsionam para a frente.

A forja da provação funciona para todos.

Hoje um de nós, amanhã outro de nós.

Doemos nossas mãos em solidariedade fraternal.

Amparemo-nos.

Uma planta, por mais preciosa, está exposta no campo à influência dos parasitas que, por vezes, lhe ameaçam as melhores possibilidades.

Somos uns pelos outros.

Pertencemo-nos.

Estendamos nossos braços aos companheiros em necessidade.

E, quanto ao mais, avancemos.



pelo Espírito Batuira, Do Livro: Mais Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

INCÊNDIO NO CIRCO, LEI DO RETORNO...



No ano 177 da nossa era, na cidade de Lyon, nas Gálias Francesas o "Concilium" estava abarrotado de gente. Não se tratava de nenhuma das assembleias tradicionais, junto ao altar do imperador, e sim de compacto ajuntamento. Marco Aurélio reinava, piedoso, e, embora não houvesse ordenado nenhuma perseguição aos cristãos, permitia que se aplicassem, com o máximo rigor, todas as leis existentes contra eles. A matança, por isso, perdurava terrível. Ninguém examinava necessidades ou condições. Mulheres e crianças, velhos e doentes, tanto quanto homens válidos e personalidades prestigiosas, que se declarassem fiéis ao Nazareno, eram detidos, torturados e eliminados sumariamente. Os cristãos de Lion eram sacrificados no lar ou barbaramente espancados no campo. Os desfavorecidos da fortuna, inclusive grande massa de escravos, eram entregues às feras em espetáculos públicos. Quando as feras pareciam entorpecidas, após massacrarem milhares de vítimas, nas mandíbulas sanguissedentas, inventavam-se tormentos novos. Mais de vinte mil pessoas já haviam sido mortas.
Naquele ano de 177 a que nos referimos, a noite caía célere e a multidão se acotovelava para decidir quanto ao espetáculo que ofereceriam a Lúcio Galo, famoso cabo de guerra que visitaria Lion no dia seguinte. Imaginaram-se, para logo, comemorações a caráter. Álcio Plancus dirigia a reunião programando os festejos. Tocado pelo vinho abundante, Álcio convocava a assembléia para que o ajudasse a pensar num espetáculo diferente, à altura do visitante.
Um gritava:
- A equipe de dançarinas nunca esteve melhor..
Outro lembrava:
- Providenciaremos uma briga de touros selvagens.
- Excelente lembrança! - Falou Álcio em voz mais alta mas, em consideração ao visitante, é preciso acrescentar alguma novidade que Roma não conheça... Cristãos às feras já não constitui novidade. É preciso algo novo.
E o próprio Álcio apresentou um plano distinto:
- Poderíamos reunir, nesta noite, aproximadamente 1000 mulheres e crianças cristãs, guardando-as no cárcere... E, amanhã, coroando as homenagens, ofereceremos um espetáculo inédito. Nós as colocaremos na arena, molhada com resina inflamável e devidamente cercada de farpas embebidas em óleo, deixando apenas passagem para os mais fortes. Depois de mostradas festivamente ao público, incendiaremos toda a área e soltaremos sobre elas os velhos cavalos que não sirvam mais para os nossos jogos. Realmente, as chamas e as patas dos animais formarão um espetáculo inédito.
- Muito bem! Muito bem! - Rugiu a multidão de ponta a ponta do átrio.

Durante a noite inteira, mais de mil pessoas, ávidas de crueldade, vasculharam residências humildes e, no dia subseqüente, ao sol vivo da tarde, largas filas de mulheres e criancinhas, em gritos e lágrimas, no fim de soberbo espetáculo, encontraram a morte, queimadas nas chamas, ou despedaçadas pelas patas dos cavalos em correria...
Quase 18 séculos passaram sobre o tenebroso acontecimento...
Entretanto, a justiça da lei, através da reencarnação, reuniu todos os responsáveis, que, em diversas posições de idade física, se aproximaram de novo para dolorosa expiação, no dia 17 de dezembro de 1961, na cidade brasileira de Niterói-RJ, em comovedora tragédia num circo.

Do livro CARTAS E CRÔNICAS – Feb Editora
Pelo Espírito: Irmão X
Psicografia de Chico Xavier

Nota:
No dia 17 de dezembro de 1961 acontecia, em Niterói, a maior tragédia circense da história e o pior incêndio com vítimas do Brasil. Mais de 3 mil espectadores, a maioria crianças, lotavam a matinê do Gran Circo Norte-Americano, anunciado como o mais famoso da América Latina, quando a trapezista Antonietta Stevanovich deu o alerta de “fogo!”.
Em menos de dez minutos, as chamas devoraram a lona, justamente no momento em que o principal hospital da região se encontrava fechado por falta de condições.
O prefeito da cidade estabeleceu em 503 o número oficial de mortos, mas a contabilidade real nunca será conhecida.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

CASCAS SEM FRUTOS


Sucessivas vitórias humanas são devidas à aparência. A vida terrestre em multiformes arraiais de atividade, permite o êxito de superfície sem substância. Veste sem o ser. Casca sem fruto. Título sem conteúdo. Ilusão sem realidade.

Daí nascem mil contradições entre o íntimo e o exterior dos homens, forjando embaraços, remorsos, recalques para os obreiros de todas as profissões.

Tais desequilíbrios provocam, sobretudo, a desencarnação extemporânea de muita gente instalada no fastígio social, através de distúrbios emocionais e desastres circulatórios.

Numerosas vítimas desses conflitos, na condição de espíritos livres ainda experimentam os seus resultados, porque na existência espiritual não se permite fraudar o próprio existir.

O plano da verdade, não comporta lugar ou tempo para escapatórias. E legiões de consciências vibram num saudosismo martirizante fora do corpo, investindo inutilmente contra a realidade que as envolve. Sem energia para se renovarem, enfrentam condições adversas, fixam-se em lembranças injustificáveis e padecem.

Na viagem terrena não foram sinceras com os outros. Na Espiritualidade Maior, já que não conseguem torcer os fios da verdade em sucedâneos de passadas quimeras, intentam permanecer insinceras consigo mesmas e arranjam novas contradições mais exasperantes e que prejudicam em primeiro lugar a elas mesmas.

Esses fenômenos provocam o aparecimento de multidões de almas libertas do corpo carnal, surpreendentemente aguilhoadas a sensações dos órgãos físicos. Num paradoxo estranho mentalizam paisagens fictícias, ilhas artificiais de enganosa concepção, buscando estar à parte do Universo.

Espíritos amotinados em lutas inglórias, combatem os mecanismos inamovíveis das leis naturais. Anseiam sepultar a verdade além da morte por todos os meios, e por fim, exploram emocionalmente encarnados suscetíveis e desencarnados perturbados, em sintonia com eles, comunicando os dislates de que se fazem portadores.

Não podemos fechar ouvidos a essa ocorrência gritante. Nem calar fugindo ao toque dessa calamidade. Semelhantes quadros do Universo devem fazer refletir.

O impacto da morte na Terra surge mais real que qualquer êxito de superfície. Causa alguma do que é externo na esfera humana, foi estabelecida para durar sempre.

Veja em você mesmo a substância de que se compõe o destino. Se o aprendizado terrestre às vezes solicita o encobrimento construtivo disso ou daquilo, jamais deixa passar sem consequências o excesso que o simples bom senso repele.

O potencial de bondade em nós é sempre profundo: ninguém carrega nulidade total. Mas a experiência carnal tem o valor de seus frutos.

Acalme-se. Alegre-se. Crie fraternidade, confiando nas leis existentes, mas sem exagerar pela fantasia as circunstâncias que lhe fundamentam a vida.



Kelvin Van Dine

(Mensagem do livro Técnica de Viver, psicografado pelo médium Waldo Vieira).



Vive de tal forma que deixes pegadas luminosas no caminho percorrido, como estrelas apontando o rumo da felicidade e não

deixes ninguém afastar-se de ti sem que leve um traço de bondade, ou um sinal de paz da tua vida.

Joanna de Ângelis

quinta-feira, 4 de julho de 2013

A QUEIXOSA - HUMBERTO DE CAMPOS - CHICO XAVIER

Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!
Obrigado pela companhia!!!
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

A QUEIXOSA



Benvinda Fragoso tornara-se amplamente conhecida pelas suas queixas constantes. Quem a ouvisse na relação dos fatos comuns afirmaria, sem hesitar, que a infeliz arrematara todos os desgostos do mundo.

Órfã de pai e mãe, vivia à custa de salário modesto, numa fábrica de toalhas, onde fora admitida por obséquio de amigos devotados. Todavia, se a existência era laboriosa, não faltavam recursos para torná-la melhor. Não se casara, mas dois sobrinhos inteligentes e generosos faziam-lhe companhia no ambiente doméstico. Os genitores não lhe deixaram haveres em espécie, mas sempre legaram à filha o patrimônio do lar, edificado ao preço de sublimes sacrifícios.

Benvinda rodeava-se de oportunidades benditas, mas não sabia aproveitá-las. Cristalizara-se nas queixas dolorosas, aniquilando as próprias energias. A mente enfermiça desfigurava as sugestões mais belas da vida diária.

– Sou profundamente infeliz – dizia a uma colega de trabalho –, vivo insulada, à maneira de animal sem dono, ao léu da sorte. Morrer seria para mim uma felicidade. Diz-se que o fim é sempre doloroso. Não será, porém, mais agradável alcançar o termo do caminho no seio de tantas sombras e surpresas angustiosas?

– Não digas isso, Benvinda – observava a companheira, com intimidade –, temos saúde, não nos falta trabalho, teus sobrinhos gostam de ti. Não nos sintamos desditosas, quando a oportunidade de serviço continua em nossas mãos.

Mal-humorada – explodia a queixosa, exasperada:

– Que dizes? a existência esmaga-me e desde a infância há sido para mim pesada carga de sofrimentos. Referes-te aos sobrinhos, e que significam eles em meu caminho senão agravo de preocupações? O mundo é cárcere tenebroso, inferno terrível, onde somos convocados a ranger dentes.

Calava-se a colega, ante o transbordamento de revolta insensata.

Na estação do frio, aferrava-se Benvinda em lamentações amargosas; no verão, acusava a Natureza, declarava-se incapaz de tolerar o calor ; e, se chovia, amaldiçoava as nuvens generosas.

Dispondo de muitas horas no ambiente doméstico, a infeliz nunca soube valorizar o santo aconchego das paredes acolhedoras, onde os pais carinhosos lhe haviam dado o beijo da vida.

Enquanto os sobrinhos, quase crianças, permaneciam no trabalho, Benvinda recorria às vizinhas e, mãos cruzadas em sinal de preguiça, continuava incorrigível:

– Ah! Dona Guilhermina, a vida vai-se tornando insuportável. Este mundo resume-se em miséria e desengano. Até quando serei humilhada e perseguida pela má sorte?

– Oh! minha filha! – respondia a interpelada, fixando gestos de mãe compadecida, por ocultar a verdadeira expressão da personalidade habituada à maledicência – Deus é bom Pai. Não desanime. Tenhamos confiança na Providência. Tudo passa neste mundo. A fé pode transformar nossas dificuldades em motivos de vitória e alegria.

– Fé? – replicava Benvinda, exaltada – estou descrente das orações. Deus nunca me atende. Quando sonhava, há dez anos, a organização de um lar que fosse somente meu, rezei pedindo a proteção do Céu e meu noivo desapareceu para desposar outra jovem, mais tarde, longe de mim. Quando meu pai se decidiu à operação, supliquei à Providência lhe poupasse a vida, atendendo a que eu era órfã de mãe, desde os mais tenros anos, e sobreveio a infecção que o levou à sepultura. Quando minha única irmã adoeceu, recorri de novo à confiança no Poder Celestial e Priscila morreu, deixando-me os filhos por criar, através de obstáculos numerosos. Como vê a senhora, minha crença não poderia resistir a choques tamanhos. Estou sozinha, abandonada ; sou o cão anônimo, desprezado em desvãos do caminho.

Mas, como a assistência espiritual da Esfera Superior se vale de todos os meios para socorrer ignorantes e infelizes, a vizinha, não obstante a má-fé, constituía-se em instrumento de consolação ao bafejo de amigos desvelados do Plano Superior e replicava:

– Entretanto, quem sabe todas as desilusões não resultaram em beneficio? O noivo, que a enchia de esperança, talvez a envenenasse de desesperação, mais tarde; o genitor teria evitado a operação cirúrgica, mas possivelmente se tornaria dementado, percorrendo hospícios ou convertendo-se em palhaço da via pública; a irmã ter-se-ia curado da pneumonia, mas, viúva muito jovem, talvez lhe amargurasse o coração fraterno, cedendo a sugestões inferiores no caminho da vida.

Em vez de ponderar as observações amigas, Benvinda retrucava:

– Não me conformo: para mim a vida se resume no drama pungente que aniquila o espírito, ou na comédia que revolta o coração.

A palestra continuava, pontilhada de lamentos e acusações gratuitas ao mundo, até que os rapazelhos chamavam à porta. A tia, que perdera tempo em lamúria improdutiva, aproximava-se do fogão, apressada.

– Esta vida não me serve! – dizia em voz alta, amedrontando os jovens – até quando serei escrava dos outros, capacho do Destino? Maldita a hora em que nasci para ser tão desgraçada.

Os sobrinhos miravam-na entristecidos.

– Quando conseguirmos melhor remuneração, titia – exclamava um deles, bondosamente –, havemos de auxiliá-la, retirando-a da fábrica. Não é a senhora nossa verdadeira mãe pelo espírito?

Benvinda, no entanto, longe de comover-se com a observação carinhosa, multiplicava as impertinências.

– Não creio em ninguém – bradava de cenho carregado –, quando vocês puderem, deixar-me-ão na primeira esquina. Não pensam senão em diversões e más companhias. Crêem que resolverão meus problemas com promessas?

Observando-lhe a feição neurastênica, os rapazes esperavam a refeição, sisudamente calados. Terminada esta, regressavam naturalmente à rua. O ambiente doméstico pesava. A lamentação viciosa é força destrutiva.

Benvinda não reparava que as amizades mais íntimas a deixavam sozinha no circulo das queixas injustificadas. Ninguém estava disposto a ouvir-lhe as blasfêmias e críticas impiedosas. As colegas de serviço evitavam-lhe a palestra desanimadora. As vizinhas refugiavam-se em casa ao vê-la em disponibilidade no quintal invadido de ervas rústicas. Os sobrinhos toleravam-na, desenvolvendo imenso esforço. Nesse insulamento, a infeliz piorava sempre. Começou a queixar-se amargamente do serviço e a acusar a administração da fábrica. Enquanto sua atitude se limitava a circulo reduzido, nada aconteceu de extraordinário; todavia, quando resolveu dirigir-se ao gerente para reclamações descabidas, recebeu a ordem inflexível de demissão.

Enclausurada no desespero, não tinha percepção das oportunidades que se desdobram no caminho de todas as criaturas, nem compreendia que não era a única pessoa a lutar no mundo. Crendo-se mártir, agravou a ociosidade mental e foi relegada a plano de absoluto isolamento.

Nem amigos, nem trabalho, nem colegas, nem sobrinhos.

Tudo fugiu, evitando-lhe a atmosfera de padecimento voluntário.

Depois de perder a casa, em venda desvantajosa, a fim de obter recurso à manutenção própria, passou ao terreno da mendicância sórdida.

Foi nessa situação escabrosa que a morte do corpo a compeliu a novos testemunhos.

Desencantada e abatida, acordou na vida real em solidão mais dolorosa. Ninguém a esperava no pórtico de revelações do Além-túmulo. Estava só, sem mão amiga.

E os sofrimentos de que se julgara vítima na Terra?

Não esperava convertê-los em títulos de ventura celestial? Descrera da Providência no mundo, entretanto, no íntimo, sempre acreditara que haveria glorioso lugar para os desventurados e famintos da experiência humana. Depois de longo tempo, em que se multiplicavam provas ásperas, rogou ao Espírito de sua mãe que a esclarecesse na paisagem nova. Tinha sede de explicações, ânsias de paz e fome de entendimento.

Depois da súplica formulada com lágrimas angustiosas, sentiu a aproximação da desvelada genitora.

– Benvinda – murmurou a terna mensageira, carinhosamente –, não te dirijas a Nosso Pai lamentando o aprendizado em que te encontras. Toda queixa viciosa, minha filha, converte-se em crítica injusta à Providência. Estás convicta de que sofreste na Terra; entretanto, a verdade é que envenenaste os poços da Divina Misericórdia. Fugiste às ocasiões de trabalho, desfiguraste o quadro sublime de realizações que te aguardavam a boa-vontade nas estradas da luta humana. Hoje aprendes que a lamentação é energia que dissolve o caráter e opera o insulamento da criatura. Não conseguiste afeições em ninguém, não soubeste conquistar a gratidão das criaturas, nem mesmo das coisas mais ínfimas do caminho. Sofre, minha filha! A dor de agora é tua criação exclusiva. Não imputes a Deus falhas que se verificaram por ti mesma.

– Oh! minha mãe! – suplicou a infeliz – não poderei, porém, voltar e aprender novamente no mundo?

– Mais tarde. Por agora, para que alcances alguma tranqüilidade, incorporar-te-ás à extensa falange espiritual que auxilia os rebeldes e inconformados da luta humana. Reduziste a existência a montão de queixas angustiosas, sem razão de ser. Trabalharás agora, em espírito, ao lado daqueles que se fecham na teimosia quase impenetrável, a fim de compreenderes o trabalho perdido...

E a queixosa trabalha até agora, para abrir consciências endurecidas à compreensão das bênçãos divinas.

É por isso que muitos homens, em momentos de repouso, são por vezes assaltados de idéias súbitas de trabalhos inesperados. Criaturas e coisas enchem-lhes a visão interna, requisitando atividade mais intensa. É que por aí, ao redor da mente em descanso, começam a operar os irmãos de Benvinda, a fim de que a preguiça não lhes aniquile a oportunidade, qual aconteceu a eles mesmos.


pelo Espírito Humberto de Campos, Do Livro: Reportagens e Além Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 3 de julho de 2013

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER - RAMIRO GAMA

VIAJANDO COM UM SACERDOTE

Sentado no ônibus que o levaria a Belo Horizonte, Chico notou que seu companheiro de banco era um Irmão Sacerdote.
Cumprimentou-o e entregou-se à leitura de um bom livro.
O Sacerdote, também, correspondeu-lhe o cumprimento, abrira um livro sagrado e ficara a lê-lo.
Em meio à viagem, passou o ônibus perto de um lugarejo embandeirado, que comemorava o dia de S. Pedro e S. Paulo. O Sacerdote observou aquilo e, depois, virando-se para o Chico comentou:
- Vejo esta festividade em honra de dois grandes Santos, e neste livro, leio a história de S. Paulo, cujo autor lhe dá proeminência sobre S. Pedro. Não se pode concordar com isto. S. Paulo é o Príncipe dos Apóstolos, aquele que recebeu de Jesus as chaves da Igreja.
Chico, delicadamente, deu sua opinião, e o fez de forma tão simples, revelando grande cultura, que o Sacerdote, que não sabia com quem dialogava, surpreendeu-se e lhe perguntou:
- O senhor é formado em Teologia, ou possui algum curso superior?
- Não. Apenas cursei até o quarto ano de instrução primária.
- Mas, como sabe tanta coisa da vida dos santos, principalmente de S. Paulo, de S. Estêvão, de S. Pedro, e de outros, realçando-lhes fatos que ignoro?...
- Sou médium... - Então, o senhor é o Chico Xavier, de Pedro Leopoldo?
- Sim, para o servir.
- Então, permita-me que lhe escreva e prometa-me responder minhas cartas, pois tenho muita coisa para lhe perguntar. Faça-me este favor. Afinal, verifico que Deus... nos pertence...
- Pode escrever; de bom grado responder-lhe-ei. Assim trabalharemos não apenas para que Deus nos pertença, mas para que pertençamos também a Deus, como nos ensina o nosso benfeitor Emmanuel.

E, até seu desencarne, Chico recebeu cartas de Irmãos de todas as crenças , particularmente de Sacerdotes bem intencionados, como o irmão com quem viajou e de quem se tornou amigo.
E, tanto quanto lhe permitia o tempo, lhes respondia e nas respostas ia distribuindo o Pão Espiritual a todos os famintos, ovelhas do grande redil, em busca do amoroso e Divino Pastor, que é Jesus.

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER - RAMIRO GAMA

DR FRITZ: UM POUCO DE SUA HISTÓRIA...

Dr. Fritz.

Dr. Adolph Fritz nasceu em 1861 em Dantzig na Polônia e foi criado na Alemanha. Filho de poloneses da família tradicional Yeperssoven, formou-se como médico na universidade de Berlim aos 26 anos de idade graduando-se como cirurgião.

Fritz é o sobre nome de Adolph Fritz Frederick Yeperssoven, hoje esse espírito de luz serve a Deus junto com a sua filha Sheila.

Dr. Fritz alistou-se com a patente de capitão e deu baixa como major medico aos 40 anos de idade, portanto, teve que escolher a sólida reputação como cirurgião médico em Munique, optando pelas trincheiras enlameadas do campo de batalha. Promovido ao posto de coronel médico, Adolph Fritz chefiava um hospital de campanha em Tannenberg, onde tinha uma desordenada clientela de homens feridos e aleijados que tinham o endereço certo, o hospital do coronel-médico, em sua equipe havia dois capitães, Hausen Fritz, Joseph Ffritz Groeber, Sheila e dois cabos enfermeiros.

Durante o combate, Dr. Fritz e sua legião de soldado foram traídos pelos franceses, onde escapou de uma traição por causa de um soldado que defendera a sua vida dando em troca a dele. Este soldado chamava-se Wallacxon, e hoje reencarnado como Kleber Aran Ferreira.

Em 1914 acontecia A Batalha de Tannenberg, foi uma das mais sangrentas da 1º guerra mundial, morreram 125 mil soldados, entre eles, Dr. Fritz e sua equipe, que foram atingidos por um obus do tipo torpedo shell.

terça-feira, 2 de julho de 2013

RIMÁRIO DA ALMA - DERALDO NEVILE - CHICO XAVIER

Tudo volta – diz o povo -,
Dor, amor, lembrança, olvido...
Tudo aparece de novo
Menos o tempo perdido.

A dor, se tem esperança,
Nunca se perde na estrada;
É mágoa, mas lembra a sombra
De uma noite enluarada.

Ensino para qualquer
De nossos irmãos terrenos:
Muita vez, quem mais nos quer
É quem nos entende menos.

Definir felicidade,
Às vezes, é ser mais triste;
Quem é feliz de verdade
Nunca soube se ela existe.

Toda pessoa carrega
Um sonho de amor e paz...
Saudade viva do Céu,
Que só no Céu satisfaz.


pelo Espírito Deraldo Nevile, Do Livro: Trovas Do Outro Mundo, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

CONSCIÊNCIA E PLENITUDE - JOANNA DE ÂNGELIS


A busca da plenitude constitui a meta essencial da consciência lúcida que descobriu os valores reais da vida e superou os equívocos do ego, no processo da evolução do ser espiritual.

Conscientizado quanto à realidade da vida, na sua qualidade de hálito divino e eterno, sabe que a rapidez do trânsito carnal em nada afeta o conteúdo de que se constitui, porquanto identifica o mecanismo da evolução graças ao qual se adentra na existência física, através da concepção fetal e abandona-a por meio da anoxia cerebral, quando lhe advém a morte.

Felicitado pela perfeita identificação dos objetivos humanos, empenha-se por entesourar os recursos inalienáveis do bem, preservando a paz íntima e comportando-se dentro dos cânones da ordem e do dever, fomentadores do próprio, como do progresso geral.

A consciência seleciona as necessidades reais das que são utópicas, abrindo espaços à realização interior que induz ao amor como meio especial de alcançar a plenitude.

Sonhada por todos os povos, nas mais variadas épocas da História, foi assinalada por santos, místicos e heróis, como Nirvana, Samadi, Paraíso, glória, encontrando em Jesus a denominação amena de Reino dos Céus, onde não vicejam as dores nem as angústias , as saudades nem as aflições.

Delimitando-lhe as balizas no próprio coração da criatura, o Mestre Divino propôs o mergulho no oceano dos sentimentos, onde pode sobrenadar, fruindo de harmonia, sem ansiedade, nem arrependimento, sem perturbação ou tormento...

Conquistada a consciência que propicia amadurecimento, o ser alcança o estado de plenitude espiritual, não obstante se encontre no invólucro carnal.

Enquanto estejas na vida corporal, exercita-te na fraternidade, não te deixando perturbar por querelas e paixões dissolventes.

Cuida de viver com intensidade e sem cansaço as horas da existência, deixando-as passar com real aproveitamento, de modo que a recordação delas não te cause remorso ou lamentação.

Os momentos de consciência profunda , objetiva, proporcionam a memória da plenitude, passo inicial para a integração no espírito total da vida.

Jesus assinalou esta conquista ao afirmar: "Eu e meu Pai somos um."

Havia uma perfeita identificação entre Ele e o Gerador Universal, acenando aos Seus discípulos a possibilidade de consciência integral com plenitude pessoal.

Interessado na elucidação da plenitude , ALLAN KARDEC indagou aos Gênios Espirituais, conforme anotou em O Livro dos Espíritos, na questão 967:

- Em que consiste a felicidade dos bons espíritos ?
- Em conhecerem todas as coisas; em não sentirem ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que ocasionam a desgraça dos homens. O amor que os une lhes é fonte de suprema felicidade. Não experimentam as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da Vida material. São felizes pelo bem que fazem....



pelo Espírito Joanna de Ângelis, Do Livro: Momentos de Consciência, Médium: Divaldo Franco.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

ASSUNTO DE LEI - EMMANUEL


Nunca prejudicarás a alguém sem prejudicar-te.

Nunca beneficiarás a essa ou aquela pessoa sem beneficiar a ti mesmo.

Através de nossas ações, sobre os outros, traçamos o próprio caminho.

Os companheiros de nossa estrada são fragmentos de que se nos constituirá o próprio futuro.

Esses apontamentos pertencem à Lei.


pelo Espírito Emmanuel, Do Livro: Pronto Socorro, Médium: Francisco Cândido Xavier.

ORAÇÃO REFAZENTE - VICTOR HUGO

Almas da Terra,

Quando o fragor das inquietações estiver a ponto de estraçalhar-vos, se nas encruzilhadas não souberdes o caminho a seguir e todas as rotas vos parecerem acesso a abismos; quando insuportável desesperação vos houver arrastado a conclusões infelizes que vos pareçam ser a única solução; quando os infortúnios em vos excruciando tendei a tornar-vos indiferentes ao próprio sofrimento: tendes o veículo da oração e dispondes do acesso à meditação remediadora.

Talvez, não vos sejam supressos os problemas, nem afastadas as dificuldades; no entanto, dilatareis a visão para melhor e mais apurado discernimento, lobrigareis mais ampla compreensão da Vida e das suas legítimas realidades, experimentareis a presença de forças ignotas que vos penetrarão. Vitalizando-vos, elevar-vos eis a zonas psíquicas relevantes donde volvereis saturados de paz com possibilidades de prosseguirdes não obstante quaisquer difíceis conjunturas existentes ou por existirem.

Porque a prece apazigua e a meditação refaz. A oração eleva enquanto a reflexão sustenta. O pensamento nobre comungando com Deus, em Deus está a Vida, e dialogando em conúbio de amor extravaza as impurezas e se impregna com as sublimes vibrações da afetividade, que se converte em força dinâmica para sustentar as combalidas potencialidades que, então, se soerguem e não mais desfalecem.

Não vos arrojeis desastradamente nas valas da ira irrefreável ou nas vagas da insensatez. Antes que vou assaltem os demônios do crime, erguei-vos do caos, pensando e orando. Há ouvidos atentos que captarão vossos apelos e cérebros poderosos que emitirão mensagens respostas que não deveis desconsiderar. Amores que vos precederam no além-túmulo vigiam e esperam por vós. Amam e aguardam receptividade. Não vos enganeis nem vos desespereis. Tende tento. Falai ao Pai na prece calma e silenciai para o ouvirdes através da inspiração clarificadora. Nada exijais. Quem ora não impõe.

Orar é abrir a alma, externar estados íntimos, refugiar-se na Divina Sabedoria, a fim de abastecer-se de entendimento penetrando-se de saúde interior. E quando retornardes da incursão pela prece exultar, apagando as sombrias expressões anteriores, superando as marcas das crises sofridas e espargindo alegrias em nome da esperança que habitarás em vós.

Trabalhando pelo Bem o Homem ora. Orando na aflição ou na alegria, o Homem trabalha. E orando conseguirá vencer toda a tentação, integrar-se com plenitude no Espírito da Vida que flui da Vida abundante com forças superiores para trabalhar e vencer.


pelo Espírito Victor Hugo, Do Livro: Sublime Expiação, Médium: Divaldo Franco.

A RIGOR - ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER


Espírito Santo - falange dos Emissários da Providência que superintende os grandes movimentos da Humanidade na Terra e no Plano Espiritual.

Reino de Deus - estado de sublimação da alma, criado por ela própria, através de reencarnações incessantes.

Céu - esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.

Milagre - designação de fatos naturais cujo mecanismo familiar à Lei Divina ainda se encontra defeso ao entendimento fragmentário da criatura.

Mistério - parte ignorada das Normas Universais que, paulatinamente, é identificada e compreendida pelo espírito humano.

Sobrenatural - definição de fenômenos que ainda não se incorporam aos domínios do hábito.

Santo - atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, a execução do próprio dever.

Tentação - posição pessoal de cativeiro interior a vícios instintivos que ainda não conseguimos superar por nós mesmos.

Dia de juízo - oportunidade situada entre dois períodos de existência da alma, que se referem à sementeira de ações e à renovação da própria conduta.

Salvação - libertação e preservação do espírito contra o perigo de maiores males, no próprio caminho, a fim de que se confie à construção da própria felicidade, nos domínios do bem, elevando-se a passos mais altos de evolução.

O Espiritismo tem por missão fundamental, entre os homens, a reforma interior de cada um, fornecendo explicações ao porquê dos destinos, razão pela qual muitos conceitos usuais são por ele restaurados ou corrigidos, para que se faça luz nas consciência e consolo nos corações. Assim como o Cristo não veio destruir a Lei, porém cumpri-la, a Doutrina Espírita não veio desdizer os ensinos do Senhor, mas desenvolvê-los, completá-los e explicá-los “em termos claros e para toda a gente, quando foram ditos sob forma alegóricas”.

A rigor, a verdade pode caminhar distante da palavra com que aspiramos a traduzi-la.

Renove, pois, as expressões do seu pensamento e a vida renovar-se-lhe-á inteiramente, nas fainas de cada hora.


pelo Espírito André Luiz - Do livro: O Espírito da Verdade, Médium: Francisco Cândido Xavier.

TROCAS ENERGÉTICAS

by José Batista de Carvalho

Tudo o que nos cerca tem energia e nós fazemos trocas energéticas o tempo todo, com as pessoas e com os ambientes. Nessa troca, podemos sair revitalizados ou defasados porque sempre que há uma troca energética ocorre o equilíbrio das energias. É importante termos conhecimento de como isso acontece para promovermos trocas saudáveis.

Nós captamos a energia universal, pura, e a transformamos em energia consciencial, a partir de nossos pensamentos e sentimentos. Isso significa que tudo o que pensamos e sentimos definirá o nosso padrão energético. Cada pessoa é um composto energético único e complexo.

As trocas energéticas acontecem até mesmo à distância. Se alguém nos evoca, por exemplo, podemos perder energia. Evocações de saudade não são positivas. A saudade é a carência das energias conscienciais do outro.

Nós temos reações energéticas diferentes, dependendo das pessoas com quem nos relacionamos e dos ambientes que frequentamos. Quando você consegue dominar as próprias energias e faz uma leitura correta das pessoas e dos ambientes, tem mais facilidade para perceber como se sente em determinados locais e com certas pessoas. Assim, poderá selecionar com quem irá se relacionar e que tipo de locais deseja frequentar.

você vai descobrir que deverá estipular um tempo máximo para ficar com algumas pessoas e em certos lugares. Quando estiver com pessoas muito defasadas, seja assertivo e mantenha a aura bem definida para evitar a desvitalização, que é uma das causas da depressão. Quando nos aproximamos de alguém defasado energeticamente, ocorre a acoplagem áurica e entramos no padrão da pessoa. Atraímos os assédios que a acompanham e esses passam a roubar também a nossa energia.

Prestar atenção aos sinais também é um bom sinal para perceber melhor as próprias energias: cansaço, dor de cabeça, frio na barriga, sono repentino são, normalmente, sinais da presença de assédios espirituais. Porém, independentemente dos sinais, preste atenção aos seus sentimentos. Toda vez que um amparador se aproxima, você sente um enorme bem-estar.

Ter conhecimento das próprias energias, fazer trocas saudáveis, evitar bloqueios energéticos é essencial para manter um padrão energético saudável e atrair amparo espiritual. As técnicas de autodefesa energética nos ajudam a equilibrar as energias. Devemos aprender e realizar diariamente a interiorização, exteriorização e circulação de energias. Quem possui consciência dos vários padrões de energia, sabe defender-se daqueles que são defasados. A nossa melhor defesa é o que somos.

Diariamente, avalie como são as trocas que você realiza. Observe como se você se sente no trabalho, com a família, com o seu parceiro. Procure realizar trocas saudáveis, somar conhecimento a cada relacionamento e evoluir espiritualmente.

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...