sexta-feira, 30 de março de 2012

UM TANTO MAIS



Você guarda a impressão de haver esgotado o estoque de todos os seus recursos, em determinada tarefa de amor, mas se você perseverar um tanto mais no devotamento, ninguém pode prever os louros de luz que brilharão em seu passo.

Você está doente e pretende obter licenças de longo prazo, mas se você continuar um tanto mais em serviço, ninguém pode prever o tesouro de forças novas que lhe aparecerá no caminho.

Você encontrou imensas dificuldades no exercício das boas obras e anseia fugir delas, mas se você persistir um tanto mais na construção da beneficência, ninguém pode prever o triunfo que as suas horas recolherão, nas fontes vivas da caridade.

Você acredita que não pode tolerar o amigo importuno, o filho teimoso, o irmão inconsciente, a esposa inconstante ou o marido insensato, mas se você suportar um tanto mais a luta em família, ninguém pode prever a extensão do júbilo porvindouro em seu ninho doméstico.

Você supõe que o azar é o seu clima e chora na bica do desespero, mas se você cultivar um tanto mais de fidelidade às próprias obrigações, ninguém pode prever a amplitude do seu êxito, no amanhã que vem perto.

Você experimenta enorme cansaço e não quer dar ouvidos ao companheiro de longa conversa, mas se você esticar um tanto mais o seu sacrifício, ninguém pode prever os prodígios da colheita de bênçãos que surgirão dos seus breves minutos de gentileza.

Observe que você mesmo para realizar isso ou aquilo, exige incessantemente dos semelhantes um tanto mais de bondade, um tanto mais de cooperação, um tanto mais de tempo, um tanto mais de carinho...

O gênio é a paciência que não se acaba.

É justo que você deseje um tanto mais de felicidade, mas para isso, é necessário que você ajude um tanto mais a felicidade dos outros.

Repare você as lições da vida e compreenderá que a vitória no bem é sempre trabalhar conforme o dever e servir... um tanto mais.

* * *

O mestre da antiguidade, Confúcio, elaborando ideias a respeito da perseverança, afirma:

Se há pessoas que não estudam ou que, se estudam, não aproveitam, elas que não se desencorajem e não desistam.

Se há pessoas que não interrogam os homens instruídos para esclarecer as suas dúvidas ou o que ignoram, ou que, mesmo interrogando-os, não conseguem ficar mais instruídas, elas que não se desencorajem e não desistam.

Se há pessoas que não meditam ou que, mesmo que meditem, não conseguem adquirir um conhecimento claro do princípio do bem, elas que não se desencorajem e não desistam.

Se há pessoas que não distinguem o bem do mal ou que, mesmo que distingam, não têm uma percepção clara e nítida, elas que não se desencorajem e não desistam.

Se há pessoas que não praticam o bem ou que, mesmo que o pratiquem, não podem aplicar nisso todas as suas forças, elas que não se desencorajem e não desistam.

O que outros fariam numa só vez, elas o farão em dez. O que outros fariam em cem vezes, elas o farão em mil, porque aquele que seguir verdadeiramente esta regra da perseverança, por mais ignorante que seja, tornar-se-á uma pessoa esclarecida; por mais fraco que seja, tornar-se-á necessariamente forte.


Redação do Momento Espírita com base no cap.71, do livro
Ideal espírita, pelo Espírito André Luiz, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. Cec e do texto A perseverança,
do livro A sabedoria de Confúcio, de Confúcio, ed. José
Olympio.
Em 29.03.2012.

quarta-feira, 28 de março de 2012

CONCLUSÕES

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil



Estuda, ensina, esclarece,
Mas foge à palavra oca.
Apenas colher vazia
Acaba ferindo a boca.

O bem reúne três modos:
Caridade – obrigação:
Benevolência – dever:
Esmola – devolução.

Abriga-te na humildade,
Não busques mundana estima.
O ouro afunda no mar.
A palha fica por cima.





pelo Espírito Regueira Costa - Do livro: Orvalho de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

PROTEÇÃO - CHICO XAVIER

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

Duas horas de fria madrugada num hotel pequeno de rodovia.

O cavalheiro chegou apressado e pediu a chave do aposento em que se instalara durante o dia.

Inexplicavelmente, a chave desaparecera, e o interessado se confiou à exasperação.

Gritou. Acusou empregados.

A gerência interferiu com gentileza.

Outro quarto lhe foi entregue. O homem, porém, declarou que deixara junto ao leito grande soma de dinheiro e exigiu fosse a porta arrombada.

Depois de muita crítica, em que ameaçava a casa com denúncia à polícia, concordou em ocupar um aposento vizinho.

Somente pela manhã, ao sol muito alto, a fechadura foi quebrada. E só então o inconformado hóspede, ao retirar o dinheiro, verificou que sob o travesseiro se ocultava enorme escorpião.



pelo Espírito André Luiz - Do livro: Endereços da Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 27 de março de 2012

O VALOR DE NOSSOS PAIS



Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.

Passou na primeira entrevista e o diretor fez a última entrevista e tomou a última decisão.

O diretor descobriu através do currículo que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.

O diretor perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?" o jovem respondeu, "nenhuma".

O diretor perguntou, "Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades ?" o jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."

O diretor perguntou, "Onde trabalha a tua mãe?" e o jovem respondeu, "A minha mãe lava roupa."

O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.

O diretor perguntou, "Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?", o jovem respondeu, "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu."

O diretor disse, "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã."

O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.

O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpas com água.

Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro.
Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.

Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.
O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, "Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?"

O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."

O diretor pediu, "Por favor diz-me o que sentiste."

O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."

O diretor disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado."

Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.


Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vais sempre culpar os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?

Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. Mas quando cortar a relva, por favor deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer amar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem. A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

Enviado pela amiga Lúcia Bastos. Grato.

domingo, 25 de março de 2012

A ARTE DE LIMPAR A JANELA - CHARLES HOGG

Arte de Limpar a Janela

Charles Hogg

Em toda rua há uma Sra. Julgamento e uma Sra. Honestidade. Um dia a Sra.
Honestidade decidiu visitar a Sra. Julgamento. Tão logo a Sra.
Honestidade chegou, a Sra. Julgamento começou a reclamar de seus novos
vizinhos, uma família de estrangeiros.
"Ela é uma dona-de-casa terrível", disse a Sra. Julgamento, "Você
deveria ver o quão sujas são as suas crianças... assim como a sua casa!
É quase uma desgraça estar vivendo na mesma vizinhança. Apenas dê uma
olhada nas roupas que ela pendurou no varal, veja as manchas pretas nos
lençóis e toalhas."

A Sra. Honestidade andou até a janela para ver. "Na realidade as
roupas estão bem limpas, minha querida. As manchas estão na sua
janela!", disse.

Assim como a Sra. Julgamento, quão freqüentemente sou enganado por
minhas próprias janelas sujas ao projetar meus próprios "maus
julgamentos" externamente, completamente convencido de que eu estou
vendo a verdade? A semente original do mau julgamento colore tudo o que
vejo, então, cada interação com meus vizinhos reforça minha atitude. Até
que uma Sra. Honestidade chegue. Somente então vejo mais de perto as
minhas janelas dos olhos. Assim que começo o processo de limpar a
sujeira do lado de fora das minhas janelas, percebo algo interessante.
Há também sujeira por dentro. A sujeira exterior é o produto de
influências, atmosferas, opiniões e atitudes externas. A sujeira interna
é de experiências, percepções e suposições passadas inconscientemente
colorindo a minha visão.

Apenas pare por um minuto e reflita sobre os sentimentos de julgamento e
auto-retidão que surgem em você, assim como em todos nós. Estamos
conscientes de que esses sentimentos nos deixam mais separados, mais
isolados, mais apavorados. Ainda assim, dentro de todos nós, temos a
grande voz do crítico ou do juiz. Todos são testados. Quer verbalizemos
nossos pensamentos de julgamento, quer os mantenhamos para nosso próprio
consumo pessoal, os outros, de fato, sentem seu efeito. Novamente,
reflita sobre o oposto. Lembre-se dos sentimentos de perdão ou
compreensão. Lembre-se de como você deseja ser tratado quando cometeu um
erro. Lembre-se de como você se sentiu quando desprendeu-se do passado
de alguém e ofereceu-lhe um novo começo. Simplesmente imagine a cura nos
relacionamentos se eu tiver a humildade de desprender-me do julgamento.

Minha avó morreu há algum tempo, com 94 anos. Durante toda a sua vida
ela só esteve no hospital por um dia - com 92 anos, para retirar uma
catarata. Ela teve uma vida saudável feliz e era amada por todos.
Durante uma de minhas últimas visitas, percebi que muito do
contentamento visível dela vinha de sua habilidade de sempre
sintonizar-se com o bem nos outros. Eles respondiam a ela com os mesmos
sentimentos. De um modo natural, isso criou uma vida de dar e receber
amor. Parece que pagamos um terrível preço pelos olhos do julgamento e
criticismo. Perdemos amor precioso de outros corações.

Como eu me sinto quando vejo as especialidades dos outros? Sinto-me bem
sobre mim mesmo. Como eu me sinto quando vejo minhas próprias
especialidades? Até melhor. Mas isso é fácil? Participei muitas vezes de
workshops onde foi pedido a todos os participantes que fizessem uma
lista de suas qualidades positivas e também uma lista de fraquezas que
gostariam de mudar. A lista de fraquezas é fácil, mas quando refere-se
aos pontos fortes, quase todos nós achamos difícil escrever pelo menos
alguns. Será que posso dizer que realmente me conheço? Freqüentemente o
que escrevemos são talentos e habilidades, o que faço ou o que aprendi,
ao invés daqueles traços característicos que são únicos a mim.

Como descubro minhas especialidades?
Faça uma experiência. Feche seus olhos e gentilmente vá além de seu
corpo. Agora, através do olho de sua mente, olhe para trás de você
mesmo. Como um observador da pessoa sentada abaixo, o que você vê? Quais
são suas especialidades? Pense profundamente sobre suas motivações
internas, como você trata os outros, as coisas que mais valoriza. Uma
lista de especialidades começará a crescer. Não deixe que seja apenas
uma palavra. Expanda sobre elas de tal forma que a profundidade de suas
especialidades seja revelada.

Algo interessante pode acontecer à medida que você vai evoluindo nesse
processo. Talvez uma pequena culpa ou embaraço entre: "Será que estou
me iludindo? Meu ego tomou conta?". De algum modo, criamos barreiras
internas que não nos permitem desfrutar da auto-apreciação. O bom senso
me diz que se não consigo ver as especialidades em mim, é quase
impossível vê-las nos outros. Minha barreira interna emana de uma
profunda falta de auto-estima que me diz que não tenho valor. Atravessar
essa barreira está no coração do processo espiritual. Assim que me
liberto dessa paralisia interna, minha própria bondade intrínseca
torna-se naturalmente aparente. Não apenas minhas forças tornam-se
aparentes, mas minha visão sobre minhas fraquezas torna-se de compaixão.
Torno-me livre da prisão da desesperança. Eu posso mudar!

Quando tenho falta de amor e respeito por mim, isso manifesta-se
externamente como uma reprovação arrogante das fraquezas e erros dos
outros. Minha própria base de auto-respeito está ancorada nas fraquezas
dos outros. Um amigo meu trabalhava como repórter de notícias de uma das
principais redes de TV em Sidney, Austrália. Ele freqüentemente
admirava-se do porquê de nós corrermos para casa toda noite a fim de
assistir às notícias, que são uma ladainha de negatividade, dor e
tragédia. Pesquisadores mostraram que quando vemos o sofrimento alheio a
partir do conforto de nossas salas de estar, não nos sentimos tão mal
sobre nós mesmos. É inconsciente, mas é uma maneira muito estranha de
nos sentirmos melhores sobre nós.
Quantas filosofias e tecnologias novas aparecem no mercado a cada ano
tentando encorajar líderes e gerentes a melhorar seus jogos? Sinto que a
ferramenta mais poderosa de qualquer líder é uma visão positiva para
com aqueles com quem ele ou ela trabalha. Aqui, visão positiva significa
uma atitude interna de confiança, respeito e reconhecimento das
especialidades dos colegas. Se as pessoas recebem uma mensagem dupla,
isto é, o que elas ouvem é diferente do que sentem, elas sempre
confiarão em seus sentimentos. Em outras palavras, não posso esconder
minha atitude interna. Se carrego criticismo mental daqueles com quem
convivo ou trabalho, não importa o quanto eu os encorajo verbalmente,
eles nunca confiarão em mim completamente. Se vejo as especialidades
daqueles que estão à minha volta, essa é uma forma natural de
potencialização.
No aprendizado da arte de ver as especialidades nos outros, precisamos
aplicar a primeira Lei da Espiritualidade, a qual diz que somos
responsáveis por nossas próprias experiências; se vejo o negativo nos
outros, sinto-me infeliz, se vejo o positivo, sinto-me feliz. Depende de
mim decidir. Para justificar como nos sentimos, nos tornamos altamente
habilidosos na Arte de Reclamar. É uma habilidade que refinamos por um
longo tempo para escapar da nossa consciência. A mídia freqüentemente
parece encorajar essa habilidade ao glorificar inteligência como a
habilidade de analisar as fraquezas nos outros. Com intenção calculada,
o caráter do outro é deixado de lado. Aprendemos essa habilidade e
passamos isso aos outros. A grande ironia de todo o processo é que
torno-me o alvo. Sou profundamente machucado. Esquecemos outra Lei da
Espiritualidade, aquela da causa e efeito. Colherei o fruto de minhas
atitudes. Isso torna até mais importante conscientemente me educar para
ver as especialidades no eu e nos outros.
Freqüentemente é mais difícil ver as especialidades naqueles com quem
estou familiarizado: minha família, amigos e colegas de trabalho. Abaixo
estão alguns exercícios que têm ajudado a me aperfeiçoar na Arte de
Limpar a Janela.

Exercício 1: Inventário de Virtudes

Em meu diário mantenho uma seção onde escrevo os nomes daqueles mais
próximos a mim. Durante um dia de trabalho ou em casa, quando noto uma
especialidade ou aprendo algo de alguém, faço uma nota disso no meu
diário. É como um inventário de suas boas qualidades, e pode me ajudar
numa data futura. Quando me torno influenciado por uma de suas
qualidades negativas, posso então me dirigir ao meu diário e
restabelecer o equilíbrio. Sou relembrado do bem no outro e não
consumido por seu erro ou fraqueza temporária.

Exercício 2: Agir ao Invés de Reagir

Se há uma pessoa que tem certos traços de personalidade que me aborrecem
ou perturbam, torno aquela pessoa meu professor. Por quê? Porque sua
companhia me fará mudar. Ela me fará consciente de minhas próprias
reações negativas. Ela me ensinará a agir e não reagir.

Exercício 3: Editando minha Fita de Memória

Antes de ir para a cama, repasso as atividades do dia no vídeo de minha
mente. Se estou carregando sentimentos negativos sobre alguém, deixe-me
resolvê-los ao perdoar aquela pessoa no meu coração. Eu não apenas apago
os sentimentos negativos, mas edito em algo positivo, então
conscientemente lembro de uma especialidade daquela pessoa, que ficará
gravada em meu subconsciente. Assim, vou dormir e acordo muito mais
leve.

Exercício 4: Vendo as Intenções

Outro método de aprender e manter as especialidades dos outros em minha
mente é ver a intenção e não a ação. Às vezes as pessoas realmente
cometem erros, ou talvez eu desaprove a maneira como elas fazem as
coisas. Se foco na atividade, então ficarei aborrecido. Entretanto, se
vejo um motivo sincero, posso manter uma atitude de amor ou aceitação
que me permitirá resolver desacordos respeitosamente.

Será que esse tipo de pensar é um pouco ingênuo? Será que apenas vejo o
bem e permaneço cego ao negativo? Não, a arte de ver as especialidades
significa ver ambos, o positivo e o negativo, mas então soltar-se do
negativo. Por que eu deveria adicionar à negatividade? Que minha
resposta às fraquezas dos outros seja com compaixão ao invés de raiva ou
ódio.

No caminho do desenvolvimento pessoal e crescimento espiritual, a Arte
de Limpar a Janela é essencial.

O CASO DO RICO - IRMÃO X - CHICO XAVIER

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

O CASO DO RICO




Conta-se que o Rico da Parábola, após desiludir-se quanto aos propósitos de voltar à Terra, a fim de anunciar a verdade aos parentes, atormentado de sede desceu às regiões mais baixas do purgatório, forradas de fogo devorador.

De algum modo, resignara-se com os tormentos que lhe assediavam o coração, porque fizera por merecê-los, bem o reconhecia. Despojara viúvas paupérrimas, perseguira órfãos desprotegidos e provocara a falência de homens honestos; faltara a princípios comezinhos de caridade, praticara a usura e subornara consciências frágeis. Sempre decidido a valer-se do fascínio do ouro, aproveitara de muita gente invigilante e inclinada ao mal, a serviço da ambição que lhe era própria. Receando o futuro, amealhara consideráveis haveres para os filhos; rodeara-os de vantagens e facilidades econômicas, à custa do angustiado suor dos humildes, por ele convertidos em escravos sofredores. Em suma, fora cruel e fazia jus à punição. Entretanto, não se conformava com a impossibilidade de avistar-se com a família. Porque não voltar à Terra para renovar a concepção da mulher e dos filhos? A companheira sempre fora fiel às suas recomendações. Se pudesse falar-lhe, corrigiria tudo a tempo. Todavia, Pai Abraão não lhe proporcionara qualquer esperança.

Refletia, amargurado, consigo mesmo, quando surgiu alguém no seio das sombras. A princípio, não reconhecera o recém-chegado, mas, depois de um abraço, o visitante exclamou:

– Não se lembra?

Retribuiu emocionadamente. Recordava-se, agora. Aquele era Benjamim, filho de Habacuc, que o precedera no túmulo. Espantava-o a surpresa do reencontro. Benjamim, tanto quanto ele próprio, fora usurário, de coração frio e duro. O manto roto denunciava-lhe a penosa situação e a cinza que lhe cobria as mãos, o rosto e os cabelos davam a idéia de que o mísero emergia do bojo de uma cratera.

Terminadas as saudações da hora, o Rico humilhado expôs-lhe o caso pessoal. Conformava-se com o purgatório tenebroso, no reconhecimento de suas culpas, contudo desesperava-se pela impossibilidade de voltar a casa, para relacionar a verdade dos fato.

O outro, porém, após ouvi-lo pacientemente, assegurou:

– Não vale a pena inquietar-se. Voltei e nada consegui.

– Voltou? – inquiriu o novo condenado, deixando transparecer, na voz, um raio de esperança.

– Sim.

– E chegou a visitar sua casa, sua mulher, seus filhos, seus servos, suas propriedades, suas terras, seus jumentos, seus camelos, seus bois?

– Sim.

– Visitou o templo?

– Visitei.

– Tornou a cruzar nossos campos?

– Tornei.

O Rico chegou a olvidar as aflições do momento e, contemplando o interlocutor, admirado, prosseguiu:

– E os familiares? reconheceram-no?

O interpelado entrou em silêncio. Algumas lágrimas umedeceram-lhe os olhos sombrios.

Instado pelo amigo, informou, com desapontamento:

– Visitei a família, detive-me nas propriedades que julguei me pertencessem, rendi homenagem aos tesouros de nossa raça, mas ninguém me reconheceu. Decorridos alguns dias sobre a morte do meu corpo, desarmonizaram-se meus filhos por questões da herança que lhes deixei. Rúben amputou o braço de Eliazar numa cena de sangue, Esaú amaldiçoou os irmãos e entregou-se ao vinho pela ausência do trabalho e Simeão enlouqueceu no vício. Minha esposa, não obstante a idade, apaixonou-se por um rico mercador de tapetes que se assenhoreou do nosso dinheiro e das preciosidades domésticas que me eram mais caras, conduzindo-a para Eades. Minhas terras de Gaza foram vendidas a qualquer preço a libertos romanos, meus camelos foram entregues, a trôco de reduzidas moedas, a velhacos negociantes do deserto, meus bois foram mortos, meus jumentos dispersos. Alguns de meus servos fugiram espancados, enquanto outros foram vendidos para Chipre. Minhas propriedades rurais mergulharam no mato, caindo no abandono e entregues a criadores de cavalos e porcos.

Mostrou o Rico uma careta de angústia e perguntou:

– Mas a mulher e os filhos não o reconheceram,

– Visitei-os à noite, para conversarmos a sós, no entanto expulsaram-me em desespero, insistindo para que eu descesse para sempre aos infernos. Em vão procurei fazer insinuar-me entre eles. Não acreditaram na minha presença e fizeram-se surdos às minhas palavras.

Desencantado, o Rico perguntou:

– Não fez reclamações aqui? não rogou o socorro de Pai Abraão?

Voltou-se o companheiro, explicando gravemente:

– Pedi o amparo dos mensageiros de Jeová, entretanto, em nome dEle, nosso Eterno Senhor, esclareceram-me que a obra era minha, que nunca fui verdadeiramente esposo de minha mulher e pai de meus filhos nem amigo dos cooperadores e dos animais que me serviam diariamente. Jamais auxiliara os meus na aquisição dos valores positivos do espírito imortal e nem criara nas propriedades de que fui mordomo infiel o ambiente de amor e harmonia, calma e confiança que Jeová, em vão, esperou de mim. Apegara-me simplesmente à usura, ao egoísmo, à admiração e culto de mim mesmo, dilatando a vaidade de minha dominação indébita.

E concluiu, com tristeza :

– Por isso, mereci a ironia da sorte e a incompreensão dos meus.

O Rico ouviu, meditou, consultou as próprias reminiscências e, erguendo os braços para o alto, exclamou:

– Glória a Pai Abraão que não permitiu meu regresso à Terra e me deu a sede angustiosa e o fogo consumidor para que sarem as feridas de minhalma!

E, resignado, deitou-se na cinza quente do purgatório, esperando o futuro.



pelo Espírito Irmão X - Do livro: Lázaro Redivivo, Médium: Francisco Cândido Xavier..

quinta-feira, 22 de março de 2012

OS HERÓIS DA FÉ

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

Só o amor é capaz de conduzir a barca da Terra, nas mãos do Divino Nauta, ao porto da iluminação.

Esboroa-se a sociedade utopista e passam, pelo crivo dos anos, dos séculos e dos milênios, as civilizações de um dia.

A glória de Cartago, que o tempo consumiu; a imponência faraônica que desapareceu sob os lençóis sucessivos de areias; a beligerância da Babilônia e da Assíria, entre o Tigre e o Eufrates, ora reduzidas a pó.

Roma, apresentando os capitéis dos templos quebrados e a Acrópole de Atenas, com algumas colunas jônicas e dóricas de pé, vencidas pela sucessão das horas.

O carro da guerra, conduzido por Alexandre, arrebentou-se no fragor da batalha contra a morte.

Aníbal, de Cartago, desapareceu nas brumas da noite da desencarnação. Cipião e César sucumbiram, mas Jesus, o herói da manjedoura, de braços abertos na cruz, permanece intocável como no dia glorioso da ressurreição.

A Era do Amor iniciou-se com Ele numa noite fria, sob o lucilar das estrelas. E o Sol que ora aquece a Terra é o mesmo que O viu e que, nos dois mil anos últimos, manteve a chama da Sua palavra como círio ardendo na imensa noite dos homens.

Outros Impérios surgiram e foram consumidos...

Outros guerreiros ímpios e sanguinários, de Átila, o huno a Alarico, o visigodo, a Hitler, o adversário de Deus...

...E Jesus continua o mesmo.

Espíritas, meus irmãos! Amanhece um novo dia. Nasce uma Era Nova.

Não mais os capitães guerreiros, mas os heróis da fé.

O século que passou pertenceu à Ciência e à Tecnologia. O século, em cujo primeiro decênio nos encontramos, será caracterizado pelo amor, pela arte, pela fé.

A religiosidade superará a criminalidade; a beleza entronizará a verdade e o amor conduzirá o ser humano ao seu grande fanal.

A nós, os Espíritos espíritas e a vós, os conhecedores da Verdade liberada pelo nobre Codificador em nome de Jesus, cabe a tarefa da construção do mundo de paz, que o tempo não aniquilará.

Cabe-nos a honra imerecida, na hora última, de preparar o advento do mundo de regeneração.

Não tergiverseis. Não receeis.

A Divindade coloca em vossas mãos esses instrumentos hábeis para a construção deste mundo de amor, iluminado pela fé raciocinada, a fim de que não mais o pranto nem a viuvez ou a orfandade, o desespero nem a revolta, a violência nem a guerra estabeleçam bastiões no planeta amado.

Segui, irretocáveis, impertérritos, a diretriz do Evangelho na ação sublime da caridade pelo amor e da iluminação pela instrução, para fazerdes jus ao salário que vos foi oferecido pelo Senhor da vida.

Permanecei fiéis para que um dia, além da sombra densa da matéria, analisando estes dias, canteis.

Cantai hosanas ao Senhor, bendizendo-lhe o nome e agradecendo a felicidade por haverdes sido chamados e escolhidos para o trabalho do Reino de Deus.

Em nome dos velhos companheiros da nossa Casa, o jequitibá do passado,



pelo Espírito Lins de Vasconcelos - Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 25 de dezembro de 2009, na Praça das Araucárias do Recanto Lins de Vasconcellos, Unidade da Federação Espírita do Paraná, em Balsa Nova,PR. Do site: http://www.divaldofranco.com/mensagens.php?not=149.

AMIGO E SERVO

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


“Ninguém pode servir a dois senhores”. MATEUS. : 6;- 24.

“Difunde, em torno de ti, com os socorros materiais, o amor de Deus, o amor do trabalho a amor do próximo. Coloca tuas riquezas sobre uma base que nunca lhes faltará e que te trará grandes lucros: a das boas obras.” - Cap.16; 11.


Consulta o dinheiro que encostraste por disponível e analisa-lhe a história por um instante! É provável tenha passado pelos suplícios ocultos de um homem doente, que se empenhou a gastá-lo em medidas que não lhe aplacaram os sofrimentos; terá rolado em telheiros, onde mães desvalidas lhe disputaram a posse, nos encargos de servidão; na rua, foi visto por crianças menos felizes que o desejaram, em vão, pensando no estômago dolorido; e conquistado, talvez, por magro lavrador nas fadigas do campo, visitou-lhe apressadamente a casa, sem resolver-lhe os problemas...

Entretanto, não teve o longo itinerário somente nisso.

Certamente, foi compelido a escorar o ócio das pessoas inexperientes que desertaram da atividade, descendo aos sorvedouros da obsessão; custeou o artifício que impeliu alguém para a voragem de terríveis enganos; gratificou os entorpecentes que aniquilam existências preciosas; e remunerou o álcool que anestesia consciências respeitáveis, internando-as no crime.

Que farias de um lidador prestimoso, que te batesse à porta, solicitando emprego digno? de um cooperador humilhado por alheios abusos, que te rogasse conselho, a fim de reajustar-se e servir? O dinheiro de sobra, que nada tem a ver com tuas necessidades reais, é esse colaborador que te procura pedindo orientação.

Não lhe congeles as possibilidades no frio da avareza, nem lhe esconda as energias no labirinto do monopólio.

Acata-lhe a força e enobrece-lhe os movimentos, na esfera de obrigações que o mundo te assinalou.

Hoje mesmo, ele pode obter, com teu patrocínio a autoridade moral do trabalho para o companheiro, impropriamente julgado inútil; o revigoramento do lar que a privação asfixia; o livro edificante que clareie as trilhas dos que se transviam sem apoio espiritual o alento aos enfermos desprotegidos; ou a tranqüilidade para irmãos atenazados pelos aguilhões da penúria que,freqüentemente, lhes impõem o desequilíbrio ou a morte, , antes mesmo de serem amparados no giro da mendicância.

Dinheiro de sobra é o amigo e servo que a Divina Providência te envia para substituir- te a presença, onde as tuas mãos, muitas vezes, não conseguiu chegar.

Sim, é possível que, amanhã, outras criaturas venham a escravizá-lo sob intenções inferiores, mas ninguém apagará o clarão que acendeste com ele para a felicidade do próximo, porque, segundo as leis inderrogáveis que governam a vida, o bem que fizeste aos outros a ti mesmo fizeste.





pelo Espírito Emmanuel - Do livro: O Livro da Esperança, Médium: Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 20 de março de 2012

CUIDANDO DO CORPO



Deepak Chopra é médico formado na Índia, com especialização em Endocrinologia nos Estados Unidos, onde está radicado desde a década de setenta.

Filósofo de reputação internacional, já escreveu mais de três dezenas de livros, sendo um dos mais respeitados pensadores da atualidade.

A respeito do ser humano saudável, ele escreveu: Somos as únicas criaturas na face da Terra capazes de mudar nossa biologia pelo que pensamos e sentimos!

Nossas células estão constantemente bisbilhotando nossos pensamentos e sendo modificadas por eles.

Um surto de depressão pode arrasar nosso sistema imunológico.

Apaixonar-se, ao contrário, pode fortificá-lo tremendamente.

A alegria e a realização nos mantêm saudáveis e prolongam a vida.

A recordação de uma situação estressante, que não passa de um fio de pensamento, libera o mesmo fluxo de hormônios destrutivos que o estresse.

Nossas células estão constantemente processando as experiências e metabolizando-as, de acordo com nossos pontos de vista pessoais.

Quando nos deprimimos por causa da perda de um emprego, projetamos tristeza por toda parte no corpo. A produção de neurotransmissores, por parte do cérebro, se reduz. Baixa o nível de hormônios. O ciclo de sono é interrompido.

As plaquetas sanguíneas ficam mais viscosas e mais propensas a formar grumos. Os receptores neuropeptídicos, na superfície externa das células da pele, se tornam distorcidos.

E, até nossas lágrimas passam a conter traços químicos diferentes das lágrimas de alegria.

Contudo, nosso perfil bioquímico é alterado, quando nos encontramos em nova posição.

A ansiedade por causa de um exame acaba passando, assim como a depressão por causa de um emprego perdido.

Assim, se desejamos saber como está nosso corpo hoje, basta que nos recordemos do que pensamos ontem.

Se desejamos saber como estará nosso corpo amanhã, será suficiente que examinemos nossos pensamentos hoje.

Abrir nosso coração para a alegria, às coisas positivas é medida salutar. Se desejamos gozar de saúde física, principiemos a mudar nossa maneira de pensar.

Não foi por outro motivo que o Celeste Médico das nossas almas, conhecedor profundo de todas as leis que regem nosso planeta, foi pródigo em exortações como:

Não vos inquieteis, dizendo: "Que comeremos" ou "Que beberemos", ou "Que vestiremos"?

Pois estas coisas os gentios buscam. De fato, vosso Pai Celestial sabe que necessitais de todas estas coisas.

Portanto, não vos inquieteis com o amanhã, pois o amanhã se inquietará consigo mesmo! Basta a cada dia o seu mal. Com isso, recomendava que não nos deixássemos abraçar pela ansiedade.

E mais: Andai como filhos da luz.

Ora, os filhos da luz iluminam, vibram positivamente, porque luz tem a ver com tudo de bom.

Pensemos nisso e cultivemos saúde física. Afinal, necessitamos de um corpo saudável para bem atender os compromissos que nos cabem.

Que se diria de quem não cuidasse de seu instrumento de trabalho?



Redação do Momento Espírita, com dizeres do texto Mutantes, de
Deepak Chopra e dos versículos 31, 32 e 34 do cap. 6 do
Evangelho de Mateus.
Em 19.03.2012.

segunda-feira, 19 de março de 2012

A NECESSIDADE DO ENTENDIMENTO


Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil



Um dos companheiros trazia ao culto evangélico enorme expressão de abatimento.

Ante as indagações fraternas do Senhor, esclareceu que fora rudemente tratado na via pública.

Vários devedores, por ele convidados a pagamento, responderam com ingratidão e grosseria.

Não se internou o Cristo através da consolação individual, mas, exortando evidentemente todos os companheiros, narrou, benevolente:

— Um grande explicador dos textos de Job possuía singulares disposições para os serviços da compreensão e da bondade, e, talvez por isso, organizou uma escola em que pontificava com indiscutível sabedoria.

Amparando, certa ocasião, um aprendiz irrequieto que freqüentes vezes se lamuriava de maus tratos que recebia na praça pública, saiu pacientemente em companhia do discípulo, pelas ruas de Jerusalém, implorando esmolas para determinados serviços do Templo.

A maioria dos transeuntes dava ou negava, com indiferença, mas, numa esquina movimentada, um homem vigoroso respondeu-lhes à rogativa com aspereza e zombaria.

O mestre tomou o aprendiz pela mão e ambos o seguiram, cuidadosos.

Não andaram muito tempo e viram-no cair ao solo, ralado de dor violenta, provocando o socorro geral.

Verificaram, em breve, que o irmão irritado sofria de cólicas mortais.

Demandaram adiante, quando foram defrontados por um cavalheiro que nem se dignou responder-lhes à súplica, endereçando-lhes tão somente um olhar rancoroso e duro.

Orientador e tutelado acompanharam-lhe os passos, e, quando a estranha personagem alcançou o domicílio que lhe era próprio, repararam que compacto grupo de pessoas chorosas o aguardava, grupo esse ao qual se uniu em copioso pranto, informando-se os dois de que o infeliz retinha no lar uma filha morta.

Prosseguiram esmolando na via pública e, a estreito passo, receberam fortes palavrões de um rapaz a quem se haviam dirigido.

Retraíram-se ambos, em expectativa, verificando, depois de meia hora de observação, que o mísero não passava de um louco.

Em seguida, ouviram atrevidas frases de um velho que lhes prometia prisão e pedradas; mas, decorridas algumas horas, souberam que o infortunado era simplesmente um negociante falido, que se convertera de senhor em escravo, em razão de débitos enormes.

Como o dia declinasse, o respeitável instrutor convocou o discípulo ao regresso e ponderou: — Guardaste a lição? Aceita a necessidade do entendimento por sagrado imperativo da vida.

Nunca mais te queixes daqueles que exibem expressões de revolta ou desespero nas ruas.

O primeiro que nos surgiu à frente era enfermo vulgar; o segundo guardava a morte em casa; o terceiro padecia loucura e o quarto experimentava a falência.

Na maioria dos casos, quem nos recebe de mau-humor permanece em estrada muito mais escura e mais espinhosa que a nossa.

E, completando o ensinamento, terminou o Senhor, diante dos companheiros espantados: — Quando encontrarmos os portadores da aflição, tenhamos piedade e auxiliemo-los na reconquista da paz íntima.

O touro retém os chifres, por não haver atingido, ainda, o dom das asas.

Reclamamos, comumente, contra a ovelha que nos perturba o repouso, balindo, atormentada; todavia, raramente nos lembramos de que o pobre animal vai seguindo, sob laço pesado, a caminho do matadouro.


pelo Espírito Neio Lúcio - Do livro: Jesus no Lar, Médium: Francisco Cândido Xavier

domingo, 18 de março de 2012

Simon & Garfunkel, Bridge Over Troubled Water, Central Park

The Marmalade - Reflections Of My Life

A CHAGA DA VAIDADE


"Mas Jesus lhes advertia severamente que o não expusessem à publicidade."
- Marcos, cap. 3 - v. 12


Este versículo do Evangelho de Marcos é extremamente curioso. Jesus adverte os espíritos que nele reconheciam o Filho de Deus que não o expusessem à publicidade.
Enquanto os homens discutiam em torno de sua procedência, questionando-lhe a
autenticidade dos méritos, segundo a terminologia evangélica, os próprios espíritos imundos sabiam quem ele era.
A vinda do Cristo a Terra não foi ignorada pelos habitantes das esferas invisíveis, situadas nas proximidades da Crosta !
Contudo, por que Jesus os repreende, ordenando que não o exponham à publicidade?
Se tal ocorreu, é porque, de fato, eles poderiam fazê-lo, através dos canais da mediunidade.
Àquela época, de acordo com a cronologia das narrativas evangélicas, o Senhor já se fazia acompanhar pela multidão, conforme se pode ler em Marcos, no capítulo acima citado,
versículo 9: "Então recomendou a seus discípulos que sempre lhe tivessem pronto um
barquinho, por causa da multidão, a fim de não o comprimirem".
A questão talvez seja que a publicidade é sempre perigosa, mormente para aqueles que
estejam no início de apostolado entre os homens.
Evidentemente, o Senhor se conservava imune ao incenso da bajulação, mas será que o mesmo ocorre conosco, tão suscetíveis a quaisquer palavras de endeusamento?
Valorosos obreiros do Evangelho têm se perdido pela idolatria de que são objeto, porque quem aceita um elogio sem protestar, com sinceridade, contra ele, confessando a sua desvalia pessoal, demonstra trazer, à flor da pele, a purulenta chaga da vaidade.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli/Inácio Ferreira)


******

O conhecimento do Evangelho de Jesus e sua aplicação no teu dia-a-dia conceder-te-ão
tesouros incomparáveis de paz e de júbilo, como nada mais pode facultar-te.
Aprimora-te, portanto, cada vez mais, lutando para possuir o que consideres justo e necessário enquanto na roupagem carnal, mas preocupado, sobretudo, com os bens inestimáveis do coração e da mente, de forma que, a qualquer momento, quando chamado de retorno ao mundo espiritual, possas abandonar tudo sem saudades, sem mágoas, sem inquietações.

(Obra: Libertação Pelo Amor - Divaldo Franco/Joanna de Ângelis)

A LINGUAGEM DIVINA


Deus costuma usar a solidão
Para nos ensinar sobre a convivência.
Às vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importância da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Às vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importância da saúde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a água.
Às vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importância da vida.

Paulo Coelho

sábado, 17 de março de 2012

TRABALHO E ORAÇÃO



A oração constitui um valioso recurso à disposição dos homens.

Mediante ela, consegue-se acesso a faixas superiores da vida.

O homem que ora com fervor se previne de muitos males.

Ao se ligar com esferas espirituais pacíficas e felizes, gradualmente se ajusta com os ideais que nelas imperam.

Entretanto, a oração não constitui um mecanismo de transferência das próprias responsabilidades.

Muitas vezes se espera do céu uma solução decisiva para inúmeros problemas da existência humana.

Trata-se de uma viciação mental, mediante a qual a criatura busca se furtar ao esforço que lhe cabe em sua jornada terrena.

Para que isso fique claro, basta lembrar o exemplo de Jesus.

Ele representa a Misericórdia Divina no planeta.

Mas, enquanto na carne, não livrou ninguém de cuidar dos próprios interesses.

Auxiliou doentes e aflitos, sem retirá-los das questões fundamentais que lhes diziam respeito.

Zaqueu, o rico prestigiado pela visita que lhe foi feita, sentiu-se constrangido a modificar a sua conduta.

Maria de Magdala recebeu carinhosa atenção.

Contudo, não ficou livre do dever de sustentar-se no árduo combate da renovação interior.

Lázaro, reerguido das trevas do sepulcro, nem por isso deixou de mais tarde ter de aceitar o desafio da morte física.

Paulo de Tarso foi distinguido por um apelo pessoal às portas de Damasco.

No entanto, a seguir se lançou em uma vida de sacrifícios para cumprir o papel que lhe cabia no mundo.

Nessa linha, é totalmente ilógico acreditar que basta orar para que todos os problemas se resolvam.

A oração é preciosa, mas representa apenas o começo da solução.

Mediante ela, o homem se fortifica e esclarece.

A partir daí, forte e lúcido, deve fazer a sua parte.

Assim, ore, pois isso é mesmo importante.

Mas, na sequência, trabalhe firme para atingir seus objetivos.

Se deseja um emprego melhor, estude e se aprimore.

Desenvolva seus talentos, eduque-se para poder aproveitar as oportunidades que surgirem em sua vida.

Se quer saúde, modifique seu estilo de vida.

Modere seus apetites, exercite-se, acalme-se.

Caso almeje amigos dignos e confiáveis, faça por onde atrair pessoas boas para sua vida.

Discipline-se para manter uma conversação sadia, seja educado e atencioso, comporte-se com nobreza.

Na hipótese de sonhar com um ambiente familiar equilibrado, comece a construí-lo.

Aprenda a perdoar, ouça seus familiares com atenção, respeite o espaço e as opiniões deles.

Esse método talvez não pareça sedutor à primeira vista.

Afinal, pressupõe esforço e disciplina.

Entretanto, ele seguramente dá resultados.

Todo esforço digno, por mínimo que seja, invariavelmente recebe da vida a melhor resposta.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. XVIII do livro
Nos domínios da mediunidade, pelo Espírito André Luiz,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 15.03.2012.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O TEMPO QUE PERDI

Vejo o tempo que perdi...

Caminhando, vou seguindo

uma trajetória ao meu dispor.

Sem pressa e sem demora,

erro o quanto preciso for.



Mais dias, menos dias

virá o meu dissabor.

Espero a ajuda amiga

para me recompor.



E vejo o tempo que perdi

lutando contra Ti, Senhor!



Desculpas eu pedirei,

arrependimentos eu sentirei.

Contudo, não só nos lamentos

eu não persistirei.



Mãos à obra:

tarefas a cumprir

dívidas a pagar,

irmãos a ressarcir.



Como propósito de progredir,

espero ajudar muitos, a evoluir.



Hoje estou aqui

e muito tendes feito por mim.

Minha alma te enaltece,

Mestre Ramatis.

Um trabalhador da Colônia Espiritual Servos de Jesus

quarta-feira, 14 de março de 2012

UMA VENERÁVEL INSTITUIÇÃO

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


Parecerá estranho que os Espíritos desencarnados volvam à Terra para visitar as instituições humanas, velando pelo mecanismo dos seus trabalhos e agindo, indiretamente, nas suas deliberações.

A verdade, porém, é que isso constitui um acontecimento natural. Se os vivos continuam os trabalhos daqueles que os antecederam na jornada da morte, as almas do mundo invisível, nos planos em que me encontro, têm de voltar, em sua maioria, às lutas terrestres. Todas as edificações de uma época têm as suas bases profundas nas épocas que a precederam. Nenhum homem pode criar, por si só, alguma coisa e sim desenvolver os princípios encontrados, aproveitando o material disperso para continuar a obra evolutiva, imprimindo-lhe a expressão do seu pensamento pessoal. Mesmo o inventor e o artista, com as largas reservas de possibilidade e paciência que os séculos de experiências acumularam nos escaninhos de suas personalidades, estão englobados nessa classificação. É que o progresso é uma obra coletiva. Cada criatura deixa uma nota na sua admirável sinfonia. As eras se interpenetram umas às outras, tal como se confundem, no oceano largo do tempo, os vivos e os mortos. A vida é o resultado das trocas incessantes e o insulamento é a única morte no concerto universal.

É considerando essas verdades que me tenho dedicado a conhecer, dentro das minhas possibilidades, as instituições dos homens, voltando para falar delas com a minha linguagem característica, evitando o terreno do transcendentalismo, para fornecer, espontaneamente, a minha carteira de identificação.

Nas proximidades do edifício do Tesouro Nacional, na Avenida Passos, ergue-se a Federação Espírita Brasileira, guardando, na cidade maravilhosa, as grandes tradições da caridade e da esperança, filhas do coração de Ismael, cujo pensamento inspira as atividades do Evangelho nas terras de Santa Cruz.

Já tive ocasião de manifestar o meu respeito por essa instituição venerável, cujas portas se abrem generosas para os famintos do pão espiritual e para os necessitados do corpo, ao lado do formigueiro humano, onde se agitam cerca de dois milhões de pessoas. Conhecendo-lhe, embora, a finalidade evangélica, em cuja base imortal repousam os seus labores associativos, no objetivo de emprestar a minha colaboração humilde ao desdobramento dos seus programas, procurei alcançar numa visão de detalhe a sua obra edificadora.

A visita de um desencarnado não se verifica conforme as praxes sociais que presidem, no mundo dos homens de carne, a um ato dessa natureza; mas, no pórtico da Casa de Ismael encontrei o mesmo Pedro Richard, que me levou a observar as intimidades do seu santuário.

Visitei, uma a uma, as suas dependências.

Nas escadarias e nos gabinetes amplos, não somente se reúnem os médiuns abnegados e os sofredores que aí os procuram diariamente; verdadeiras legiões de seres invisíveis, que os vivos considerariam como fileiras de sombras, deslizam pelas salas e pelos corredores, revezando-se no sagrado mister da caridade, fornecendo o que podem, no labor piedoso e cristão.

A presença dos enfermeiros invisíveis enche a atmosfera da casa de fluidos suaves e balsâmicos. É, talvez, por esse motivo que alguns amigos meus procuravam descansar na Federação, quando passávamos nas vizinhanças da antiga rua do Sacramento, cansados dos rumores urbanos e das longas distâncias, acreditando alcançar ai um bando regenerador de suas energias psíquicas.

- Aqui – explicava Pedro Richard -, nos reunimos todos nós, os que amamos as claridades do Evangelho, ansiosos de repartir as esperanças da Boa Nova. Há lugar, nesta casa, para todos os trabalhadores, e basta querer para que cada um seja incorporado à caravana que nunca se dissolve. À maneira daqueles coxos e estropiados, a que se referia Jesus no seu ensinamento, vivemos pela misericórdia do Senhor, que não nos desampara com a sua bondade infinita. O banquete de Ismael está aqui sempre posto e, das alturas divinas, caem sobre o seu templo humano as flores da esperança, da piedade e do perdão, transformadas em bênçãos de Deus, repartidas, como a luz do Sol, com todos os corações. Aproveitamos, nos estudos da doutrina, aquela parte que representava a predileção de Maria, em contraposição com os trabalhos apressados e inquietos de Marta, segundo a observação do Divino Mestre, e pugnamos pelo esforço da reforma interior de cada um, reconhecendo que somente na assimilação dos princípios morais da doutrina, em sua feição de Cristianismo restaurado, poderemos atingir a finalidade de nossas preocupações.

- Mas – perguntei admirado – a instituição desprezará, porventura, as expressões cientificas do Espiritismo?

-“De modo algum – respondeu-me solícito -, seus aspectos fenomênicos merecem da Federação todo o zelo possível, mas essas expressões da ciência representam os meios e não o fim, constituindo, desse modo, corolários das expressões morais do ensinamento dos Espíritos, chegando-se à ilação de que nada se terá feito sem a edificação das consciências, à luz dos seus princípios. Haja vista o que aconteceu na Europa, bafejada por tantos fenômenos extraordinários. Com algumas exceções, os sábios que ali se ocuparam do assunto, possuídos do mais avançado personalismo, definiram os fatos mediúnicos dentro de suas vaidades pessoais, complicando o estudo da doutrina com o sabor cientifico de suas palavras, desconhecendo a profunda simplicidade dos ensinamentos revelados.”

- É com essa expressão religiosa e regeneradora que o Espiritismo conta esclarecer os problemas do campo social? – perguntei ainda.

-“De fato – continuou o meu generoso amigo -, toda a vitória da doutrina tem de começar no coração. Sem o selo da renovação interior, qualquer tentativa de reforma constitui um caminho para novas desilusões. Seria, pois, inútil organizarmos grandes movimentos para uma salvação imediata, se o espírito geral se encontra nas sombras. Onde se terá visto uma colheita sem o trabalho da semeadura? A missão dos espíritas não representa, portanto, uma tarefa artificiosa e nem lhes compete disseminar os laboratórios de ilusões. Suas responsabilidades são muito grandes no campo da educação evangélica das massas e no plano da caridade pura, assistindo os sofredores e os desesperados. Esse campo de trabalho moral é o imenso reservatório das forças indestrutíveis da Nova Revelação, e a beleza dos seus aspectos tem seduzido muitas mentalidades de elite, do mundo inteiro. Mesmo a esta Casa têm aportado muitos espíritos brilhantes, vindos da Política e da Ciência, considerando que o Espiritismo, verdadeiramente interpretado, é a síntese maravilhosa que abrange todas as atividades humanas, no sentido de aperfeiçoá-las para o bem comum.”

- Mas – ponderei -, não seria aconselhável movimentarem-se os elementos da doutrina, projetando-se as expressões de seus valores no mundo das realizações?

- “Não reprovamos quantos se entregam, desde já, aos trabalhos dessa natureza, reconhecendo que o Espiritismo é um campo imenso onde cada qual tem a sua tarefa a desempenhar, e onde o exclusivismo pecará sempre pela inoportunidade; mas, julgamos prudente criar-se a mentalidade evangélica antes das obras espíritas, a fim de que elas não se percam nos labirintos do mundo e para que sejam devidamente cultivadas pelos verdadeiros discípulos do único Mestre, que é Jesus-Cristo”.

As palavras esclarecedoras de Richard calaram-me no espírito.

Compreendi que, de fato, nunca, como agora, a sociedade humana precisou tanto de recorrer ao auxilio sobrenatural do mundo invisível para reorganizar as suas energias, a fim de manter a sua própria estabilidade moral.

Em companhia do mesmo amigo, voltei para o saguão de entrada do edifício, onde se reunia a legião de aflitos e de consolados.

Era noitinha. A Avenida Passos regurgitava de automóveis de luxo, plena de luz e de movimento. E enquanto os sujeitos felizes procuravam, no coração enorme da cidade, as casas alegres da noite, uma grande multidão de pessoas, ricas e pobres, subia com humildade as escadas do grande edifício, para se curvarem sobre o Evangelho, procurando aí a lição divina e o socorro espiritual. E antes que me confundisse, de novo, com as coisas da minha nova vida, lembrei-me das primitivas assembléias cristãs, onde se misturavam todas as posições sociais no exemplo de fraternidade apostólica, no recanto humilde das catacumbas romanas.

Pedro Richard estava com a razão.

É verdade que Nero não está hoje no poder, mas os circos dos suplícios foram substituídos, prevalecendo a mesma perversidade entre os homens, envenenando-lhes o coração. Aos funestos efeitos de uma nova aliança com Constantino, é preferível, portanto, esclarecer e iluminar o coração de Constantino.


pelo Espírito Humberto de Campos - Do livro: Crônicas do Além Túmulo, Médium: Francisco Cândido Xavier.

NÃO INVEJES

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


Perante os quadros do mundo
Se a tentação te salteia,
Não invejes no caminho
O fausto da vida alheia.

Banquetes, festas, prazeres,
E mundanas evidências
São ligeiros artifícios
No jogo das aparências.

Registra o velho rifão
Na luta que te apoquenta:
"Quanto mais amplo o navio
Mais ampla surge a tormenta."

Comumente, orquestra e flores,
Com seda e brilho a granel,
Escondem grandes feridas
Rasgadas em lodo e fel.

A mulher muito enfeitada
Muita vez guarda aflição
De todo um Vesúvio ardendo
Nas fibras do coração.

O homem que administra
No poder a que se eleva
Quase sempre traz consigo
Tristeza, amargura e treva.

Recorda que a vaidade
Hoje bela, altiva e forte,
Amanhã será jungida
Ao frio grilhão da morte.

Não guardes fome de ouro,
Não te esqueças de que a usura
Acaba desesperada
No gele da sepultura.

Não acalentes a inveja,
Chaga em lama horrenda e informe.
Trabalha e serve, lembrando
Que a justiça nunca dorme

Conserva a simplicidade
E ajuda sem distinção.
A glória da caridade
É filha da compaixão.

Suporta com paciência
As dores da própria cruz.
A dor bem aproveitada
É senda para Jesus.


pelo Espírito Casimiro Cunha - Do livro: Correio Fraterno, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

UM DIA VOCÊ APRENDE...


"Aprende que o tempo não é algo que possa voltar . Portanto,
plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores"
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença
entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não
significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E
começa a aprender que beijos não são contratos e presentes, não são
promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e
olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do
amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por
muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas
pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão
boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa
perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos
para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais
se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas
distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você
tem da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos
mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou
nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem
você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por
isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas,
pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas
nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve
comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você
não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser
flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não
importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois
lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas
vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai, é uma das
poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se
teve e o que você aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens,
poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas
isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém
não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém
não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas
simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas
vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o
mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto,
plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que
pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que
realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

Enviado pela amiga Lúcia Rios. Grato!



ARREPENDIMENTO E REMORSO



*“Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós outros.”- (Lucas, 23: 39)*

Arrependimento e remorso, duas palavras que se confundem, mas que expressam
sentimentos opostos.

Enquanto o arrependimento leva a atitudes positivas de renovação interior,
o remorso gera atitudes negativas de condenação a si próprio.

Se o arrependimento induz à busca de mudança de atitudes e correção do
próprio erro, o remorso cria na alma sentimentos de revolta, de culpa, de
amargura, de anular-se interiormente.

Se o arrependimento leva a um crescimento interior pela fé que o inspira, o
remorso leva à negação de si próprio pela falta de fé que lhe traria força
e coragem para uma busca de renovação.

Pelo arrependimento, o homem aprende a não mais cometer o mesmo erro. Pelo
remorso, ele se entrega a situações de desespero, que podem levá-lo à
depressão, à loucura ou até mesmo a atentar contra a própria vida.

O arrependimento gera satisfação na alma ao reconhecer em si mesmo as
imperfeições de que todos os seres humanos são suscetíveis, mas com a
certeza de que poderá melhorar. Pelo remorso, porém, o homem nada percebe
além da sua própria dor.

Exemplos disso o foram o bom e o mau ladrão do Evangelho, crucificados ao
lado de Jesus. Enquanto o bom ladrão, sinceramente arrependido pelos maus
atos cometidos, revestia-se de esperanças de ser perdoado e poder alcançar
um lugar no paraíso ao lado do Mestre, o mau ladrão, blasfemando, remoia-se
interiormente, pelo remorso de não ter conseguido se salvar, e não mais
poder continuar nos seus desatinos.

Assim sendo, filho meu, quando cometeres alguma falta, mesmo que
involuntariamente, procura agir com arrependimento, como aquele que,
confiando no perdão divino, procurou renovar-se com Jesus, na certeza de
que com Ele haveria de estar.**

Irmã Maria do Rosário – médium: Lucia Cominatto
*

terça-feira, 13 de março de 2012

O MAIS IMPORTANTE

Enquanto a felicidade não for prioridade, não poderemos se queixar de não sermos felizes.

Há muito tempo colocamos a felicidade e pro de circunstancias, e muita delas materiais, esquecemos que a felicidade não é um objeto, não pode ser comprado e nem vendido e sim sentido. Procuramos incessantemente algo que já possuímos e por consequência obtemos os mais variados sintomas, nossos alertas a nos mostra nosso verdadeiro caminho.

Assim como um conselho não pode ser vendido, o Amor não pode ser comprado, mais pode renascer em alguém conforme mudamos o nosso modo de pensar e agir.

Procura e achará, e isso se aplica a toda natureza. Se quiser forças para andar, apenas ande. Se quiser força para sorrir, apenas sorria. Se quiser força para amar, apenas ame. A diferença de um profissional e de um amador é seu nível de dedicação. Se quiser ser um profissional da paz, apenas pratique-a, independe das circunstancias, pois elas sempre existirão.

Assim como um cego não pode ajudar outro cego, não devemos absorve a magoa de alguém, pois só lúcidos sentiremos plenos em poder ajudar.

Seja a luz e poderá iluminar. Seja feliz e poderá trazer a felicidade. Esteja em paz e poderá trazê-la para o mundo. Ame a si mesmo e assim se reflita aos outros.


segunda-feira, 12 de março de 2012

EM TUA AFLIÇÃO

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil



Guarda cuidado, nas horas de aflição, para que as tuas lágrimas de sofrimento não se convertam em óleo de egoísmo, incandescido nas chamas do desespero, a incendiar-te o caminho.

Lembra-te dos que jornadearam na Terra antes de ti e recorda que outros viajarão amanhã no sulco de teus passos para que a serenidade e a confiança te abençoem a existência.

Nos instantes de inconformação e de dor, lança breve olhar à retaguarda e reflete na angústia dos que caminham, dentro da noite, sem esperança...

Observa os que jazem na sombra da cegueira, os que se tresmalham nas trevas da loucura, os que foram mutilados ao nascer...

Medita naqueles que ainda hoje não dispuseram de pão para sossegar o estômago atormentado, que não puderam conciliar o sono sob as garras da inquietação ou que agonizam fora do lar, sequiosos da assistência e do afeto que lhes faltaram à vida...

Não te detenhas, na revolta ou no desânimo, já que possui cérebro para raciocinar com segurança, olhos para enxergar a paisagem, verbo para tecer a caridade e o consolo das mãos para auxiliar...

Não olvides que as aflições irremediáveis emudecem o coração, impedindo, muitas vezes, a própria palavra naqueles que lhes padecem o insulto.

E, fazendo da própria luta o aprendizado bendito que Deus te concede, transforma a tua aflição menor, que ainda pode clamar e definir-se, queixar-se e estender-se, em sublime passo de entendimento para que te faças mais útil aos que sofrem mais que ti mesmo, assimilando do Senhor a lição inolvidável do sacrifício e da renúncia, através da qual, diante da flagelação e da morte, converteu a própria cruz num poema de bem-aventurança e vida imperecível.



pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Fé, Paz e Amor, Médium: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 11 de março de 2012

OS FIOS DE NOSSA VIDA



Toda vez que amamos uma pessoa lançamos, por assim dizer, um fio de nossa energia sobre ela, o que cria uma conexão viva entre os dois campos vibratórios, mesmo à distância. Dessa forma, sentimos quando ela não está bem ou quando pensa em nós intensamente.

Projetamos esse fio de conexão também sobre os amigos, as pessoas que gostamos, os projetos que temos; toda vez que nos identificamos com alguém e alguma coisa, lançamos nela uma parte de nossa energia, criando o vínculo.

As situações mal resolvidas no passado formam muitas vezes uma rede de fios que carregamos nas costas (à imagem dos cães que arrastam na neve os trenós nos países gelados ) – continuamos arrastando as lembranças e culpas pela vida afora – e empenhando tanta energia nisso que pouco sobra para estarmos disponíveis para o presente. Ficamos, literalmente, amarrados ao passado.

Vivemos, assim, em meio a uma rede de fios que nos liga às pessoas, situações, ideais, medos, lembranças e esperanças.

Esse vínculo pode ser muito prazeroso em certas situações, como quando amamos; mas quando o contato termina, muitas vezes sentimos que uma parte de nós ficou com o outro. Embora estejamos nos referindo aos sonhos e expectativas, isso ocorre realmente em termos energéticos.

É necessário puxar o fio de volta, resgatar a energia que ficou projetada sobre o outro, e Integrá-la novamente em si mesmo. Voltar a estar inteiro.

O perdão é uma forma de fazer isso. Ao perdoar o outro, abrimos mão de toda expectativa lançada sobre ele e com isso trazemos de volta toda a nossa energia que com ele estava – seja sob a forma de amor, mágoa, raiva ou desejo de vingança. Ao liberar o outro, nos libertamos também.

Da mesma forma, ao resolvermos internamente alguma situação do passado – aceitando as coisas da forma como aconteceram, mesmo que não tenha sido da maneira como esperávamos – recebemos de volta a energia lá investida e que até aí estava paralisada.

Ao fazer isso, fecha-se a brecha, e nos tornamos mais completos novamente. O que o outro faz não nos afeta mais. O que aconteceu é passado. Nos tornamos mais atentos ao presente. E, principalmente, mais disponíveis para a vida.

Sonia Weil
http://www.stum.com.br

ESTEJAM ALERTAS!

Estejam alertas

Salve Jesus! Salve a Paz!

Irmãos, vocês que representam um dos Núcleos de Luz no plano físico, servem como chamariz, proporcionando, deste modo, a oportunidade de combate e posterior envio ao exílio, das forças de resistência, que no momento se unem para destruir os que representam ameaça ao seu poderio junto a humanidade.

Devido ao aceleramento do tempo ser mais intensamente sentido no plano astral, "grupos de trevosos" que disputam território, e por natureza, antagônicos, se unem no momento por saberem ser esta a última oportunidade de dominarem e manterem o seu poder.

Com a abertura dos "porões do Abismo" e a subida das "feras" ao plano físico, fica mais fácil para os Magos Negros, vampiros, Reptilianos e confrarias satânicas, encontrarem seus comparsas encarnados e utilizarem as energias fartamente geradas pelos líderes negativos encarnados, facilitando o ataque aos Núcleos de luz distribuídos no Planeta.

Irmãs, da mesma maneira que foram atacadas, os outros Grupos, que compõem o número de 12 no Mundo, também sofreram ataques simultâneos, como estratégia usada pelas Trevas, para desestabilizar e dificultar o rápido socorro da Luz a estes Grupos.

Somente a ignorância e a rebeldia vidas da falta de amor, poderia acreditar no sucesso desse empreendimento, embora alguns Núcleos tenham sofrido mais com os ataques, em razão da fragilidade de algum componente.

Enviamos palavras de alerta para que se preparem, pois ataques ininterruptos serão feitos aos Trabalhadores da Luz, individualmente, e aos Grupos.

Estejam alertas.

Paz e Luz.

Rochester

GESH – 27/01/2012 – Vitória, ES – Brasil

CELINA - CHICO XAVIER


Quando elevamos ao céu nosso olhar suplicante, há para todos nós, os que se afligem na provação, uma carinhosa e compassiva Mãe que nos ampara e consola...
Compadece-se de nossa dor, contempla-nos com misericórdia e manda-nos então o anjo da sua bondade, para balsamizar nossos padecimentos... É Celina, a suave mensageira da Virgem, a Mãe de todas as mães, o gênio tutelar dahumanidade sofredora...
Quando o pranto aflora nos olhos das que são filhas e irmãs, das que são esposas e mães na Terra, no coração das quais,
muitas vezes, se concentra a amargura, vem Celina e toma-as nos seus braços de névoa resplandecente e, através dos ouvidos da consciência, lhes diz com brandura:
“Veio a dor bater à vossa porta? Coragem... Não desanimeis nas ásperas lutas que objetivam vosso aprimoramento moral. Pensai n’Aquela que teve sua alma recortada de martírios, lacerada de sofrimentos, atormentada de angústias.
Ela se desvela do céu por todas aquelas almas que escolheram sua pegadas de Mãe amorosa e compassiva.
Foi ela que, escutando a oração de vossa fé, me enviou para que eu vos desse as flores de seu amor sacrossanto,
portadoras da paz, da humildade e, sobretudo, da paciência: porque o acaso não existe e tudo na vida obedece a uma lei
inteligente de causalidade que foge aos vossos olhos, que se sentem impossibilitados de ver toda a verdade: Tomai
minhas mãos! Cumpri austeramente, fechai vossos olhos àquilo que pode obstar vossos passos para a luz e caminhai
comigo. Os anos são minúsculas frações de tempo e, um dia, sem vos deterdes com o cansaço, chegareis ao pé d’Aquela que é vossa Mãe desvelada de todos os instantes!...”
E todas aquelas que ouvem, sentem-se sustentadas por braços tutelares, na noite escura das dores, e vertendo lágrimas amargosas, preparam-se e se iluminam na pedregosa senda da virtude para respirar os ares felizes do encantado país
onde desabrocham os lírios maravilhosos da esperança!

Espírito: MARIA JOÃO DE DEUS
Médium: Francisco Cândido Xavi

OUTRA LUZ


Além da luz terrestre principia
Outra luz majestosa, viva e forte,
Que vence a escuridão, vencendo a morte,
Novo céu descerrando novo dia.

Ao triste caminheiro da agonia,
Sem roteiro de paz que o reconforte,
Compassiva, desvenda novo norte
E envolve o que no bem chora e porfia.

Tremei, contudo, vós que, em sombra densa,
Tentais fugir ao gelo da descrença
Sob o manto enganoso da vaidade...

Além da vossa esfera claro-escura,
Resplandece, perene, terna e pura,
A luz de Deus ao sol da Eternidade.



pelo Espírito Abel Gomes - Do livro: Temas da Vida, Médium: Francisco Candido Xavier.

sexta-feira, 9 de março de 2012

LUCROS



No Evangelho, há uma interessante passagem conhecida como A parábola do rico insensato.

Trata-se de um homem que havia trabalhado muito para ajuntar bens.

Quando finalmente se deu por satisfeito, propôs-se a gozar de sua fortuna.

Contudo, o Senhor da vida deliberou nessa mesma noite promover o regresso do rico ao plano espiritual.

Daí se colocou a questão: Para quem seria tudo o que ele tinha ajuntado?

* * *

Essa lição não poderia ser mais atual.

Em todos os agrupamentos humanos, palpita a preocupação de ganhar.

O espírito de lucro alcança os setores mais singelos.

Meninos, mal saídos da primeira infância, mostram-se interessados em amontoar egoisticamente alguma coisa.

Mães numerosas abandonam seu lar a desconhecidos, a fim de experimentarem a mina lucrativa.

Pais deixam de dar atenção a sua família, enquanto multiplicam ao extremo as horas de trabalho.

Nesse sentido, a maioria das criaturas converte a marcha evolutiva em corrida inquietante.

No entanto, por trás do sepulcro, ponto de chegada de todos os que saíram do berço, a verdade aguarda o homem e interroga: O que você trouxe?

O infeliz tende a responder que reuniu vantagens materiais.

Diz que se esforçou para assegurar a posição tranquila de si mesmo e dos seus.

Examinada, porém, a sua bagagem, quase sempre as pretensas vitórias são derrotas fragorosas.

Elas não constituem valores da alma, nem trazem o selo dos bens eternos.

Atingida semelhante equação, o viajor olha para trás e sente frio.

Prende-se, de maneira inexplicável, aos resultados de tudo o que amontoou na crosta da Terra.

A sua consciência se enche de sombrias nuvens.

E a voz do Evangelho lhe soa aos ouvidos: Pobre de você, porque seus lucros foram perdas desastrosas.

E o que tem ajuntado, para quem será?

É importante meditar sobre essa lição enquanto se está a caminho.

Os bens do mundo são preciosos enquanto instrumentos de realização da paz.

O trabalho é um meio de vida e não de morte.

A título de enriquecer ou ter mais conforto não compensa esquecer o essencial.

É inútil brindar os filhos com coisas e não se fazer presente em suas vidas, com palavras e exemplos dignos.

As posições tão cobiçadas no mundo sempre terminam por trocar de mãos.

Constitui loucura convertê-las no objetivo da existência.

É preciso viver no mundo, sem ser do mundo.

Fazer os sacrifícios necessários à vida na Terra.

Mas jamais esquecer que se está apenas de passagem por ela, com destino ao infinito.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 56 do
livro Caminho, verdade e vida, pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.
Em 08.03.2012.

quarta-feira, 7 de março de 2012

JESUS E TERNURA

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil



A figura de Jesus é a expressão perfeita da ternura.

Desde a sua chegada ao mundo, anunciado pelos Espíritos Luzeiros como mensagem de alegria, fez-Se o modelo da ternura.

Adiante, no aconchego dos pais evolventes, foi o prestimoso e amigo, filho enternecido, cooperando e iluminando com o seu modo suave, tudo o que se achava a Sua volta.

Envolvendo os homens simples e dispostos, convocando-os à busca do Reino de Deus na Terra, convertendo-os em Discípulos, demonstra fraternal ternura.

Recebe a mulher perturbada da emoção, em Magdala, e fala-lhe do verdadeiro amor, sensibilizando-a com a Sua expressiva ternura.

Conversa, ternamente, com as amigas de Betânia, com a liberdade de admoestar e esclarecer, como só alguém de coração terno poderia fazer.

Dialoga com gentes singelas das estradas, fazendo-as viver momentos de terna atenção, que jamais esqueceriam.

No alto da cruz que O martirizava, roga ao Pai, ternamente, pelos próprios infortunados agressores.

Após o decesso, retorna ao ambiente dos amigos temerosos e assustados, a fim de saudá-los com a cálida mensagem de paz.

Em nome da Sua ternura, promete ao rebanho que intercederia junto ao Pai, para que nos enviasse outro Consolador, para que a humanidade não se tornasse órfã, desprotegida.

Cada gesto, cada palavra, cada atitude do Celeste Amigo, refletia o coração amoroso e a alma plena de ternura, que O caracterizavam.

Agora, quando os cânticos que lhe relembram o berço luminoso, ecoam em nossa alma, vale a pena evocarmos a boa-nova de carinho do Senhor.

Nas experiências desses dias turbulentos, violentos, ásperos. Nesses tempos de abandono e insanidades múltiplas, deixa-te envolver por Jesus. E, ao olhar os olhos dos teus irmãos, dos que te são próximos, dos que fazem parte do teu caminho comum, enternece-te.

Evita franzir o cenho, aborrecido. Entende mais.

Evita a palavra rude. Silencia em paz.

Evita a mágoa que carcome. Sê mais indulgente.

Distribui um pouco de entendimento, de paciência, de sorrisos, de harmonia em teu derredor.

Vibra com Jesus no Natal. Enternece-te!


pelo Espírito Rosângela Costa Lima - Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira, em 04.11.1991, na Sociedade Espírita Fraternidade – Niterói – RJ. Publicada no Jornal Mundo Espírita de dezembro de 1991. Do site: http://www.raulteixeira.com/mensagens.php?not=62.

terça-feira, 6 de março de 2012

A FÉ É A ÚNICA CHAMA QUE NÃO SE APAGA NUNCA

Diante de um jardim belo, coberto de roseiras perfumadas, o dono do jardim as espera florescer.. Não pensa na quantidade enorme de espinhos que seu tronco possui, toma cuidado com eles, mas espera o florir das rosas.

Quando uma única rosa brota, enfeitando toda aquela roseira cheia de espinhos, o dono do jardim olha, avidamente, outros que podem surgir, sabendo que serão rosas a enfeitar amanhã.



Nós trazemos cravados na alma muitos espinhos do ontem, mas somos rosas, na essência sublime de Deus; nós também vamos florir em alegria.

Se essas alegrias são poucas e as dores são muitas, alegrias aconteceram

em nossas vidas e alegrias acontecerão sempre. Mesmo que sejam momentos, dias, algum tempo, mas como as roseiras, o sorriso brota, a paz chega e nós nos transformamos num canteirinho de paz.



Mas, existe o tempo, às vezes longo, em que só permanecem espinhos, o vendaval da dor assola e as pétalas de nossas esperanças, de nossas alegrias, caem pelo chão.

Mas, não devemos nos esquecer de que essas pétalas caídas, serão adubo amanhã. Esse adubo precioso que mantém nosso espírito vivo, que mantém a roseira forte, que mantém a possibilidade de ela florir.



Nós trazemos muitos compromissos assumidos de vidas passadas, não podemos deixar que o desânimo, a tristeza, a desesperança nos domine. Porque só receberemos, realmente, um auxílio completo, à medida em que tivermos total confiança no alto. Aí sim, será possível Jesus nos estender as mãos e nós, desse amor imenso, desse grande médico de Deus que foi o mestre, recebermos a ajuda de que precisamos, lembrando de que toda a dor é cura para nossos corações, que toda separação é prognóstico de união, que todas as experiências são bênçãos preciosas que amealhamos no espírito.



Por isso, mantenham a chama da fé sempre acesa. A fé é a única chama que não se apaga nunca.


Bezerra de Menezes

TEMPO DE CRISE

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil



Em tempo de crise – impositivo de serenidade. Sobretudo, na época de crises afetivas quando, freqüentemente, nos opomos uns aos outros.

Renovação espiritual, na essência, não é plano de trabalho que se execute de uma existência para outra.

De berço em berço terrestre, somos entregues à construção do amor que nos identificará, um dia aos outros para sempre.

Raramente, porém, adquirimos notas distintas nas tarefas realizadas.

A conquista da sublimação exige variadas matérias de domínio pessoal.

Em determinada existência, por vezes, o espírito ganha em trabalho, mas perde em desprendimento, premia-se em abnegação, no entanto, se complica em assuntos da afeição possessiva.

O progresso se faz vagarosamente, até que se atinja as épocas de exame que nos comprovem às aquisições do espírito.

Reflete nos chamados tempos novos em que te encontras, ante o surpreendente espetáculo das desvinculações violentas.

Se te propões a vencer, nas lições que a vida te apresenta, deixa que a compreensão te apóie os raciocínios e ama sempre.

Hábitos se alteram, sentimentos e transformam.

Se entes amados aderiram às idéias novas, em quaisquer modificações de caráter negativo, compadece-te deles e auxilia-os quanto puderes.

Esse acreditou no poder econômico, de tal modo, e se cercou de tamanhas expressões de reconforto que te parece agredir; outro admitiu a suposta legitimidade da independência sem dever a cumprir e se enveredou em experiências que lhe resultarão em aprendizados amargos; aquele outro vestiu o cérebro de ilusões e distanciou-se da fé, recusando-te as referências a Deus; e aquele outro ainda aceitou as sugestões da fuga, através dos tóxicos, nascidos nos ingredientes da anestesia que a Bondade Divina confiou à ciência humana, no socorro aos enfermos, e estirou-se em penúria física e espiritual.

Arma-te de paciência e desculpa aos companheiros de trabalho terrestre, quantas vezes se fizerem necessárias.

Chamem-se ele, na armadura física, pais ou filhos, esposos ou esposas, irmãos e amigos, parentes e companheiros, recorda que estamos todos à frente da vida imperecível.

Quem já possua equilíbrio, ajude ao desorientado.

Quem raciocine com segurança, ampare o que se afastou do bom-senso.

Quem disponha de luz, clareie o caminho para o que jazem nas trevas.

E quem esteja de pé, socorra aos caídos, porque tempo de crise é tempo de teste e somente se honra com a distinção desejada, quem procura esquecer-se para compreender e auxiliar, de vez que somos todos espíritos eternos e tanto as leis do amor quanto as leis da dor, nunca se modificam perante Deus.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Companheiro, Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 5 de março de 2012

ANTE A BONDADE DE DEUS


Quando a feição do mal se afigure terrível, a ponto de insinuar nos espíritos mais valorosos a falsa suposição de que se encontram à frente da derrota do bem, medita nos recursos de Deus e prossegue na execução do dever que as circunstâncias te atribuem para que o bem prevaleça.
Não te intimidem opiniões do desânimo, pareceres da dúvida, ameaças do crime ou exigências da inquietação. Continua leal à tarefa edificante que a vida te reservou.
Medo e aflição alastram-se, geralmente, ante as arremetidas do mal; no entanto, a Bondade de Deus, sem alarde, intervém nas causas que as produzem,restaurando a segurança da paz e a marcha do progresso.
Tiranos do passado, galardoados com as prerrogativas do poder, esmagaram povos inteiros, fornecendo a idéia de que
lograriam perpetuar a iniqüidade entre as Nações, mas a bondade de Deus, em silêncio, esperou a renovação que orienta os processos da Natureza e, em novas reencarnações, deu-lhes a disciplina dos escravos, na qual aprenderam, louvando
o sofrimento, quando dói a ferida dos que foram situados em servidão.
Malfeitores arguciosos, que a posse do ouro tantas vezes conserva impunes estenderam orfandade e viuvez, oferecendo
a impressão de que propiciariam à ganância, força de lei sobre a Terra, mas em silêncio, a Bondade de Deus esperou a
grande transformação que lhes competia e, em novas reecarnações, deu-lhes as disciplina dos filhos das regiões
desoladas, na qual aprenderam, louvando o sofrimento, quanto dói o cativeiro da penúria e da fome.
Criminosos inteligentes, garantidos pelo favor das convenções sociais, estabeleceram o império temporário dadelinqüência afetiva, parecendo arrasar toda a conceituação de respeito e de amor, entre as criaturas, mas em silêncio, a
Bondade de Deus esperou pelas metamorfoses inevitáveis da vida e , em novas reencarnações, deu-lhes as disciplina do
corpo enfermo, na qual aprenderam, louvando o sofrimento, quanto dói o infortúnio dos que foram atirados ao desequilíbrio emotivo.
Trabalha e confia no setor do bem que o mundo te entregou. E, quando o mal se alteie, diante de ti, prometendo esgotarte
todas as reservas de serviço e de resistência, confia e trabalha, mesmo assim, na certeza de que, acima de todas as nossas forças podes contar, invariavelmente, com os recursos de Deus.

Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Escrínio de Luz" - EDIÇÃO CLARIM

domingo, 4 de março de 2012

A TI MESMO...

A ti mesmo deves prometer:

1 - Ser tão forte que nada seja capaz de perturbar a paz de sua mente;
2 - Falar a todos quanto encontrares, de felicidade, de saúde e de prosperidade;
3 - Ser tão justo e tão entusiasta a respeito do êxito dos outros, quanto o és em relação ao teu próximo;
4 - Esquecer os erros do passado e concentrar as tuas energias nas grandes conquistas do futuro;
5 - Dar a todos os teus amigos a impressão de que possuem valor;
6 - Pensar somente no melhor, trabalhar unicamente pelo melhor e contar exclusivamente com o melhor;
7 - Ter a firme convicção de que o mundo está ao seu lado enquanto te mantiveres fiel ao que de melhor em ti existe;
8 - Antes de falar, pensa cuidadosamente se o que vais dizer é verdadeiro, bom e útil; e se carece destas três qualidades, abstem-se de o dizeres;
9 - Manter sempre um semblante alegre, oferecendo um sorriso para todas as criaturas que encontrares no teu caminho;
10 - Aplicar tanto tempo no melhoramento de ti mesmo que não te sobre um único momento para criticar os outros;
11 - Ser demasiado grande para te afligires, demasiado nobre para te irritares, demasiado forte para que te invada o temor, demasiado feliz para sentires contrariedades;
12 - Ter excelente opinião de ti mesmo e proclamar isso ao mundo, não com altissonantes palavras senão com grandes obras.
( Autor Desconhecido)

AMOR QUE NÃO ACABA



Até que ponto vai a capacidade de amar do ser humano? Quanto tempo dura o amor?

Um poeta da música disse, certa vez, que o amor é eterno enquanto dure.

E todos os desiludidos, os traídos e abandonados têm impressões muito próprias a respeito do amor, onde a tônica principal é de que amor eterno não existe.

Contradizendo tudo isso, alguns fatos, que a mídia televisiva ou impressa nos traz, afirmam que o amor verdadeiro é uma sinfonia inigualável.

Foi com esse sentimento que Chris Medina, um rapaz de vinte e sete anos, se apresentou em um programa de talentos, cantando uma música de sua autoria.

Os versos diziam mais ou menos assim:

Onde quer que você esteja, estou perto. Em qualquer lugar que você vá, eu estarei lá.

Toda vez que sussurrar meu nome, você verá como mantenho cada promessa. Que tipo de cara eu seria se fosse embora, quando você mais precisasse de mim?

O que são palavras se você realmente não acredita nelas quando as diz? Se são apenas para os bons momentos, então elas nada são.

Quando há amor, se diz em voz alta e as palavras não vão embora. Elas vivem mesmo quando partimos.

Eu sei que um anjo foi enviado apenas para mim. Sei que devo estar onde estou. E vou permanecer ao seu lado esta noite.

Nunca partiria quando você mais precisa de mim.

Vou manter meu anjo perto para sempre.

Ele não conseguiu vencer todas as etapas do concurso, sendo eliminado, em determinada fase, mas sua história levou às lágrimas os jurados e o público presente.

Porque a sua composição retrata exatamente o seu drama e sua decisão pessoal. É uma verdadeira declaração de amor.

Ele estava noivo e há dois anos pediu em casamento Juliana Ramos. A jovem bela, entusiasta. Formavam um casal primoroso.

Dois meses antes do casamento, no dia dois de outubro de 2009, o carro de Juliana foi atingido por um caminhão. Ela quase não sobreviveu.

Uma grave fratura no crânio desfigurou seu rosto e a transformou em uma mulher com muitas limitações físicas.

Foi-se a beleza, a agilidade, o sorriso fácil, as caminhadas, a dança, a alegria de todas as horas.

Ele permaneceu ao lado dela. Leva-a consigo para onde vá. E faz shows para arrecadar fundos para o tratamento de que ela necessita.

E isso ele externaliza cantando e agindo.

* * *

Quando se ama a beleza e ela se vai, o amor acaba. Quando se amam as formas perfeitas, a plástica, as linhas harmônicas do corpo e tudo isso se vai, o amor também se esvai.

Quando se amam aparências e outra realidade se apresenta, o amor acaba.

Quando se ama a transitoriedade, o amor fenece quando as situações se alteram.

Mas, quando se ama a essência, nada diminui o sentimento.

Esse amor é companheiro, solidário, se esmera para que o outro se sinta bem, seja feliz.

A sua é a preocupação de fazer a felicidade do outro.

Amor assim se perpetua no tempo, independente da soma dos anos, da multiplicação das rugas ou da diminuição da agilidade.

É o amor que sabe envelhecer junto e quanto mais passa o tempo, mais se solidifica.



Redação do Momento Espírita, com base em fato.
Em 27.02.2012.

EM RECONHECIMENTO E CONFIANÇA

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


Senhor:

Somos aqueles trabalhadores da última hora, necessitados do Teu carinho e da Tua compaixão.

Estamos dispostos à lavoura do bem, nada obstante encontramo-nos na dependência de muitos fatores que procedem do passado espiritual.

Tu prometeste que, no momento quando duas ou mais pessoas se reunissem em Teu nome, far-Te-ias presente entre elas. Eis-nos aqui, entrelaçando emoções, procurando o caminho seguro para chegarmos à fonte inexaurível da Tua misericórdia, Companheiro sublime, que nunca nos deixas a sós.

Vivenciando a Tua mensagem conforme as nossas limitações, aguardamos que a Tua condução de Pastor leve-nos ao divino aprisco embora a nossa retentiva na retaguarda.

Filhos da alma:

Tende bom ânimo, mantendo a certeza de que nunca estareis a sós.

Aqueles que atendem ao divino chamado vinculam-se ao Condutor Celeste.

Obstáculos e provações fazem parte do processo evolutivo.

Os metais, para suportarem as intempéries, passam pela aspereza do fogo, assim como a argila que, para resistir, sofre a fornalha, e a madeira, para submeter-se, experimenta os cortes lancinantes nas suas fibras…

A gema, que reflete a estrela, sofreu a lapidação.

Também a alma, meus filhos, depois dos camartelos do sofrimento e das asperezas que lhe retiram as imperfeições, passa a refletir a Estrela polar do amor.

Nunca vos desespereis! …

Existem Benfeitores queridos que vos assessoram, que participam das vossas noites insones e das angústias dos vossos corações.

Aprendei a ouvi-los, sintonizando com esses anjos tutelares através da oração, pelo pensamento voltado para o Bem.

O Senhor da Vida, que a todos nos conhece, levar-nos-á com segurança ao porto da paz, se permitirmos que Ele conduza a barca do nosso destino.

Confiai em Deus, meus filhos, entregando-vos ao comando do Seu Filho que é o nosso Mestre e Guia.

Temos estado em nossa Casa aqui, com os companheiros devotados à ação inefável do Bem.

Prossegui!

Não vos atemorize a noite, nem vos produza receio a tormenta.

Tudo passa e o Bem permanece.

Vimos hoje ter convosco para vos alentarmos na luta, a fim de que prossigais intimoratos no Bem.

Jesus confia em nós!

Retribuamos essa confiança mediante o serviço no Bem, rogando a Ele, nosso excelso Mentor, que nos abençoe e nos guarde.

Sou o servidor humílimo e paternal de sempre,


pelo Espírito Bezerra de Menezes - Mensagem psicofônica que encerrou a Conferência proferida pelo médium Divaldo Pereira Franco, em data de 20.10.2006, na Associação Espírita de Quarteira, Portugal, Grupo O Consolador. Do site: http://www.divaldofranco.com/mensagens.php?not=78.

quinta-feira, 1 de março de 2012

NOSSA REUNIÃO

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil



- De que modo iniciar o culto de assistência? – alguém nos perguntou.

- Com os recursos que se nos façam possíveis e onde estivermos, - respondemos nós.

Aliás, é justo assinalar que a presente reunião oferece clima ideal para o começo de semelhante realização.

Aqui se encontram muitos companheiros, conhecidos e desconhecidos, de uns para com os outros.

Esse perdeu um ente amado e aguarda um clarão de fé para a noite da saudade que lhe obscurece os pensamentos; aquele, entre as paredes domésticas, possui um irmão doente para quem deseja apoio espiritual; outro carrega consigo pesada inquietação de que anseia desvencilhar-se; e ainda outro experimenta o frio da descrença, pedindo, em silêncio, essa ou aquela réstia de esperança na Vida Espiritual.

É possível, ainda, que no contexto de nossa composição estejam amigos desconsolados e tristes por não encontrarem soluções prontas destinadas aos problemas de que são portadores.

Iniciemos o nosso aprendizado de beneficência aqui mesmo.

Relevemos, sem qualquer tisna de mágoa, a atitude de alguém que, por enquanto, não nos consiga observar com simpatia; esqueçamos o gesto de intemperança mental que, talvez, tenhamos anotado nessa ou naquela pessoa; estendamos, pelo menos, ligeira prestação de serviço ao enfermo que, acaso, se veja, ao nosso lado, requisitando atenção; e ofereçamos um sorriso espontâneo de compreensão e acolhimento a quantos nos compartilhem do ambiente, encorajando o cultivo da solidariedade e do entendimento.

Uma reunião de paz e fraternidade não é um agrupamento estanque, no qual alguns companheiros ensinem e outros amigos apenas escutem. É um encontro de elevada significação, de cujas tarefas todos podemos e devemos participar, cooperando em favor do bem geral, através da maneira que se nos faça mais acessível.

Um encontro, qual o nosso, em que permutamos experiências e ensinamentos, não é tão-somente um ensejo de orar e beneficiar-nos, mas também expressa em si e por si, valiosa oportunidade para que todo participante da equipe possa aprender e pacificar-se, compreender e servir.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Excursão de Paz, Médium: Francisco Cândido Xavier.

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...