domingo, 23 de setembro de 2018

MUITA FELICIDADE - MOMENTO ESPÍRITA


MUITA FELICIDADE



Corria o ano de 1942. A Rádio Tupi do Rio de Janeiro resolveu fazer um concurso de quadrinhas para substituir a letra em inglês da famosa música americana Happy birthday to you.

Na versão estrangeira original o título da canção era repetido quatro vezes, sendo que na terceira, era acrescido da palavra dear (querido ou querida)e mais o nome do aniversariante.

Foram cerca de cinco mil inscritos. O júri foi composto por imortais da Academia Brasileira de Letras. E os versinhos vencedores foram da paulista Bertha Celeste Homem de Mello.

Os jurados escolheram sua obra principalmente por trazer versos diferentes para cada linha, ao invés de se repetirem como na versão americana, fórmula que fora seguida pela grande maioria dos candidatos.

Bertha, até sua desencarnação em 1999, fazia questão de que as pessoas cantassem a letra da exata maneira que escrevera:

Parabéns a você. Nesta data querida. Muita felicidade. Muitos anos de vida.

Há dois detalhes importantes a serem destacados. Primeiro: a autora, até a sua despedida, em todas as entrevistas que dava, frisava que a letra original dizia: a você e não pra você.

O pra você foi se popularizando através dos anos em algumas regiões do país. Não deixa de estar correto, mas não é fiel à letra original.

Segundo, e aqui está o item mais interessante: Bertha, em uma de suas últimas manifestações, afirmou: Canta-se errado. Não é “muitas felicidades”, é “muita felicidade”, pois felicidade é uma só.

Quem sabe, durante este tempo todo de nossa História como Humanidade, tenhamos buscado apenas colecionar muitas felicidades.

E então, aquela tão sonhada ventura plena, aquela que julgamos estar no final de tudo, lá estaria, montada com a soma de todas essas felicidades colhidas pelo caminho.

Pensemos um pouco sobre isso. Não parece uma visão muito pequena? Será que a nossa felicidade íntima é feita apenas dos bons momentos que vivemos?

Momentos felizes são importantes, é certo. Eles nos animam, nos dão energia, vontade de viver.

Momentos inesquecíveis ao lado de quem se ama nos dão forças para seguir, nos dão identidade, nos dão raízes.

Momentos de vitórias, de conquistas, realizações, fazem parte da construção segura da felicidade completa da alma.

Ser feliz, porém, é um passo além de ter, no caminho, muitas felicidades.

Há quem diga que é possível, inclusive, ser feliz sem tê-las sempre. Ser feliz até na dor.

Os momentos de luta árdua, de prova dolorida, de sofrimento atroz, também edificam a felicidade verdadeira.

A felicidade é um edifício que se constrói em meio aos momentos felizes e infelizes das vidas, pois ela está no que se aprende com eles.

As belas telas são feitas de luz e sombra. As esculturas que nos encantam os olhos foram moldadas não apenas pelo carinho de mãos dedicadas, mas, principalmente, pelo cinzel insistente e seguro.

Todos estamos sendo moldados, formados, esculpidos pelo planeta para construirmos aqui parte da nossa felicidade, com muitas felicidades ou sem elas.


Por Redação do Momento Espírita. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=5534&stat=0

CARTÃO DE VISITA - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Em qualquer estudo da mediunidade, não podemos esquecer que o pensamento vige na base de todos os fenômenos de sintonia na esfera da alma.

Analisando-o, palidamente, tomemos a imagem da vela acesa, apesar de imprópria para as nossas anotações.

A vela acesa arroja de si fótons ou força luminosa.

O cérebro exterioriza princípios inteligentes ou energia mental.

Na primeira, temos a chama.

No segundo, identificamos a idéia.

Uma e outro possuem campos característicos de atuação, que é tanto mais vigorosa quanto mais se mostre perto do fulcro emissor.

No fundo, os agentes a que nos referimos são neutros em si.

Imaginemos, no entanto, o lume conduzido. Tanto pode revelar o caminho de um santuário, quanto a trilha de um pântano.

Tanto ajuda os braços do malfeitor na execução de um crime, quanto auxilia as mãos do benfeitor no levantamento das boas obras.

Verificamos, no símile, que a energia mental, inelutavelmente ligada à consciência que a produz, obedece à vontade.

E, compreendendo-se no pensamento a primeira estação de abordagem magnética, em nossas relações uns com os outros, seja qual for a mediunidade de alguém, é na vida íntima que palpita a condução de todo o recurso psíquico.

Observa, pois, os próprios impulsos.

Desejando, sentes.

Sentindo, pensas.

Pensando, realizas.

Realizando, atrais.

Atraindo, refletes.

E, refletindo, estendes a própria influência, acrescida dos fatores de indução do grupo com que te afinas.

O pensamento é, portanto, nosso cartão de visita.

Com ele, representamos ao pé dos outros, conforme nossos próprios desejos, a harmonia ou a perturbação, a saúde ou a doença, a intolerância ou o entendimento, a luz dos construtores do bem ou a sombra dos carregadores do mal.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Seara dos Médiuns, Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

EXAME DE VIRTUDE - IRMÃO X - CHICO XAVIER

Narra-nos um episódio autêntico que certo orientador do mundo israelita enviou um discípulo, que se notabilizara na interpretação dos Profetas, pata determinada cidade, cujos habitantes se chafurdavam em vícios e enfermidades de toda espécie, com a recomendação de prestar-lhes concurso ativo.

Dois lustros correram, e porque as notícias do burgo fossem cada vez mais inquietantes, o guia do povo chamou o enviado, que compareceu, em atitude hierática, mostrando, na túnica lirial e no semblante mortificado de jejuns, a rigorosa observância da Lei.

Às primeiras interpelações ouvidas, respondeu, em tom grave:

- Mestre, para dar exemplo de virtude, retirei-me para o campo, onde todos sabem que existo.

-Compreendo – disse o mentor -, a solidão é necessária para que o pensamento se refaça com a inspiração divina; contudo, sem ligação com as criaturas humanas, é impraticável qualquer obra de auxílio.

E o entendimento continuou:

- Para não errar, vivo em completo mutismo, no fervor da oração.

- Medida essencialmente importante, mas, ainda que tenhamos de aprender em duras experiências, é preciso falar para que o bem seja feito.

- Expondo a pureza dos meus sentimentos, visto-me exclusivamente de branco...

- Costume honroso; no entanto, isso não deve impedir que nossa roupa se enodoe no trabalho de ajuda aos outros, para ser novamente lavada em momento oportuno.

Minhas refeições são apenas de ervas.

- Hábito excelente; contudo, para trazer o corpo em condições de servir, é importante não desertar dos sistemas da alimentação comum, embora seja nossa obrigação garantir a
simplicidade e fugir aos desregramentos, usando a carne, o leite, os ovos, as folhas, os frutos e as raízes dos animais e das plantas, tão somente na quota indispensável à manutenção da existência.

- Durmo sem qualquer agasalho, fustigando as tendências inferiores...

- Louvável propósito, mas, na preservação da saúde orgânica, é justo repousar, nos moldes em que os outros descansam, a fim de que a vida no corpo nos ofereça rendimento para o melhor.

- Faço, porém, muito mais... Tenho o leito eriçado de pregos, castigando a volúpia da carne...

- Nobre intento, sem dúvida... Entretanto, vale mais combater a nós mesmos, na prestação de serviço ao próximo, para que a nossa luta não seja vã...

Silenciando o pupilo, indagou o chefe:

- E a tarefa de que te incumbiste?

- Mestre – replicou o mensageiro, desapontado -, sinceramente devo dizer que os cuidados na apresentação da virtude me tomam o tempo todo...

Nisso, belo cavalo de alvo pêlo entrou no átrio da casa, conduzindo pobre ferido, cujas últimas energias o deserto esgotara...

O velho orientador comandou as providências iniciais de socorro e, trazendo o discípulo à frente do soberbo animal que escavava o solo, falou com bondade:

- Pois olha, meu filho, este cavalo igualmente mora no retiro da Natureza, não se expressa em linguagem humana, veste-se todo em cabelos cor de neve, come apenas a erva do chão, dorme ao relento, é calçado de cravos perfurantes e não passa de um cavalo... Mesmo assim, é o companheiro dos viajantes fatigados e, ainda agora, acaba de arrebatar um mercador prestimoso à sepultura de areia...

Em seguida, demandou o interior para confortar o recém-chegado, deixando o aprendiz a meditar quanto à vontade da virtude vazia.


pelo Espírito Irmão X - Do livro: Contos Desta e Doutra Vida, Médium: Francisco Cândido Xa

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...