sexta-feira, 30 de julho de 2010

O AERO WILLYS DO TIO ALOISIO






Meu tio Aloísio, irmão do papai, era o nosso parente mais rico. Funcionário de carreira do Banco do Brasil, gerente de carteira, Tio Aloísio morava em uma bela casa no Farol, que na época era o bairro da elite de Maceió.
Sempre andava de carro novo, dos melhores. Lembro-me que ele tinha uma Rural Willys, me parece que verde e branca, e depois possuiu um Aero Willys vermelho. Quando andávamos neste carro, ficávamos alegres, contentes.
O barulho da transmissão do Aero Willys, um carro de luxo na época, parece que eu estou ouvindo até hoje: uóóóóóóó! Marcha royal, ao lado do volante, interior grande, espaçoso. Cabiam seis pessoas!
Ficava sonhando em andar no carro do Tio Aloisio. Sua esposa chamava-se Tia Helena. Seus filhos, Mário Aloisio, Loli e Leninha.
Na casa de Tio Aloisio, no bairro do Farol, na escada que dava acesso ao primeiro andar, havia um mostruário de miniaturas de carros e aviões que me deixava extasiado. Este mostruário era iluminado, e para mim, criança pobre, era um sonho ver aquilo.
Tudo na casa do Tio Aloisio era bonito. Os sofás da sala eram fofinhos, de veludo. A sala de jantar era belíssima. A cozinha, enorme. Comida gostosa e farta. Nazaré, a secretária do Tio, cuidava de nós com um carinho especial. Gostava muito de Nazaré. Gosto, pois ela ainda está viva! Maria, a outra secretária, era mais calada, mas muito educada e gentil conosco.
Eu dizia para mim mesmo: Quando crescer, vou ter todas as miniaturas que eu quiser!

SANGUE NA PISCINA DA FÊNIX

Um azulejo da piscina quebrado. Minha irmã mais velha, Lúcia, pula na piscina e bate o joelho no azulejo: corte profundo!
Sangue escorrendo, minha irmã Lígia sai correndo gritando, e minha mãe a leva ao Pronto Socorro, para a devida sutura.
Meu pai era sócio do Clube Fênix Alagoana. O Clube da elite de Maceió.  Mesmo com poucos recursos financeiros, meu pai fazia questão de se associar. Recordo que eu tinha a carteirinha plastificada do clube, e devíamos mostrar o comprovante do pagamento da mensalidade, para podermos adentrar no clube.
Desta forma, quase todos os domingos de sol mamãe e os quatro filhos iam tomar banho de piscina no Clube Fênix.
Lembro-me de umas crianças louras e bonitas que, com o constante tomar banho na piscina com cloro, ficavam com os cabelos de tons esverdeados.
Eu tinha inveja destas crianças. Eles eram filhos da família Accioly, dono da revendedora de veículos Ford CYCOSA.
Ricos, bonitos, cabelos louros e lisos, e ainda por cima, esverdeados. Era demais para mim!
Nos carnavais, sempre frequentávamos as matinês para as crianças. Muita gente boa, com belas fantasias, orquestra afinadíssima, os carnavais do Clube Fênix eram os melhores de Alagoas.
Relembro com prazer nossos velhos carnavais!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

ENCONTRO

A IIª Grande Guerra, que destruiu vidas aos milhões, estava em seu último ano. 1944. Maceió, Praça do Pirulito. Bela praça, bem arborizada, ajardinada, local de reunião de jovens e adultos.
Em frente ao Bar Canadá, de propriedade do Tio Livino, irmão do Vovô Leite. Próximo ao Bar Eureka.
Três belas jovens, vindas do interior, conversam e passeam juntas.
Um jovem alto, de terno escuro, de óculos, de tez branca, rosado, bem apessoado, passa a olhar insistentemente para o grupo de jovens moças.
Elas conversam entre si:  -Vamos nos dispersar, pois só assim saberemos por quem ele se interessa...
As jovens se chamavam Nercy, então com 20 anos, Geruza, sua irmã, mais nova, e a prima delas.
Nisto, o rapaz alto se aproxima da jovem e bela Nercy, e pergunta se seu interesse é correspondido por ela. Foi direto ao assunto. Galante e confiante!
Era meu futuro pai, Auto, que se apaixonou por minha mãe Nercy à primeira vista. Ele era nesta época viajante, propagandista de medicamentos farmacêuticos, e morava na pensão de Tia Nazinha, irmã de sua mãe, Dona Maroca, como era conhecida D. Maria Amélia. Tinha poucos recursos financeiros, mas, inteligente como sempre o foi, tinha garra e desejava o seu crescimento como pessoa e como profissional.
Infelizmente a vida nem sempre lhe sorriu...

FAMÍLIA ATAÍDE MELO

Em nosso apartamento, com Eduarda e Nino.

VAMOS EMBORA!

Todos os dias, pela manhã. Sete horas e quatorze minutos. Papai abria a porta da casa da Rua José de Alencar, e sentava-se em uma das cadeiras de ferro que ficava no terraço da frente da casa.  Imediatamente dizia: Vamos embora!
Sempre com o cenho carregado, falando bem abusado, que era sua característica de personalidade.
Só para chatear, e não ouvir o famoso "Vamos embora"! de nosso pai, eu já estava à postos dentro do carro, e antes que ele gritasse, eu imediatamente ligava o carro!
Ele olhava meio enviesado, e nada mais dizia. Entrava no carro, ele e mamãe, e lá ia eu levá-los para a farmácia.
O mesmo não acontecia com meu irmão Abelardo!
Quando era o dia de meu irmão levar o papai e a mamãe, ele normalmente ficava cochilando no quarto da frente, e aí papai dizia "Vamos embora" uma ou mais vezes!
Abelardo não ouvia, ainda dormindo, e mamãe tinha que cutucá-lo para ele se acordar e sair. Algumas vezes ele levou nossos pais para a farmácia de pijama!
Nosso pai era extremamente sistemático, e eu já sabia de todos os seus horários. Para não lhe dar o prazer de dizer Vamos embora", eu ligava o carro antes dele falar!
Pequenina vingança!
Pedaços de nossas vidas!

quarta-feira, 28 de julho de 2010

DEVORADOR DE LIVROS!

Depois da escola, almoçava, tomava o ponche de laranja que mamãe fazia, e ia para a Bibiolteca Pública Estadual, situada em um velho casarão vizinho a um Hotel, ao lado da Assembléia Legislativa.
No final do térreo, se localizava a área de leitura destinada às crianças e jovens.
A senhora que trabalhava lá, que ficava em um pequeno birô tomando conta, já me conhecia. Todos os dias, de segunda a sexta-feira, lá estava eu, por volta das 14 horas, para ler.
Era meu hobby preferido. Minha diversão.
Eu devorava livros. Lí todos os livros do Monteiro Lobato. Depois comecei a frequentar o primeiro andar, onde tinham grandes mesas, e comecei a ler os livros de Seleções do Readers Digest encardenados. Ficava extasiado em ver as Seleções antigas, todas bem conservadas.
Gostava muito de ler artigos sobre a IIª Guerra Mundial. Sempre me interessei por assuntos relacionados à Guerra.
Passava a tarde inteira lendo. Não me lembro se lanchava alguma coisa. Parece me que levava um pão com manteiga e açúcar para comer lá, no meio da tarde.
Lia também os jornais do dia, Gazeta, Jornal de Alagoas e os de outros estados.
Lí toda a Enciclopédia CONHECER, que fou publicada em fascículos pela Editora Abril e vendida semanalmente nas bancas. Adorava a CONHECER.
Depois comecei a ler a Enciclopédia Britânica, mais esta era mais pesada para mim, de leitura e compreensão. Quando nos mudamos da rua Barão de Anadia para a rua José de Alencar, no Farol, não pude mais frequentar a Bibilioteca.
Em casa, meu pai guardava em uma estante de madeira com portas de correr seus livros. Lembro-me bem da coleção de livros de Humberto de Campos, encarndenadas em cor azul e letras douradas. Lembro-me de um título de um dos livros: "Carvalhos e Roseiras"...
Os livros que papai tinha, li-os todos.
Quando tinha um dinheirinho, ia ao Mercado de Maceió, próximo à Drogaria dos Pobres, e sempre frequentava uma barraca onde vendia livros da Editora Ouro. Era o "Bom Livro", cujo proprietário, um senhor simpático, já me conhecia. Eram livros baratos, que eu podia comprar.Recordo-me agora que ele também vendia livros espíritas. Ele fazia um pacote bem feito dos livros, com papel de embrulho avermelhado, e colocava fita durex! Nesta barraca, simples e aprazível, comprei muitos livros de Machado de Assis e José de Alencar, que eu adorava. Livros de Júlio Verne, em sua maioria eu comprei lá. "Vinte mil léguas submarinas", "Volta ao Mundo em 80 dias", foram livros que eu lia e me transportava em sua leitura.
Lia sempre com uma caneca de café com leite e pão com manteiga e açúcar!

FALÊNCIA

Tenho plena certeza de que formos ludibriados. Fomos roubados. Ocorre que no final do ano de 1970 e começo de 1971, nossa farmácia entrou em falência.
Quase fechamos as portas. Não tínhamos quase nada no estoque de medicamentos para vender ao público. Nossa farmácia tinha estantes altas, com portas de correr, e vidros transparentes. Pouquíssimos remédios.
No balcão, na parte inferior, que tinha vidros e era iluminado por lâmpadas fluorescentes, eram exibidos as perfumarias, como sabonetes, colônias, perfumes, pastas, escovas de dentes e alguns medicamentos. Ficaram vazios.
Os fregueses, vendo o pequeno estoque de produtos, começaram a escassear... O movimento financeiro caía a cada dia.
Eu tinha 10 para 11 anos de idade. Já frequentava a farmácia desde meus 7 a 8 anos, e ajudava papai a vender os medicamentos. Ficava com ele até à noite, nos plantões que cada farmácia do centro de Maceió se comprometia a atender. Dormíamos em uma cama de tecido branco, tipo acampamento, no mezanino ao final da farmácia.
Gostava de ir para a farmácia. Era um divertimento para mim. Gostava de ver o movimento da rua do Comércio.
O sócio desfez a sociedade com meu pai, e ficou com a parte do Leão. Passou para ele o prédio, e meu pai ficou com o ponto e o resto dos medicamentos. Tivemos que pagar aluguel mensal ao nosso antigo sócio. E o dinheiro para fazer face às despesas?
Duas pessoas foram fundamentais em nossa recuperação. Tio Aloisio Costa Melo, irmão de nosso pai, e Tio Audísio, irmão de nossa mãe. Eles, se me recordo bem, emprestaram dinheiro para papai pagar as dívidas mais imediatas e comprar alguns medicamentos para vender, e Tio Aloisio começou a fazer a contabilidade do estabelecimento.
Neste mesmo período, para piorar as coisas, a visão de papai ficou gravemente prejudicada. Praticamente ficou sem enxergar, dependente dos outros;Tive que viajar com ele para o Rio de Janeiro, para consultar eminente oftalmologista, mas pouca coisa pode ser feita. O glaucoma prejudicou demais sua vista, e ele perdeu a visão do olho direito. Ficou enxergando muito pouco pelo olho esquerdo.
Nossa mãe Nercy foi obrigada ater que trabalhar. Meu pai, pela deficiência visual, não podia assumir sozinho as responsabilidades do negócio. Ela e todos os filhos. Lúcia, Lígia, Abelardo e eu tivemos de dar a nossa contribuição diária na drogaria. Não podíamos pagar a muitos funcionários.
Mamãe, inexperiente com comércio, ficava no caixa. Os filhos ficavam na venda dos medicamentos e no empacotamento, na entrega dos mesmos.
Começava neste momento o nosso sofrimento. Mas todos unidos, lutamos juntos por nossa sobrevivência.
Um fato que relembro com tristeza profunda era o de olhar para o nosso balcão, e vermos o vazio. Algumas poucas caixas de sabonetes. Desolador!
Para disfarçar, nossa mãe Nercy, brava e lutadora, começou a fazer crochê e expôs seu trabalho no balcão e em uma grande vitrine de vidro que tinha atrás do balcão da frente da farmácia.
Eram bonecas vestidas com roupinhas de crochê, e outros bibeloques que mamãe fazia com uma paciência e uma garra indescritíveis.
Mamãe, com sua alegria e simpatias contagiantes, começou a indicar medicamentos e fazer suas amizades. Lentamente, a freguesia voltou, e começamos o lento processo de recuperação.
Papai, angustiado, sem poder enxergar, passou a controlar pela sua inteligência e memória a compra de medicamentos e correlatos. Ligava para os donos de farmácia, amigos e concorrentes, para pedir crédito, e comprava sempre na Drogaria Globo, pois recebia um pequeno desconto para revender os medicamentos. Eu  ia, pela tarde, aos bancos para pagar as duplicatas.
As grandes representações não queriam vender para nossa farmácia, pois não tínhamos crédito na praça, e papai tinha que fazer estas compras a outras farmácias. Não sei como conseguimos sobreviver. Misericórdia Divina!
Tínhamos um livro caixa, em que escrevíamos os recursos financeiros que entravam e as despesas. Na página à esquerda, ficava o Movimento do Dia. Era o que vendíamos das 07 da manhã às 07 da noite.
Lembro-me da letra bonita e redonda da mamãe, anotando tudo o que meu pai, abusado e zangado, mandava ela fazer. Aos sábados, quando abríamos das 07 às 13 horas, o movimento caía muito.
Eu ficava profundamente preocupado com o pouco dinheiro que entrava na farmácia. Este dinheiro ficava guardado no cofre verde, com duas portas, e era aberto por uma chave amarelada, velha.
Tinha uns compartimentos dentro, onde papai separava as cédulas. Ao lado, ele guardava os talões de cheques, e alguns documentos importantes.
A frente do velho e grande cofre, ficava um display com os medicamentos do Dr. Ross. Aí ficavam organizados as caixas dos medicamentos de venda em retalho, em envelopes. Anador, Cibalena, Citrovit, e outros medicamento eram lá organizados, sempre em ordem alfabética, como papai determinava. Por trás do caixa, se localizava um mostruário onde exibíamos as latas de Leite Ninho, Nestogeno, Nan e neston e Farinha Láctea. Vendíamos tais ítens também! Embaixo do mostruário tinha uma vitrine de vidro, onde colocávamos os perfumes e outros produtos. Ao lado deste móvel, tinha um display de metal onde colocávamos os absorventes femininos, Modess, Serena e outros.
Importa dizer que conseguimos sair da falência, e fomos vencedores por Jesus!
Nosso pai e nossa mãe: Bravos e dignos lutadores. Exemplos de Vida!  Que Deus os abençoe!

A.C. MELO

Casarão antigo da rua Barão de Anadia, de número 80, próxima à Estação Ferroviária. Construído na década de 30 ou 40, por certo. A residência era alugada pelo Arcebispado de Maceió, que ficava logo ao lado direito de nossa casa, um prédio muito bonito, hoje infelizmente abandonado. Casa alta, escura, úmida. Na sala da frente da casa, meu pai, Auto da Costa Melo, abriu uma representação de medicamentos farmacêuticos.
Ele era representante de medicamentos viajante, fazia propaganda dos medicamentos e vendia as medicações às farmácias do interior de Alagoas. Hoje esta profissão é conhecida como propagandista.
Lembro-me da cor das caixas dos medicamentos. Laboratório SIMES e Parke-Davis. São os que eu me recordo. Existiam umas estantes onde ficavam as caixas e alguns medicamentos bem organizados.
Um birô e cadeiras de madeira. Um arquivo onde papai colocava algumas pastas colecionadoras.
Na frente da casa, uma placa branca, oval, com letras azuis, com o dístico A.C.MELO REPRESENTAÇÕES LTDA.
Eu era muito pequeno, na época, talvez 4 ou 5 anos, mas me recordo bem do ambiente da representação. Meio escuro, com piso de madeira, me parece. Desde minha infância, portanto, estou envolvido com medicamentos. Daí decorre o fato natural de ser hoje médico. Se bem que não foi apenas isto, ser médico é minha principal missão espiritual aqui na Terra.
Alguns anos após meu pai fechou a representação e se associou ao senhor José Paiva, e abriram a Drogaria Oswaldo Cruz, situada à rua do Comércio, 466, centro de Maceió. Senhor Paiva já tinha uma outra representação de medicamentos, a Paiva e Cia, situada à rua do Sol.

terça-feira, 27 de julho de 2010

CHOQUE!

Acontecia na garagem da casa da rua José de Alencar, início da década de 70. Ainda não possuíamos automóvel. A velha radiola de nossos pais estava desmontada, e eu fazia alguns arranjos nela, para aumentar a sua potência e a qualidade de som. O amplificador do aparelho ficava com as peças à mostra.
O equipamento, muito antigo, funcionava a válvulas, não era transistorizado. Era monoaural, não era stéreofônico, tinha uma caixa de som só, com um alto-falante.
E eu mexendo nas válvulas, nos capacitores, na caixa de som, para envenenar o som, onde ouvia os discos da Lúcia do Roberto Carlos, dos Renato e Seus Blue Caps. Eu comprava na Loja Eletrodisco, na rua Moreira Lima, alguns discos baratos, long-playings, com 12 ou 14 músicas, em inglês, covers dos conjuntos de sucessos daquele tempo.
Houve um tempo que eu, entusiasmado, desejei fazer o vestibular no Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o ITA, em São Paulo, para Engenharia Eletrônica, influenciado pelos meus experimentos de eletrônica. Comprava revistas de eletrônica, para saber de tudo. Que ilusão!
Um belo dia, inadvertidamente, toquei com uma chave de fenda num fio do amplificador da radiola, e fechei o circuito: Levei um baita choque, que me levou a cair da cadeira para trás. Que susto levei!
E com o choque, estraguei o amplificador, pois queimou uma válvula.
Como fiquei triste, não pude mais ouvir meus discos...

A MORTE DO AMBULANTE

Cenas do cotidiano nosso na farmácia. Na época, o trânsito na rua do comércio era normal, e sempre tinha muito movimento. Os carros desciam da ladeira do Brito em direção ao beco do Moeda, onde se localizava nossa drogaria, e dobravam à esquerda para pegarem a rua do Comércio.
Em frente à farmácia, ficavam postados alguns ambulantes, vendedores de picolés e pipocas Lírio do Vale, que eram bem gostosas, um saquinho de papel meio cilíndrico, branquinho.
Um dia, à tarde, um carro fez uma manobra brusca, abriu demais a curva e atingiu um vendedor de picolés. Eu estava no balcão, à espera de clientes. Assisti ao acidente. O rapaz caiu inconsciente, bateu a cabeça no meio fio da calçada. Morreu na hora.
Aquele fato me deu uma tristeza enorme!
Pensava eu como o mundo é cruel e injusto!
Aquele rapaz, igual a mim, não teve as oportunidades que eu tive de ter uma família equilibrada, um lar, uma escola...
Precisava trabalhar para sobreviver com um salário miserável.
Quem sabe, era arrimo de família, ajudava pais e irmãos.
E morreu trabalhando...
Aquela cena nunca saiu do meu pensamento.

DIA DE DOMINGO

Domingo. Dia de reunião familiar. Na velha casa da rua Barão de Anadia, em volta da mesa quadrada pintada de verde, sentava-se papai para tomar cerveja gelada, sempre da marca Brahma, que era sua preferência, e como tira-gosto, patinha de siri que mamãe cozinhava.
Ele ia bem cedo para o mercado municipal, lá no bairro da Levada, carregando duas cestas de vime, e trazia as frutas, os legumes e verduras e as carnes para comermos durante a semana.
Eu adorava o siri de coral que ele trazia do mercado!
Um fato ficou marcado em minha memória: Meu pai me deu um bolo bem dado em minha mão, que doeu muito! Acho que estava brigando com meu irmão Abelardo, mas não lembro o motivo daquela reprimenda tão severa de meu pai. Fiquei muito magoado, e hoje recordando o fato, passo a sentir a mesma emoção...
Algumas vezes meu pai trazia alguns doces do mercado, e esperávamos ansiosos pelas guloseimas. Me parece que era nego-bom, doce de banana em pedaços coberto por açúcar. Que delícia!
Tomávamos um pouco de guaraná da antarctica, e depois da cerveja, meu pai se preparava para almoçar. No almoço, mamãe fazia ponche de laranja, que era uma multiplicação das poucas laranjas que papai comprava no mercado para passar toda a semana. Então mamãe colocava muita água, açúcar e umas duas laranjinhas para fazer o refresco, que chamávamos de ponche!
Bastante metódico, meu pai depois do almoço ele ia cochilar, e ai daquele que fizesse barulho para acordá-lo!
Ficávamos brincando de alguma coisa no quintal, para não acordar nosso pai.
Quando chegava a noite, depois do jantar, onde comíamos banana-frita que mamãe preparava, meu pai se sentava no corredor longo da casa, e ligava um rádio Pioneer, com gabinete de madeira clarinha, envernizada, e assistia a rádio globo e outras rádios em ondas curtas.
Aquele barulhinho do rádio sendo sintonizado, parece que eu estou ouvindo agora...
Calado, não conversava com nenhum dos filhos.
Saíamos, então, para brincarmos com o Marcel e o Marcos, nossos vizinhos de rua. Jogávamos futebol de botão, e o Marcos tinha um campo de madeira muito bem feito, que ele guardava por trás das estantes do seu pai, seu Nilton, e meu irmão Abelardo sempre ganhava alguma partida. Eu sempre perdia, não jogava bem...
Marcel bananola, como Abelardo apelidava ele, nos momentos que ele mordia a língua para fazer uma jogada no futebol de botão! Seu irmão, Marcos, mais sério, mais velho, era meio distante de mim. Minha amizade era maior com o Marcel pincel, como também Abelardo chamava ele, gracejando.
Gostava mais de brincar de carrinho, era meu brinquedo predileto!

SOBREVIVENDO NO CAOS

22/07/2010 11:04:54
Thomaz Wood Jr.

Grandes corporações continuam a projetar uma imagem positiva de competência, realização e poder. Por dentro, no entanto, a luta contra o caos é cada vez mais árdua
O brilho dos famosos logotipos costuma ter efeito hipnótico sobre jovens recrutas. O jogo de sedução começa cedo. Grandes empresas procuram atrair os cérebros mais ágeis e os braços mais dispostos aos seus exércitos. O flerte inclui estratégias de abordagem direta, com palestras e feiras de recrutamento realizadas nas faculdades, incubadoras de corações e mentes para uso industrial.
Moços e moças, inebriados pelas promessas de futuro risonho, submetem-se a duras provas pelo direito de vender a alma – e os fins de semana – para as grandes corporações. Alienam-se por bons salários e atraentes benefícios. Além do soldo, esperam aprender uma profissão: depois de quatro ou cinco anos expostos a docentes desinteressados e conhecimentos desatualizados, acreditam que seus novos senhores lhes ensinarão algo de útil. Afinal, as grandes corporações supostamente dominam o estado da arte da tecnologia e da gestão. Tradição e porte, sugere tal raciocínio, fazem dessas organizações invejáveis depositários das mais modernas práticas administrativas.
Certo é que esses gigantes corporativos continuam a projetar uma imagem de competência, realização e poder. Vultosas verbas promocionais fazem milagres pela reputação. Com uma boa estratégia de comunicação, não é muito difícil fazer um brutamontes poluidor passar como exemplo de respeito ao meio ambiente. Da mesma forma, é possível mostrar mofadas burocracias e sulfurosas neoburocracias como organizações descontraídas e criativas.
Infelizmente, nem tudo o que as campanhas publicitárias sugerem é verdade e, para os jovens recrutas, o início da vida profissional em grandes corporações pode se tornar uma grande decepção. De fato, muitas grandes corporações parecem viver mergulhadas em um daqueles tanques de areia movediça dos velhos filmes de Tarzan: lutam para manter o nariz à tona, mas quanto mais se debatem, mais afundam. Seus profissionais atuam como bombeiros, a apagar incêndios que irrompem por todo lado. Encerram exaustos suas longas jornadas, contentes por mais um dia de sobrevida, mas sabendo que no dia seguinte outros incêndios virão.
Qual a origem desse caos? As exuberantes décadas da globalização fizeram aflorar moléstias diversas, que seguem pandêmicas, sem antídoto à vista. A primeira causa do caos foi o movimento frenético de mudanças pelo qual as empresas passaram, algumas necessárias, outras nem tanto. Com ingenuidade calculada, elas foram incorporando novidades gerenciais de procedência duvidosa e efeito calamitoso. O resultado foi um acúmulo de processos, normas e sistemas de benefício incerto, a roubar tempo precioso dos executivos.
A segunda causa do caos foi a febre de fusões e aquisições, a colocar debaixo do mesmo teto empresas com histórias particulares, sistemas distintos e estilos diferentes de gestão. Pressionados a gerar resultados cada vez mais ambiciosos, esses aglomerados disformes transformaram-se em gigantescas panelas de pressão, com seus habitantes desnorteados, procurando manter as aparências enquanto saltam de reunião em reunião, sem rumo ou direção.
A terceira causa do caos vem de longe, tendo sido exacerbada pelas duas causas anteriores. Trata-se da notória incapacidade dos executivos locais para planejar, ou seja, a dificuldade crônica de parar e pensar no que deve ser feito, antes de começar a fazer. Essa atração libidinosa para a ação irrefletida transforma a vida profissional em uma verdadeira montanha-russa, com altos e baixos, e muitas emoções, mas sempre voltando ao mesmo ponto.
Há alguns anos, uma grande empresa de consultoria lançou uma interessante campanha publicitária em revistas de negócios. Em cada inserção, uma foto de impacto. Em uma das fotos, uma sala de reuniões surge de ponta-cabeça, os móveis presos no teto, enquanto os executivos, atônitos, se agarram às bordas da mesa, esforçando-se para não despencar. Em uma segunda foto, as divisórias das baias são substituídas por espelhos, para criar um ambiente sem referência espacial. Executivos bem-vestidos esgueiram-se sem rumo, confusos e preocupados. Em uma terceira foto, um moderno escritório transforma-se em aquário: móveis, equipamentos e papéis flutuam, enquanto executivos lutam para se equilibrar e trabalhar.
A campanha pretendia mostrar situações que os bons serviços da consultoria poderiam evitar. Inadvertidamente, retratou a insólita realidade das grandes corporações e seus atarantados habitantes. A perdurar tal contexto, em pouco tempo não teremos mais executivos, mas apenas hordas viciadas em emergências imaginárias, incapazes de deixar as salas de espelhos e os aquários, vivendo em um mundo invertido, como se natural fosse.

Retirado da Coluna Gestão, de Thomaz Wood Jr, na revista Carta Capital.

NATAL NA PRAÇA DA FACULDADE

Nossos natais eram sempre comemorados na casa da Vovó Neguinha. Certeza de encontrar toda a família, e sempre um bom lanche para todos. Vó Neguinha fazia questão de oferecer sempre algo delicioso para cada visita, cada parente que chegava em sua casa.
Quando chegava a noite, o point da época era a festa de fim de ano da praça da faculdade. Parques de Diversão lá se instalavam, com rodas gigantes, montanha russa, bancas de tiro ao alvo, a barraca da mulher que virava monstro, entre tantas outras atrações.
Andávamos de um lado para o outro da festa, vestidos em nossas melhores roupas, aquelas de fim de ano. Camisa nova, calça coringa nova, sapato novo.
Eu me lembro de uma época difícil que passamos em nossa família que eu tinha só duas camisas para sair: uma verdinha claro, marca "volta ao mundo" e outra de tecido de algodão com desenhos de revista de quadrinhos, de tons corais.
Mas no final do ano, sempre exibíamos nossas novas roupas!
Nossas irmãs, mais velhas, Lúcia e Lígia, já saíam com as primas para passear na festa e para paquerar. Nós, Abelardo e eu, meninos ainda, saíamos com os primos Audísio Filho, Válter e Adilson  e só queríamos ir para a festa para brincar, lanchar, tomar sorvete de máquina, delicioso, de morango de corante bem vermelho e comer cachorro quente com tomate verde cortadinho por cima! Era tão gostoso! Depois dava uma diarréia danada, mas tudo bem.
No sistema de som, que irradiava para toda a praça,  tocava como atração principal as músicas novas do disco do Roberto Carlos. Além de Ronnie Von, Renato e Seus Blue Caps, The Fevers e outros. Adorávamos!
Era um desfile de meninas bonitas com seus vestidos novos. E todo mundo rodando pela praça, admirando tudo, curtindo cada coisinha que víamos!
Tinha o Bingo, com aquelas cartelas verdes onde colocavamos um milho na pedra que tinha sido chamada, e podíamos ganhar alguns brindes, bem baratinhos. Parecia que o preço da cartela era um cruzeiro, bem em conta.
Comíamos milho assado, e compravamos balas e chocolate nos ambulantes.
Como era gostoso nossos finais de ano!
Andávamos sempre lisos, sem um conto nos bolsos, e nossos tios nos davam uns trocados para gastarmos na festa.
Sempre tinha um jantar que nossa vovó Neguinha servia para todos. Meu pai Aldo e minha mãe Nercy sempre estavam presentes. E todos os nossos tios, irmãos de mamãe, em volta: Audísio, Doumuriez, Geruza, Gildenor, Lizete,Vitória, Nildomar, Getúlio,  Zilene e Rivadávia.
Recordações felizes que nos deixam um gosto bom na alma!

FILHA DO CORAÇÃO!

Os alunos da professora de primeira série Debbie Moon estavam examinando uma foto de família.
Uma das crianças da foto tinha os cabelos de cor bem diferente dos demais. Alguém logo sugeriu que essa criança tivesse sido adotada.
Logo uma menina falou:
- Sei tudo sobre adoção, porque eu fui adotada.
Logo outro aluno perguntou-lhe:
- O que significa "ser adotado"?
- Significa - disse a menina - que você cresceu no coração de sua mãe, e não na barriga!
 
Retirado de um e-mail de minha amiga Laura Torres.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

PACOTE!!!

Cenas de meu passado, vivido e sofrido na Drogaria Oswaldo Cruz. Nosso pai Aldo, sempre caladão, abusado, deficiente visual, controlava com mão de ferro as rédeas da farmácia.
Lembro-me com tristeza e com sentimentos de inferioridade, quando eu trabalhava na farmácia e ficava no pacote, que era o local onde embalávamos os medicamentos e produtos que os clientes compravam em nossa farmácia.
Tem uma coisa que não me sai da mente: Eu estava no pacote, e o João Carlos, filho do seu Paiva, sócio do meu pai na drogaria, todo metido, sentado no birô principal, telefonando como o manda-chuva de tudo, e eu, me sentindo a pior pessoa do mundo, fazendo os pacotes. Que raiva me dava, eu trabalhando, e o João Carlos luxando! Que sensação ruim, de inferioridade. Isto mexeu muito comigo, até hoje mexe. Interessante como certas coisas ficam em nosso subconsciente!
E o meu pai gritando: Pacote!!!
Ele não enxergava bem, e não via que eu já estava lá fazendo o bendito pacote! Poxa vida!
Neste local, tinha um display com três rolos de papel de embrulho: Um pequeno, outro médio e um grande. Todos com papéis que tinham a logomarca da farmácia.
Ao lado, o dislay com a fita durex. As vezes, tínhamos que usar barbante, para os pacotes maiores. Tinha uma tesoura para cortar os barbantes. Em um móvel, ficavam os pregos onde colocávamos as segundas vias das notas de balcão dos vendedores, para conferência no final do dia das vendas de cada vendedor.
Neste ambiente, ficavam caixas com alguns medicamentos em envelopes, para venda em retalho. Lembro-me do Tetrex de 250mg e 500mg, do Uropol, e de outras medicações.
Tínhamos dois ou três vendedores. Lembro-me dos mais antigos, o Cícero, que era canhoto, e escrevia as notas de balcão com uma rapidez que eu sempre me surpreendia, a Mirian, que tinha as unhas pretas, sujas, e eu não gostava dela, achava ela estranha, e ela era homossexual! Também trabalhou na farmácia o nosso primo Nélson Passos, o Pedro Paes, este mais recente. Vendedores que trabalhavam com carteira assinada, FGTS, férias, comissões, tudo dentro da lei trabalhista, com a retidão que papai sempre trabalhou!
Dos filhos de papai, eu passava mais tempo na farmácia. Trabalhava todos os dias, de segunda a sábado, e depois das aulas, lá ia eu para o batente.
Quando eu cursava o segundo ano científico, no Colégio Marista, eu almoçava em uma lanchonete perto da farmácia, e todos os dias eu comia cachorro-quente de carne moída e caldo de cana. Todo dia!
Não sei como não fiquei com trauma de caldo de cana!

OS LAPINHAS DA NERCY

Eramos quatro: Lúcia, Lígia, Abelardo e eu. Uma escadinha. Magrinhos que só! Nossos tios, irmãos de minha mãe Nercy, nos chamava de catitas da Nercy. Pobres, e vinha comendo tudo na casa da Vovó Neguinha, um doce de avó! Por certo, tinham seus preconceitos conosco.
Nosso tio Nildomar, tio Nildo, hoje falecido, nos intitulava de Lapinhas! Não sei porque, até hoje nunca entendi a razão deste nome.
Tio Riva, Getúlio e Nildo nos davam uns trocados, de vez em quando.
A casa da Vovó, na rua São Domingos, no bairro do Prado, era nossa referência especial. Nunca faltava um lanche para a gente, e refeições fartas que nossa Vó Neguinha fazia questão de nos oferecer. Que mulher especial!
Eu adorava subir no primeiro andar da casa, no quarto onde dormiam os tios Riva, Getúlio e Nildo, para ler as revistas de mulher nua que eles compravam! Escondido de todos, é claro!
Hoje, os lapinhas de Nercy são médicos, engenheiro e advogada, e todos formaram famílias felizes.
A vida segue inexorável.

TUTUCA

Tinha uma outra venda na rua da praia, onde compravamos algumas coisas e confeitos, como sempre. Era a venda do Adelson, que era irmão da Tutuca, uma menina moreninha, feinha, com dentes da frente podres, cariados.
A Tutuca era um raio, e mexia com todo mundo!
Eu tinha raiva deste nome, e não gostava desta menina. Puro preconceito, acho!
 Esta mercearia era maior, ou parecia maior que a venda da D. Regina.
Os nomes dos irmãos da Tutuca, além de Adelson, não me recordo agora. Perguntei ao mano Abelardo, que avivou minha memória. Eram a Leninha, a Cidinha, o Ariel e a Petinha. Petinha, que nome! Era a mais velha. Todos com os dentes podres!  Lembro que eram meio galegos, e as minhas irmãs brincavam com estas crianças.
Pouco depois desta mercearia, ficava localizada a casa de Dona Marta, grega, proprietária da Malharia São Paulo, que se localizava no Comércio de Maceió, e tinha um cheiro de batata frita que eu sentia quando passava em frente à sua casa. Ainda hoje me recordo deste cheiro! Dona Marta, com sua fala engrolada, sempre visitava minha mãe, e chegava alegre, com um palavreado estranho! Andava sempre com uma bolsa colorida, de plástico,que chamava minha atenção.

VAI LAVAR OS PÉS, MENINO!

Antes de deitar, lavávamos os pés, que era a ordem de minha mãe Nercy.
O banheiro da casa da rua Barão de Anadia era escuro e a água era muito fria, e era um tormento tomar banho!
Quantas vezes eu enrrolava minha mãe, lavando os pés e as mãos e molhando o cabelo, dizendo que tinha tomado banho completo!
Escovar os dentes que era bom, nada! Aí, chupando balas e confeitos da venda da Dona Regina, e sem escovar os dentes, as cáries atacaram meus dentes! Também, pudera!
Ia brincar de carro com uma tampa de panela na mão, como se fosse um volante, e dobrava a esquina da rua Barão de Anadia com a rua da praia, e logo depois da mercearia dos irmaos Alves Pinto, ficava a vendinha da Dona Regina. Todo dia eu comprava pompeito lá. Uns redondinhos, branquinhos com uns tons vermelhos, ruinzinhos, mas que eu adorava! Comprava ou pedia a Dona regina, não lembro bem...
E o dia que roubei uma nota azul de dez cruzeiros, que valia muito na época, lembro que tinha a efígie do Tiradentes na nota,  para comprar "pompeito" na Dona Regina? Tirei o dinheiro da bolsa da mamãe, do guarda roupa do quarto dela.
Dona Regina, coitada, avisou minha mãe e devolveu o dinheiro. Acho que levei uma "pisa" por isto!
Tive que sofrer muito no prédio no antigo IAPETEC, nas mãos do dentista Dr. João Tenório, perdendo muitos dentes por falta de uma boa orientação.
Tempos antigos. Memórias boas e sofridas, também.
Tempo de inocência. Pureza. Paz...
Tempo que não volta mais...

O DIA QUE COMPREI NOSSO PRIMEIRO CARRO!

Me revoltava em andarmos sempre de táxi ou de ônibus. Nossos familiares tinham direito a possuírem carro próprio, porque não nossa família?
Resolvi tirar um pouquinho de dinheiro do caixa da nossa farmácia, a Drogaria Oswaldo Cruz, todos os dias, sem papai perceber, e depositava toda semana em uma conta poupança que eu abri (não sei como!) na Cadeneta de Poupança da APEAL, na rua do Comércio, perto da Drogaria Minerva.
Cheguei a juntar, em mais de um ano de depósitos, cerca de Cr$ 6.600,00 (Seis mil e seiscentos cruzeiros), e um belo dia, à tarde, retirei todo o dinheiro e fui comprar um carro na Loja de Automóveis Moura, na rua Gabino Bezouro, ao lado da antiga MAPEL.
O dono da loja deve ter me achado louco, um rapazinho como eu, de óculos, me achando gente grande, comprar um carro!
Escolhi um Volkswagen Fusca, ano 1966, que não tinha nem a primeira marcha! Tava até bonitinho por fora, o bichinho, de cor cinza, pelo que lembro! Mas sequer saia do lugar!
Tio Nildomar entrou neste circuito, desfez o negócio, e usamos este dinheiro para comprarmos nosso primeiro carro, um Fuscão, azul escuro, ano 1971, e depois trocamos pelo Fuscão 1500 1972, cor azul calcinha, que tinha pertencido ao Tio Audísio. Ficamos com este carro por muito tempo.
Eu tinha cerca de 15 anos, neste época, e dirigia, claro, sem carteira. E nunca fui parado pelo DETRAN!
Loucuras de minha adolescência!
Só assim compramos nosso carrinho. Se fossemos esperar pela decisão de nosso preocupado pai...

E OS BOMBEIROS ESTIVERAM EM NOSSA CASA

Um caminhão vermelho, marca FORD,  do Corpo de Bombeiros em frente à nossa casa. Soldados do Batalhão em roupas cáqui. Muita movimentação em nossa casa.
Vejo o botijão de gás de nosso velho fogão de quatro bocas marca Brasil todo congelado!
Os soldados colocaram o botijão congelado bem longe, no velho quintal.
Achei engraçado aquilo!
Mamãe grávida, muito assustada, amparada por vizinhos.
Lembro-me das mangueiras na cozinha, vinda do carro dos Bombeiros.
Era de tarde, me parece.
Foi um vazamento da válvula do fogão, pelo que me lembro.
Por este motivo, minha mãe abortou a criança, que seria a Ana Paula, nossa irmãzinha.
Minha mãe ficou com traumas de vazamento de gás de cozinha. Também pudera!

A QUEDA DA LINHA DE NOSSA VELHA CASA

Em um dia de muita chuva, me vejo olhando para a nossa sala de jantar do casarão da Rua Barão de Anadia, onde moramos na década de 60. Fragmentos de minha memória me fazem recordar de muita sujeira na sala, tudo molhado, e uma grande linha de madeira do telhado caída no chão da sala. Muito cupim e velhice da madeira, por certo. Casa alugada pelo Arcebispado de Maceió, papai não podia pagar por casa melhor...
Não recordo se a queda da linha estragou nossos móveis, nossa mesa de jantar, ou a Brasília, que era nossa cristaleira, muito bonita, por sinal...
Mamãe muito assustada, meus três irmãos Abelardo, Lígia e Lúcia passando pela sujeira com cuidado. Não me recordo de meu pai, neste momento. Talvez estivesse viajando, ou trabalhando.
Mamãe ficou traumatizada com chuva por conta deste incidente, que poderia ter nos matado, se tivesse acontecido em um dos velhos quartos, escuros, onde dormíamos. Até hoje, ela recorda deste triste fato.
Como era muito pequeno, não entendi tudo aquilo, ou porque aquilo tinha acontecido. Só lembro de minha mãe, seu susto, seu sofrimento, sua dor.
Este fato me marcou muito...

domingo, 25 de julho de 2010

PEDAÇOS DE MINHA INFÂNCIA: MEU AMIGO SÉRGIO RAMOS

Pela manhã, ia estudar no Colégio Dom Pedro II. A tarde, íamos diariamente ler os livros de Monteiro Lobato na Biblioteca Pública Estadual, na praça da assembléia. Passava toda a tarde lendo, sentado em almofadas lá existentes. Penetrava no mundo de sonhos de Lobato, com Pedrinho e Narizinho e Dona Benta e todo o Sítio do Pica Pau Amarelo.
Chegando a noite, ia brincar com meu amigo rico, o Sérgio Ramos.
Como eu o invejava!
Afinal, ele tinha tudo de bom!
Ele morava em uma bela casa em frente ao paredão da assembléia.
Os brinquedos deles eram os melhores, e eu aproveitava tudo. Jogávamos e brincávamos até as 21 horas, que era a hora que meu sisudo e calado pai determinava que chegássemos.
Sérgio era louro, bonitinho, dentes perfeitos, e eu o admirava e o invejava. Ele tinha tudo o que eu não tinha, pois me sentia feinho e pobrezinho.
Apenas em uma coisa eu o vencia: Minha inteligência!
Ganhava todos os jogos de raciocínio e de conhecimento.
Neste momento, eu me sentia superior a ele!
Muitos e muitos anos depois, reencontro o Sérgio Ramos Floering, este seu nome completo, lá no Shopping Iguatemi.
Sua aparência física mudou, mas persiste aquela tranquilidade de antes, em seu semblante.
Mudamos todos nós!

MACEIÓ ANTIGO II

A praça Dom Pedro II, conhecida como praça da assembléia, na década de 50. Podemos ver o bonde que ia até Ponta Grossa, e carros antigos, até o Fiat Topolino aparece na foto. Belo tempo!

MACEIÓ ANTIGO

Foto do Palácio Hotel Bella Vista, que foi demolido, infelizmente, em nome do "progresso". No local hoje existe o edifício do INAMPS.
Belíssimo prédio, construído na arquitetura art-deco e contribuições da arte muçulmana, como os minaretes que podemos ver na foto.

CONFIE SEMPRE!

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo. Ainda Que Os Teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima De ti mesmo. Crê e trabalha. Esforça-te no bem e espera Com paciência. Tudo passa e tudo se renova na terra, mas o que vem do céu permanecerá. De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança Em Deus e em si mesmo, porque o maior infortúnio é sofrer a privação Da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte. Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

Chico Xavier

sábado, 24 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

POLÍTICOS

Vigora a máxima do Barão de Itararé: “O político brasileiro é um sujeito que vive às claras, aproveitando as gemas, sem desprezar as cascas"

Retirado do Blog do Josias de Souza, Folha de São Paulo.

QUEM TEM DEUS NO CORAÇÃO...

Transforma as vidas de seus irmãos!

Pintura de Leonid Afremov. Retirado de um e-mail da amiga Guiomar Machado.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ALMAS ENFERMAS

Todos somos doentes espirituais, tentando, encarnação após encarnação, reduzirmos nossa carga deletéria de erros e omissões, na nossa Terra-Mãe. Fazemos parte, nós espíritas, do ramo judaico-cristão da velha Europa, que, no transporte da Árvore do Evangelho decidida por Jesus, fomos reencarnados no solo fértil e generoso do Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.
Ao menos, tentamos não errar. Estamos cansados do pecado, e mais ainda das suas consequências funestas e inevitáveis.
Isto não nos livra da necessária remissão e reparação de todo o desamor, todo o egoísmo, todo o orgulho, toda a falta de caridade com o qual tenhamos pautados nossos atos de então.
Não devemos abrigar em nós a falsa idéia de que, como espíritas, somos superiores aos nossos irmãos que professam outros cultos. Não!
Somos todos almas enfermas, girando inseguros na roda das encarnações!
Nos resta pouco tempo, porém, para afinal decidirmos se queremos ficar à direita do Cristo Jesus, ou sermos exilados para o planeta inferior que se aproxima do nosso sistema solar, para abrigar, pela misericórdia de Deus, as almas cuja vibrações forem incompatíveis com a nova Terra que, de acordo com as promessas de Jesus em seu Evangelho de Luz, iremos receber!
Portanto, irmãos, mãos à obra. A seara é grande, e poucos os obreiros.
Não olhemos para trás. Sigamos adiante, intimoratos, buscando na caridade e no amor a remissão de nossos erros e a construção de nossa redenção espiritual.
Sigamos Jesus!

ANTES E DEPOIS!

Um bom banho nos transforma para melhor!
Ou será que não?

Retirado de um e-mail da amiga Soraya Barros.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

TRAIÇÃO À MINEIRA

O amigo chega pro Carzeduardo e fala:

- Carzeduardo, sua muié tá te traino co Arcide.

- Magina!! Ela num trai eu não. Cê tá inganado, sô.

- Carzeduardo! Toda veiz qui ocê sai pra trabaiá, o Arcide vai pra sua casa eprega ferro nela.- Duvido! Ele não teria corage....

- Mais teve! Pode confiri.

Indignado com o que o amigo diz, o Carzeduardo finge que sai de casa,sesconde dentro do guarda-roupa e fica olhando pela fresta da porta. Logovê sua mulher levando o Arcide para dentro do quarto pra começar a sacanage.Mais tarde, ele encontra com o amigo, que lhe pergunta o que houve.E então, o Carzeduardo relata cabisbaixo:

- Foi terrive di vê!!!... ele jogou ela na cama, tirou a brusa.... e os peito caiu....tirou a carcinha...e a barriga e a bunda dispencaro....... tirou asmeia...e apariceu aquelas varizaiada toda, as perna tudo cabiluda. E eu dentro do guarda roupa,cas mãos no rosto, pensava:

'Ai...qui vergonha que tô do Arcide!!!'
 
Cap-tirado do Blog da Marta Bellini.

domingo, 18 de julho de 2010

CAUSAS DA QUEDA ESPIRITUAL

Arrogância e orgulho. Egoísmo. As velhas doenças morais de todos nós. Fechado em si mesmo pelo egocentrismo milenar, pensando acima de tudo e antes de tudo em si próprio, o espírito termina por instalar na intimidade um profundo desamor a si mesmo. Isso porque a Lei Divina inderrogável é o amor, a forma mais correta de pensar e agir em nosso próprio favor.
O egoísmo é prisão. O amor é libertação. O egoísmo é circuito energético endógeno. O amor é força centrífuga de expansão.
Esse fechamento vibratório cria correntes pesadas de energia capazes de prender o ser em padecimentos íntimos dolorosos.

Espírito de Maria Modesto Cravo, no livro Os Dragões, psicografado por Wanderley Oliveira, edição Dufaux, 2009, pp.178 a 179.

sábado, 17 de julho de 2010

PAI NOSSO ORIGINAL

Este é o Pai Nosso original que Jesus pronunciava sempre antes dos seus sermões em Issa.

E esta gravado em uma pedra de mármore, nesta região!

Esta é a tradução mais verdadeira do Aramaico para o portugues, sem a interferencia da Igreja Catolica ou de qualquer outra religião!
Abwun d’bwashmaya

Nethqadash shmakh

Teytey malkuthakh

Nehwey tzevyanach aykanna d’bwashmaya aph b’arha.

Hawvlan lachma d’sunqanan yaomana.

Washboqlan khaubayn (wakhtahayn) aykana daph khnan shbwoqan l’khayyabayn.

Wela tahlan I’nesyuna

Ela patzan min bisha

Metol dilakhie malkutha wahayla wateshbukhta

l’ahlam almin.

Ameyn

"Pai-Mãe, respiração da Vida,

Fonte do som, Ação sem palavras, Criador do Cosmos!

Faça sua Luz brilhar dentro de nós, entre nós e fora de nós para que possamos torná-la útil.

Ajude-nos a seguir nosso caminho, respirando apenas o sentimento que emana do Senhor...

Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu, para que caminhemos como Reis e Rainhas com todas as outras criaturas.

Que o Seu e o nosso desejo, sejam um só, em toda a Luz, assim como em todas as formas, em toda existência individual, assim como em todas as comunidades...

Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois, assim, sentiremos a Sabedoria que existe em tudo. Não permita que a superficialidade e a aparência das coisas do mundo nos iluda, e nos liberte de tudo aquilo que impede nosso crescimento...

Não nos deixe ser tomados pelo esquecimento de que o Senhor é o Poder e a Glória do mundo, a Canção que se renova de tempos em tempos e que a tudo embeleza. Possa o Seu amor ser o solo onde crescem nossas ações.

Que Assim Seja!
 
Retirado do Blog de Marta Bellini, capturado do Blog Amigos do Freud.

A NAU TRANSPORTADORA - PARTE I

O Amorável Bezerra esclarece:
- Em todas as regiões da Terra se organiza a execução dos Planos Divinos para a melhoria da Escola Humana. Dessa forma, em várias partes do planeta encontramos locais como este, para onde são levadas entidades que, não tendo mais condições de se manterem num planeta que não respeitaram, nem em um padrão de conduta mental e emocional compatível com a nova ordem vibratória que se instala na Terra, já estão sendo recolhidos por ativos trabalhadores espirituais com a missão de organizarem a retirada dos "incompatíveis", bem como o seu transporte para o centro de espera onde se adaptarão para os novos destinos que os aguardam.
Bezerra continuou explicando:
- Estamos visualizando o campo de pouso onde os transportes espirituais de diversas regiões do continente sul americano se congregam com a finalidade de entregar entidades cujo teor vibratório tenha se tornado incompatível com as novas exigências espirituais e morais da Humanidade terrena. Estes espíritos foram retirados de inúmeráveis centros religiosos, de instituições públicas, de moradias de encarnados, de furnas trevosas, cada um deles em um estado vibratório e evolutivo muito deficiente e com níveis energéticos muito díspares.

Espírito Lúcius, no livro "Herdeiros do Novo Mundo", psicografado por André Luiz Ruiz, edição IDE, pp. 157 a 159, 1ª edição, 2009.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

ANAMARIA

Foi muito bom rever minha filha Anamaria em São Paulo. Passamos bons momentos juntos, colocando nossa conversa em dia. Peço a Jesus proteção e amparo para minha querida filha.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

ESQUINA DA IPIRANGA COM SÃO JOÃO

Posando com minha filha Anamaria, em um momento de descontração, no famoso Bar Brahma, localizado na esquina das avenidas Ipiranga e São João, centro de São Paulo, imortalizado na música de Caetano Veloso, "Sampa".

MEU AMIGO JORGE BARCELOS

Posando ao lado de meu amigo Jorge, esposo de Beatriz, que nos recebeu calorosamente em sua casa, e na qual vivemos momentos de riquíssima beleza espiritual.
Que Deus os abençoe e a toda a sua família!

EM CASA DE BEATRIZ E JORGE

Minha querida amiga e irmã em Cristo Beatriz Hottfuchs Barcelos, posando na sala de sua casa na cidade de São Carlos, interior de São Paulo.
Local onde realizamos atendimento espiritual com a equipe de Frei Antonio. Momentos de paz e harmonia, verdadeira tertúlia espiritual.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

ESTAMOS EM SÃO CARLOS, SÃO PAULO

Estamos na bela cidade de São Carlos, a 230 km da capital. Cidade universitária, apresenta cerca de 50.000 Doutores (PhD). Conta com os Campus da USP, USFCAR, UNICEP.
Nossos amigos Jorge e Beatriz Hottfuchs gentilmente nos hospedaram em sua residência. Que Deus os abençoe!

HOSPITAL DA SESAU EM SANTANA DO MUNDAÚ

A equipe da SESAU, liderada pelo Secretário Herbert e pelo Superintendente Vanilo, montou a estrutura do hospital temporário para atender àquela sofrida população. Os atendimentos já iniciaram com voluntários e equipe de médicos e enfermeiros do PSF local.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

ESFORÇO HUMANITÁRIO NO DESASTRE EM ALAGOAS

Hospital de Campanha do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, instalado na quadra de esportes de escola na cidade de Santana do Mundaú, Alagoas, destruída pela enchente.
Visitamos a cidade, conhecemos este Hospital de Campanha e estamos louvando o esforço humanitário de toda a equipe de Oficiais Médicos, Enfermeiros e Técnicos da mais alta qualidade técnica e humana.
A nossa SESAU está montando uma nova Unidade de Saúde de média complexidade, neste mesmo local, para substituir estes bravos combatentes.
Que Deus os abençoe!

ESTOU EM CAMPINAS, SÃO PAULO

Amigos visitantes de nosso Blog. Estamos desde ontem em Campinas, estado de São Paulo.
Amanhã, dia 08 de julho, estaremos na cidade de São Carlos, distante cerca de 100km de Campinas, conhecida como a Cidade do Clima, por suas qualidades ambientais.Lá iremos visitar o Campus da USP 1 e USP 2 e a Universidade de São Carlos, UFSCAR. Iremos nos hospedar na residência dos amigos Jorge e Beatriz Hottfuchs. No sábado 10 de julho, estaremos viajando para São Paulo capital para visitar minha querida filha Anamaria.
Até a volta!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

OBRA PRIMA DA PINTURA

" A Família Eliot" , pintada em 1746, por Joshua Reynolds.
Retirado do Blog do Noblat.

SELEÇÃO PROFÉTICA DO FIM DOS TEMPOS

Cada dia que se viva afastado da realidade superior, das lutas do Bem, dos esforços de construção de uma nova personalidade pelo empenho no combate aos defeitos, pela redução das necessidades materiais, é tempo desperdiçado na edificação de si mesmo.

A maioria dos seres encarnados está vivendo como se a vida não fosse algo sério e decisivo para a modelagem dos próprios destinos. Transformam a religião em um meio fácil de limpar a consciência sem pagarem pelos erros cometidos, de conseguir vantajosas condições materiais sem que realizem esforços, de atingir as zonas celestiais sem qualquer esforço de purificação, como se o Paraíso admitisse estelionatários falando de virtudes, devassos censurando outros pecadores, mesquinhos e caluniadores falando do Evangelho.

É por isso que o Evangelista Mateus, em seu capítulo 25, capítulos 31 a 34, fala do Grande Julgamento, da seleção necessária para que se despolua a Humanidade de elementos perniciosos com a finalidade de permitir-se a evolução coletiva sem os entraves produzidos pelos elementos incompatíveis com a Nova Ordem, onde o Bem, finalmente, predominará.

31 E quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com Ele, então se assentará no trono de sua glória.

32 E todas as nações serão reunidas diante d'Ele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.

33 E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à sua esquerda.

34 Então dirá o Rei às ovelhas que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que está preparado desde a fundação do mundo.

Lucius, psicografado por André Luiz Ruiz, do livro "Herdeiros do Novo Mundo", edição IDE, 2009.

MOMENTO DAS HOMENAGENS

Cecílio e seu violino, apresentando um solo em homenagem à minha mãe Nercy e ao nosso filho Nino.

FAMÍLIA LEITE

Meu Tio Riva, Tia Zilene e mamãe na festinha do nosso filho Nino.

BELO CASAL

Minha sobrinha Isabela e seu noivo Diego, na festinha de nosso filho Nino.

TURMA LEGAL!

Meu filho Bam, minha esposa Cássia e sua irmã Minéia, e as crianças na festinha do Nino.

CASAL ILUMINADO

Eu e minha esposa Cássia, na festinha de aniversário do nosso filho Nino.

sábado, 3 de julho de 2010

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...