sábado, 30 de outubro de 2010

COMPAIXÃO E VIDA



Compadece-te de quantos se encarceram nas malhas esbraseadas da violência.

A fim de prestar-lhe auxílio, lembra-te de cultivar a paz, como quem se decide a socorrer as vítimas de um incêndio, usando compreensão e brandura.

Aqueles que largam a órbita da prudência, caindo na agressividade exagerada, entram para logo nos quadros patológicos da loucura. E já não sabem o que fazem.

Compadeça-te sempre.

Por traz das palavras candentes que te magoam, comumente existe um coração avinagrado pela carência de amor, suplicando apoio afetivo.

Na retaguarda dessas faces contraídas, semelhantes a máscaras de ódio despejando condenação, muitas vezes se esconde a dor da criatura que se vê sem forças suficientes para suportar a moléstia que carrega no próprio corpo.

E movendo as mãos que espancam, sem pensar, quase sempre, jazem sofrimentos ocultos ou influências obsessivas que as fazem desvairar.

Se te encontras em caminho com semelhantes doentes da alma, abençoa-os com a prece muda e segue adiante.

Se te gritam em rosto impropérios e insultos, continua orando por eles, nada repliques e confia-os em pensamento, à Providência Divina. Os agressores são irmãos enfermos, em cuja alma a revolta instalou perigosas tomadas de ligação com as trevas que lhes atormentam a vida.

Diante deles, recorda a paz que o Senhor te concede e entrega-os à farmácia do Bem Eterno.

Perante quaisquer problemas, o Céu tem soluções que desconhecemos.

É por isso que Jesus proclamou no Sermão do Monte: “Bem-aventurados os misericordiosos porque encontrarão misericórdia, diante das Leis de Deus”.



pelo Espírito Meimei - Do livro: Marcas do Caminho, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DEUS ESPERA QUE AMES

Se tiveres um pouco de atenção e olhares em torno de ti, encontrarás os variados meneios da vida que se reportam ao amor do nosso Criador, em cada movimento.

Em toda parte a natureza está sempre oferecendo um pouco mais à vida, em homenagem ao Grande Pai, enquanto também se enriquece de luz, de cores e de harmonia.

Se de longe vires um canteiro, onde medram flores, alcançarás somente os matizes multicores das corolas; porém, se te aproximares sentirás que, quando beijadas pela brisa, as flores exalam benfazejos perfumes, dando um pouco mais em prol da beleza terrena.

Se olhares a exuberante queda d’água, que despenca da montanha, observarás apenas um soberbo espetáculo de força e vigor. Mas, se te acercares dessa catadupa, verás um risonho arco-íris que se desenha sobre as gotículas suspensas no ar, a fim de que, ao refletir os matizes da luz, possa ofertar um pouco mais em favor da beleza planetária.

Contemplas, ao longe, a neve que inspira friagem e desolação, na branca vastidão do inverno. Se, entanto, chegares mais perto, identificarás as miríades de cristais de formosíssimas estruturas, a refletir os raios do Sol, como pequenos brilhantes pingentes em qualquer lugar, no anseio de cooperar um pouco mais no embelezamento do mundo.

Se olhares o velho tronco de árvore, apodrecido pelo tempo e abandonado, terás à frente dos olhos tão-só um poleiro inusitado de múltiplas aves, no rumo de uma antiga cerca. Entretanto, se te avizinhares, registrarás o ninho aconchegante e bem arranjado que se abriga no oco vetusto, onde os filhotes piam, ensaiando o canto do futuro, a fim de tornar mais belas as paisagens terrestres.

Se, por entre ameaçadores zumbidos, o enxame de abelhas que se agita te deixa temeroso, não consegues te dar conta do que ocorre, de fato. Ao te aproximares, entretanto, encontrarás uma sociedade organizada, com os trabalhos devidamente distribuídos, sob instintivas ordem e obediência, gerando variados produtos para si mesma e para quem mais os possa utilizar, homens e animais, de modo a dar um pouco mais para a formosura do mundo.

Enfim, para onde te voltes, perceberás sempre o louvor que se estabelece em a natureza, dirigido ao nosso Deus.

Procura viver de tal maneira, coração amigo, que possas desmentir qualquer um que, por ver-te de longe, admita que és tão-só alguém à cata de atender às necessidades imediatas, que ajudam a manter o corpo, a espécie e as propriedades que adquiriste com esforços. Todavia, se já sabes o porquê de estares no mundo e o que te trouxe ao corpo carnal, novamente, saberás expressar, para quem se aproxime de ti, o anjo potencializado que és, por enquanto engolfado em árduas lutas humanas por brilhar e crescer, no rumo do Criador, de modo a dar beleza à vida que pulsa na Terra.

Deus quer que ames e que ofereças um pouco mais de ti à vida. Não te afugentes desse destino; não te negues a atender a esse anseio do nosso Pai Celestial. Vem, levanta-te e move-te para incrementar uma vida nova para ti; busca aprender sempre mais, a fim de mais te libertares das cadeias da ignorância; trabalha com afinco e alegria, para te tornares afinado instrumento nas mãos do Senhor, e ama, por fim, porque foste feito a Sua semelhança, e porque não deves mais deter o voo que te fará alcançar o teu próprio destino, destino de felicidade cujos fundamentos se acham no pulsar das constelações.

pelo Espírito Rosângela C. Lima - Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 06.03.2006, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ. Do site: http://www.raulteixeira.com/mensagens

terça-feira, 26 de outubro de 2010

AMAR A NÓS MESMOS - EMMANUEL

Amar a nós mesmos não é consagrarmos a vida à exaltação absoluta do corpo de carne que o homem serve de veículo provisório na luta redentora da Terra.

Certo, tanto quanto devemos atenção e assistência a qualquer máquina útil, não podemos relaxar no cuidado que nos merece a vestimenta física, entretanto, não nos cabe centralizar todos os objetivos da existência naquilo que, no fundo, seria a preservação da animalidade.

Amarmo-nos, então, será atendermos ao justo imperativo de nossa habilitação espiritual para a vida eterna.

Nesse sentido, é indispensável aproveitarmos o concurso valioso e eficiente da dor e da luta, do trabalho e do sacrifício, na aquisição de nossas melhores experiências para os círculos mais altos.

A pedra que fugisse ao buril e o vaso que se desviasse do clima asfixiante do forno jamais seriam arrancados do primitivismo agreste aos espetáculos da beleza e da utilidade.

Claro, portanto, que se realmente amamos a nós mesmos, não podemos perder a nossa oportunidade de elevação, através das provas e dos sofrimentos que o estágio curto na Terra nos oferece.

Renúncia é sublimação.

Obstáculo é auxílio.

Trabalho é posse de competência.

Disciplina é sementeira de altos valores espontâneos.

Obediência ao bem é construção do progresso comum.

Escravidão aos deveres da reta consciência é acesso à Vida Superior.

Silêncio é porta para a humildade.

Serviço de hoje aos semelhantes é influência divina amanhã.

Dificuldades bem superadas são bênçãos.

Se buscarmos, desse modo, amar a nós mesmos, saibamos desprezar o contentamento efêmero de algumas horas na carne escura e frágil, valorizando o nosso ensejo de aprender e crescer, com os entraves e sombras, com as dores e aflições do caminho terrestre, porque, purificando a nós mesmos, no sacrifício pelo bem dos outros, mais cedo alcançaremos a áurea da imperecível felicidade.

pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Construção Do Amor, Médium: Francisco Cândido Xavier.

VERDUGO E VÍTIMA


O rio transbordava.

Aqui e ali, na crista espumosa da corrente pesada, boiavam animais mortos os deslizavam toras e ramarias.

Vazantes em torno davam expansão ao crescente lençol de massa barrenta.

Famílias inteiras abandonavam casebres, sob a chuva, carregando aves espantadiças, quando não estivessem puxando algum cavalo magro.

Quirino, o jovem barqueiro, que vinte e seis anos de sol no sertão haviam enrijado de todo, ruminava plano sinistro.

Não longe, em casinhola fortificada, vivia Licurgo, conhecido usurário das redondezas.

Todos o sabiam proprietário de pequena fortuna a que montava guarda, vigilante.

Ninguém, no entanto, poderia avaliar-lhe a extensão, porque, sozinho, envelhecera e, sozinho, atendia às próprias necessidades.

- “O velho – dizia Quirino de si para consigo – será atingido na certa. É a primeira vez que surge uma cheia como esta. Agarrado aos próprios haveres, será levado de roldão... E se as águas devem acabar com tudo, por que não me beneficiar? O homem já passou dos setenta... Morrerá a qualquer hora. Se não for hoje, será amanhã, depois de amanhã... E o dinheiro guardado? Não poderia servir para mim, que estou moço e com pleno direito ao futuro?...”

O aguaceiro caia sempre, na tarde fria.

O rapaz, hesitante, bateu à porta da choupana molhada.

- “Seu” Licurgo! “Seu” Licurgo!

E, ante o rosto assombrado do velhinho que assomara à janela, informou:

- Se o senhor não quer morrer, não demore. Mais um pouco de tempo e as águas chegarão. Todos os vizinhos já se foram...

- Não, não... – resmungou o proprietário -, moro aqui há muitos anos. Tenho confiança em Deus e no rio... Não sairei.

- Venho fazer-lhe um favor...

- Agradeço, mas não sairei.

Tomado de criminoso impulso, o barqueiro empurrou a porta mal fechada e avançou sobre o velho, que procurou em vão reagir.

- Não me mate, assassino!

A voz rouquenha, contudo, silenciou nos dedos robustos do jovem.

Quirino largou para um lado o corpo amolecido, como traste inútil, arrebatou pequeno molho de chaves do grande cinto e, em seguida, varejou todos os escaninhos...

Gavetas abertas mostravam cédulas mofadas, moedas antigas e diamantes, sobretudo diamantes.

Enceguecido de ambição, o moço recolhe quanto acha.

A noite chuvosa descera completa...

Quirino toma os despojos da vítima num cobertor e, em minutos breves, o cadáver mergulha no rio.

Logo após, volta à casa despovoada, recompõe o ambiente e afasta-se, enfim, carregando a fortuna.

Passado algum tempo, o homicida não vê que uma sombra se lhe esgueira à retaguarda.

É o Espírito de Licurgo, que acompanha o tesouro.

Pressionado pelo remorso, o barqueiro abandona a região e instala-se em grande cidade, com pequena casa comercial, e casa-se, procurando esquecer o próprio arrependimento, mas recebe o velho Licurgo, reencarnado, por seu primeiro filho...

Ave que torna, em chaga, ao brando ninho,
Ouço divina música na sala,
É a sua voz celeste que me embala,
Motes do lar que tornam de mansinho.

Ergo-me agora... O corpo é o pelourinho
De que me desvencilho por beijá-la...
“Mãe! Minha Mãe!,,,” – suspiro, erguendo a fala,
A soluçar de júbilo e carinho

Tomo-lhe os braços em que me acrisolo
E durmo novamente no seu colo
Para acordar no berço de outra vida..



pelo Espírito Irmao X - Do livro: Luz no Lar, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

EROTISMO - JOANNA DE ÂNGELIS


Numa cultura dedicada quase que exclusivamente ao erotismo é natural que o hedonismo predomine nas mentes e nos corações.

Como decorrência das calamidades produzidas pelas guerras contínuas de devastação com as suas armas inteligentes e destruição em massa, o desespero substituiu a confiança que havia entre as criaturas, dando lugar ao desvario de todo porte que ora toma conta da sociedade.

Sem dúvidas, tem havido um grande desenvolvimento cientifico-tecnológico, dantes jamais sonhado, no entanto, não acompanhado pelos valores ético-morais, cada dia mais negligenciados e desrespeitados pelos indivíduos assim como pelas nações.

A globalização, que se anunciava em trombetas, como solução para os magnos problemas socioeconômicos do mundo, experimenta a grande crise, filha espúria da falência moral de muitos homens e mulheres situados na condição de executivos supremos, que regiam as finanças e os recursos de todos, naufragados por falta de dignidade, ora expungindo em cárceres os seus desmandos, deixando porém centenas de instituições de variado porte na falência irrecuperável.

Como efeito, o sexo tornou-se o novo deus da cultura moderna, exaltado em toda parte e elemento de destaque em todas as situações.

Enquanto enxameiam as tragédias, os crimes seriais como o suicídio imediato dos seus autores, os multiplicadores de opinião utilizam-se da mídia alucinada para a saturação das mentes com as notícias perversas, que estimulam psicopatas à prática de hediondez que não lhes havia alcançado a mente.

Pessoas ditas famosas, na arte, no cinema, na televisão, exibem, sem pudor, as suas chagas morais, narrando os abortos que praticaram, a autorização para a eutanásia em seres queridos que lhes obstaculizavam o gozo juvenil, a multiplicação de parceiros sexuais, os adultérios por vingança ou simplesmente por vulgaridade, os preços a que se entregam, as perversões que os caracterizam, vilipendiando os sentimentos daqueles que os veem ou leem estarrecidos uns, com inveja outros, em lamentável comércio de degradação.

Jovens, masculinos e femininos, exibem-se no circo dos prazeres, na condição de escravos burlescos em revistas de sexo explícito ou em filmes de baixa qualidade, tornando-se ídolos da pornografia e da sensualidade doentia.

A pedofilia alcança patamares dantes nunca imaginados, graças à Internet que lhe abre portas ao infinito, quando pais insensatos vendem os filhinhos para o vil comércio do sexo infanto-juvenil, despedaçando-lhes a meninice que vai cruelmente assassinada.

Por outro lado, a prostituição de menores é cada vez maior, porque o cansaço dos viciados exige carnes novas para os apetites selvagens que os consomem.

E, porque vivem sempre entediados e sem estímulos novos, o alcoolismo, o tabagismo, a drogadição constituem o novo passo no rumo da violência, da depressão, do autocídio.

Vive-se, neste momento, a tirania do sexo em exaltação.

As dolorosas lições do passado, de religiosos que não se souberam comportar, desrespeitando os votos formulados, que desmoralizaram as propostas doutrinárias das crenças que abraçavam, o disfarce, a hipocrisia, ocultando as condutas reprocháveis, geraram tal animosidade às formulações espiritualistas, com as exceções compreensíveis, que os jovens não suportam, sequer, referências aos valores do Espírito imortal.

Somente há interesse pelos esportes, particularmente por aqueles de natureza física, no culto apaixonado pela beleza e pela estética de que se tornam escravos por livre opção.

Num período, porém, em que uma boneca serve de modelo, ao invés de haver copiado um ser humano, exigindo que cirurgias corretoras modifiquem a aparência de algumas mulheres, a fim de ficarem com as medidas do brinquedo erótico, é quase normal que haja um verdadeiro ultraje no que diz respeito aos valores reais da vida.

A desconsideração de muitos governantes em relação ao povo que estorcega na miséria, faz que as favelas e os morros vomitem os seus revoltados habitantes para as periódicas ondas de arrastão que estarrecem.

Sucede que o bem não indo ao seu encontro, tem que enfrentar o mal que prolifera e que desce do lugar em que se homizia buscando solução, mantendo comportamentos selvagens.

As cidades, grandes e pequenas, tornam-se praças de guerras não declaradas, porque as necessidades dos sofredores não são atendidas e alguns poderosos que governam, locupletam-se com os valores que deveriam ser destinados à educação, à saúde, ao trabalho, ao recreio dos cidadãos...

É compreensível que aumentem as estatísticas das enfermidades dilaceradoras como o câncer, a tuberculose, as cardiovasculares, a AIDS, outras sexualmente transmissíveis, as infecções hospitalares, dentre diversas, acompanhadas pelos transtornos psicológicos e psiquiátricos que demonstram o atraso em que ainda permanecem as conquistas na área da saúde, embora as suas indescritíveis realizações.

O ser humano estertora...

Em razão da falta de orientação sexual, nestes dias de disparates, a gravidez entre meninas desprevenidas aumenta de forma chocante, como fruto de experiências estimuladas pela vulgaridade, sem qualquer preparo para a maternidade, jogando nas ruas diariamente crescente número de abandonados...

Faltam programas de orientação moral, porque o momento é de prazer e de gozo, condenando a maioria dos incautos ao desespero e à ilusão.

Ainda se prolongará o reinado erótico por algum tempo, até o momento quando as Divinas Leis convidem os responsáveis pelo abuso ao comedimento, à reparação, encaminhando-os para mundos inferiores, onde se encontrarão sob a situação de acerbas aflições, recordando o paraíso que perderam, mas que podem alcançá-lo novamente após as lutas redentoras.

Especialmente nesta hora chegou à Terra o Espiritismo, a fim de convidar as criaturas desnorteadas a encontrar o rumo nos deveres éticos, restaurando a paz e a alegria real nos corações, sem a música mentirosa das sereias mitológicas...

Restaurando a palavra de Jesus, propõe uma revisão ética dos postulados do Cristianismo também ultrajado, a fim de que se revivam os comportamentos de Jesus e dos Seus primeiros discípulos, dando lugar à lídima fraternidade, à iluminação de consciências, ao serviço da caridade.

Mantém-te vigilante, a fim de que não te iludas nem enganes a ninguém, contribuindo com a tua parte, por mais modesta que seja, de modo a fazer instalar-se a era do amor pela qual todos anelam.



pelo Espírito Joanna de Ângelis, Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 19 de maio de 2009, na residência de Josef Jackulak, em Viena Áustria. do site: http://www.divaldofranco.com/mensagens.php?not=174.

domingo, 24 de outubro de 2010

DEPOIS - ANDRÉ LUIZ

Depois de ouvir a palestra esclarecedora, cultive-a junto dos companheiros ausentes.

Ensinamento ouvido, riqueza de aprendizado.

Depois da notícia edificante, transmita-a sem demora aos irmãos carecentes de estímulo.

Ânimo levantado, rendimento em serviço.

Depois de ler a publicação doutrinária, passe-a adiante, clareando outras consciências.

Palavra escrita, idéia gravada.

Depois de entender as frases do livro edificante, imprima-a no próprio verbo.

Estudo assimilado, conversação enobrecida.

Depois de reconhecer o próprio erro, conserve a experiência, divulgando-a no instante oportuno.

Queda de alguém, apelo a muitos.

Depois de observar o acontecimento digno de atenção, saliente o aviso que ficou.

Fato proveitoso, lição da vida.

Depois de substituir o objeto usado por outro novo, conduza-o a mãos em maiores necessidades.

Traste velho na frente, auxílio na retaguarda.

Depois de um dia, de uma tarefa, de uma crise, de uma enfermidade, de uma viagem ou de um encontro, algo se modifica em nosso espírito, para melhor, e devemos ofertar aos outros o melhor ao nosso alcance, sem deixar qualquer auxílio para depois.

pelo Espírito André Luiz - Do livro: Estude e Viva, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

VINTE EXERCÍCIOS PARA O BEM

VINTE EXERCÍCIOS


Executar alegremente as próprias obrigações.

Silenciar diante da ofensa.

Esquecer o favor prestado.

Exonerar os amigos de qualquer gentileza para conosco.

Emudecer a nossa agressividade.

Não condenar as opiniões que divergem da nossa

Abolir qualquer pergunta maliciosa ou desnecessária.

Repetir informações e ensinamentos sem qualquer azedume.

Treinar a paciência constante.

Ouvir fraternalmente as mágoas dos companheiros sem biografar nossas dores.

Buscar sem afetação o meio de ser mais útil.

Desculpar sem desculpar-se.

Não dizer mal de ninguém.

Buscar a melhor parte das pessoas que nos comungam a experiência.

Alegrar-se com a alegria dos outros.

Não aborrecer quem trabalha.

Ajudar espontaneamente.

Respeitar o serviço alheio.

Reduzir os problemas particulares.

Servir de boa mente quando a enfermidade nos fira.

O aprendiz da experiência terrena que quiser e puder aplicar-se, pelo menos, a alguns dos vinte exercícios aqui propostos, certamente receberá do Divino Mestre, em plena escola da vida, as mais distintas notas no curso da Caridade.


pelo Espírito Scheilla - Do livro: Ideal Espírita, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CAZUZA NO MUNDO ESPIRITUAL

Foi ali que descobri como funcionam as leis da vida. Podemos ficar anos e anos lamentando e sofrendo, mergulhados em nossa culpa, ou, ao invés disso, aproveitar as oportunidades da vida para trabalhar muito. Assim, à medida que caminhamos, encontramos solução para os eventuais problemas que todos trazemos dentro de nós, paulatinamente. Ninguém precisa esperar tornar-se santo ou resolver-se intimamente para, só então, trabalhar em favor de algo nobre, que valha a pena, ou em favor de alguém. É possível empreender desde já o trabalho, com os recursos disponíveis em cada momento e, desse modo obter continuamente a capacitação para tarefas mais complexas, mais amplas. O próprio trabalho, segundo pude aprender com a equipe do Frei Luiz, é a terapêutica por excelência; à medida que trabalhamos, resolvemo-nos diariamente, sem cobrança de perfeição.

Vi que muitos espíritos em situação moral semelhante à minha entregavam-se a anos intermináveis de lamentável angústia. Traziam, como eu, a consciência culpada; todavia, não se abriam para novas oportunidades de trabalho e, conseqüentemente, para receberem novas formas de auxílio.

Trecho do livro "Faz parte do meu show", de autoria do Espírito Cazuza, psicografado por Robson Pinheiro, orientado pelo Espírito Ângelo Inácio.

SOB O OLHAR DE DEUS

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


SOB O OLHAR DE DEUS

Anelamos pela ventura dentro dalma, a estender-se por entre os nossos amores, sejam os corações do lar ou aqueles que nos compõem o círculo dos demais afetos, embora sem muita noção de como isso possa dar-se.

Esperamos, com ansiedade, os movimentos da sorte a felicitar-nos com as oportunidades bem-aventuradas de progredir, de vencer no mundo, de superar os problemas em torno e usufruir bênçãos de paz, muito embora encontremos dificuldade em implementar ações que possam ativar essa espera.

Ocasiões existem em que nos contristamos perante a enfermidade que golpeia o corpo físico e lhe impõe dores e rudes transformações. Sem sabermos como lograr a superação dessas provas, tombamos na frustração de nos sentir impotentes, incapacitados para deter a onda que faz periclitar a saúde.

Há quem se desespere ou mesmo enlouqueça à frente do fenômeno da morte biológica, que desestabiliza a crença numa fantasiosa imortalidade corpórea, alimentada pelas almas ainda ignorantes quanto às leis evolutivas que regulam a vida planetária.

À frente dessa fatalidade orgânica, o sentimento de dor profunda costuma toldar a razão, inibindo o discernimento, apanágio de quem alcançou alto nível de bom senso, para chafurdar nos mais variados níveis de depressão emocional, motivadora de alterações infelizes no psiquismo de muitos. Sem entender o porquê da morte, seguimos pelo mundo amedrontados, e desenvolvemos na trajetória humana tipos de apegos plenamente injustificáveis para quem busca ajustar-se às orientações de Jesus.

Quaisquer que sejam os fenômenos da sociedade terrena, os movimentos demonstradores da grosseria em que ainda se encontram os humanos: a violência doméstica ou urbana, a corrupção em todos os níveis, o abandono das pessoas por quem as deveria proteger, nada escapa ao conhecimento do Senhor da Vida, e, se nos está sendo permitido viver tais desencantos é por que há razões que os impõem a todos nós, sem que estejamos esquecidos por nosso Pai.

Na Terra, estamos todos sob o comando das divinas leis do nosso Criador, coordenados por elas, a elas devendo nos aclimatar nos exercícios da fidelidade. Os trabalhos, os progressos, as pelejas, as dificuldades, as dores e a morte fazem parte das peripécias que caracterizam os orbes de provações e de expiações, como é presentemente a situação do nosso mundo.

A Inteligência Suprema age para que nos tornemos venturosas almas no seio dos astros que vibram nos espaços. Cabe-nos, assim, o dever de viver com o justo respeito à consciência, operando o melhor pelas estradas terrestres, até que adquiramos a consciência de que seja o que for que nos suceda, estamos e estaremos sempre sob o olhar de Deus e, por isto, é nosso direito o de ser felizes, cooperadores lúcidos das normas da Divindade, guardando a certeza de que rumamos, de modo indefectível, para a Grande Luz, para o Amor perene e para a indestrutível Paz, no seio do nosso Pai Criador.

pelo Espírito José Lopes Neto - Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 27.07.2005, na Sociedade Espírita Renovação, Curitiba-PR em 14.06.2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ORAÇÃO DIANTE DO TEMPO

Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


ORAÇÃO DIANTE DO TEMPO

Deus da Eterna Bondade!

Perante a evolução que avança, de hora a hora.

Não nos deixes gastar o tempo em vão...

Resguarda-nos o passo, onde estivermos;

Ajuda-nos, Senhor, e ensina-nos agora

A entregar-te em serviço o próprio coração.



Colocaste no Espaço indômito e profundo,

O dínamo do Sol equilibrando o mundo,

Divino gerador de energia a brilhar!

Em ti, a fonte verte a render-se, de todo,

E extinguindo o deserto ou desfazendo o lodo,

Organiza, onde esteja, a formação do lar.



Em ti a Terra, em tudo, nos aceita

Por mãe que se consagra à ternura perfeita,

No exercício do bem...

Deste à árvore o dom de viver para o homem,

Sem qualquer recompensa às lutas que a consomem

Para dar-se e servir sem perguntar a quem...



A rocha, em ti na fé que não se cansa,

Garante em todo o vale a segurança

Para que o solo vibre em fruto e flor;

E o mar, em teu poder, que o ajusta e harmoniza

Ao fragor da tormenta ou seja à paz da brisa,

Vive de renovar e recompor...



A marca que puseste em toda a natureza,

É a bondade celeste em jorros de beleza,

Amor que ao teu amor excelso nos conduz;

Da nuvem abismal à estrela augusta e bela,

Em toda parte, a vida te revela

A presença de luz.



Deus da Eterna Bondade

Perante a evolução que avança, hora por hora,

Não nos deixes gastar o tempo em vão...

Resguarda-nos o passo, onde estivermos;

Ajuda-nos, Senhor, e ensina-nos agora

A entregar-te, em serviço, o próprio coração.

pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Caminhos de Volta, Médium: Francisco Cândido Xavier

A SÚPLICA FINAL


Convencido de que o Mestre distribui as graças, de acordo com as solicitações dos discípulos, o crente fervoroso e sincero, vivamente interessado na perfeita integração com o Senhor, pediu-lhe dinheiro, alegando a necessidade de recursos materiais para atender-lhe aos desígnios.

Ouvindo-lhe a rogativa, o Salvador mobilizou emissários para satisfazê-lo.

Em breve, a fortuna vinha ao encontro do aprendiz, enchendo-lhe os cofres e prestigiando-lhe a casa.

Multiplicaram-se-lhe, porém, as preocupações e surgiram desgostos graves. Longe de elevar-se à espiritualidade superior, passava dias e noites vigiando a entrada e a saída do ouro, assinalando os depósitos crescentes.

Distraído das obrigações mais humildes, perdeu a companhia da esposa e dos filhos, desgarrados do lar pelas fascinações da vida fácil.

No fundo, entretanto, conservava a fé inicial e, quando lhe transbordaram as arcas, reconheceu a dificuldade para alçar-se ao Cristo.

Prosternou-se em oração e implorou a Jesus lhe desse autoridade, assegurando que aguardava semelhante vantagem a fim de segui-lo.

O Senhor acolheu-lhe a suplica e expediu mensageiros que lhe garantissem a desejada aquisição.

Quase de imediato, o discípulo foi guinado a nobre posição administrativa; todavia sem bases na experiência, em pouco tempo se viu odiado e incompreendido, incapaz de suportar calunia e crítica observações descabidas e advertências mordazes de subalternos e superiores. Movimentava vultosos patrimônios materiais; contudo, não correspondia aos imperativos do espírito.

Aturdido e desencantado, tornou à oração e implorou a Jesus a concessão de dons maravilhosos, afiançando que somente assim poderia servi-lo.

O Divino Doador anotou-lhe a solicitação e recomendou aos assessores lhe confiasse o poder de curar.

O aprendiz recebeu a dádiva e entregou-se ao trabalho.

Dentro de alguns dias, enormes fileiras de necessitados batiam-lhe à porta. A popularidade absorveu-lhe as horas. Escasseou-lhe o tempo, até para alimentar-se. Sem preparação para o delicado serviço, no decurso de alguns meses declarou-se em falência. Faltavam-lhe forças para o ministério. Em face da multidão dos sofredores e dos ignorantes, os familiares que lhe restavam no lar abandonaram o campo doméstico. E o pobre, por sua vez, não soube tratar com os desesperados da sorte. Quando não podia atender alguém, depois de haver socorrido dezenas de aflitos, sentia-se crivado de acusações que não sabia acolher com serenidade. Submeteu-se, desse modo, ao cansaço absoluto. Descontrolou-se. Renegou o dom que o Céu lhe emprestara.

No entanto, porque a fé ainda lhe vibrava no intimo, regressou à petição, com sinceridade, e renovou a súplica.

Em pranto, implorou a pobreza e a obscuridade. Desejava desfazer-se de todos os laços com a posse terrestre. Seria trabalhador anônimo. Ligar-se-ia à Providencia, através do esforço desconhecido.

Registrando-lhe os rogos, o Mestre enviou prepostos adequados à situação. O discípulo foi conduzido à penúria. Esgotaram-se-lhe os recursos. A enfermidade visitou-o com insistência. Desacertaram-se-lhe os negócios. Fugiram amigos e apareceram credores.

Sozinho e desamparado, viu-se igualmente inapto para aquele gênero de provação. Sarcasmos e zombarias choviam-lhe na estrada. Foi apontado à conta de imprevidente e relapso, sem o governo da própria existência. Debalde tentou colaborar em obras edificantes. Mesmo ai encontrou gargalhadas por parte de alguns companheiros. Ninguém confiava nele. Aos olhos alheios era relaxado e dissipador. Verificou o misero que a impaciência e a revolta passaram a freqüentar-lhe o coração. Surpreendia-se, por vezes, irado e infeliz, ensaiando reações.

Socorrido, porém, pela sublime claridade da fé, proclamou a incapacidade de suportar a pobreza absoluta e, genuflexo, implorou ao Senhor:

- Mestre Amado, sei que me abres a porta sempre que bato confiante, mas, em verdade, ignoro a essência de meus próprios desejos. Reconheço agora que dispensas a riqueza, o poder e a gloria de teus dons, conforme os méritos e as necessidades dos aprendizes. Não dás a escassez externa àquele que ainda não sabe utilizá-la para o bem, nem confias tuas dádivas aos que não sabem como transportá-las, entre os homens ingratos e cruéis. Conheces a posição de cada um de nos e medes, com sabedoria, a extensão de nossas possibilidades. Não conferes o beneficio da lágrima ao coração endurecido, como não deixas o cetro da direção, por muito tempo, nas mãos levianas ou inábeis; não concedes a pobreza absoluta a quem não sabe aproveitar o sofrimento, como não permites que a riqueza se demore na moradia dos insensatos!...

Emudece, Senhor, os pedidos de minha ignorância, não permitam que eu te suplique situações que desconheço... Modifica minha vontade, para que meus desejos concordem com os teus desígnios... Até hoje tenho sido cego! Não me negues tua misericórdia!... Faze que eu veja!...

O Mestre ouviu-lhe a rogativa, mas, dessa vez, não mandou emissários para a colaboração indireta. Veio, Ele mesmo, ao santuário interior do aprendiz.

O discípulo, em pranto, sentiu então que alguém lhe falava do centro dalma. Não era uma voz semelhante às vozes que escutara no mundo...

Era um sopro divino, nascido da misteriosa cripta do coração, renovando-lhe todo o ser. Extasiado e feliz, reconheceu a presença do Senhor que lhe falou á consciência desperta:

- Doravante, permanecerá em mim, como permaneço em ti. Estaremos unidos para sempre!...



pelo Espírito Irmão X - Do livro: Pontos e Contos, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sábado, 16 de outubro de 2010

VIVÊNCIA CRISTÃ


Prezada Irmã.

A sua carta nos comoveu.

Compreendemos.

A Senhora se declara fatigada. Anseia integrar uma equipe fraterna, em que possa desenvolver os seus ideais de bondade, no entanto, está encontrando unicamente motivações e desgostos. Incompreensões e antagonismos. Observações descaridosas que lhe depreciam as melhores intenções. Críticas e fofocas.

E nos solicita: “Augusto amigo, como ajustar-se a pessoa ao relacionamento cristão? Não poderá você enviar-me algumas notas ligeiras, em derredor do assunto?”.

Francamente, a sua confiança nos confunde e, por isso, limito-me a endereçar-lhe a pagina breve, que consideramos de elevada importância nas relações dos grupos evangélicos, de uns para com os outros.

Conta um benfeitor espiritual que depois da crucificação de Jesus, ei-lo de volta, as vezes, quando menos se esperava, para essa ou aquela visita a determinado seguidor.

O Divino Mestre ressuscitado empenhava-se em acalentar a fé nos discípulos vacilantes e intranqüilos.

Foi assim que, em certa noite, o apostolo Tiago, o mais idoso, em orações ao Eterno Amigo, clamou desalentado:

- Senhor, como interpretar a lição do amor que nos ensinastes? Os instrutores antigos foram unânimes em declarar, de geração em geração, que se deve odiar o mal e só vejo o mal em torno de nós. Enquanto estendemos as mãos no socorro aos que sofrem, surgem adversários que nos espancam os braços. Pronunciando a palavra fraterna no trato com os semelhantes, mas, ao nosso lado, esbravejam aqueles que nos injuriam com expressões cruéis. Das migalhas que nos chegam as mãos, repartimos com os necessitados a maior parte, contudo não são poucos aqueles que nos penetram a moradia, mostrando falsa mendicância, para furtar-nos o apoio que nos envias, através de corações generosos para o socorro aos infelizes. Os poucos amigos que colaboram conosco são perseguidos e humilhados. Muitos deles já foram acusados de crimes que não cometeram e espancadas ocultamente nas prisões, até que se lhes demonstrasse a inocência... Senhor, que fazer diante de tanto mal? Somos simplesmente um punhado de criaturas indefesas, a frente das legiões de inimigos armados até os dentes!..

Entretanto, ainda não terminara as alegações quando estranho rumor se fez ouvir. Doente rebelde, que se recolhera no refugio dos apóstolos, regressava da rua em graves condições. Largara-se dos compromissos assumidos, excedera-se numa festa e se embriagara com vinho forte. Chegava tarde e gemendo em descontrole, esquecia-se do benfeitora quem devia respeito e bradava:

- Sai daí, santarrão de mentira!

E cambaleando:

- Erga-se daí e dê-me o remédio. Cumpra com as suas obrigações e não me venha com pregações encomendadas!...

Tiago se mostrava a ponto de irritar-se quando, na penumbra do quarto, viu que alguém escorava o infeliz, evitando-lhe a queda.

Fixou o desconhecido com atenção, até que reconheceu nele a presença do mestre.

Comovido e pasmo, o companheiro indagou:

- Mestre, pois, pois és tu?

Jesus estendeu a mão no rumo do infeliz, como a indicar-lhe a tarefa de assistência que lhe cabia fazer antes que se lhe ocultasse a visão, disse-lhe apenas:

- Tiago, eu não vim ao mundo para curar os sãos!...

O discípulo transformou-se, renovando a própria atitude e eu, querida irmã, dentro de minha pequenez, peço a sua permissão pra lhe dizer que, em matéria de assistência cristã, em nosso relacionamento com Jesus e com o próximo, a nossa situação é isso aí.



pelo Espírito Augusto Cezar Netto, Do Livro: Augusto Vive, Médium: Francisco Candido Xavier.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

DE LÁ PARA CÁ

Ninguém julgue que a morte represente salvo-conduto para a beatitude celeste.

Muitas existências em que o programa do bem padece frustração pela nossa rebeldia ou indiferença somente recolhem, depois do túmulo, a aflitiva purgação de nossos erros deliberados.

O inferno mental estabelecido por nós, dentro de nossas próprias almas, exige-nos o retorno à matéria densa para que as chamas do remorso ou do arrependimento se apaguem ao contato de novas lutas . . .

Aqui, é o usurário que deseja desvencilhar-se da obsessão do ouro usando a túnica da pobreza.

Ali, é o tirano que se propõe a aprender humildade nas linhas do anonimato e da angústia.

Mais além, é o delinqüente que suspira por reencontrar as vítimas de omtem a fim de resgatar os débitos contraídos.

Na conquista, porém, do recomeço, é indispensável se esforcem com devotamento e renúncia, por
alcançar a reencarnação que os investirá na posse da oportunidade pretendida.

Para isso, empenha-se em rasgos de sacrifício, plantando entre os encarnados a bênção da simpatia, o indispensável passaporte para a estação do lar humano, em que se renovarão, à frente do progresso.

Eis porque, a experiência na Terra não representa mera aventura da alma e sim precioso tempo de aprendizado e serviço que não devemos menosprezar.

Pela instrumentalidade do Plano Físico, reaproximamo-nos de antigas dificuldades ou de passados desafetos para que a obra do amor se reajuste e se consolide, conosco e junto de nós.

Não menoscabes o ensejo de elevação que a atualidade te confere.

A máquina fisiológica em que provisoriamente estagias pode ser uma escada para a esfera superior ou declive sutil para regiões expiatórias, dependendo de ti fazê-la degrau para a luz ou novo salto ao despenhadeiro da sombra.

Valoriza a existência terrestre e caminha para diante, convertendo a luta redentora em recursos de ascensão.

Recorda que o tempo é o mordomo fiel da vida e se a Bondade do Senhor ter concedeu para hoje a riqueza do corpo físico, a justiça dEle mesmo, espera-te, amanhã, para a conta imprescindível.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Atenção, Médium: Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

CÂNTICO DE LÍVIA

Alma gêmea de minhalma,

Flor de luz da minha vida,

Sublime estrela caída

Das belezas da amplidão!...



Quando eu errava no mundo,

Triste e só no meu caminho,

Chegaste devagarinho,

E encheste-me o coração.



Vinhas na benção dos deuses,

Na Divina claridade,

Tecer-me a felicidade

Em sorrisos de esplendor!...



És meu tesouro infinito,

Juro-te eterna aliança,

Porque sou tua esperança,

Como és todo o meu amor!



Alma gêmea de minhalma,

Se eu te perder, algum dia,

Serei a escura agonia

Da saudade nos seus véus...



Se um dia me abandonares,

Luz terna dos meus amores,

Hei de esperar-te, entre as flores

Da claridade dos céus...


Emmanuel, por Chico Xavier, do livro "Há Dois mil anos".

HUMANIZAÇÃO

Hostilidade, aversão, desafeto, ressentimento: semelhantes palavras assinalam estados evolutivos nos quais se fixam, transitoriamente, milhões de criaturas.
Os antagonismos entre as pessoas, na essência, expressam atritos, nos quais se lhe embatem as forças de envoltório, das quais, por fim, se desvencilham com o tempo, de modo a adquirirem os recursos de elevação que lhes patrocinam a transferência para as Esferas Superiores.
A imagem mais adequada ao esclarecimento do assunto, temo-la, mais particularmente, na atualidade, nos foguetes fabricados pelo homem, destinados à pesquisa do Espaço Cósmico.
À medida que alcançam as alturas, os engenhos dessa espécie se desfazem de cápsulas diversas, conquistando leveza e libertação para transitarem sem maiores empeços, à distância do centro de gravitação que os atrai.
Erguendo-se o Plano Físico por região, na qual ainda preponderam os impulsos animais de egoísmo e auto-defesa, quantos se liberam de semelhantes impedimentos se projetam nos altos domínios da compreensão, penetrando outros campos relacionados com a Cúpula do Universo.
Eis porque atingindo a própria humanização, a criatura deixa de conhecer adversários para encontrar unicamente irmãos em qualquer clima evolutivo.
Esforcemo-nos, assim, ao máximo, para entender acima de julgar e, pouco a pouco, o conceito de inimigos se nos afastará da mente, porquanto, ainda mesmo nos companheiros que se empenhem a ferir-nos, identificaremos candidatos ao remédio e à piedade e por eles trabalharemos a fim de que o bem nos favoreça, com a dedicação de quem se auxilia, auxiliando aos próprios irmãos.

pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Convivência, Médium: Francisco Cândido Xavier

domingo, 10 de outubro de 2010

A PRIMEIRA PEDRA

A multidão tumultua
Em cada canto da praça.
Algemado, em plena rua,
É um homem triste que passa...

Há gritos no sol a pino...
São vozes a descompor:
- "Donde viestes, assassino?
Celerado! Matador!..."

- Fera solta! Condenado!
Gatuno! Monstro! Quem és?"
E o infeliz disse, cansado,
Mal se aguentando nos pés:

- "Por Deus, poupai-me a lembrança!
Basta a aflição que me corta...
Eu fui aquelqa criança
A quem cerrastes a porta."

"Fui o pequeno mendigo
Que todos vistes passar!
Vêde a miséria em  que sigo,
Sem a esperança de um lar!..."

"Faminto, descalço e roto,
A minha vida era assim...
Cresci na lama do esgoto,
Nunca tive alguém por mim..."

Bebendo o pranto que rola,
Suspirou em conclusão:
- "Debalde pedia escola,
Debalde pedia pão."

Toda a praça silencia.
Somente vibra no ar
Os soluços da agonia
De pobre mãe a chorar...

Espírito Francisca Clotilde Barbosa Lima, psicografado por Chico Xavier/Waldo Vieira, no livro Antologia dos Imortais, edição FEB, 1962.

sábado, 9 de outubro de 2010

O MUNDO ESPIRITUAL RECEBE CHICO XAVIER

Quando o fenômeno a que tento me referir se fez mais evidente, algumas explosões começaram a ocorrer na extensa faixa de luz azulínea que, agora, ia mudando de tonalidade, como se um arco-íris se estivesse materializando diante dos nossos olhos. Gradativamente, cinco entidades foram se fazendo visíveis para nós, tangibilizando-se no pequeno espaço que me parecia reproduzir produzir a abençoada estrebaria em Belém... Os cinco espíritos, que não posso lhes dizer que tenham assumido forma propriamente humana, foram sendo identificados por nós: eram Bezerra de Menezes, Emmanuel, Eurípedes Barsanulfo, Veneranda e Celina, a excelsa mensageira de Maria de Nazaré.


Diante da estupenda visão, todos sentimos ímpetos de nos ajoelharmos; muitos, efetivamente, se ajoelharam, com os olhos banhados de lágrimas. Bezerra de Menezes, Emmanuel e Eurípedes Barsanulfo estavam, por assim dizer, mais humanizados, no entanto Veneranda e, especialmente, Celina nos pareciam dois anjos alados, falenas divinas que se tivessem metamorfoseado apenas para que pudéssemos vê-las... Eu tinha a impressão de estar participando de um sonho que transcendesse a mais fértil imaginação.

Adiantando-se aos demais companheiros, Veneranda, que o tempo todo pairava no ar, começou a orar com sentimento que a palavra não consegue traduzir:

— Senhor da Vida— exorou, sensibilizando-nos profundamente —, aqui estamos para receber, de volta ao nosso convívio, um dos Vossos servidores mais fiéis que, após quase um século de lutas acerbas pela causa do Vosso Evangelho na Terra, regressa ao Grande Lar, com a consciência do dever cumprido. Que as Vossas bênçãos envolvam o espírito naturalmente exaurido, restituindo-lhe as energias que se consumiram de todo por amor do Vosso Nome entre os homens, nossos irmãos! Que do seu extraordinário esforço não se perca, Mestre, uma única gota de suor, das que se misturaram às lágrimas anônimas vertidas por ele no testemunho da Fé. Que o trabalho de sua proficua existência no corpo físico continue a ser prodigiosa sementeira para as gerações do porvir, apontando o Caminho para quantos anseiam por seguir os Vossos passos...

Senhor, os que tão-somente agora, depois de séculos e século de sombras, nos convencemos da Vossa magnanimidade, vos agradecemos por não terdes consentido que o nosso irmão sucumbisse diante das provas e, em nada, se afastasse da trajetória que lhe traçaste no mundo — sabemos que, nos momentos mais dificeis, sem que nós mesmos pudéssemos perceber, a Vossa mão o sustentava para que não tombasse sob o peso da cruz que lhe pusestes aos ombros... Nós vos louvamos por terdes realizado nele a obra consagrada do Vosso amor, que, um dia, redimirá a Humanidade inteira. E que, agora, ainda unidos ao espírito companheiro que soube transformar-se em exemplo de renúncia e de sacrificio, de desprendimento e de abnegação, possamos dar seqüência à tarefa que iniciastes há dois mil anos, da edificação do Reino de Deus sobre a face da Terra!... Que a claridade sublime das Altas Esferas não nos faça ignorar os vales de sombras dos quais procedemos e nos quais acendestes, para sempre, a Vossa Luz... Que não nos seja lícito o descanso, enquanto o orbe planetário, onde tantas vezes expiamos as nossas faltas, se transfigure em estrela de real grandeza, a fulgir na glória dos mundos redimidos. Abençoai, Senhor, os nossos propósitos que são os Vossos e que, hoje e sempre, possamos exaltar-Vos o Nome através de nossas vidas!...

Retirado do livro "Na Próxima Dimensão", pelo espírito Dr. Inácio Ferreira, psicografado por Carlos Bacelli.

MENSAGENS DE FREI ANTONIO II

CRESCIMENTO ESPIRITUAL


Tormentos lhe povoam a mente cansada. Esperas por melhoras, suspiras por dias de paz e harmonia, mas a realidade lhe cobra as angústias diárias. O que fazer, quando tudo parece dar errado, as pessoas lhe dão as costas, os entes queridos te machucam, as horas passam lentas e amargas?
Esperar em Jesus!
Os sonhos parecem distantes, e as dificuldades lhe perturbam a marcha diária. Não será esta a imagem vivida diuturnamente por milhões de seres na face da Terra e que geram uma psicosfera mundial de desânimo, desesperança e dissabores?
A Alta Espiritualidade observa tais comportamentos e trabalha a cada segundo tentando a todo custo influenciar, orientar, intuir, auxiliar, enfim, amar a toda a humanidade sofredora que está prisioneira no escafandro de carne que é o nosso corpo físico.
Esta oportunidade de encarnação nos é vital. Há seres que tiveram de esperar mais de mil anos para receberem a chance de voltar à cena terrestre, com todos os atores necessários para o seu crescimento enquanto espírito. Não podemos desistir deste único passaporte que temos para a verdadeira felicidade, que é a nossa vida. Ela é um presente de Deus e a Ele temos que render graças eternamente!
Certo que temos inúmeros sofrimentos e tropeços e pedras em nosso tumultuado caminho. Eles foram plantados por nós mesmos, pelos nossos desequilíbrios de outrora, por nossos crimes, pela nossa falta de amor e carinho, pelo nosso orgulho, pela nossa inércia e por nossos recalques.
Queremos facilidades, esperamos da Espiritualidade favores, presentes e dádivas, como se os nossos relacionamentos com o Mundo Espiritual não passasse de um balcão de trocas em alguma quermesse! Quando aspiramos a algo, temos que acionar a mola propulsora do trabalho e da abnegação que ela fatalmente nos levará ao objetivo escolhido se for com as bênçãos de Deus.
Rogamos a Deus em nossas orações que nos afaste do mal e continuamente encetamos comportamentos destruidores para nós mesmos, como o orgulho, a inveja, o ódio, a insatisfação, que são portas abertas para a ação dos nossos irmãos infelizes que passam a sintonizar com nossas vibrações inferiores e iniciam um processo obsessivo, que nos trará sofrimentos e dores por vezes seculares.
Sigamos Jesus!

Psicografado por Eugenio Melo em maio de 2003.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

VIDÊNCIA ESQUECIDA

Benício Fernandes era assíduo freqüentador de um grupo espiritista, mas, nunca se furtara à enorme contrariedade por não participar da visão direta, dos quadros movimentados da esfera invisível. Desejava, ardentemente, os dons mediúnicos mais avançados. Fazia inúmeros exercícios para obtê-los. Iniciavam-se os trabalhos habituais e lá estava o nosso amigo em profunda concentração, ansioso por surpreender as visões reveladoras. Tudo, porém, em torno do seu mundo sensorial, era expectação e silêncio. Terminada a reunião, ouvia, velando a própria mágoa, certas descrições de alguns companheiros. Este observara a presença de Espíritos amigos, aquele contemplara maravilhoso quadro simbólico. Falava-se de mensagens, de painéis, de luzes entre vistas. Dentre os visitantes comuns, de passagem pelo grupo, surgiam preciosos casos de fatos vividos. Havia sempre alguém a comentar um acontecimento inesquecível, de sabor doutrinário, ocorrido no seio da família.

Benício não conseguia disfarçar a inveja e o desgosto e despedia-se, quase bruscamente, nervoso, fisionomia estranha e taciturna, para entregar-se em casa a pensamentos angustiosos.

Por que razão não conseguia perceber as manifestações do plano espiritual? Seria justo acompanhar o esforço dos companheiros, quando, a seu ver, se sentia desatendido em suas necessidades?

A coisa ia assumindo caráter de terrível obsessão. Nosso amigo não mais ocultava o mal-estar íntimo. Se alguém, depois de uma prece, o interrogava sobre as observações próprias, esclarecia em tom desabrido: “Nada vi, nada sinto. Acredito que sou uma pedra!”

Aquelas atitudes revelavam profunda desesperação aos companheiros preocupados. A situação agravava se cada vez mais, quando, uma noite, Benício sonhou que aportava ao mundo espiritual, convocado por um amigo desejoso de receber suas notícias diretas. Na paisagem de intraduzível beleza, o desvelado mentor abraçou-o e cogitou das suas amarguras. O pobre homem estava deslumbrado com o que via, sem encontrar meio de expressar a sensação de gozo que lhe ia na alma; toda via, respondeu - sem hesitação:

- Meu grande benfeitor, não me posso queixar da minhas lutas terrenas, mas não devo ocultar minha grande mágoa.

A respeitável entidade fez um gesto interrogativo, enquanto Benício continuava:

- Desgraçadamente, para mim, embora participe dos esforços de uma nobre agremiação de estudos evangélicos, nunca vi os Espíritos!. . .

- Mas não estás com a luta temporária da cegueira! Objetou o amigo venerando, afavelmente. - Esqueces, acaso, que teu plano de trabalho está igualmente povoado de Espíritos em diversos graus da ascensão evolutiva?! Crês, porventura, que, os habitantes da Terra sejam personalidades, estranhas à comunidade universal?

Benício Fernandes experimentou imenso choque. Aquela interpretação inesperada lhe desnorteava os pensamentos. Como desejasse retificar o engano de suas cogitações, acentuou com algum desapontamento:

- Sinto ânsia ardente de contemplar os Espíritos protetores, beijar-lhes as mãos todos os dias, manifestando-lhes meu reconhecimento.

- Esqueceste tua velha mãezinha? - perguntou o mentor solícito. - Há quanto tempo não te recordas de orar com ela, osculando-lhe as mãos carinhosas? Acreditas, talvez, que os cabelos brancos dispensam os carinhos? E teu tio; esgotado nos trabalhos mais grosseiros do mundo, por ajudar tua mãe, na viuvez? Olvidaste, Benício, esses Espíritos protetores de tua vida?

O discípulo da Terra experimentou frio cortante na alma; no entanto, prosseguiu:

- Compreendo... Mas não me posso furtar ao desejo de entrar em contacto com as nobres entidades que dirigem ali tarefas e conhecer-lhes os superiores desígnios.

- Não recordas teu chefe de trabalho diário? - interrogou o benfeitor venerável.

- Ele é um bom Espírito dirigente. Supões que a tua oficina e a sua administração estivessem no mundo, a esmo? Não desdenhes a possibilidade de integrares elevados programas de ação do teu diretor de trabalhos terrestres. Auxilia-o com a boa-vontade sincera. Antes de examinar-lhe as decisões com pruridos de crítica, -procura algum meio de contribuir com o teu esforço, honrando-lhe os propósitos. E como o interlocutor estivesse, agora, profundamente emocionado, o amoroso mensageiro continuou:

- Olvidaste os diretores da instituição doutrinária onde buscas benefícios? Aqueles irmãos muitas vezes são caluniados e incompreendidos. Considera-lhes os sacrifícios. Quase sempre sofrem os ataques da malícia humana e necessitam de companheiros abnegados para a obra generosa de suas fundações fraternais. É justo que não sejas apenas mero sócio contribuinte de despesas, materiais, e sim participante ativo do trabalho evangélico, isto é, sincero sócio de Jesus-Cristo.

O aprendiz da Terra sentia-se extremamente envergonhado. Suas idéias modificavam-se em ritmo vertiginoso. Entretanto, na sua feição de homem do mundo, pouco inclinado a ceder das próprias opiniões, redargüiu em tom de mágoa:

- Sim, meu bondoso amigo, reconheço a justiça e a grandeza das vossas observações; entretanto, nas minhas atividades terrenas, queria ver, pelo menos, algum Espírito sofredor, alguma entidade necessitada, ou ignorante. . .

Valendo-se da pausa que se fizera espontânea com os derradeiros argumentos, o carinhoso emissário voltou a dizer:

- Almas desalentadas, entre feridas e angústias? Seres necessitados de assistência e de luz? Não te lembras mais dos filhinhos que o Céu te concedeu? Penetras cegamente os portais da tua instituição, a ponto de não veres os enfermos e derrotados da sorte que ali procuram o socorro do Evangelho de Jesus-Cristo? Nunca viste os que se aproximam da fonte das bênçãos, tomados de intenções mesquinhas e criminosas, terríveis obsessores dos operários fiéis?

Benício estava agora extático, demonstrando haver afinal compreendido.

- Andas assim tão esquecido da vidência preciosa que Deus te confiou? - prosseguia o mentor espiritual, solicitamente. - Se ainda não pudeste contemplar os Espíritos benfeitores, ou malfeitores, que te rodeiam na Terra, como queres conhecer e classificar as potências do Céu? Volta para casa e procura ver!...

Nesse instante, Benício sentiu-se perturbado pela explosão de um ruído imenso.

Era o relógio que o despertava. Acordou, esfregou os olhos e preparou-se para tomar o trem suburbano, dentro de alguns minutos.

Nessa manhã, Benício Fernandes levantou-se, tomou o café, abraçou mais afetuosamente a esposa e os filhinhos. Cada coisa da sua modesta habitação apresentava, agora, aos seus olhos, uma expressão diferente e mais preciosa. Antes de sair foi beijar as mãos de sua mãe paralítica, o que há muito não fazia; perguntou pelo velho tio que saíra mais cedo, e, engolfado em grandiosos pensamentos, dirigiu-se para o trabalho, meditando na Providência Divina que lhe havia permitido receber uma lição para o resto da vida.

Espírito Humberto de Campos. Psicografado por Chico Xavier. Retirado do site "Caminhos de Luz"

SABEDORIA DO DALAI LAMA

«Os homens, perdem a saúde para ganhar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. (...) e vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido»


(Dalai Lama)

Retirado de um e-mail da amiga Cristiane Barros.

MUNDO ESTRANHO

Dois pobres cachorrinhos, com chapéus e óculos escuros, pedindo esmolas nas Filipinas. Tadinho deles, tendo que passar por este constrangimento.

Retirado do site G1. 

SÓ DE PASSAGEM

Conta-se que no século passado, um turista americano foi

à cidade do Cairo no Egito, com o objetivo de visitar um famoso

sábio.

O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num

quartinho muito simples e cheio de livros.

As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um

banco.

- Onde estão seus móveis? Perguntou o turista.

E o sábio, bem depressa olhou ao seu redor e perguntou também:

- E onde estão os seus...?

- Os meus?! Surpreendeu-se o turista.

- Mas estou aqui só de passagem!

- Eu também... - concluiu o sábio.


"A vida na Terra é somente uma passagem... No entanto, alguns vivem como

se fossem ficar aqui eternamente, e se esquecem de ser felizes."
 
Retirado de um e-mail do amigo Hélio Rubião

MENSAGENS DE FREI ANTONIO

AMOR SUPREMO


"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou o címbalo que retine"
Paulo, em I Coríntios 13:2.


Meus caríssimos irmãos em Cristo: O amor de Paulo por Jesus Cristo, o seu apostolado e o seu martírio são notícias que nos enlevam e nos fortificam. As Sagradas Escrituras nos revelam momentos de sofrimento e de gozo do Apóstolo dos Gentios e mais de uma vez a afirmação de que ele tudo faria por Jesus Cristo, a quem perseguiu tenazmente antes de sua conversão.
A supremacia do amor é citada por Paulo quando nesta passagem, diz que mesmo que tivesse toda a ciência dos homens e soubesse falar a língua dos anjos, se não tivesse mergulhado em profundo amor, seria apenas como o metal, que transmite o som ou o címbalo, que produz o som. Seria apenas energia somente, sem substância, sem base e sem futuro algum.
Na vida de relações, somos constantemente instados a demonstrar amor pelas criaturas, desde a nossa família até as pessoas do nosso trabalho e de toda a sociedade. O motivo maior de o Pai Amantíssimo ter nos criado e a tudo no Universo foi por profundo amor. E só seremos realmente felizes quando nosso amor mexer com todas as fibras de nosso ser espiritual, e nos elevarmos para Jesus.
O exemplo maior de amor no planeta Terra foi o Mestre Nazareno. Ele, espírito puro, de maior evolução espiritual até hoje conhecida, que fez uma trajetória reta até Deus, sem máculas, sem pecados, "desceu" até as sombras de nosso planeta há dois mil anos, se reduzindo, sofrendo inenarráveis angústias pela redução espiritual para poder nos salvar da destruição total. Tudo por amor a seus filhos!
E assim mesmo foi perseguido, açoitado, preso, castigado, levado a cruz após padecimentos atrozes e para sofrer martírio sangrento no madeiro, ao lado de dois pobres ladrões, aos quais Ele perdoou, antes de dar o último suspiro. E o Mestre Jesus também nos perdoou, lembrando a toda a humanidade e ao Pai que ainda não sabíamos o que estávamos fazendo.
Dois milênios se passaram, e uma grande multidão agitada no planeta ainda não sabe o que faz, e continua matando diariamente o Messias, através de ações nefandas e omissões tenebrosas, e Ele, com tristeza infinita e com profundo amor, segue nos perdoando.
Espíritas! Sigamos o exemplo do Mestre Jesus, que nos doa amor incondicional a cada dia, e façamos de nossas vidas exemplos de entrega resoluta ao trabalho com nosso irmão, esquecendo o egoísmo, a luxúria, a acomodação, e alcemos vôo em direção ao céu infinito, onde reina o amor supremo de Jesus Cristo!

Psicografado por Eugenio Melo em 01.05.2003.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

TPM E ANTIDEPRESSIVOS

Pesquisa sugere que antidepressivo por alguns dias poderia controlar TPM

Um estudo feito na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, mostrou que o uso de fluoxetina (um antidepressivo, o famoso Prozac) alguns dias antes da menstruação pode diminuir os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM).
Enquanto o remédio deve ser tomado de forma constante para tratar depressão, ele poderia ser usado apenas alguns dias do ciclo para tratar a TPM.
Usando o medicamento em ratos, os pesquisadores demonstraram que doses baixas de fluoxetina diminuem os níveis de um derivado da progesterona, a ALLO. Essa substância inibe a atividade dos circuitos cerebrais ligados à emoção, sendo um dos responsáveis pela labilidade emocional típica da TPM. Quando se diminui a quantidade de ALLO, os sintomas psíquicos da TPM tendem a diminuir também.
Para ler mais sobre a pesquisa acesse http://www.birmingham.ac.uk/news/latest/2010/09/17sept-PMS.aspx.

Retirado do site do Dr. Jairo Bouer.

sábado, 2 de outubro de 2010

CADA EXISTÊNCIA - CHICO XAVIER


Nasceste no lar que precisavas,
Vestiste o corpo físico que merecias,
Moras onde melhor Deus te proporcionou,
De acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes
Com as tuas necessidades, nem mais,
nem menos, mas o justo para as tuas lutas
terrenas. Teu ambiente de trabalho é o
que elegeste espontaneamente para a tua
realização. Teus parentes, amigos são as almas
que atraíste, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente
sob teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais,
buscas, expulsas, modificas tudo aquilo
que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontade são a chave de
teus atos e atitudes...
São as fontes de atração e repulsão na tua
jornada vivência.
Não reclames nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta,
Busca o bem e viverás melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e
fazer um novo começo,
Qualquer Um pode Começar agora e
fazer um Novo Fim.
Autor: Chico Xavier

COMO EVITAR O CÂNCER

 Pesquisas do Hospital John Hopkins:

      1. Toda pessoa tem células de câncer no corpo. Estas células
cancerosas não aparecem nos testes padrões, até que elas se
multipliquem em alguns bilhões.   Quando os médicos dizem aos
pacientes de câncer que não há mais nenhuma   célula de câncer nos
seus corpos, após o tratamento, isto quer dizer que os testes não
podem mais identificar as células cancerosas, porque elas não
atingiram o tamanho detectável.

      2. Celas cancerosas podem ocorrer de 6 a mais de 10 vezes na
vida de uma pessoa.

      3. Quando o sistema imunológico da pessoa é vigoroso, as
células cancerosas   serão destruídas e impedidas de multiplicar e
formar tumores.

      4. Quando uma pessoa tem câncer, isto significa que ela tem
múltiplas   deficiências nutricionais. Estas deficiências são devidas
ao fator genético, ambiental, da alimentação e do estilo de vida.

      5. Superar as deficiências nutricionais múltiplas significa
mudança de dieta e a inclusão de suplementos, que irá fortalecer o
sistema imunológico.

      6. Quimioterapia impede o crescimento acelerado das células de
câncer e  também destrói as células saudáveis na medula óssea, na área
 Gastro-intestinal etc, e pode causar dano aos órgãos, como fígado,
rins,   coração, pulmões etc.

      7. A radiação, enquanto vai destruindo as células de câncer,
também produz queimaduras, cicatrizes e danificam as células
saudáveis, tecidos e órgãos.

      8. O tratamento inicial com quimioterapia e radiação muitas das
vezes poderá reduzir o tamanho do tumor. Entretanto, o uso prolongado
da quimioterapia e da radiação não resulta em mais destruição do
tumor.

      9. Quando o corpo está muito sobrecarregado com o efeito da
quimioterapia e da radiação, o sistema imunológico ou está
comprometido ou destruído; por conseguinte a pessoa pode sucumbir a
vários tipos de infecções e   complicações.

      10. Quimioterapia e radiação podem causar células cancerosas e
mutação, se tornarem resistentes e de difícil destruição. Cirurgia
também pode produzir   células cancerosas e espalhar para outras áreas
do corpo.

      11. Um modo efetivo para combater o câncer é fazer as células
cancerosas passarem fome, não as alimentando, pois elas necessitam de
alimento para se multiplicarem. ELAS SE ALIMENTAM DE:

      A) O açúcar é um alimentador do câncer. Tirando o açúcar,
se elimina a fonte de suprimento da sua alimentação mais importante.
Substitutos do   açúcar como o Nutrasweet, Equal, Spoonfull, etc, são
feitos de Aspartame, que é prejudicial à saúde. Um mais adequado
substituto natural seria o mel de Manuka, (tipo de árvore que tem
folhas odoríferas nativa da Nova Zelândia e  Tansmânia) ou melaço, mas
só em pequenas quantidades.

      B) O sal de mesa tem uma substância química para torná-lo
branco. A melhor alternativa é o BRAGG LIQUID AMINOS, (produto
Americano, feito com um concentrado de proteína líquida, derivado da
soja, que contem vários   aminoácidos) ou sal marinho.
      C) O leite faz o corpo produzir muco, especialmente na
área   Gastro-intestinal. O câncer se alimenta do muco. Eliminando
o leite e substituindo-o por leite de soja não adoçado, as células
cancerosas morrem de fome.

      12. Celulas cancerosas prosperam em um ambiente ácido. Uma
dieta com base na carne é ácida; assim é melhor comer peixe e uma
pequena quantidade de frango, do que ingerir carne de boi ou de porco.
Carne de gado (criado em  Fazendas) contém antibióticos, hormônios de
crescimento e parasitas, que são prejudiciais, principalmente às
pessoas com câncer.

      13. Uma dieta feita com 80% de legumes frescos, sucos, grãos
inteiros,   sementes, nozes e um pouco de frutas ajudam pôr o corpo em
um ambiente   alcalino. Aproximadamente, 20% delas podem ser ingeridas
cozidas, incluindo   os feijões.

      a) Sucos de vegetais frescos provêem enzimas que são facilmente
absorvidas e   alcançam até níveis celulares dentro de 15 minutos,
para nutrir e aumentar o  crescimento das células saudáveis. Para
obter enzimas vivas, para formar   células saudáveis, tente ingerir
sucos de vegetal frescos (a maioria dos  legumes, inclusive brotos de
feijão) e comer alguns legumes crus, duas ou  três vezes por dia. As
enzimas são destruídas a temperaturas de 104 graus   Fahrenheit (40
graus centígrados).

      b) Evite café, chá e chocolate, que têm alto nível de cafeína.
O chá verde   é a melhor alternativa.

      c) É melhor beber água limpa e natural, deionizada, filtrada,
para evitar as  toxinas conhecidas e metais pesados da água de
torneira. A água destilada é  ácida; evite-a.

      14. Proteína de carne é difícil de digerir e requer muitas
enzimas  digestivas. Carne não digerida, que permanece nos
intestinos, putrefa e   causa a formação de mais tóxico.

      15. Células cancerosas têm (suas) paredes cobertas de proteína
dura.   Privando-as, ou alimentando-as com pouca carne, elas se livram
de mais   enzimas (tóxicas) e do ataque às paredes de proteína das
células cancerosas,   e permite que as células protetoras do corpo
destruam as células cancerosas.

      16. Alguns suplementos constroem o sistema imunológico: O IP6,
Flor-essence,  (flor de essência - uma mistura de ervas para fazer
chá, que se acredita,  tem propriedades para curar o câncer)
antioxidantes, vitaminas, minerais,  etc., para permitir que as
próprias celas protetoras do corpo destruam as celulas cancerosas.
Outros suplementos, como vitamina E, são conhecidos por        causar
apoptose, (autodestruição da célula; uma espécie de sistema
programado para matá-las) - o método normal do corpo de se
livrar das  células estragadas, indesejáveis ou desnecessárias.

      17. Câncer é uma doença da mente, do corpo e do espírito. Um
espírito  pró-ativo e positivo ajudará o guerreiro do câncer a ser um
sobrevivente.  Raiva, inclemência e amargura põem o corpo em estresse,
num ambiente  acetoso. Aprenda ter um espírito clemente e amoroso.
Aprenda relaxar e  desfrutar vida.

      18. As células cancerosas não podem prosperar num ambiente
oxigenado.  Exercitando diariamente e profundamente a respiração,
ajuda adquirir mais  oxigênio até o nível celular. A terapia de
oxigênio é outra maneira usada  para destruir as células cancerosas.

RECENTES INFORMAÇÕES DO JOHN HOPKINS HOSPITAL

      1. Não coloque nenhum recipiente plástico em microondas.
2. Não coloque suas garrafas de plástico, com água, em congelador.
3. Não ponha nenhuma embalagem de plástico em microonda.   Substâncias
químicas de dioxina causas câncer, especialmente
câncer de mama.  Dioxina são altamente venenosas às celulas dos nossos
corpos.

      Recentemente, o Dr. Edward Fujimoto, Gerente de Programa de
bem-estar junto   ao Hospital de Castle, estava em um programa de
televisão para explicar esta   periculosidade. Ele falou sobre as
dioxinas e de como elas são ruins para   nós. Ele disse que nós não
deveríamos estar aquecendo nossa comida em  microonda usando
recipientes de plástico. Isto se aplica especialmente para  alimentos
gordurosos.   Disse que a combinação da gordura e alta temperatura
liberam dioxinas na comida e finalmente nas células do corpo.

      Ao invés, ele recomenda usar vasos de vidro ou recipientes
cerâmicos para aquecer a comida. Você obtém os mesmos
resultados, só que sem a  dioxina. Alimentos de TV Dinners (alimentos
já prontos, congelados, sopas  prontas empacotadas, etc.) deveriam ser
removidos dos recipientes e  aquecidos em outra coisa.

      O papel não causa mal, pois você não sabe a sua composição. É
mais seguro  usar vidro temperado, como os produzidos pela Corning
Ware, (Companhia  americana, fabricante de cabos de fibras ópticas,
que no passado fabricava   utensílios domésticos a prova de fogo).

      Ele também nos lembrou que, há um tempo atrás, alguns
restaurantes de fast  food deixaram de usar embalagens de recipientes
feitos com espumas    sintéticas.  Uma das razões é o problema da
dioxina.  Também mostrou que aquela envoltura de plástico, como o
Saran, (material de  plástico impermeável) é muito perigosa quando
colocado por cima dos  alimentos, para ser cozidos no forno de
microondas. Como a comida recebe   altas temperaturas, ("nuke") faz as
toxinas venenosas derreterem a embalagem do plástico e gotejar para
dentro da comida. Cubra o alimento com pirex  ou    cerâmica.

      Este é um artigo que deveria ser enviado a qualquer pessoa
importante na sua vida.

      Harold H. o'Louis

SERVIR COM JESUS

SINCERAMENTE
André Luiz
Se você efetivamente deseja cooperar com Jesus, nada conseguirá arredá-lo do propósito de servir.
Mesmo sob circunstâncias adversas, saberá encontrar recursos para que o bem se manifeste através de suas mãos.
Ao invés de inspirarem-lhe desânimo, os percalços naturais do caminho ser-lhe-ão apelos à perseverança e convites ao devotamento.
Não perderá tempo em querer manter situações de privilégio ou esperando condições mais favoráveis ao cumprimento do dever.
Por mais insignificante que considere a sua tarefa, procurará desempenhá-la com a responsabilidade daqueles aos quais a vida já confiou encargos maiores.
Se acontecimentos inesperados lhe impuserem limitações ao campo de ação pessoal, não se acanhará de tornar às suas próprias origens no serviço de natureza espiritual com a alegria e com a esperança que lhe assinalaram os primeiros passos na senda do aperfeiçoamento.
Compreenderá que todo sofrimento é lição, agradecendo à dor a experiência adquirida na cartilha da provação.
Preferirá favorecer aos apelos  daqueles que ainda não conseguem aceitá-lo como é, do que desagradar a consciência que lhe ensina a ser melhor a cada dia que passa.
Na companhia de amigos, ou solitário, seguirá adiante sem se deixar absorver exclusivamente pelos compromissos de ordem material, lutando, a todo custo, pela emancipação íntima, reconhecendo que toda construção sólida no reino do espírito se alicerça no sacrifício.
Se você sinceramente deseja acompanhar o Mestre na jornada de volta para Deus, tome a sua cruz sobre os ombros e não O perca de vista, em meio às surpresas e desafios da estrada...
(Do livro "Brilhe Vossa Luz", pelo Espírito André Luiz, Francisco C. Xavier, Carlos A. Baccelli, Espíritos Diversos)

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...