sábado, 31 de dezembro de 2011

SONO E SONHOS

Central Espírita Brasileira
Introdução

Chama-se emancipação da alma, o desprendimento do Espírito encarnado, possibilitando-lhe afastar-se momentaneamente do corpo físico.

É muito importante a compreensão e o estudo do sono e dos sonhos para um conhecimento mais amplo do fenômeno da emancipação da alma e das experiências vivenciadas pelo Espírito neste estado de liberdade.

"À semelhança da morte, em que o Espírito se liberta com facilidade do corpo mediante conquistas anteriores de desapego e renúncia, reflexões e desinteresse das paixões mais vigorosas, no sono há uma ocorrência equivalente, pois que o ser espiritual possui maior ou menor movimentação conforme as suas fixações e conquistas."

Dormimos um terço de nossas vidas e o sono, além das propriedades restauradoras da organização física, concede-nos possibilidades de enriquecimento espiritual através das experiências vivenciadas enquanto dormimos.

No campo da mediunidade, durante o desdobramento ou emancipação da alma pelo sono natural, os participantes dos grupos mediúnicos desenvolvem tarefas de significativo valor em continuidade às atividades encetadas nas reuniões mediúnicas.

Vários fenômenos mediúnicos poderão ocorrer com a alma emancipada, embora muitos sejam classificados, apenas, como fenômenos anímicos.

"Às vezes, durante o sono ou na vigília, a alma se exterioriza, se objetiva em sua forma fluídica e aparece à distância." (3) É o fenômeno da bicorporeidade.

Durante o sono normal, o corpo perispiritual poderá provocar uma série de fenômenos de efeitos intelectuais, como a psicofonia e a psicografia e também os de efeitos físicos ou objetivos como as aparições, produzir sons, ruídos, etc...

No Livro dos Médiuns, Allan Kardec nos diz :

"As manifestações visuais mais comuns têm lugar durante o sono : são as visões.

- Os sonhos podem ser :

- Uma visão atual das coisas presentes ou ausentes ;

- Uma visão retrospectiva do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro;

- Quadros simbólicos que os Espíritos fazem passar sob nossos olhos para nos dar úteis advertências e salutares conselhos, se são bons Espíritos;
- "Induzir ao erro ou lisonjear paixões, se são Espíritos imperfeitos."

No estado de emancipação da alma, o Espírito se desloca do corpo físico, os laços que o unem à matéria ficam mais tênues, mais flexíveis e o corpo perispiritual age com maior liberdade.

Vamos, neste estudo, evidenciar com maior intensidade, o sonho, suas características espirituais, quando realmente ocorre a emancipação da alma e as horas de sono são aproveitadas para nosso crescimento espiritual através de atividades, estudos e aquisições enobrecedoras.
Sono e Sonhos

Conceitos:

Sono é um estado em que cessam as atividades físicas motoras e sensoriais.

Sonho é a lembrança dos fatos, dos acontecimentos ocorridos durante o sono.

A ciência oficial, analisando tão somente os aspectos fisiológicos das atividades oníricas, ainda não conseguiu conceituar com clareza e objetividade o sono e o sonho. Sem considerar a emancipação da alma, sem conhecer as propriedades e funções do perispírito, fica, realmente, difícil explicar a variedade das manifestações que ocorrem durante o repouso do corpo físico. Alguns psiquiatras e psicólogos já analisam os sonhos como atividades do psiquismo mais profundo.

Assim temos em Freud, o precursor dos estudos mais avançados nesta área. Ele julgava que os instintos, quando reprimidos, tendem a se manifestar e uma destas manifestações seria através dos sonhos. Isto numa linguagem simbólica representativa do desejo.

Adler introduziu em Psicologia o "instinto do poder" . Nossa personalidade gravitaria em torno da auto-afirmação, do desejo do domínio.

Jung considerou válidas as duas proposições. Descobriu que nos recessos do inconsciente, existe uma infra-estrutura feita de imagens ou símbolos que integram a mitologia de todos os povos. São os arquétipos, reminiscências de caráter genérico que remontam a fases muito primitivas da evolução.

Mas foi Allan Kardec, através da Codificação Espírita, quem, realmente, analisou amplamente os sonhos em seus aspectos fisiológicos e espirituais.

No livro dos Espíritos, Cap. VIII, analisando a emancipação espiritual, coloca o sono como a primeira fase deste fenômeno, que antecede ao sonambulismo e ao êxtase que seriam estados mais profundos de independência pelo desprendimento parcial do Espírito.

Na questão 400, do Livro dos Espíritos, ele indaga aos Espíritos Superiores :

"O espírito permanece voluntariamente no seu envoltório corporal ?"

R : "É como se perguntasse se o prisioneiro está satisfeito sob as chaves. O Espírito encarnado aspira incessantemente à libertação e quanto mais grosseiro é o envoltório, mais ele deseja ver-se desembaraçado."
Na questão 401 :

"Durante o sono, a alma repousa como o corpo ?"

R : "Não. O Espírito jamais está inativo. Durante o sono, os liames que o unem ao corpo se afrouxam e o corpo não mais necessitando do Espírito, ele percorre o espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos."

Na questão 402, Kardec indaga :

"Como podemos julgar a liberdade do Espírito durante o sono ?"

R : "Pelos sonhos."

E Allan Kardec tece comentários muito importantes acerca dos sonhos, nos quais há uma emancipação da alma, enquanto o corpo repousa.

"O sono liberta parcialmente a alma do corpo."
"O Espírito jamais está inativo."
"Têm a lembrança do passado e às vezes a previsão do futuro."
"Adquire mais poder (pela liberdade de ação delimitada pelo grau de exteriorização) e pode entrar em contato com outros Espíritos encarnados ou desencarnados."
"O sono coloca o homem num estado em que estará de maneira permanente após a morte."
"Enquanto dormem, alguns Espíritos procuram aqueles que lhes são superiores (estudam, trabalham, recebem orientações, pedem conselhos).
"Os Espíritos inferiores irão aos lugares com os quais se afinizam."

Sonhos - Classificação:

Martins Peralva, no livro "Estudando a Mediunidade", propõe a seguinte classificação dos sonhos :

COMUNS = Repercussão de nossas disposições físicas e psicológicas.

REFLEXIVOS = Exteriorização de impressões e imagens arquivadas no cérebro físico e no perispírito.

ESPÍRITAS = Atividade real e efetiva do Espírito, durante o sono.

SONHOS COMUNS: São aqueles que refletem nossas vivências do dia a dia. O Espírito desligando-se, parcialmente, do corpo, absorve as ondas e imagens de sua própria mente, das que lhe
são afins e do mundo exterior, já que nos movimentamos num turbilhão de energias e ondas vibrando sem cessar. Nos sonhos comuns, quase não há exteriorização perispiritual. São muito freqüentes dada a nossa condição espiritual.

"Puramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais. É também o reflexo de impressões e imagens arquivadas no cérebro durante a vigília. (...)" (3)

SONHOS REFLEXIVOS: Há maior exteriorização que nos sonhos comuns. O Espírito registra acontecimentos, impressões e imagens, arquivadas no subconsciente, isto é, no cérebro do corpo fluídico, ou perispírito.

Esses sonhos poderão refletir fatos remotos, imagens da atual reencarnação. Contudo, é mais freqüente revivenciar acontecimentos de outras vidas, cujas lembranças nos tragam esclarecimentos, lições ou advertências, se orientados por mentores espirituais.

Poderão os Espíritos inferiores motivarem estas recordações com finalidade de nos perseguirem, amedrontar, desanimar ou humilhar, desviando-nos dos objetivos benéficos da existência atual.

"Nos sonhos reflexivos, o espírito flutua na atmosfera sem se afastar muito do corpo; mergulha, por assim dizer, no oceano de pensamentos e imagens, que de todos os lados rolam pelo espaço, deles se impregna, e aí colhe impressões confusas, tem estranhas visões e inexplicáveis sonhos; a isso se mesclam, às vezes, reminiscências de vidas anteriores (...)"

SONHOS ESPÍRITAS: Há mais ampla exteriorização do perispírito. Desprendendo-se do corpo e adquirindo maior liberdade, a alma terá uma atividade real no plano espiritual. Léon Denis chama a estes sonhos de etéreos ou profundos, por suas características de mais acentuada emancipação da alma.

"O Espírito se subtrai à vida física, desprende-se da matéria, percorre a superfície da Terra e a imensidade onde procura os seres amados, seus parentes, seus amigos, seus guias espirituais ( ... ) Dessas práticas, conserva o Espírito impressões que raramente afetam o cérebro físico, em virtude de sua impotência vibratória."

Nos sonhos espíritas, teremos que considerar a lei de afinidade. Nossa condição espiritual, nosso grau evolutivo, irá determinar a qualidade de nossos sonhos, as companhias espirituais que iremos procurar, os ambientes nos quais permaneceremos enquanto o nosso corpo repousa.

"Quando encarnados na crosta, não temos bastante consciência dos serviços realizados durante o sono físico, contudo, esses trabalhos são inexprimíveis. ( ... ) Infelizmente, porém, a maioria se vale de repouso noturno para sair à caça de emoções frívolas ou menos dignas. Relaxando-se as defesas próprias, e certos impulsos longamente sopitados durante a vigília, extravasam-se em todas as direções, por falta de educação espiritual, verdadeiramente sentida e vivida."
Os Sonhos e a Lei de Afinidade

No livro Mecanismos da Mediunidade, André Luiz nos diz que quanto mais inferiorizado, mais dificuldade terá o homem em se emancipar espiritualmente.

"Qual ocorre no animal de evolução superior, no homem de evolução positivamente inferior o desdobramento da individualidade, por intermédio do sono, é quase que absoluto estágio de mero refazimento físico." (5)

"No animal, o sonho é puro reflexo das atividades fisiológicas ( ... ). E, no homem primitivo em que a onda mental está em fase inicial de expansão, o sonho, por muito tempo, será invariavelmente ação reflexa de seu próprio mundo consciencial ou afetivo."

Estaremos, então, durante o repouso noturno, se emancipados espiritualmente, vivenciando cenas e realizando tarefas afins. Procuraremos a companhia daqueles Espíritos que estejam na mesma sintonia, para realizações positivas, visando nosso progresso moral ou em atitudes negativas, viciosas, junto àqueles que, ainda, se comprazem em atos ou reminiscências degradantes, que nos perturbam e desequilibram.

"Há leis de afinidade que respondem pelas aglutinações sócio-morais-intelectuais, reunindo os seres conforme os padrões e valores nos quais se demoram. Parcialmente liberto pelo sono, o Espírito segue na direção dos ambientes que lhe são agradáveis durante a lucidez física ou onde gostaria de estar, caso lhe permitissem as possibilidades normais."

Os sonhos espíritas, isto é, naqueles que nos liberamos parcialmente do corpo e gozamos de maior liberdade, são os retratos de nossa vivência diária e de nosso posicionamento espiritual. Refletem de nossa realidade interior, o que somos e o que pensamos.

"Dorme-se, portanto, como se vive, sendo-lhe os sonhos o retrato emocional da sua vida moral e espiritual."
Exemplos de Sonhos

A literatura espírita é rica em exemplos e narrativas de sonhos espíritas. Temos nas obras psicografadas por Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco e as escritas por Invonne Amaral Pereira, inúmeras descrições destes sonhos.

Neles, vemos a alma emancipada sob a hipnose natural que é o sono, ir a locais e agir por sugestões, as mais variáveis, atraídas sempre aos locais e situações onde se lhe vincula o pensamento. A vontade é direcionada pelo desejo e este age impulsionando a alma na direção do que lhe atrai e constitui motivação principal, na vida íntima.

Nos sonhos, com emancipação da alma, poderemos citar alguns exemplos :

reflexos de nosso cotidiano, de nossas preocupações comuns;
determinatórios (indicando caminhos, dando avisos ou nos advertindo);
premonitórios (prevendo fatos próximos);
proféticos (citados na bíblia);
instrutivos (fornecendo-nos lições enobrecedoras e conhecimentos do plano espiritual);
com experiências negativas;
com perseguições de Espíritos inferiores.

"O sonho é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono, mas observai que nem sempre sonhais porque nem sempre vos lembrais daquilo que vistes ou de tudo o que vistes; isto porque não tendes a vossa alma em todo o seu desenvolvimento; freqüentemente não vos resta mais que a lembrança da perturbação da vossa partida ou da vossa volta ( ... ); sem isto, como explicaríeis estes sonhos absurdos a que estão sujeitos os sábios como os ignorantes ? Os maus Espíritos se servem dos sonhos para perseguir, atormentar, as almas fracas e pusilânimes."
Recordação dos Sonhos

Na questão 403, do Livro dos Espíritos, Allan Kardec indaga :

"Por que não nos lembramos de todos os sonhos ?"

R : - "Nisso que chamas sono só tens o repouso do corpo, porque o Espírito está sempre em movimento. No sono ele recobra um pouco de sua liberdade e se comunica com os que lhe são caros seja neste ou noutro mundo. Mas, como o corpo é de matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões recebidas pelo Espírito durante o sono, mesmo porque o Espírito não as percebeu pelos órgãos do corpo."

Algumas considerações em torno da resposta acima :

No estado de vigília:

as percepções se fazem com o concurso dos órgãos físicos;
os estímulos exteriores são selecionados pelos sentidos;
são transmitidos ao cérebro pelas vias nervosas;
no cérebro físico, são gravados para serem reproduzidos pela memória biológica a cada evocação.

Quando dormimos:

cessam as atividades físicas, motoras e sensoriais;
o Espírito liberto age e sua memória perispiritual registra os fatos sem que estes cheguem ao cérebro físico;
tudo é percebido diretamente pelo Espírito;
excepcionalmente, por via retrógrada, as percepções da alma poderão repercutir no cérebro físico;
quando lembramos, dizemos que sonhamos.

Conclusão

A análise dos sonhos pode nos trazer informações valiosas para nosso auto-descobrimento. Contudo, devemos nos precaver contra as interpretações pelas imagens e lembranças esparsas. Há sempre um forte conteúdo simbólico em nossas percepções psíquicas que, normalmente nos chegam acompanhadas de emoções e sentimentos.

Se, ao despertarmos, nos sentirmos envolvidos por emoções boas, agradáveis, vivenciamos uma experiência positiva durante o sono físico.

Ao contrário, se as emoções são negativas, nos vinculamos certamente a situações e Espíritos inferiores.

Daí a necessidade de adequarmos nossas vidas aos preceitos espíritas, vivenciando o amor, o perdão, a abnegação, habituando-nos à prece, à meditação antes de dormir, para nos ligarmos a valores bons e sintonia superior. Assim, teremos um sono reparador e sonhos construtivos.

SONO & SONHOS - AME / PROGEM

OS SONHOS, NO ESPIRITISMO E NA PSICANÁLISE

João Alberto Vendrani Donha

Durante centenas de anos os sonhos foram encarados como portadores de vaticínios transmitidos por deuses ou forças superiores, e que, de alguma forma, poderiam ser interpretados, respondendo a necessidades imediatas de indivíduos ou grupos. Na filosofia, chegou a ser aceito como resultado da elevação da alma ou do desprendimento do espírito das amarras do corpo promovido pelo sono. Na ciência ocidental, a medicina cartesiana tentou reduzi-lo a manifestação inútil de grupos isolados de células do cérebro adormecido respondendo a estímulos externos casuais.

A psicanálise, apesar de confessadamente mecanicista, recuperou o sentido e o potencial significante dos sonhos, tornando-os passíveis de interpretação e conhecimento, o que, aliás, nunca fora renegado pela crença popular. Mas, manteve uma redução conceitual: sonhos são realizações de desejos.

O Espiritismo, com meio século de antecedência em relação à psicanálise, trouxe a primeira teoria realmente científica sobre o sonho. E, também, a mais completa, pois o admite como sendo desde uma simples manifestação puramente cerebral, passando pela identificação do sonho como realização do desejo e, ampliando sobremaneira o conceito, quando identifica o desprendimento do espírito e suas atividades extra-corpóreas como constituindo matéria dos sonhos.

Freud chegou muito perto disso, mas o enorme preconceito que ele e seus contemporâneos nutriam pelo ocultismo o impediu de ir além. É importante observar que em seu tempo, tanto quanto hoje em dia na Europa, o Espiritismo é apenas mais uma repartição na grande estante do ocultismo. Então, como hoje, os europeus empregavam amiúde o termo ocultismo como sinônimo de espiritismo. Freud declarou o ocultismo como inimigo da psicanálise! Ele relaciona a perda de valores pela guerra (1914/18) e a troca do paradigma mecanicista pelo relativista como facilitadores da expansão do ocultismo. (Exatamente os mesmo fatores que alguns antropólogos modernos relacionam como responsáveis pelo declínio do Espiritismo). Reconhece que há um parentesco aparente entre psicanálise e ocultismo – o inconsciente e seus mistérios, bem como o fato de a psicanálise ser encarada como "mística" – mas, diz, o ocultista não procura o conhecimento: ele é um crente buscando confirmação. Pode ser que o analista encontre confirmação para alguns fatos "ocultos", mas o ocultista irá generalizar e proclamar o triunfo de suas opiniões. Por isso mesmo, segundo ele, "a aceitação geral do ocultismo provocaria um colapso do pensamento crítico, dos padrões deterministas e da ciência mecanicista". Ele não deixa de ter razão, uma vez que a aceitação geral do Espiritismo provocará sim um colapso, não só na ciência, mas, também, na economia, na política, na sociedade enfim, pela substituição de paradigmas: o lucro, pelo desapego.

Quanto aos sonhos, ele reconhece que podem ser confundidos com "fantasias noturnas sem acréscimos", "repetição de experiências reais do dia" e com "sonhos telepáticos". Sua descrição destes últimos os deixa iguaizinhos aos sonhos espíritas, porém, ele os considera "uma percepção de algo externo perante o qual a mente permanece passiva e receptiva". Mas ele prefere denominar tudo isto de "outros produtos mentais do estado de sono" e, não, como "sonhos". Sonhos, dignos deste nome, seriam apenas quando há condensação, deformação, dramatização e, acima de tudo, realização de desejo.

Leon Denis divide os sonhos em três categorias: "Primeiramente, o sonho ordinário, puramente cerebral, simples repercussão de nossas disposições físicas ou de nossas preocupações morais". A segunda categoria equivale ao "primeiro grau de desprendimento do Espírito", quando este "flutua na atmosfera, sem se afastar muito do corpo; mergulha, por assim dizer, no oceano de pensamentos e imagens que de todos os lados rolam pelo espaço". "Por último vêm os sonhos profundos, ou sonhos etéreos. O Espírito se subtrai à vida física, desprende-se da matéria, percorre a superfície da Terra e a imensidade..." Mas o grande escritor espírita não observou, ao contrário do que está em "O Livro dos Espíritos", a categoria que mais impressionou Freud, justamente por fornecer maior quantidade de material para as análises.

Na questão 405 de "O Livro dos Espíritos", Kardec pergunta sobre as coisas que parecem pressentimentos, nos sonhos, mas que não se confirmam, e a resposta é que "o Espírito viu aquilo que ele DESEJAVA..." E, mais: "as preocupações do estado de vigília podem dar ao que se VÊ a aparência do que se DESEJA, ou do que se teme". Na questão 406, Kardec aborda o fato de sonharmos com pessoas que conhecemos cometendo atos de que elas não cogitam, e os Espíritos voltam à questão do desejo: "não é raro atribuirdes, de acordo com o que DESEJAIS, a pessoas que conheceis, o que se deu ou se está dando em outras existências". Os Espíritos não precisavam dizer mais do que isto. Não competia a eles ou a Kardec aprofundarem-se mais nesse caminho, uma vez que o interesse espírita estava sobre os "sonhos profundos". Mas, quem limitou ou reduziu a conceituação de sonhos foi Sigmund Freud.
Fontes:

"O Livro dos Espíritos"; Allan Kardec; FEB.
"No Invisível"; Leon Denis; FEB.
"Psicanálise e Telepatia" e "Sonhos e Telepatia"; Sigmund Freud; Edição Standard Brasileira; Volume XVIII.
"Sobre os Sonhos"; idem; idem; Volume V.

Curitiba, Paraná
julho 2001
Centro Espírita Luz Eterna - CELE
cele@cele.org.br

COISAS BOAS DA VIDA!


Provérbio Japonês

Depois de um dia de caminhada pela mata, Mestre e Discípulo retornavam ao casebre, seguindo por longa estrada. Ao passarem próximo a uma moita, ouviram um gemido. Verificaram e descobriram um homem caído. Estava pálido e com grande mancha de sangue, próxima ao coração.

Tinha sido ferido e já estava próximo da inconsciência. Com muita dificuldade, mestre e discípulo o carregaram para o casebre rústico, onde viviam. Lá trataram do ferimento.

Uma semana depois, já estabelecido, o homem contou que havia sido assaltado e que ao reagir fora ferido por uma faca. Disse também que conhecia seu agressor, e que não descansaria enquanto não se vingasse.

Disposto a partir, o homem disse ao sábio:

"Senhor, muito lhe agradeço por ter salvado a minha vida. Tenho que partir e levo comigo a gratidão por sua bondade. Vou ao encontro daquele que me atacou e vou fazer com que ele sinta a mesma dor que senti".

O mestre olhou fixo para o homem e disse:

"Vá e faça o que deseja. Entretanto, devo informa-lo de que você me deve 3.000 moedas de ouro, como pagamento pelo tratamento que fiz".

O homem ficou assustado e disse:

"Senhor, é muito dinheiro. Sou um trabalhador e não tenho como lhe pagar esse valor".

Com serenidade, tornou a falar o sábio:

"Se você não pode pagar pelo bem que recebeu, com que direito quer cobrar o mal que lhe fizeram?"

O homem ficou confuso e o mestre concluiu:

"Antes de cobrar alguma coisa, procure saber quanto você deve".

Não faça cobrança pelas coisas ruins que aconteçam em sua vida, pois a vida pode lhe cobrar tudo de bom que lhe ofereceu.

Texto.: Coisas boas da Vida!
Provérbio Japonês

O Hospital Espiritual do Mundo agradece o irmão ANTONIO SILVA – DO ESTADO DE SÃO PAULO pela mensagem que engrandecei este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

DIANTE DA LEI - EMMANUEL


O espírito consciente, criado através dos milênios, nos domínios inferiores da natureza, chega à condição de humanidade, depois de haver pago os tributos que a evolução lhe reclama.
À vista disso, é natural compreendas que o livre arbítrio estabelece determinada posição para cada alma, porquanto cada pessoa deve a si mesma a situação em que se coloca.
Possuis o que deste.
Granjearás o que vens dando.
Conheces o que aprendeste.
Saberás o que estudas.
Encontraste o que buscavas.
Acharás o que procuras.
Obtiveste o que pediste.
Alcançarás o que aspiras.
És hoje o que fizeste contigo ontem.
Serás amanhã o que fazes contigo hoje.
Chegamos no dia claro da razão, simples e ignorantes, diante do aprimoramento e do progresso, mas com liberdade interior de escolher o próprio caminho.
Todos temos, assim, na vontade a alavanca da vida, com infinitas possibilidades de mentalizar e realizar.
O governo do Universo é a justiça que define, em toda parte, a responsabilidade de cada um.
A glória do Universo é a sabedoria, expressando luz nas consciências.
O sustento do Universo é o trabalho que situa cada inteligência no lugar que lhe compete
A felicidade do Universo é o amor na forma do bem de todos.
O Criador concede às criaturas, no espaço e no tempo, as experiências que desejem, para que se ajustem, por fim, às leis de bondade e equilíbrio que O manifestam. Eis por que permanecer na sombra ou na luz, na dor ou na alegria, no
mal ou no bem, é ação espiritual que depende de nós.
Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Justiça Divina" - EDIÇÃO FEB

PAI TOMÉ E LUIZ SÉRGIO: PROVIDÊNCIAS DO PARLAMENTO ESPIRITUAL SOBRE OS DEPENDENTES QUÍMICOS

RELATO DE PAI TOMÉ E LUIZ SERGIO SOBRE PROVIDÊNCIAS DO PARLAMENTO ESPIRITUAL PLANETÁRIO PELOS DEPENDENTES QUÍMICOS DO PLANETA



Pai Tomé chegou há pouco, precisamente às 11: 15 hrs aqui no meu simples apartamento que me acolhe, entre inúmeros episódios de conspirações espirituais que cercam esse edifício, na tentativa de solaparem essa obra que tentamos continuar em prol de meus irmãos planetários. Olho lá fora, pela minha vidraça da sacada e vejo milhares de seres de todo tipo, como famintos vampiros cheios de ódio e revolta.

No teto de meu quarto frequentemente existem olhos que me observam por túneis dimensionais e logo vejo espadas de anjos e de cavaleiros de Ogum travando batalhas para que eu possa dormir.

Acostumada a isso, quando levanto pergunto o que tem de bom para se escrever. Às vezes pelas lutas que se travam ficamos um tempo sem poder ter a orientação direta dos mentores e fazemos outros muitos trabalhos, como orientações às pessoas que mandam emails, quando autorizada e se estiver na hora de a pessoa receber a resposta, ou postamos assuntos que elevem as criaturas em vários canais da internet, como o facebook, travando um relacionamento mais próxímo aos leitores do blog A Voz do Raio Rubi, restaurando mensagens antigas ainda no papel e em fitas cassete, etc. Temos também programação intensa no Núcleo de Integração Cósmica Jardim de Ísis.

Quando chega a hora de uma comunicação séria e programada por eles, sobre assuntos pertinentes e necessários, abre-se um clarão no céu e desce uma luz que afasta os seres das redondezas de meu edifício.

Pai Tomé, então, chegou por entre essas luzes e começou logo dizendo: - Vamos escrever, filha ?

Logo foi falando sobre escrever sobre as providências espirituais da Metrópole do Grande Coração quanto aos dependentes químicos, referindo-se ao desencarne recente de uma cantora famosa internacionalmente.

Ele disse que ela está abrigada num quarto especial de medicação astral ‘Subáurica’.

Perguntei a ele o que seria ‘Subáurica’ para que todos pudessem entender.
Ele respondeu : - - 'Medicação subáurica', filha, é um procedimento de desintoxicação espiritual que fazemos, nós, os especialistas em freqüências do ser humano, encarnado ou desencarnado, por um campo energético que fica num ‘plano interregno’ ( entre duas freqüências ), e que se liga a um determinado plano gravitacional onde moléculas astrais componentes de parasitas astrais e de plasmações resultantes de intoxicações por drogas, álcool, certos alimentos infiltrados por muitos adubos ou misturas híbridas, venenos, sexo desvirtuado e as plasmações densas advindas de feitiçarias que são endereçadas às pessoas, são expurgadas através de canículos ultratransmutadores até esse campo de freqüências desimpregnadoras.

Isso, até hoje, ainda não é sabido da forma ideal e completa, e nem estudado pelas comunidades espiritualistas do planeta, de forma satisfatória, muito menos divulgado ao público espiritualista de forma mais clara.

Algumas pessoas iniciadas, ou mestres anônimos, esses geralmente mais isolados, pela sabedoria conquistada, preferem trabalhar sozinhos, ou com grupos seletos, em prol da humanidade, fazendo terapias individuais que abordam essas camadas subáuricas dos seres humanos.

Se não fosse essa abertura dimensional no próprio ser humano, as limpezas fluídicas seriam muito mais complexas e difíceis quanto a se obterem resultados eficazes.

Como a sabedoria divina é infinita, houve que ser assim estabelecida, em maquete dos seres humanos, essa engrenagem de expurgo, quando o Pai julgou que eles haveriam que penetrar nos campos de vida humana, em matéria física, em diversos planetas de terceira e de quarta dimensão.

A Aura, segundo ele, que alcança, envolve ou se interpenetra no duplo etérico, perispírito e corpo mental inferior, teria que ter esse dispositivo, as ‘camadas subáuricas’, que são como bainhas da superfície de um tecido, bainhas como as de um manto que envolvesse os seres, que, de forma muito sábia, dão vazão , então, ao lixo que é exalado pelo corpo humano, como as toxinas provindas de várias fontes causais, as ‘formas-pensamento’, as larvas astrais fabricadas e vivificadas em laboratórios astrais, e, as lascas grossas compostas por moléculas disformes provenientes das energias de drogas de todo tipo, que passam a circundar a aura dos seres humanos, de forma mumificadora, paralisando o circuito de energias e o metabolismo dos corpos espirituais inferiores, podendo comprometer os campos superiores, o que se tornaria ainda mais grave e resultaria em largos prejuízos evolutivos, pois, diz, Pai Tomé, arrastaria o corpo mental superior para outras órbitas quânticas de outros planetas mais primitivos.

Luiz Sergio, agora um iluminado anjo entre nós, tarefeiro incansável, integra o ‘Departamento Especial de Desimpregnação Áurica dos Dependentes Químicos Terráqueos’, junto a milhares de médicos espirituais e alquimistas intergalácticos.

Como estamos em fase de transição planetária, e os Senhores do Carma e todas as falanges de encaminhamento do seres para outros orbes, como é o caso dos que ainda não detém fagulhas de amor que os qualifique para permanecerem na Terra reformada, em regeneração e ascensão, e, também, a maioria dos casos de dependência química em seres mais perversos, ligados à máfia do tóxico, aos grupos do tráfico internacional, os seres maquiavélicos que causam torturas físicas aos dependentes e traficantes...esses todos, ao desencarnarem serão imediatamente levados aos orbes mais primitivos, onde, não havendo retrocesso evolutivo, mas simplesmente, sendo recambiados para estratosfera e ambientes planetários compatíveis com suas condições espirituais, farão seus reajustes necessários nesta incessante busca de todos os seres pela sua perfeição relativa diante do Pai.

Mas, pela Misericórdia Divina, que conhece os corações humanos, e distingue muito bem quais são as criaturas dependentes químicos que possuem condições de regeneração de suas frequências astrais para poderem voltar ao planeta e seguirem com a evolução dos demais, que formarão uma Terra adulta, amorosa e progressista, esses são levados às instâncias de tratamento espiritual através das camadas subáuricas, também presentes no espírito desencarnado, onde são administrados medicamentos diluidores ou desestruturadores de supermoléculas de toxicidade de qualquer etiologia.

Até meados de 2010 havia postos de socorro aos espíritos desencarnados por overdose de tóxicos ou bebidas, no plano astral da crosta terrestre, especializados nesse setor de atendimento, mas distanciados de uma egrégora que propiciasse maior cobertura a esses casos, resultantes desse grande mal das últimas décadas da Terra, como sombrio planejamento dos antros trevosos de seu plano astral subcrostal.

Mas, agora, a partir de 2011, pela aceleração de partículas etéricas na estratosfera terrestre...e isso me ditando ainda o Pai Tomé... a questão da ‘desimpregnação subáurica’ dos dependentes químicos ficou sendo da alçada do ‘Ministério de Contenção de Expansões Químicas e Atômicas Planetárias’, órgão do Parlamento Espiritual Planetário, numa seção da Metrópole do Grande Coração, onde se conjugam vários edifícios em formas circulares, onde os desencarnados por essas causas, da dependência de drogas, como também os alvejados por venenos de agricultura, de vulcões, de cidades atingidas por irradiações nucleares e outras desse mesmo âmbito, são adormecidos e iniciam um tratamento de longo curso, até que possam ser qualificados para encetarem novas encarnações, se for constatado que serão proveitosas, e no mesmo andar frequencial da NOVA TERRA.
Existem milhares de jovens amorosos, bons, que foram tragados pelas hostes diabólicas para o mundo das drogas.

Não poderiam eles ser alijados do planeta, de forma indiscriminada e generalizada, para estabelecerem vínculos frequenciais com outros orbes que serão moradia de seres reptilianos e draconianos, magos negros, terroristas, estupradores, marginais cruéis, etc.

Luiz Sergio afirma que o serviço especial prestado pela ‘Caravana do Sucesso e da Saúde’, implantada por ele, alguns anos após seu desencarne (* Ver biografia no link abaixo desse texto ), no plano espiritual, necessita da adesão ainda de milhares de pessoas que possam ampliar estruturas de atendimento espiritual e psicológico a esses seres, jovens e adultos, de todas as camadas sociais e culturais, no mundo todo.

Ela é uma equipe, uma verdadeira caravana de trabalhadores espirituais, dedicados à causa dos dependentes químicos, cuja egrégora já alcançou a patamares celestiais, de onde as esferas mais iluminadas de seres arcangélicos enviam recursos a ela, para que esses amorosos enfermeiros divinos possam resgatar o maior número possível de pessoas contaminadas por esse mecanismo ardiloso dos magos negros e obter êxito em suas empreitadas nas madrugadas de seus esforços em todo o planeta.

Esse movimento próprio, por sua vez, está atrelado ao Projeto Caravana do Arco-Íris, um extenso leque de providências divinas para o ser terráqueo da Transição Planetária, onde se contemplam crianças e jovens do terceiro milênio, com ainda maior interesse, com gerenciamento de Meimei, a Embaixatriz da Nova Raça Planetária, quanto ao andamento dos inícios da nova raça, que já estão implantados nos novos códigos genéticos dos alimentos e dos seres especiais que detém essa função de reprogramação de DNA, conforme mensagem de Mestre Pena Branca no Blog A Voz do Raio Rubi (** ver link dessa mensagem abaixo desse texto ).

Mas, diz ele, que o Brasil é a terra mais fecunda para que esse movimento tivesse se instaurado e alicerçado suas estruturas astrais para darem suporte a essas ações de porte que estão sendo implantadas, aos poucos, nesses novos postos de socorro especial na Metrópole do Grande Coração, agora amparados pelo Ministério de Contenção Química e Atômica Planetária.

Nesses novos postos são recebidos os seres dependentes químicos que evidenciam, então, condições de se equilibrarem energeticamente e espiritualmente, após os desastres de suas intoxicações pelas drogas de toda espécie.

A cantora referida é uma dessas milhares de almas que foram recambiadas para lá.

Pai Tomé diz que estavam à espera dela turbilhões de magos negros e vampiros astrais, formando um fulcro tenebroso de baixíssima densidade, que a levaria aos porões do sofrimento frente a esse seres aproveitadores dos que fraquejaram em sua encarnações, dando esses o suporte energético ao seu fortalecimento através da química dos tóxicos e bebidas, como também da exalação fluídica dos corpos e mentes dos freqüentadores de ambientes do gênero ‘festas have, motéis mal gerenciados, bares, prostíbulos, logradouros de tráfico, etc’..pois que todas essas energias são transformadas alquimicamente em alimento etérico que auxilia na permanência deles na Terra.

A cantora desencarnada, porém, pela intercessão de Maria de Nazaré, Mestra Nada, Povos de Aruanda, Arcanjo Rafael, Senhores do Carma, Caravana de Luiz Sergio e do próprio Pai Tomé, que é especialista em transmutação de éteres, pelas suas vivências intergalácticas, laborando na cidade de Ramatis, sendo uma frequência dele mesmo, foi pescada por eles, desse fulcro diabólico, horas depois de seu desencarne, precoce, mas misericordioso, pois, um pouco mais de história nessa vida de entrega de seu ser às hostes inferiores, teriam-na subornado, decisivamente, por outros milhares de anos, em outra situação dimensional.

Esta artista recebeu esse auxilio pelo fato de ter recebido reiteradas intercessões de parentes e amigos, diante da imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo, e por deter safras de méritos em outras encarnações.

Ela encontra-se adormecida, nas câmaras de desintoxicação subáurica desta abençoada ala de recuperação de dependentes químicos na Metrópole do Grande Coração, como milhares de outros jovens e adultos, homens, mulheres, crianças, homossexuais e espíritos escravizados que foram libertados dos laboratórios umbralinos, diariamente, pelas ações de Sanat Kumara, Mestra Pórtia e Astrea, nas sessões das 21 hrs de todas as noites ao redor da Terra (*** ler a respeito no link abaixo desse texto ), das ações de grupos de Umbanda bem direcionados, de grupos de apometristas mais valorosos, os mais bem preparados e de pensamento eclético e altruístico, pelos grupos xamânicos aliados Comando Ashtar Sheran e Mestre Pena Branca, grupos espiritistas mais abalizados, como também pelas orações de inúmeros pastores evangélicos, e missionários bondosos de quaisquer núcleos de oração e intercessão, como a Igreja Católica Carismática, em todo o planeta, que intercedem, verdadeiramente, pelos seus fiéis e irmãos planetários.

Como dizem os amados irmãos evangélicos - ‘GRANDE É O SENHOR !’...repetem sorrindo Pai Tomé e umas criancinhas espirituais da Umbanda que chegaram, agora, sorrindo.

Pai Tomé se despede, agora, e Luiz Sergio pede para lembrar a todos que, como disse o mestre Jesus:

- 'Pedi e obtereis ! Batei e abrir-se-vos-á ! Buscai e achareis !'

Com essas palavras ele faz um clamor a todos os pais, parentes, amigos de dependentes químicos, que façam ponte de oração com ele, Luiz Sergio, pois ele está autorizado pelas hostes celestiais para buscar jovens em situação de dependência química, em qualquer região planetária, sendo que propiciará que, ao menos, quando de seus desencarnes, eles não sejam tragados pelos seres trevosos aproveitadores dessa patologia espiritual e física dos seres terrenos.

Muito ainda ele quererá falar sobre a questão emocional e familiar que pairam como causa mais veemente desses processos.

Ele está inspirando intelectuais educadores, psicólogos, a moverem cursos ou movimentos de como se evitar que mais pessoas entrem nesta busca sôfrega pelos tóxicos e outros vícios.

Diz que deve haver mais amor e afinco quanto aos comportamentos saudáveis e amorosos na família e nas instituições, com consciência maior da gravidade da questão que é tão expressiva e alarmante, e competências mais planejadas no âmbito do auxílio aos enfermos da alma, que trazem esses sofrimentos lastimáveis para seu corpo físico e para sua evolução espiritual.

Neste momento grandioso dou ‘Graças a Deus’ por essa bendita explanação desses iluminados seres, hoje presentes em minha sala de conexões.


Por Rosane Amantéa, em 26 de julho de 2011, em Londrina- Paraná – Brasi

TRANQUILIDADE


1. Comece o dia na luz da Oração.
O amor de Deus nunca falha.
2. Aceite qualquer dificuldade sem discutir.
Hoje é o tempo de fazer o melhor.
3. Trabalhe com alegria.
O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal de ouro maciço, é um cadáver que pensa.
4. Faça o bem o quanto possa.
Cada criatura transita entre as próprias criações.
5. Valorize os minutos.
Tudo volta, com exceção da hora perdida.
6. Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações.
Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.
7. Estime a simplicidade.
O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.
8. Perdoe sem condições.
Irritar-se é o melhor processo de perder.
9. Use a gentileza, mas, de modo especial dentro da própria casa.
Experimente atender os familiares como você trata as visitas.
10. Em favor de sua paz conserve fidelidade a si mesmo.
Lembre-se de que, no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas o Cristo, solitário e
vencido, era a causa de Deus.
Espírito: ANDRÉ LUIZ
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "O Espírito da Verdade" - EDIÇÃO FEB

LIBERTE-SE DE SEU PASSADO








Adenáuer Novaes



Para que você se liberte de seu passado, é preciso que tome consciência de que ninguém na Terra está seguro de nada, e que todos temos limitações. Seu passado não deve ser seu entrave. Considere que seus equívocos, assim como os limites que a vida o impôs, são motivos para que você cresça em busca de felicidade.

As pessoas que porventura o tenham magoado, devem ser colocadas à conta de auxiliares do seu processo de crescimento e de busca de felicidade. Elas, em si, não representam ameaça nem são culpadas. São, ou foram, apenas instrumentos úteis para que você se conhecesse mais. O que elas fizeram ou fazem a você, e que o incomoda, deve ser analisado como algo que o permite conectar-se ao que internamente ainda não está resolvido. Com elas, você não pode perder a oportunidade de descobrir seu mundo inconsciente, identificando os conteúdos que favorecem a ocorrência de situações de sofrimento a fim de solucioná-las.

Não deixe que o ódio ou a mágoa o impeça de ser feliz.

Esses dois são poderosos empecilhos ao amor e à paz. A felicidade passa pelo coração sem mágoas. Lembre-se de que tudo aquilo que você debita ao outro como culpa pelo seu sofrimento aponta para algo em você que ainda não se resolveu.

Quando a angústia atingi-lo, trazendo-lhe tristeza e melancolia, é preciso se lembrar do significado que ela representa. É necessário perceber que, a angústia que muitas vezes nos acomete a alma, advém da saudade de algo indefinido. Essa saudade que se transforma em angústia é a falta de confiança acrescida da incerteza quanto ao próprio futuro. Sentimos saudade de algo ou alguém que não sabemos onde, quando ou se ao menos vamos um dia encontrar.

Sentir saudade, chorar por alguém que não podemos sentir próximo, nos torna seres emocionalmente vinculados ao coração da pessoa querida. Isso, sem o desespero ou a posse, faz bem à alma. É bom sentir saudade e se lembrar de pessoas que fizeram parte de nosso passado e que estejam momentaneamente longe de nós. Pelas portas do coração não existem distâncias. No fio da saudade passa a energia do amor que conecta corações que se amam. Porém, não permaneça muito tempo na energia da saudade.

Ela pode viciar e levá-lo a ficar preso ao passado. Com a energia da saudade faça uma oração em favor da pessoa com quem você fez a conexão emocional.

Para se libertar do passado é preciso ter consciência de que ele não deve necessariamente ser esquecido, mas ressignificado. Não tente esquecê-lo, mas lembrar dele como uma experiência que se teve; seja ela boa ou ruim. Quando boa, deve ser lembrada com alegria. Quando ruim, deve ser lembrada como aquela que o ensinou algo.

Não se culpe pelo que fez no passado ou pelo que faz no presente. Se fez, está feito. Se ainda faz, não faça mais e assuma as consequências por isso. Lembre-se de que os erros cometidos são lições aprendidas.

O passado culposo e que se deseja esquecer representa o campo da experiência que se viveu, porém, não é a mancha eterna que nos macula a alma. A mácula em nós é a ignorância de acreditar que não temos direito à felicidade. Não há futuro sem passado e todo passado está revestido de ignorância. Não há quem não tenha vivido experiências equivocadas. Na Terra, ninguém esteve, ou está, livre de viver experiências consideradas transgressões à ordem vigente. Transgressões ou não, temos que aprender a vivê-las conscientemente.

Olhando para nosso passado temos, hoje, a clareza de ver que erramos, porém, na época agimos como sabíamos ou tínhamos condições. No futuro, avaliaremos o que fazemos hoje e poderemos também perceber os equívocos ou o que poderia ter sido evitado. Arrepender-se do que se viveu é inevitável, mas o arrependimento só surge mediante a ampliação da consciência e da capacidade de amar.

Muitas coisas que nos serviram ontem não nos servem hoje e isso evidencia que hoje somos melhores do que ontem. A culpa impede que percebamos o movimento da vida com liberdade e com o sentimento de realização íntima.

Nossa ignorância nos leva a criar juízes implacáveis na consciência que, de fato, não existem. Eles são frutos da educação, da cultura e de nossa ignorância quanto a nós mesmos. Precisamos colocar na consciência um Criador amoroso e benévolo, compreensivo e paciente, para que não nos punamos por tão pouco.

Tais juízes não são maus em si, mas se transformam por conta de nossa facilidade em dar-lhes o poder de nos comandar.

Não vivemos sem eles, mas, lhes atribuímos um caráter absoluto.

Muitas vezes, nos sentimos culpados por não alcançar certos desejos, acreditando que somos incapazes. Quando, por exemplo, um casamento não dá certo, por fatores múltiplos, é comum um dos cônjuges se perguntar onde foi que errou e lamentar a perda.

O equívoco pode pertencer a qualquer deles, porém, os fatores que levaram à separação física ou emocional estão influenciados por valores pessoais e sociais. Um fracasso não deve representar a perda da própria motivação de viver.

Ele representa uma deficiência na estratégia utilizada para alcançar a felicidade.

Na próxima experiência naquele campo em que se fracassou deverá ser utilizada outra estratégia. Pense também que você precisa modificar seu desejo. Ele poderá estar levando-o exatamente para o lado contrário de sua própria busca interior.

O tipo de desejo e a forma de alcançá-lo nem sempre estão conectados adequadamente.

Lembre-se de que você deve retirar de cada experiência algo de útil e bom para si próprio. Tudo que lhe acontece é um caminho trilhado que poderá ser repetido ou não, a depender de sua vontade. As situações adversas a enfrentar devem ser vividas em seu momento e não de forma antecipada. Quando isso ocorre, gera ansiedade a qual promove infelicidade. Se você sabe que vai vivê-la, prepare-se para fazê-lo com equilíbrio e de forma a extrair dela o melhor possível.

Nunca se esqueça de que somos filhos do Altíssimo e dele recebemos o bom estigma de alcançar a felicidade. Ela deveria estar em nosso presente e será nosso futuro. Em sua trajetória, deseje o próprio bem pessoal tanto quanto o de qualquer pessoa com quem se encontre. Faça o bem quando você puder, a qualquer pessoa que surja em seu caminho. Não olhe para o passado a ponto de se deter nele. Fixe o presente e o futuro.



Do Livro - FELICIDADE SEM CULPA 2ª edição

Autor - Adenáuer Novaes




Adenáuer Novaes (Salvador–BA)

é conferencista, diretor da instituição filantrópica Fundação Lar Harmonia, do Centro Espírita Harmonia e do Centro Espírita Casa de Redenção Joanna de Ângelis, em Salvador.

É formado em Engenharia Civil, Filosofia, Psicologia e pósgraduado em Psicologia Junguiana. Trabalha como psicólogo clínico. Escreveu vários livros sobre Psicologia e Espiritismo. Realiza cursos, seminários e conferências pelo Brasil e já visitou vários países da Europa divulgando a Doutrina Espírita.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

NÃO DESISTA NUNCA!

Seja um lutador, um guerreiro! Sempre! Vá em busca dos sonhos e não desista nunca!

Sim, porque quando uma porta se fecha, outra se abre! E deve estar acontecendo isso com você neste exato momento.

Força! Coragem! Tenha fé! Principalmente nesse tempo de tantas transformações e novidades. Faça renovar todas as suas esperanças porque agora é tempo disso, tá? Escancare as portas do seu coração! Permita que o amor tome conta de sua vida!

Nunca esqueça que o que você faz todos os dias demonstra a pessoa que você é! Observe mais o que está produzindo, o que está falando, o que está colhendo. Você está vivo, cara! Ponha a mão no seu peito e sinta as batidas do seu coração. Um dia ele vai parar. Por isso, viva o que tem que viver agora. E viva bem aproveitando a cada instante e não desperdice nenhum segundo.

Sempre é preciso assimilar as derrotas e aproveitar os ensinamentos delas. Mas saboreie as suas vitórias e as suas conquistas também! Veja quanta coisa você já conseguiu! Sinta-se poderoso, bonito, cheio de recursos porque você é um vencedor, mais do que isso: um merecedor!

Siga o seu próprio caminho! Escreva você mesmo, e bem, a sua história! E mesmo que cometa alguns erros, siga em frente. A vida é a mais bela das aventuras e lhe foi dada por amor. Você merece tudo isso! Você merece estar aqui! .

Aumente a sua fé e a sua confiança no que está por vir. Uma nova porta se abre agora para você! E embora se aflija pelo que perdeu, saiba que um bem maior virá!

Bom Dia! Bom Divertimento! Que Deus te abençoe!

"Você nasceu para ser grande por dentro, na vida, na emoção e principalmente no amor"


Luis Carlos Mazzini

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O CANTO DA CARIDADE

O Canto da Caridade
Por.: Dr. Bezerra de Menezes

O mundo ainda não conhecia a beneficência verdadeira antes do Cristo de Deus. A Humanidade chorava, sofria, clamava por misericórdia, fazendo ressoar suas vozes no cosmo infinito, em busca do amor, aquele amor que a consciência vislumbrava como se fosse um sonho nos caminhos da vida.

Amor que não exige, que não fere, que não troca, que não maltrata, que confia, que consola e que consubstancia os dias com a força da esperança.

E o Senhor de todos os mundos ouviu a rogativa, abriu as portas dos céus e se compadeceu dos homens, enviando seu próprio filho, em forma de homem, como sendo a Paz. E ele nos trouxe o Canto da Caridade, iluminado pelo sol do Amor, gravando nos corações de todas as criaturas a letra da canção sublimada de Deus no ambiente de paz e de benevolência: o EVANGELHO.

Jesus nos ensina a amar por meios e métodos simples, mas fecundos; enérgicos, mas verdadeiros, confortando-nos pela alegria e instruindo-nos pelo exemplo. A Caridade com o Mestre enriqueceu a atmosfera na Terra e de todos os seres com a força da instrução e a Luz da Fraternidade Universal, abrindo os nossos olhos para o entendimento mais alto, na altura da própria vida.

E não ficou somente nisso. Sabendo o Senhor que iríamos esquecer a lição dignificante da amizade pura e da exuberância do amor, ele nos prometeu –
e o apóstolo João anotou no capítulo quatorze, versículo dezesseis – esta vigorosa fala:

“E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, a fim de que esteja para sempre convosco.”

E adiante afirma: “Eu voltarei para vós, e não vos deixarei órfãos.” E voltou, pelas mãos abençoadas de Allan Kardec, avivando as nossas consciências, para que pudéssemos sentir e procurar viver tudo aquilo que Ele nos dissera antes e que o Evangelho já ensinava havia quase dois mil anos.

Meus filhos! Despertemos! Vamos, entrelacemos as mãos com urgência no clima da caridade, que somente ela nos salva, salvando todas as criaturas das trevas da ignorância, predispondo a todos nós para o conhecimento.

Lembremo-nos e tornemos a lembrar que, sobre os céus do Brasil, paira uma bandeira, cujo dístico deluz esplende sob toda a nação, impondo-se pela claridade própria, como um cântico imortal:

DEUS – CRISTO – CARIDADE
Bezerra de Menezes

O Hospital Espiritual do Mundo agradece os irmãos DA ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA pelo texto que engrandeceu este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.
Se deseja compartilhar e divulgar estas informações, reproduza a integralidade do texto e cite o autor e a fonte. Obrigada. Hospital Espiritual do Mundo.

VONTADE

Freud, em seu "Projeto para uma Psicologia Científica", tenta explicar o funcionamento do aparelho psíquico, e afirma que o que o movimenta são quantidades de energia que passam a adquirir qualidades. As quantidades de energia provindas do corpo são oriundas das necessidades materiais - fome, sede e demais necessidades fisiológicas, e liberam uma certa carga no aparelho psíquico a fim de que este busque, de alguma forma, satisfazê-las, mantendo o corpo em equilíbrio. Busca-se, então, o prazer através da descarga desta energia.

Pensamos que, junto a isto, temos também "quantidades" que provém do próprio espírito, e que são oriundas da sua VONTADE, mais ou menos condicionada por suas experiências atuais e de encarnações anteriores (bem como de sua estada na "erraticidade"), e dizem respeito a desejos e sentimentos.

A energia psíquica não seria apenas Desejo, mas muito mais que isso. Segundo Freud, o ser humano é dotado de instinto (como os animais). Mas desde o princípio já se diferencia deles, na medida em que esse instinto adquire qualidade tal que passa a ser denominado "Pulsão". A Pulsão é a energia que põe em movimento o aparelho psíquico. Esta seria dividida em Pulsão de Vida (de auto-conservação e sexual, esta última mais conhecida como libido) e Pulsão de Morte. A primeira promoveria "ligações" intrapsíquicas e a segunda, desligamentos. O Desejo, de nosso ponto de vista, estaria "dentro" do que chamaríamos de "libido".

A diferença entre pulsão e instinto residiria no seguinte, por exemplo: quando temos fome, não temos só fome. Temos, junto a isso, o Desejo. Temos "fome" de algo específico, e não de outra coisa. Temos fome de "mamar", mas isto vem junto com o afeto que recebemos da mãe. Não basta um robô com uma mamadeira. O instinto, desde o princípio, no ser humano, não é puro.

Essa energia é totalmente inconsciente. Ela só se faz consciente por meio de representações - através do que a exterioriza é que temos notícia dela, nunca diretamente. E, se muitas vezes somos movidos por decisões conscientes, muitas dessas decisões são bastante influenciadas por desejos inconscientes. O que chamamos de "ego" é a instância que vai mediar os impulsos do inconsciente, as imposições do meio externo (e ainda as exigências da instância moral, conhecida como superego).

Pensamos, do ponto de vista espírita, que seguimos uma trajetória evolutiva. Nossas conquistas em termos de dominar nossos desejos mais primitivos não se perdem em meio à jornada. O Espírito carrega consigo seus desejos e sua vontade, seu maior ou menor domínio sobre si mesmo.

Retirado do Blog Psicologia Espírita, por Michelle.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

SAIBAMOS PENSAR - CHICO XAVIER

SAIBAMOS PENSAR
Por.: Francisco Cândido Xavier

Se pretenderes receber a luz dos anjos para viver em paz entre os homens, observa como pensas, a fim de que a sombra de ontem não te anule a esperança de hoje.

Cada dia é frente movimentada na luta silenciosa, em que nos cabe entronizar na consciência aquela vitória espiritual sobre nós mesmos, capaz de assegurar-nos a suspirada penetração na Vida Celeste.

Hora a hora, aprendamos a pensar com o bem, pelo bem, junto do bem, através do bem e estendendo o bem, a fim de que venhamos a errar menos, diante das leis que nos regem.

Observando o irmão transviado, que a convenção apelida por malfeitor, mentaliza-lhe a recuperação que o integrará na comunidade das criaturas úteis e auxilia-o quanto possas.

Perante a irmã que se fez infeliz na conceituação dos outros, reflete no esforço que o seu valor feminino despendeu para ser nobre e digna e estende-lhe mão fraterna.

Ante o delinqüente que se transformou em réu da justiça, medita na batalha indefinível que o companheiro desventurado terá vivido em si próprio, antes de render-se à tentação e ampara-o com os recursos ao teu alcance.

Não cubras teus olhos com o crepe do pessimismo, nem envolvas réus no gelo da indiferença.

Aprende a pensar para o bem para que o bem te ensine a ver e a servir.

Onde o mundo situa o aviltamento e a corrupção, a falência e a queda, o pensamento reto descobre sonhos malogrados e aspirações desfeitas que a tempestade da ignorância e da penúria destruiu.

Não te confies às sugestões da tristeza e do desânimo, da crueldade e da maldição.

Passa auxiliando e sentirás no irmão da estrada a continuação de ti mesmo.

E, acendendo a luz da confiança e da bondade em torno dos próprios pés, guardarás a mente invulnerável à influência das trevas, convertendo o próprio espírito em vaso sagrado no qual o pensamento nobre, recolhido com limpidez e segurança, transformar-te-á a existência em estrela, brilhando na Terra em abençoada antecipação ao Reino de Deus.

Texto.: SAIBAMOS PENSAR
Por.: Francisco Cândido Xavier
Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Nós, Médium

OS TRES CRIVOS - CHICO XAVIER

Os Três Crivos
Por.: Francisco Cândido Xavier

... Certa feita, um homem esbaforido achegou-se a Sócrates e sussurrou-lhe aos ouvidos:

-Escuta, na condição de teu amigo, tenho alguma coisa muito grave para dizer-te, em particular...
-Espera!... ajuntou o sábio prodente. Já passaste o que me vais dizer pelos três crivos?

-Três crivos?! – perguntou o visitante, espantado.
-Sim, meu caro amigo, três crivos. Observemos se tua confidência passou por eles. O primeiro, é o crivo da verdade. Guardas absoluta certeza, quanto àquilo que pretendes comunicar?
-Bem, ponderou o interlocutor, assegurar mesmo, não posso... Mas ouvi dizer e... então...

-Exato. Decerto peineiraste o assunto pelo segundo crivo, o da bondade. Ainda que não seja real o que julgas saber, será pelo menos bom o que me queres contar?
Hesitando, o homem replicou:
-Isso não!... Muito pelo contrário...

-Ah! – tornou o sábio – então recorramos ao terceiro crivo: o da utilidade, e notemos o proveito do que tanto te aflige.
-Útil?!... – aduziu o visitante ainda agitado.
-Útil não é...

- Bem – rematou o filósofo num sorriso, - se o que tens a confiar não é verdadeiro, nem bom e nem útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que nada valem casos sem edificações para nós...
Aí está, meu amigo, a lição de Sócrates, em questões de maledicência...

Pelo Médium Francisco Cândido Xavier
Irmão X
Do Livro.: “Aulas da Vida”

FELICIDADE

Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino, no livro "Imper manência e Imortalidade" psicografado por Divaldo Franco.

Desafiadora meta que deve ser alcançada pelo ser inteligente, a felicidade é fugidia, complexa e diferente de um para outro indivíduo, apresentando-se em um mosaico psicológico de variações que surpreendem.

Sócrates e Platão, que consideravam a alma imortal e o renascimento como fenômeno natural da vida, propunham a felicidade como decorrência do culto ao dever, ao belo e à Filosofia.

A felicidade para o bruto não corresponde ao anelo de uma pessoa sensível e nobre, da mesma forma que, para Nero, constituía-se de elementos destrutivos e bárbaros enquanto que para Marco Aurélio, embora guerreiro, tinha um sentido estóico.

Epicteto, ex-escravo de Epafródito, o liberto, embora coxo e destituído de qualquer beleza, tornou-se mestre de Marco Aurélio, fruindo a felicidade com características muito diversas daquelas que celebrizaram Petrônio, o arbiter elegantiarum, por exemplo, que foi induzido ao suicídio por Nero, que o invejava...

Com o Cristianismo, o conceito de felicidade experimentou uma proposta especial, apresentando-se como o esforço que se deve empreender a fim de conquistar-se o Reino dos Céus, celebrizando o sacrifício, a renúncia, a abnegação, o amor, como indispensáveis para consegui-lo.

À medida que surgiram os grandes pensadores do Cristianismo primitivo, dando início à Patrística, a visão da felicidade experimentou profundas mudanças, tendo-se em vista o conceito de cada um, desaguando sempre na conquista do Paraíso além da disjunção corporal, no mundo espiritual, onde seria sem jaça e intérmina...

De Santo Agostinho a Santo Tomás de Aquino, os conceitos em torno da felicidade sofreram pouca alteração dentro dos postulados cristãos. Entre os ascetas e autoflagelados, os místicos e extáticos, como São João da Cruz, Santa Teresa d´Ávila, São Pedro de Alcântara, a felicidade apoiava-se na renúncia e no desprezo total do mundo, como o fito de lograr-se o Reino dos Céus...

Foi, mais tarde, com o advento do Racionalismo, a nova religião que se impôs à cultura e ao comportamento, que se estabeleceu ser a felicidade uma defluência física para o prazer, no qual a vida adquire sentido. Através da análise objetiva e intelectiva das coisas e dos acontecimentos, a experiência da satisfação dos sentidos tem alto significado, constituindo motivo de aspiração e de luta pelo conquistar.

De alguma forma, tratava-se de um retorno ao hedonismo de Aristipo de Cirene e dos seus seguidores que, no prazer situavam a razão da própria existência, já que, na transitoriedade da vida física, sempre muito rápida, é necessário fruir ao máximo das oportunidades, propiciando-se gozos incessantes, sejam do estômago, do sexo, do repouso, da posição social, da posse de valores amoedados, nos quais o ego realize-se plenamente.

Lamentável que tal anelo encontre as barreiras dos limites orgânicos e emocionais, nas suas sucessivas transformações, bem como as derivadas dos impositivos civilizatórios que exigem o cumprimento de muitos deveres que, não raro, impõem sacrifício, sofrimento e labor continuado.

Quase simultaneamente o Iluminismo programou dias de ventura intérmina para a criatura humana e a sociedade do futuro, oferecendo conceitos de felicidade em torno dos valores morais e culturais que deveriam constituir objetivos existenciais.

Rousseau, por sua vez, afastando-se dos iluministas, propôs o retorno à Natureza como sendo a única maneira de poder-se ser feliz, à simplicidade, ao estado natural, numa tentativa de renegar todas as conquistas do vigente conhecimento, como se os povos primitivos, ou aqueles que ainda se encontram em estágio primário da evolução hajam logrado a felicidade real. A indiferença ao conforto, à conquista do discernimento, à falta dos requisitos básicos de higiene e de preservação da vida física, não constituem, sem dúvida, felicidade, mas primarismo na escala da evolução.

Seria de pensar-se em como o hotentote, na sua condição pastoril contemplaria o labor ao solo, as conquistas da Tecnologia, as bênçãos da experiência cultural!

Normalmente, aqueles que se encontram em estágio de natura, quando se deparam com a civilização adotam-na até onde lhes é possível, desta forma alterando os hábitos e comportamentos, na busca de experiência diferente de felicidade, o que demonstra não estarem satisfeitos com aquela de que dispõem.

Certamente, a aculturação, em alguns casos, tem sido mais prejudicial do que útil, em face dos contributos perversos de alguns indivíduos e dos seus processos de educação, gerando sofrimentos naqueles a quem é imposta e estimulando-os a vícios que degeneram, infelicitando comunidades inteiras que viviam em melhor situação de paz, embora desconhecendo os padrões de conforto da civilização. Ao mesmo tempo, porém, essa mudança oferece recursos inestimáveis para a saúde, para o conhecimento, para a vivência de valores éticos e de condutas harmônicas também em relação à Natureza.

Como conseqüência dessa visão mais clara e atual, dir-se-á depois que é melhor ser um Sócrates inquieto que um suíno satisfeito, um esteta ansioso que um aborígene contente...

A euforia do Iluminismo ensejou uma grande contribuição literária e uma visão enriquecida de possibilidades em torno de como o homem, a mulher e a sociedade podem realmente ser felizes.

Condorcet afirmava, no seu célebre Sketch, que a bondade moral do homem (...) é suscetível de um aprimoramento ilimitado e que a natureza vincula estreitamente, numa corrente indissolúvel, a verdade, a felicidade e a virtude. Embora denominando-se ateu, o seu conceito de felicidade tem como suporte a verdade e a virtude, ao mesmo tempo em que lamentava as terríveis diferenças sociais, propunha a paz internacional que seria conseguida mediante condutas de justiça, um saudável comportamento de comércio livre, o surgimento de uma língua universal que juntos se encarregariam de mudar a paisagem dos sofrimentos humanos.

De certo modo, o nascimento de Esperanto, graças a Zamenhof, o surgimento da União Européia, prenunciando um comércio livre, pelo menos entre os seus membros, vêm contribuindo para a fraternidade. Assim mesmo, as diferenças culturais e históricas, preservadoras do egoísmo nacional de cada povo, lutam para manter-se distantes umas das outras, apesar das situações calamitosas. De igual maneira, as lutas de classes, as guerras intestinas ou não, vêm demonstrando a impossibilidade para alcançar-se esse paraíso iluminista, pelo menos nos moldes em que foi apresentado.

Afiançando a necessidade de construir-se o futuro, os iluministas laboravam com um ardor quase religioso, embora a sua descrença em Deus e na vida espiritual.

Essa necessidade de renunciar ao presente, a fim de que o porvir se fizesse engrandecido e pleno, está em Kant, aspirando que as gerações porvindouras deveriam experimentar a felicidade, embora a renúncia dos seus programadores, que deveriam trabalhar afanosamente, sem qualquer intenção de desfrutar dos seus resultados positivos.

Ocorre que a felicidade não pode ficar adstrita apenas à sua face objetiva, à exterior, àquela que fere os sentidos, que contribui com a compensação do prazer sensorial. Há um subjetivismo de muito maior efeito, que são as alegrias internas da consciência de paz, dos deveres retamente cumpridos, das satisfações que decorrem dos ideais abraçados, dos objetivos que são mantidos conquanto defrontem lutas acerbas.

O importante é constatar-se como se sente cada um ante a vida e não quanto possui e frui da vida. O bem-estar subjetivoé fundamental à construção da felicidade do indivíduo e do grupo social onde se movimenta.

Nesse sentido, não se deve considerar a felicidade como sendo uma linha reta de emoções contínuas no mesmo padrão, na mesma forma de expressar-se, porquanto, expressa-se em pequenas maneiras de existir, na transitoriedade de cada acontecimento, gerando uma melodia de alegrias que, não obstante com pausas, tem uma continuidade, uma significação, às vezes com pontos máximos e mínimos, num todo harmonioso, gerando diferença entre estar feliz e ser feliz.

Os iluministas sonharam que o domínio da natureza, a perfectibilidade humana e o governo racional, mudariam a Terra e os seus habitantes.

Um ideal esse, sem dúvida, extraordinário, mas impossível por enquanto, considerando-se o estágio de evolução da criatura terrena, que oscila entre o ser primitivo e o gentleman, o bárbaro e o civilizado, o agressivo e o educado...

Desta forma, nem a abominação contra o sofrimento em favor do gozo, nem a eleição daquele em detrimento deste.

Os estóicos, a partir de Zenão de Cício, Cleanto, Crisipo e os seus continuadores, estabeleceram que a felicidade se encontrava na observância dos rígidos princípios morais e de superação do sofrimento, mediante o desprezo pelos gozos materiais, de forma que a harmonia interior se exteriorizasse em júbilo real, dando resistência para os enfrentamentos que desgastam, as enfermidades que debilitam, as dores que enfraquecem o indivíduo.

A busca, pois, da superação do sofrimento tem sido objetivo de preocupação constante na Filosofia, na Psicologia, na Sociologia desde os dias já longínquos do esoterismo oriental, na Índia, na China, no Egito, na Grécia, até as buscas atuais nas Obras de auto-ajuda, nos recursos da meditação transcendental, nos exercícios de concentração, nos métodos chineses e japoneses de reflexão e equilíbrio interno para fugir-se do estresse, da ansiedade, da depressão...

Sucede, no entanto, que a felicidade, por mais seja anelada, é sempre relativa enquanto se transita na Terra.

Estando o ser humano sujeito aos impositivos orgânicos, sociais e governamentais, mergulhado profundamente no conjunto do grupo familiar, há todo um conjunto de fenômenos e de ameaças ao que denomina como felicidade, que lhe escapa ao controle pessoal.

Somente uma visão espiritualista e, por ideal, espiritista, oferece os meios hábeis para o encontro da felicidade, através da vivência dos postulados cristãos em clima de alegria e de libertação de preconceitos amargos e perversos, de ralizações dignificadoras e de solidariedade, trabalhando o íntimo e os relacionamentos externos, de forma que se torne a existência laboriosa e rica de paz, ensejando contentamento e esperança de plenificação enquanto no mundo mesmo.

Mediante essa compreensão da lei de causa e efeito moral, assume-se a responsabilidade do dever de ser hoje melhor do que ontem, aceitando-se sem revolta as ocorrências perturbadoras na saúde, no bem estar socioeconômico, familiar, trabalhando, porém, infatigavelmente, quanto lhe permitam as forças, a fim de mudar-se a paisagem por onde se deambula. Se negativa, como efeito das ações pretéritas infelizes, utilizando-se de todo esforço para reparar danos e (re)construir situações favoráveis. Se positiva, ampliando a área de labores que geram bênçãos para todos, por consequência, mantendo as próprias conquistas e tornando-as mais relevantes. Contudo, os desafios serão sempre oportunidades para novas realizações, ensejos de crescimento e de edificação que nunca cessarão.

A felicidade, portanto, consistirá sempre no bem-estar que se pode conseguir subjetivamente em decorrência da vitória sobre si mesmo e objetivamente criando situações de harmonia, de progresso, de conforto, de saúde e de alegria de viver.

Por fim, consequindo-se experienciar com frequência o lapidar conceito inscrito no pórtico do Templo de Apolo, em Delfos, Gnôthi seauton, que Sócrates conduziu a Atenas introduzindo-o em sua proposta filosófica. O Conhece-te a ti mesmo é ainda a chave que pode elucidar o enigma da felicidade, conforme o Espírito Santo Agostinho bem explicou em adendo à resposta que os Espíritos deram à pergunta formulada por Allan Kardec, de número 919, em O Livro dos Espíritos.

Postado por Michelle

O QUE MAIS SOFREMOS


O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos,
desenvolvemos e sustentamos contra nós.
Espírito: ALBINO TEIXEIRA
Médium: Francisco Cândido Xavier

FESTA EM SÃO PAULO


Minha filha Anamaria e amigas em festa da TVA no Credicard Hall, em São Paulo. Linda!

domingo, 25 de dezembro de 2011

CONSELHOS NATALINOS AOS ESPÍRITAS

CONSELHOS NATALINOS AOS ESPÍRITAS


Caros irmãos de doutrina, não venho aqui falar sobre Jesus que é o motivo
maior da mais importante festa da cristandade.
Já muito se fala e escreve a respeito do Natal; falam muito e bonito.

Dizem também que é comércio puro; muita matança de bichos para servir à mesa;
excesso de bebidas e comidas. Que os espíritas devem moderar na mesa e no copo é do
conhecimento de todos, principalmente dos médiuns.
Escreve-se muito nos jornais e grupos espíritas a respeito da caridade que aumenta
nesta data e que o certo seria doar alimentos, roupas e outras necessidades em todos
os dias do ano e não apenas no Natal.
Correto.

Muitos reclamam que "precisam" se reunir com a parentada toda; tendo que tolerar
aquele tio ou primo chato ou a sogra e cunhada fofoqueira; martirizam-se na mesa
tendo que comer a maionese ou o peru sem graça de alguma péssima cozinheira da
família.
Mas...
Pelo amor de Jesus Cristo, não virem "espíritachatobsessivo" por causa desta data.

Está certo que comprar coisas e presentes é uma obrigação quase comparável aos
sacrifícios dos cristãos nas arenas romanas, mas é também uma ótima oportunidade
de soltar um pouco a "mão fechada" e aquela poupança parada inutilmente no banco.
O dinheiro dá emprego para muitos necessitados se fica parado apodrece.
O Natal é uma boa época para praticar o desprendimento material.
Vale também presentear uma poesia, uma carta amiga e
algo feito pelas nossas mãos, mesmo sendo modesto.
Por que reclamar? Não ganhamos também?

A caridade feita apenas no Natal não deixa de ser uma caridade. Melhor
dar algo numa só época do ano do que não doar nunca. O prazer sentido quando
preenchemos a sacola de uma criança carente faz com que sintamos vontade de
doar sempre. O Natal serve de impulso ao ato de compartilhar, repartir, doar sem
esperar retorno.

Quanto à mesa, sem dúvida que sentimos a dor de nossos irmãozinhos animais, um dia a
humanidade será totalmente vegetariana pela consequência da evolução. Mas é
também caridade apreciar e elogiar o esforço de uma cozinheira inexperiente da
família que passou o dia inteiro na confecção de um prato natalino.
Há muita caridade suportar os defeitos da parentada, não possuimos também?
Se parente é serpente, somos serpentes também porque pertencemos à
mesma família universal.

Muitos espíritas criticam a figura do Papai Noel dizendo que não faz parte do Cristianismo,
mas lembremos que esta imagem do grande distribuidor de presentes que faz a alegria
da garotada, teve origem na presença de um grande cristão que foi Nicolau. Pessoa
de grande bondade que vivenciou todos os ensinamentos do Mestre Jesus.

Olhemos somente o lado bom do Natal que embora recheado de falhas humanas,
será sempre a comemoração de uma mudança marcante da
história da humanidade.

Que todos os espíritas façam uma prece de coração aberto agradecendo a Jesus pelo
seu sacrifício de amor. Façam um esforço para aceitar tudo que não dá para ser
mudado. Sejam alegres, comam e bebam moderadamente, mas façam tudo com a
alegria sincera do verdadeiro cristão.

Natal é fraternidade.
Não vale recolher-se à quatro paredes fazendo de seu lar um lugar triste só para
dizer que é espírita e que não aprecia comércio, comilanças e pessoas inconvenientes.
O isolamento no Natal é contrário ao ensinamento do Mestre, pois o segundo maior
mandamento da lei é: "amar ao próximo como a ti mesmo".

Feliz Natal, irmãozinhos do coração.
Que Jesus alegre sempre suas festas e todos os dias do ano que virá.
Natal é alegria temperada com amor.
Que assim seja!

Danke al Dio!


Miryã Kali/ MLucia

FELIZ LIVRO NOVO!


Quando 2011 começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos...
Você podia fazer dele o que quisesse...
Era como um Livro em Branco, e nele você podia colocar:
um poema, um pesadelo, uma blasfêmia, uma oração.
Podia...
Hoje não pode mais; já não é seu.
É um livro já escrito... Concluído.
Como um livro que tivesse sido escrito por você,
ele um dia lhe será lido, com todos os detalhes,
e você não poderá corrigi-lo.
Estará fora de seu alcance.
Portanto, antes que 2011 termine, reflita,
tome seu velho livro e o folheie com cuidado.
Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos
e pela consciência; faça o exercício de ler a você mesmo.
Leia tudo...
Aprecie aquelas páginas de sua vida em que você usou
seu melhor estilo.
Leia também as páginas que gostaria de nunca ter escrito.
Não, não tente arrancá-las.
Seria inútil. Já estão escritas.
Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro
que lhe será entregue.
Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu,
e evitar repetir as ruins.
Para escrever o seu novo livro, você contará novamente
com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para preencher,
toda a imensa superficie do seu mundo.
Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije-o.
Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir,
coloque-o nas mãos do Criador.
Não importa como esteja...
Ainda que tenha páginas negras, entregue
e diga apenas duas palavras:
Obrigado e Perdão!!!
E, quando 2012 chegar, lhe será entregue outro livro,
novo, limpo, branco todo seu,
no qual você irá escrever o que desejar...

FELIZ LIVRO NOVO !!!

Enviado peçla amiga Fátima, de São Carlos, São Paulo.

ORAÇÃO DE NATAL

Senhor,
Quisera neste Natal
armar uma árvore dentro do meu coração e nela pendurar,
em vez de presentes,
os nomes de todos os meus amigos.
Os amigos de longe e os de perto.
Os antigos e os mais recentes.
Os que vejo a cada dia e os que raramente encontro.
Os sempre lembrados e os que as vezes ficam esquecidos.
Os constantes e os intermitentes.
Os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que sem querer magoei ou, sem querer me magoaram.
Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles que me são conhecidos apenas pelas aparências.
Os que pouco me devem e aqueles a quem muito devo.
Meus amigos humildes e meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que já passaram pela minha vida.
Uma árvore de raízes muito profundas,
para que seus nomes
nunca mais sejam arrancados do meu coração.
De ramos muito extensos,
para que novos nomes,
vindos de todas as partes,
venham juntar-se aos existentes.
De sombra muito agradável,
para que nossa amizade seja um momento de repouso,
nas lutas da vida.

Que o Natal esteja vivo
em cada dia do Ano Novo que se inicia,
para que as luzes e cores da vida
estejam presentes em toda a nossa existência,
e concretizem com a ajuda de Deus,
todos os nossos desejos.

feliz natal!!!!

Enviado pela amiga Leonor.

SOLIDÃO

“Sim, onde quer que estejais, estarão convosco. Nem nos cárceres, nem nos hospitais, nem nos lugares de devassidão, nem na solidão, estais separados desses amigos a quem não podeis ver, mas cujo brando influxo vossa alma sente, ao mesmo tempo que lhes ouve os ponderados conselhos”. (Allan Kardec, questão 495 de “O Livro dos Espíritos”)

“Com o Espiritismo, não mais solidão, não mais abandono: o homem, por muito insulado que esteja, tem sempre perto de si amigos com quem pode comunicar-se”. (Allan Kardec, questão 936 de “O Livro dos Espíritos”)

Ou seja, de uma perspectiva espiritual a verdadeira solidão não existe. Falamos, do ponto de vista psicológico, de sentimentos de solidão: aquele que se caracteriza por um estado de quietude interna, onde a criatura entra em contato com sua própria essência e sente-se em paz; ou aqueloutro que se manifesta através da tristeza de sentir-se só.

Segundo Hammed (em “As Dores da Alma” por Francisco do Espírito Santo Neto), o primeiro trata-se de importante momento de reflexão, onde exercitamos o aprendizado que nos levará a abrir um canal receptivo à consciência divina. O segundo relaciona-se aos nossos conflitos internos, como por exemplo “adotarmos padrões existenciais super rígidos, impossíveis de serem atingidos e alimentarmos o orgulho de nos acreditarmos onipotentes, superiores e invulneráveis”. “O esforço metódico para sustentar essa versão idealizada é responsável por grande parte dos nossos problemas de relacionamento conosco e com os outros”. Diz ele: “Para que nossa essência emerja é preciso abandonarmos nossa compulsão de fazermo-nos seres idealizados, nossa expectativa fantasiosa de perfeição e nosso modelo social de felicidade.”

Joanna de Angelis (em “O Homem Integral” por psicografado por Divaldo Franco) traz, sobre o tema, o ensinamento que reproduzimos a seguir:

“Espectro cruel que se origina nas paisagens do medo, a solidão é, na atualidade, um dos mais graves problemas que desafiam a cultura e o homem. A necessidade de relacionamento humano, como meca­nismo de afirmação pessoal, tem gerado vários distúrbios de comportamento, nas pessoas tímidas, nos indivíduos sensí­veis e em todos quantos enfrentam problemas para um inter­câmbio de idéias, uma abertura emocional, uma convivência saudável. Enxameiam, por isso mesmo, na sociedade, os solitários por livre opção e aqueloutros que se consideram marginalizados ou são deixados à distância pelas conveniências dos grupos.”

“A sociedade competitiva dispõe de pouco tempo para a cordialidade desinteressada, para deter-se em labores a bene­fício de outrem. O atropelamento pela oportunidade do triunfo impede que o indivíduo, como unidade essencial do grupo, receba consi­deração e respeito ou conceda ao próximo este apoio que gostaria de fruir. A mídia exalta os triunfadores de agora, fazendo o pane­gírico dos grupos vitoriosos e esquecendo com facilidade os heróis de ontem, ao mesmo tempo que sepulta os valores do idealismo, sob a retumbante cobertura da insensatez e do oportunismo.”

“O homem, no entanto, sem ideal, mumifica-se. O ideal é-lhe de vital importância, como o ar que respira. O sucesso social não exige, necessariamente, os valores intelectomorais, nem o vitalismo das idéias superiores, antes cobra os louros das circunstâncias favoráveis e se apoia na bem urdida promoção de mercado, para vender imagens e ilusões breves, continuamente substituídas, graças à rapidez com que devora as suas estrelas. Quem, portanto, não se vê projetado no caleidoscópio mágico do mundo fantástico, considera-se fracassado e recua para a solidão, em atitude de fuga de uma realidade mentiro­sa, trabalhada em estúdios artificiais.”

“Parece muito importante, no comportamento social, rece­ber e ser recebido, como forma de triunfo, e o medo de não ser lembrado nas rodas bem sucedidas, leva o homem a esta­dos de amarga solidão, de desprezo por si mesmo. O homem faz questão de ser visto, de estar cercado de bulha, de sorrisos embora sem profundidade afetiva, sem o calor sincero das amizades, nessas áreas, sempre superficiais e interesseiras. O medo de ser deixado em plano secundário, de não ter para onde ir, com quem conversar, significaria ser desconsiderado, atirado à solidão. Há uma terrível preocupação para ser visto, fotografado, comentando, vendendo saúde, felicidade, mesmo que fictí­cia. A conquista desse triunfo e a falta dele produzem soli­dão.”

“O irreal, que esconde o caráter legítimo e as lídimas aspi­rações do ser, conduz à psiconeurose de autodestruição. A ausência do aplauso amargura, face ao conceito falso em torno do que se considera, habitualmente como triunfo. Há terrível ânsia para ser-se amado, não para conquistar o amor e amar, porém para ser objeto de prazer, mascarado de afetividade. Dessa forma, no entanto, a pessoa se desama, não se torna amável nem amada realmente.”

“Campeia, assim, o “medo da solidão”, numa demonstra­ção caótica de instabilidade emocional do homem, que pare­ce haver perdido o rumo, o equilíbrio. O silêncio, o isolamento espontâneo são muito saudáveis para o indivíduo, podendo permitir-lhe reflexão, estudo, auto-aprimoramento, revisão de conceitos perante a vida e a paz interior.”

“O sucesso, decantado como forma de felicidade, é, tal­vez, um dos maiores responsáveis pela solidão profunda. Os campeões de bilheteria nos shows, nas rádios, televi­sões e cinemas, os astros invejados, os reis dos esportes, dos negócios cercam-se de fanáticos e apaixonados, sem que se vejam livres da solidão. Suicídios espetaculares, quedas escabrosas nos porões dos vícios e dos tóxicos comprovam quanto eles são tristes e so­litários. Eles sabem que o amor, com que os cercam, traz, apenas, apelos de promoção pessoal dos mesmos que os en­volvem, e receiam os novos competidores que lhes ameaçam os tronos, impondo-lhes terríveis ansiedades e inseguranças, que procuram esconder no álcool, nos estimulantes e nos de­rivativos que os mantêm sorridentes, quando gostariam de chorar, quão inatingidos, quanto se sentem fracos e huma­nos. A neurose da solidão é doença contemporânea, que ame­aça o homem distraído pela conquista dos valores de peque­na monta, porque transitórios.”

“Resolvendo-se por afeiçoar-se aos ideais de engrandeci­mento humano, por contribuir com a hora vazia em favor dos enfermos e idosos, das crianças em abandono e dos ani­mais, sua vida adquiriria cor e utilidade, enriquecendo-se de um companheirismo digno, em cujo interesse alargar-se-ia a esfera dos objetivos que motivam as experiências vivenciais e inoculam coragem para enfrentar-se, aceitando os desafios naturais.”

“O homem solitário, todo aquele que se diz em solidão, exceto nos casos patológicos, é alguém que se receia encon­trar, que evita descobrir-se, conhecer-se, assim ocultando a sua identidade na aparência de infeliz, de incompreendido e abandonado. A velha conceituação de que todo aquele que tem amigos não passa necessidades, constitui uma forma desonesta de estimar, ocultando o utilitarismo sub-reptício, quando o pra­zer da afeição em si mesma deve ser a meta a alcançar-se no interrelacionamento humano, com vista à satisfação de amar.”

“O medo da solidão, portanto, deve ceder lugar, à confian­ça nos próprios valores, mesmo que de pequenos conteúdos, porém significativos para quem os possui. Jesus, o Psicoterapeuta Excelente, ao sugerir o “amor ao próximo como a si mesmo” após o “amor a Deus” como a mais importante conquista do homem, conclama-o a amar-se, a valorizar-se, a conhecer-se de modo a plenificar-se com o que é e tem, multiplicando esses recursos em implementos de vida eterna, em saudável companheirismo, sem a preocu­pação de receber resposta equivalente.”

“O homem solidário, jamais se encontra solitário. O egoísta, em contrapartida, nunca está solícito, por isto, sempre atormentado.”

“Possívelmente, o homem que caminha a sós se encontre mais sem solidão, do que outros que, no tumulto, inseguros, estão cercados, mimados, padecendo disputas, todavia sem paz nem fé interior. A fé no futuro, a luta por conseguir a paz íntima — eis os recursos mais valiosos para vencer-se a solidão, saindo do arcabouço egoísta e ambicioso para a realização edificante onde quer que se esteja.”

Hammed (em “As Dores da Alma” por Francisco do Espírito Santo Neto) prossegue: “Lembremo-nos de que a solidão aparece quando negamos nossos sentimentos e ignoramos nossas experiências interiores. Essa forma comportamental tende a fazer-nos ver as coisas do jeito como queremos ver, ou seja, como nos é conveniente, em vez de vê-las como realmente são. Assim é que distorcemos nossa realidade.”
(...)
“São muitos os caminhos de Deus e a solidão pode ser um deles. Jesus Cristo, constantemente, se retirava para a intimidade que o silêncio proporciona, pois entendia que a elevação de alma somente é possível na “vivacidade da solidão”. O Cristo amoroso sabia que, quando houvesse silêncio no coração e no intelecto, se estabeleciam as bases seguras da relação entre a criatura e o Criador, proporcionando a percepção de que somos unos com a vida e unos com todos os seres. A espiritualidade Maior entende que, nos retiros de tranquilidade, criamos uma sustentação interior, que nos permite sintonizar com as leis divinas e com os valores reais da consciência cristã. Ouçamos com os ouvidos internos, pois ninguém pode assimilar bem uma experiência que não provenha de sua própria orientação interior.”

Joanna de Angelis (em “Amor Imbatível Amor” psicografado por Divaldo Franco) por fim coloca: “O medo de amar escamoteia-se e leva à solidão angustiante, que projeta o conflito como sendo de responsabilidade das demais pessoas, do meio social que é considerado agressivo e insano, fatores esses que existem no imo daquele que se recusa inconscientemente a dar-se, ao inefável prazer de libertar as emoções retidas.” Mas...

“(...) O amor relaxa e conforta, sendo felicitador e proporcionando compensação em forma de prazer. É o sentimento mais complexo e mais simples que predomina no ser humano, ainda tímido em relação às suas incontáveis possibilidades, desconhecedor dos seus maravilhosos recursos de relacionamento e bem-estar, de estimulação à vida e a todos os seus mecanismos.”

“O amor liberta quem o oferece, tanto quanto aquele a quem é direcionado, e se isso não sucede, não atingiu o seu grau superior, estando nas fases das trocas afetivas, dos interesses sexuais, dos objetivos sociais, das necessidades psicológicas, dos desejos... Certamente são fases que antecedem o momento culminante, quando enriquece e apazigua todas as ansiedades.”
Postado por Michelle

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

PORQUE É NATAL!






Senhor,

A Tua voz é o som perfeito que me embala o ser, e que me faz ouvir o murmúrio tranqüilizante dos astros.

O Teu olhar é como o brilho solar, que me aquece a alma fria, marcada pelo desalento e pela desesperança, nessa dura marcha para a elevação.

As Tuas mãos representam para mim o divino apoio, amparo que me impede de tombar, fragilizado como estou, nos rumos em que me vejo, ante a necessidade de subir.

As Tuas pegadas indicam-me as trilhas por onde devo me orientar nessa ausência de bússola moral com o entorpecimento da ética, quando desejo ir ao encontro de Deus.

As Tuas instruções, Jesus Nazareno, mapeiam para mim o território da paz, ensejando-me clareza para que saiba onde me encontro e como estou, para que não me perca nessa ingente procura dos campos de amor e das fontes de paz.

Os Teus silêncios falam-me bem alto a respeito de tudo o que devo aprender e operar nos recônditos de minh'alma, aprendendo tanto a falar quanto a calar, sempre atuando na construção do mundo rico de fraternidade que almejamos.

Agora, quando me ponho a meditar sobre tudo isso, meu Senhor, desejo exalçar o Teu nome, por toda a minha omissão dos milênios afora, embora a Tua paciente e dúlcida presença junto a mim.

Já é Natal na Terra, Jesus!

E porque é o Teu Natal, busco em Tua luz desfazer as minhas sombras; procuro em Tua assistência superar minhas variadas necessidades; quero no Teu exemplo de trabalho atender os meus deveres.

Porque é o Teu Natal, anseio por achar na Tua força a coragem de superar os meus limites; desejo ver na Tua entrega total a Deus o reforço para minha fidelidade ao bem e, na Tua auto-doação à vida, anelo tornar-me um servidor; no culto do dever que Te trouxe ao mundo, quero honrar o meu trabalho.

No Teu Natal, que esparge claros jorros de amor sobre o planeta, quero abrigar-Te no imo do meu coração convertido numa lapa bem simples, para que possas nascer em mim, crescer em mim e atuar por mim.

E, na magia do Natal, vibro para que minhas ações permitam que o Teu formoso Reino logo mais possa alojar-se aqui, no mundo, e que cheio de júbilo n'alma eu possa dizer que Te amo, que Te busco e que Te quero seguir, apesar da simplicidade dos meus gestos e do pouco que tenho para dar-Te, meu doce Amigo, meu Senhor.


Ivan de Albuquerque

Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 24.9.2007, na Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.

DEZEMBRO - BEZERRA DE MENEZES






Mensagens de Bezerra de Menezes:

DEZEMBRO

Eis que se aprestam os homens para mais uma comemoração do natal do Senhor.
Mais uma vez, lampadários maravilhosos surgem aqui e acolá, vitrines brilhantes e bem postas, movimento comercial, intensidade de sugestões. . .
Alegria da petizada que conta com o seu papai Noel, indiferença daqueles que vivem o natal como dia a dia comum, tristeza para muitos, enfim é natal!
Enfim, comemora-se de alguma forma a chegada do Senhor na Terra. Mas como acontece, geralmente. O espírito do natal, a festa comemorativa que deveria estar mais e mais aperfeiçoada, ainda necessita e muito do gesto carinhoso dos cristãos, para que o Nome de Jesus, seja pronunciado com respeito e amor, sentido em todos os corações como manancial de luz e paz, como ancoradouro de felicidade, como sol bendito, com luz permanente.
Eis dezembro!
Eis o natal que se aproxima.
Enfeita também o teu coração com os lampadários formosos da caridade, acende as luzes ternas da fraternidade legítima, procura a atividade necessária para esse grande dia, na visitação ao enfermo, no auxílio às crianças desvalidas. Acende cada dia, a prece fervorosa em favor da paz mundial, suplica ao Todo Poderoso a força e a coragem para os desanimados e enfraquecidos.
Não permitas que as horas passem vazias neste mês festivo de dezembro.
Confecciona as roupinhas, o agasalho para o necessitado. Prepara o caldo reconfortante para o doente; não te detenhas à margem comum daqueles que só esperam prazeres e regalias de um mundo sofredor. Ajuda e auxilia, quando possas.
Faze a tua árvore de natal, simbólica, e nela dependura as flores da bondade, da humildade, a lembrança carinhosa e fraterna.
Auxilia, ajuda!
Prepara no teu lar o recanto feliz para que a mensagem do Natal seja uma realidade portas adentro do teu santuário.
Envida esforços para conquistar a paz dentro do teu lar. Ergue ali o santuário vivo do amor através da ilimitada paciência. Não desprezes aquele que te bate à porta, procurando auxílio.

Vem, meu irmão. Vem conosco. Jesus espera teu coração. Jesus quer ver a Terra mais feliz. Faze a tua parte, para que lá do Infinito o Mestre possa ver e sentir o Mundo, o seu Mundo, uma fulgurante estrela de promessas vivas, de movimentação e ascensão para as altiplanuras.

Vem, meu irmão, trabalhemos

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

DROGADIÇÃO - JOANNA DE ÂNGELIS

Texto de Joanna de Angelis (por Divaldo Franco) retirado do livro “Conflitos Existenciais”.

Fatores Causais da Drogadição

A drogadição constitui, na atualidade, um dos mais graves problemas de saúde mental e orgânica, em face das substâncias tóxicas que exercem sobre o sistema nervoso um predomínio perturbador.

Neste capítulo, incluímos o alcoolismo e todas as suas lamentáveis consequências pessoais, familiares e sociais, arrastando milhões de vítimas aos abismos da loucura, do crime e do suicídio perverso...

Os primeiros prejuízos orgânicos decorrem da perturbação produzida na corticalidade do sistema nervoso, que se encarrega do controle, em face da inibição que proporciona, dos centros nervosos inferiores, logo afetando as fibras do feixe frontal talâmico, diminuindo as inibições e produzindo manifestações, por exibição, de emoções antes freadas e que se apresentam excitadas e dominantes.

Posteriormente alcança o cerebelo, produzindo desgovernação dos movimentos, para logo seguir gerando a paralisia do nervo vagal, que responde pelo equilíbrio existente entre o ritmo cardíaco e o respiratório, tornando-se, em geral, o responsável pela morte do viciado.

Na psicogênese da drogadição encontra-se o Espírito aturdido, inseguro, às vezes revoltado, que traz do passado uma alta carta de frustrações e de rebeldia.

Na fase pré-tóxica, pode-se identificar o dependente como uma personalidade psicopática evoluindo para o processo esquizofrênico.

Igualmente se tem constatado nos oligofrênicos uma certa disposição para o uso de substâncias tóxicas, ou mesmo entre os deficientes mentais, por uma necessidade de afirmação da personalidade, em face da rejeição experimentada ou de alguns preconceitos que o consideram incapaz de realizações mais significativas. Dessa forma, anulando o senso de equilíbrio, esses indivíduos encontram nas drogas um estimulante para alcançar níveis superiores de comunicação e de realização, mesmo que de maneira arbitrária.

Assim, existem níveis diferentes de pessoas que podem tombar nas malhas da drogadição:

a) aquelas que se apresentam atemorizadas, receando a vida que lhes parece sempre injusta e perversa, destituídas de tolerância em relação às próprias frustrações;
b) aqueloutras que podem ser consideradas dependentes, isto é, para quem a existência deve ser sempre agradável e compensadora, buscando, na droga química, seja qual for, uma fuga da realidade que, em face da sua injunção aflitiva, deve ser negada ou apagada a qualquer preço...

O primeiro grupo encontra no uso da droga a segurança que falta no estado de lucidez, embora reconheça que é fácil duração, mantendo a expectativa de renovação de outras doses até o desespero que não tarda. O segundo, vitimado pela ansiedade, refugia-se no tóxico, evitando o trânsito pelas situações desafiadoras para as quais acredita-se incapaz de enfrentamento.

Porque o entorpecente minora as tensões inibitórias, facilitando a irrupção de condutas recusadas pelo ego, sejam edificantes ou delituosas, o paciente recorre-lhe ao uso, em forma de refúgio, que sempre se transforma em terrível cárcere de agonia incessante.

Sem dúvida, os conflitos do lar contribuem expressivamente para a fuga na direção das drogas. A ausência de diálogos entre os genitores e os filhos, as agressões domésticas, as conversações doentias e a falta de carinho, no que diz respeito à educação doméstica, expulsa o adolescente – muitas vezes a criança – do convívio da família para os traficantes impiedosos, que os adotam, extorquindo-lhes dinheiro e matando-lhes a esperança de uma vida saudável.

Os conflitos internos que aturdem o jovem ou o adulto, que sente insegurança na realização de alguns cometimentos, respondem pela procura de determinadas drogas estimulantes que lhes proporcionam segurança na primeira fase da intoxicação, em razão do estímulo cortical que proporciona certa vivacidade intelectual, respondendo pela euforia e audácia nos gestos. É comum o acontecimento em determinados indivíduos que exercem profissões liberais e são convocados amiúde a ações desafiadoras que temem não poder executá-las com segurança e que o fazem sob a injunção do álcool, de diversas drogas, tais: a morfina, a cocaína, o crack ou outra qualquer...

Não poucos viciados renitentes são vítimas do mesmo hábito que mantiveram em existência anterior, na qual mergulharam em abismo profundo e retornaram com as marcas da dependência que os consome, avançando para expiações muito graves no futuro.

Sob outro aspecto, as vinculações com personalidades psicopatas desencarnadas ou inimigos pessoas de outras experiências carnais respondem pela sua indução à dependência viciosa, na qual também se comprazem em mecanismos de vampirização cruel, em verdadeira interdependência espiritual.

Sem a menor dúvida, é o Espírito enfermo, aquele que mergulha no poço asfixiante da drogadição, arrastando os efeitos da conduta reencarnacionista e dos compromissos alienantes da atualidade na qual se encontra.

Dependência Química

Iniciado o uso de qualquer substância química tóxica, após a euforia mentirosa e a queda na angústia pela falta do estímulo artificial, muitas vezes o paciente experimenta mal-estar compreensível.

Os relacionamentos sedutores e os grupos de convivência doentia encarregam-se de proporcionar novos estímulos e, ao repetir a experiência inicia-se a torpe dependência que leva aos desastres mais imprevisíveis, tanto em relação ao desgaste orgânico, como à degenerescência mental e emocional, e também aos imprevisíveis desvios para o crime: furto, roubo, agressão, homicídio, suicídio...

Porque reconhece o comportamento criticável de que é portador, o viciado em tóxicos torna-se desconfiado, dissimulador, agressivo, mentiroso, avançando no rumo de interpretações delirantes que, às vezes, se convertem em transtornos paranóides.

Invariavelmente o viciado nega o uso de drogas com tanta segurança que engana mesmo aqueles que são conhecedores da problemática.

De início, uma pequena dose é suficiente para gerar estímulos agradáveis em alguns pacientes, enquanto outros são empurrados para os porões do inconsciente, sendo vítimas de terríveis alucinações que os desvairam.

A falta de contato contínuo dos genitores com os filhos, não lhes percebendo as primeiras alterações de conduta quando ocorre a iniciação, permite que os mesmos se entreguem ao vício com assiduidade, criando dependência grave que, ao ser percebida, já exige terapia cuidadosa e prolongada.

Nesse caso, o alcoolismo instala-se, em razão do uso da substância etílica fazer parte do jogo social, dos relacionamentos que primam pela futilidade e por falta de profundidade, permanecendo na superfície das aparências, que proporcionam as libações contínuas de cervejas, vinhos e outros sofisticados produtos, como forma de esconder o desinteresse que sentem umas criaturas por outras.

Perigoso, pela facilidade com que são encontradas as bebidas alcoólicas, esse vício tornou-se um grave problema social e de saúde, em razão da sua difusão nas sociedades distintas, como degradadas, levando a pouco e pouco, o indivíduo a uma situação nociva ao próprio meio no qual transita.

Lares são vergastados pela sevícia dessa dependência, crimes horrendos são praticados pelos seus usuários, agressões vergonhosas e lamentáveis sucedem-se, umas às outras, em voragem alucinante, ceifando muitos milhões de vidas que poderiam ser dignificadas pelo trabalho e pela abstinência do seu enfermiço uso.

Em razão das quantidades ingeridas, desde cedo, podem expressar quadros psicopáticos, que caracterizam as resistências emocionais e mentais dos indivíduos. Alguns há, que são capazes de ingerir volumosa quota de substância alcoólica sem apresentar, de imediato, efeitos danosos. Outros, no entanto, mesmo usando pequenas quantidades, logo aparecem os acidentes psíquicos, uns mais devastadores do que outros, de que não se recorda o enfermo quando recupera a lucidez...

Os dipsômanos, no entanto, são levados de forma irresistível ao uso dessas substâncias, em face da sua ansiedade, embora conscientes da enfermidade que os consome...

Além das heranças genéticas, os traumatismos cranianos e as encefalopatias sutis, na infância, também respondem pela tendência ao alcoolismo.

Podemos introduzir, igualmente, na psicogênese do alcoolismo, as obsessões, como geradoras do vício, qual ocorre, conforme referido, em outras formas de drogadição.

Os efeitos são terríveis na glândula hepática, nos rins, em todo o aparelho digestivo, com os graves comprometimentos emocionais e mentais.

Nas diversas dependências de drogas químicas, após largo período de uso, podem-se registrar alterações do centro da palavra, com dificuldade de silabação, arrastamento da pronúncia, incapacidade de expressar-se com símbolos correspondentes à linguagem em que se comunica o paciente.

A repressão policial e a falta de educação moral, a ausência de esclarecimento correto em torno dos danos produzidos pelas drogas químicas tóxicas, as dificuldades socioeconômicas, os conflitos íntimos, os estímulos proporcionados pelas belas e bem trabalhadas propagandas apresentadas pela mídia, respondem pelo agravamento da epidemia da drogadição que assola a sociedade contemporânea.

O uso abusivo das drogas, em face da dificuldade ou indiferença das demais criaturas para cerceá-lo pelo esclarecimento, vai-se tornando tão natural e quase chique nas denominadas rodas de alto padrão econômico, que ameaça o equilíbrio das criaturas individualmente e da sociedade em geral.

A princípio, a toxicomania produz impacto perturbador, mas, à medida que se avoluma, uma falsa compreensão e tolerância geral finge ser uma forma de conduta da época, como uma válvula para escapar-se à ansiedade, ao estresse, às pressões vigentes, lamentavelmente conduzindo para a loucura, a destruição e a morte...

Terapia de Urgência

O problema desafiador deve ser enfrentado com coragem e altivez. Equivale dizer: com clareza e conhecimento de suas causas e efeitos desagregadores.

Quanto mais escamotear-se o drama da drogadição e fingir-se que não é tão grave quanto realmente se apresenta, somente tornará a questão mais difícil de solução e, portanto, mais perversa.

A educação, sem qualquer dúvida, desde a infância, é o recurso terapêutico preventivo mais valioso, porque é mais seguro evitar a dependência do que sair-se do seu cerco escuso.

Diálogos francos e naturais com as crianças e os jovens devem fazer parte das conversações familiares, das disciplinas transversais nas escolas, antes que os dependentes que nelas se encontram, comecem a iniciação dessas vítimas inermes, ingênuas e inseguras.

Estabelecida a dependência, tendo-se em vista a sua gravidade, o internamento hospitalar para desintoxicação torna-se indispensável. Mesmo porque, a falta do produto leva a desesperos, às vezes, incontroláveis, em cujo período o alucinado comete hediondos crimes, vitimado pelas alucinações que lhe tomam conta das paisagens mentais.

Quando o paciente encontra-se internado sob cuidados médicos especiais, a orientação psiquiátrica saberá ministrar a pequena dose de manutenção, sob controle, diminuindo-a progressivamente, enquanto a psicoterapia e o tratamento com substâncias específicas se encarregarão de reequilibrar o organismo em descompasso gerado pelo uso danoso e arbitrário.

A praxiterapia, a dançaterapia e outros recursos terapêuticos equivalentes fazem-se necessários, a fim de substituírem os estímulos falsos e tóxicos que as drogas produziram no organismo, danificando-lhe a tecelagem delicada.

Como fator primordial, o interesse do paciente na própria recuperação torna-se indispensável, porquanto, somente com a sua vontade bem direcionada, poderá superar os momentos difíceis que surgem, confiando nos resultados futuros.

As leituras edificantes, os exercícios físicos bem programados, não geradores de exaustão nem de ansiedade produzem resultados excelentes, contribuindo para a restauração da saúde.

Jesus, o psicoterapeuta incomum, asseverou: Tudo é possível aquele que crê (Marcos: 9-23).

Quando o paciente resolve-se por libertar-se da problemática afligente, crendo no seu restabelecimento, dá um avançado passo na direção da cura, sendo o restante, o trabalho desafiador necessário para o êxito do processo.

Em razão disso, não poucas vezes as forças morais parecem faltar, em face dos transtornos físicos e emocionais, tornando-se necessário que o paciente procure o refúgio da oração, por cuja conduta experimentará a renovação das energias e o encorajamento indispensável para continuar no seu processo de restabelecimento. Por outro lado, os Espíritos amigos acercar-se-lhe-ão, auxiliando-o com a inspiração superior e as energias refazentes de que necessita, a fim de que ocorra a libertação do fosso em que se atirou.

Postado por Michelle 2 comentários Marcadores: Dependência Química

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