sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CONSELHO MATERNO - JOÃO DE DEUS - CHICO XAVIER


Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil


Ouve, filhinho,
Pelo caminho
Encontrarás
Muita criança
Sem esperança,
Sem luz, sem paz...

Aves pequenas,
Guardam apenas
O pranto e a dor,
Rolando ao vento
Do sofrimento
Esmagador.

Passam a sós,
Erguendo a voz,
Pedindo pão...
Passam em bando,
Dilacerando
O coração.

Ante a tristeza
Dessa aspereza,
Desse amargor,
Filhinho amigo,
Dá-lhes abrigo,
Dá-lhes amor...

És irmãozinho
Do pobrezinho
Que aflito vai...
Nos mesmos trilhos
Nós somos filhos
Do mesmo Pai.


Pelo Espírito João de Deus - Do livro: Luz no Lar, Médium: Francisco Cândido Xavier.


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

GOZO E FELICIDADE - JOANNA DE ÂNGELIS - DIVALDO FRANCO



O gozo é satisfação que irrompe imediata, em geral como resposta da sensação
atendida. É um prazer que logo se transforma em desagrado.

Ao passar, deixa cansaço e novas ansiedades.

Advindo do capricho carnal, exterioriza a situação de cada criatura e seu
tipo de emulação.

É labareda voluptuosa que logo se apaga.

Exige coisas, pessoas, circunstâncias, a fim de alcançar o apogeu da
sensação.

Não nos referimos às satisfações intelectuais e morais, do dever cumprido e
sentimento puro.

A felicidade é o estado íntimo em que a emoção libera os ideais de beleza e
de harmonia, convidando ao crescimento e à libertação.

Nutrindo-se dos ideais nobres, solidariza-se ao bem e faz o homem
esquecer-se de si mesmo.

O gozo limita as aspirações da vida; a felicidade dilata as forças para uma
visão de eternidade.

O gozo leva a ardência dos sentidos; a felicidade apazigua e emoldura de
ternura o homem.

Um é rápido; a outra, duradoura.

Embora a felicidade não possa ser totalmente fruída na Terra, aqui pode e
deve ser trabalhada.

Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco
Livro: Alerta (extrato) - Ed. LEAL

terça-feira, 18 de novembro de 2014

UM BOM SENTIMENTO NO CORAÇÃO - REVERENDO GORDON HINCKLEY




Dois meninos caminhavam ao longo de uma estrada, que se estendia através de um campo.

À beira do caminho viram um casaco velho e um par de sapatos surrados.

Ao longe vislumbraram o dono que trabalhava naquele campo.

O rapaz mais novo sugeriu que eles escondessem os sapatos, se escondessem eles mesmos, e ficassem ali observando a expressão de surpresa do dono, quando retornasse.

O menino mais velho achou que isso não seria tão bom.

Ele disse que, pelo aspecto da roupa e dos sapatos, o dono deveria ser um homem muito pobre.

Então, depois de falarem sobre o assunto, por sua sugestão, concluíram que tentariam outra experiência: ao invés de esconder os sapatos, iriam colocar uma moeda de prata em cada um, e observar o que o dono faria quando descobrisse o dinheiro.

E foi o que fizeram.

Logo, o homem regressou do local onde trabalhava, colocou seu casaco, calçou um pé em um sapato, sentiu algo duro, levou-o para fora e encontrou um dólar de prata.

Maravilha e surpresa brilharam em seu rosto.

Ele olhou para a moeda uma vez e outra vez, virou-se e não conseguiu ver ninguém ali por perto.

Em seguida, calçou o outro sapato.

Para seu grande espanto, encontrou outra moeda de prata.

Ele começou a chorar, ali, sentado sobre o campo.

Em seguida ajoelhou-se, e ofereceu em voz alta uma oração de agradecimento, na qual falou de sua esposa que estava doente e sem esperança, e sobre seus filhos, indefesos, sem comida.

Fervorosamente, agradeceu a Deus por essa graça, vinda de mãos desconhecidas, e evocou as bênçãos dos céus sobre aqueles que lhe deram a ajuda de que precisava.

Os meninos permaneceram escondidos até ele ir embora. Haviam presenciado toda a cena.

Eles tinham sido tocados por sua oração, e sentiram um calor dentro de seus corações.

Enquanto saíam a pé pela estrada, disse um ao outro: Então, realmente, você não tem um bom sentimento no coração?

Haverá dia em que todos nós, sem exceção, entenderemos porque há apenas um caminho, o caminho do bem.

Haverá dia em que apenas esse tipo de felicidade interior irá nos saciar, em que não mais buscaremos preencher os vazios da alma de outras formas.

Haverá dia em que compreenderemos Jesus e Sua mensagem maior, resumida no amor, simplesmente no amor: a Deus, ao próximo e a nós mesmos.

Enquanto esse dia não chega cabe-nos realizar as pequenas conquistas, dar os primeiros passos, viver as primeiras felicidades autênticas possíveis na Terra.

Percebamos em nosso coração o sentimento que predomina quando podemos ser úteis a alguém, quando, de alguma forma, significamos algo na vida de outra pessoa.

Analisemos esse sentimento, tentemos compreender de onde ele vem, tentemos compreender de onde vem a alegria de ouvir um Você é muito importante para mim.

O amor já está na Terra há muito tempo. Não é segredo para ninguém. Não é propriedade dos sábios, dos doutos. Ele está aí, esperando por mim, esperando por você, esperando por nós.


Por Redação do Momento Espírita, com base em trecho do discurso Lições que aprendi quando menino, do Rev. Gordon Hinckley, encontrado no site www.lds.org. Do site: http://momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=4299&stat=0.


PROBLEMA CONOSCO - EMMANUEL - CHICO XAVIER





Não os criaria Deus à parte.

Os gênios perversos das interpretações religiosas somos nós mesmos, quando adotamos conscientemente a crueldade por trilha de ação.

Observa as lágrimas dos órfãos e das viúvas, ao desamparo.

Há quem as faça correr.

Repara os apetrechos de guerra, estruturados para assaltar populações indefesas.

Há quem os organize.

Anota as rebeliões que se transfiguram em crimes.

Há quem as prepare.

Pensa nos delitos que levantam as penitenciárias de sofrimento.

Há quem os promova.

Medita nas indústrias do aborto.

Há quem as garanta.

Pondera quanto aos movimentos endinheirados do lenocínio.

Há quem os resguarde.

Reflete nos mercados de entorpecentes.

Há quem os explore.

Enunciando, porém, semelhantes verdades, não acusamos senão a nós mesmos.

A condição moral da Terra é o nosso reflexo coletivo.

Todos temos acertos e desacertos.

Todos possuímos sombra e luz.

Consciências encarnadas em desvario fazem os desvarios da esfera humana.

Consciências desencarnadas em desequilíbrio geram os desequilíbrios da esfera espiritual.

É por isso que o Evangelho assevera: “Ninguém entrará no reino de Deus sem nascer de novo”.

E o Espiritismo acentua: “Nascer, viver, morrer, renascer de novo e progredir continuamente, tal é a lei”.

Em suma, isso quer dizer que ninguém conseguirá desertar da luta evolutiva.

Continuemos, pois, vigilantes no serviço do próprio burilamento, na certeza de que o amor puro liquidará os infernos, quando nós, que temos sido inteligências transviadas nos domínios da ignorância, estivermos sublimados pela força da educação.


Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Justiça Divina, Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A LENDA DO PODER - IRMÃO X - CHICO XAVIER



Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

A LENDA DO PODER

A assembléia familiar comentava a difícil situação dos Espíritos revoltados que se habituam ao azedume crônico por vasta fieira de encarnações sucessivas, quando João de Kotchana, experimentado instrutor de cristãos desencarnados, nas regiões da Bulgária, contou-nos, entre sensato e otimista:

- Temos nós antiga lenda que adaptarei ao nosso assunto para a devida meditação...

Dizem que Deus, quando começou a repartir os dons da vida, entre os primeiros homens dos primeiros grandes agrupamentos humanos constituídos na Terra, decretou fôsse concedido aos Bons o Poder Soberano.

Informados de que o Supremo Senhor estava fazendo concessões, os Corajosos acudiram apressados à Divina Presença, solicitando o quinhão que lhes seria adjudicado.

- Que desejais, filhos meus? – indagou o Eterno.

- Senhor, queremos o Poder Supremo.

- Essa atribuição – explicou o Todo-Misericordioso – já concedi aos Bons; eles unicamente conseguirão governar o reino dos corações, o território vivo do espírito, onde se exerce o poder verdadeiro.

- Ah! Senhor, e nós? Que será de nós, os que dispomos de suficiente ousadia para comandar os distritos da existência e transformá-los?

- Não posso revogar uma ordem que expedi – observou o Onipotente -, entretanto, se não vos posso confiar o Poder Soberano, concedo-vos um encargo dos mais importantes, a Autoridade. Ide em paz.

Espalhou-se a notícia e vieram os Intelectuais ao Trono Excelso.

O Todo-Poderoso inquiriu quanto ao propósito dos visitantes e a resposta não se fêz esperar:

- Senhor, aspiramos à posse do Poder Soberano.

- Impossível. Essa prerrogativa foi concedida ao Bons. Só eles lograrão renovar as outras criaturas em meu nome.

E porque os Intelectuais perguntassem respeitosamente com que recurso lhes seria lícito operar. Deus entregou-lhes o domínio da Ciência.

Veio, então, a vez dos Habilidosos. Com vasta representação, surgiram diante do Pai e, como fôssem questionados quanto ao que pretendiam, responderam veementemente:

- Senhor, suplicamos para nós o Poder Soberano.

O Todo-Bondoso relacionou a impossibilidade de atender, mas deu-lhes o Engenho.

Depois, acorreram os Imaginosos ao Sagrado Recinto e esclareceram que contavam para eles com a mesma cobiçada atribuição.

O Todo-Amoroso respondeu pela negativa afetuosa; no entanto, brindou-os com a luz da Arte.

Logo após, os Devotados chegaram ao Augusto Cenáculo e rogaram igualmente se lhes conferisse a faculdade do mando, e recolheram a mesma recusa, em termos de extremado carinho; contudo, o Todo-Misericordioso outorgou-lhes o talento bendito do Trabalho.

Em seguida, os Revoltados, que não procuravam senão defeitos e problemas transitórios na obra da Vida – os problemas e defeitos que Deus sanaria com o apoio do Tempo, de modo a não ferir os interesses dos filhos mais ignorantes e mais fracos - compareceram perante o Supremo Doador de Todas as Bênçãos e, em vista de se mostrarem com agressiva atitude, a voz do Pai se fêz mais doce ao perguntar-lhes:

- Que desejais, filhos meus?

Os Revoltados retrucaram duramente:

- Senhor, exigimos para nós o Poder Soberano.

- Isso pertence aos Bons – disse o Todo-Sábio -, pois somente aqueles que dispõem de suficiente abnegação para esquecer os agravos que se lhes façam, prosseguindo infatigáveis no cultivo do bem aos semelhantes, guardarão consigo o poder de governar os corações... No entanto, meus filhos, tenho outros dons para conceder-vos...

Antes, porém, que o Supremo Senhor terminasse, os ouvintes gritaram intempestivamente:

- Não aceitamos outra coisa que não seja o Poder soberano. Queremos dominar, dominar... Fora do poder, o resto é miséria...

O Onipotente fitou cada um dos circunstantes, tomado de compaixão, e declarou, sem alterar-se:

- Então, meus filhos, em todo o tempo que estiverdes na condição de Revoltados, tereis convosco a miséria...

E, desde essa ocasião, rematou Kotchana, todo espírito, enquanto rebelado, não tem para si mesmo senão o azedume da queixa e a penúria do coração.

Ouvi a lenda, retiro o ensinamento que me toca e ofereço a peça aos companheiros reencarnados na Terra, que porventura sejam ainda inutilmente revoltados quanto tenho sido e já não quero mais ser.


pelo Espírito Irmão X - Do livro: Estante da Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

ASSISTÊNCIA MÚTUA - HILÁRIO SILVA - CHICO XAVIER E WALDO VIEIRA




Olá Alma Irmã, nossas Fraternais Saudações!

Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!
Obrigado pela companhia!!!
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

ASSISTÊNCIA MÚTUA



O grupo de companheiros espíritas fazia o trabalho de assistência aos enfermos, com entusiasmo e alegria.

Em casa de Dona Carlota Ribas, o quadro era comovente.

A pobre senhora, assistida pelos vizinhos, jazia paralítica, como que algemada ao catre.

Sofria. Contorcia-se de vez em quando, em vista da posição incômoda. Doía ver-lhe a magreza extrema.

- Se Dona Carlota pudesse ao menos instalar-se numa boa cadeira de rodas...

A observação vinha de alguém que integrava a caravana; entretanto, os visitantes eram pessoas remediadas, sem serem ricos, e ninguém se arriscou à promessa de doação de apetrecho assim tão caro.

Joaquim Peixoto, no entanto, que conhecera no próprio lar o martírio silencioso da sogra doente, mostrava os olhos marejados de pranto, e falou à esposa, igualmente comovida:

- Veja, Lilinda! Tenho a impressão de reencontrar a nossa querida enferma que Deus levou...

Dona Lilinda concordou em silêncio, mal contendo a emoção.

Mais tarde, em casa, Peixoto dirigiu-se à companheira, considerando:

- Lilinda, você compreende...Temos aqui a cadeira de rodas deixada por sua mãe. É uma relíquia, bem sei. Entretanto, como será grande a alegria de Dona Carlota, se lhe entregarmos essa doce herança como presente!...

A interpelada esboçou um gesto de repulsa e falou:

- Impossível! A cadeira de mamãe foi primorosamente trabalhada na Alemanha...Tem a bolsa anexa com espelho incrustado de pérolas de que ela tanto gostava! Já enjeitamos vinte contos de réis! Você ganha pouco. Até hoje sou obrigada a dar o pé na máquina de costura, embora as promessas de nomeação para o magistério...A cadeira de mamãe é uma reserva que não podemos menosprezar... Quando a dificuldade maior aparecer...

Peixoto não prosseguiu.

No dia seguinte, porém, ao chegar do serviço para o almoço, encontrou Dona Lilinda com a face clareada por enorme sorriso, a dizer-lhe, contente:

- Peixoto! Peixoto! mudei de idéia. Sonhei com mamãe a pedir-me para que atendesse a você...Vamos levar, hoje mesmo, a cadeira de rodas para Dona Carlota...

Dessa vez, no entanto, foi o marido quem se mostrou acabrunhado...

- Ora, Lilinda – disse ele -, agora é tarde...

Já comprei uma cadeira, mais humilde, embora muito confortável, e já a mandei para a nossa doente...

Sei que você não se aborrecerá comigo...Pagarei tudo em seis prestações.

Dona Lilinda ouviu a notícia, imensamente desapontada.

Pesado silêncio caiu entre ambos.

Nisso, alguém bate à porta.

Peixoto abre.

É um rapaz modesto que se dirige ao casal, consultando:

- Sr. Peixoto, vovó soube por amigos que o senhor e Dona Lilinda possuem uma cadeira de rodas em casa...Não sei se quererão vendê-la, mas, francamente, se assim é, não poderemos fazer a compra. Vovó está paralítica, há dois meses, com muito pouca esperança de cura...Foi professora e ganha regular vencimento. Mas somos oito irmãos, seis dos quais ainda não têm doze anos de idade... Vovó manda saber se o senhor e Dona Lilinda poderão emprestar-lhe a cadeira por algum tempo...

A dona da casa voltou a sorrir novamente e exclamou, encantada:

- Peixoto e eu vamos levar-lhe a cadeira hoje ainda...Nada de empréstimos...A cadeira é dela, será dela sempre...

O mocinho agradeceu, contente, e, na tarde do mesmo dia, o casal procurou a casa indicada, transportando a encomenda.

Dona Umbelina, a paralítica, rodeada dos netinhos órfãos, chorou de felicidade.

Enfim, a cadeira sonhada...

Enfim, repousava, como queria...

Lilinda e Peixoto acomodam-na com jeito.

A enferma pede a Deus para que os abençoe e pergunta à benfeitora:

- A senhora tem alguma irmã que deseje trabalhar?

- Como assim? – inquire Lilinda, surpresa.

- Alguma jovem professora, por exemplo? Deixei os encargos no colégio, jubilada desde anteontem. Minha diretora, porém, solicita que indique a minha substituta...

Emocionada, a visitante fala do diploma conseguido à custa de muito esforço e do velho sonho de ingressar nos trabalhos do ensino público...

Depois de dois meses sobre o encontro expressivo, a senhora Peixoto entrava no educandário, cercada de simpatia.

A bondade gerara a bondade, e uma cadeira de carinho e repouso trouxera outra de serviço e educação.


Pelo Espírito Hilário Silva - Do livro: A Vida Escreve, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

VONTADE - EMMANUEL - CHICO XAVIER



Olá Alma Irmã, nossas Fraternais Saudações!

Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!
Obrigado pela companhia!!!
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

VONTADE


Comparemos a mente humana - espelho vivo da consciência lúcida - a um grande escritório, subdividido em diversas seções de serviço.

Aí possuímos o Departamento do Desejo, em que operam os propósitos e as aspirações, acalentando o estimulo ao trabalho; o Departamento da Inteligência, dilatando os patrimônios da evolução e da cultura; o Departamento da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade; o Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência, e outros, ainda, que definem os investimentos da alma.

Acima de todos eles, porém, surge o Gabinete da Vontade.

A Vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.

A Divina Providência concedeu-a por auréola luminosa à razão, depois da laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas províncias obscuras do instinto.

Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de todos os tipos de força incorporados ao nosso conhecimento.

A eletricidade é energia dinâmica.

O magnetismo é energia estática.

O pensamento é força eletromagnética.

Pensamento, eletricidade e magnetismo conjugam-se em todas as manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afinidade, assimilação e desassimilação, nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do espírito para as Metas Supremas, traçadas pelo Plano Divino.

A Vontade, contudo, é o impacto determinante.

Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina.

O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a capacidade de reflexão que lhe é própria; no entanto, na Vontade temos o controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.

Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade, a Imaginação pode gerar perigosos monstros na sombra, e a memória, não obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a Natureza lhe assinala, pode cair em deplorável relaxamento.

Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito.

Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate da conexão entre os semelhantes, porque a sintonia constitui lei inerrogável, mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que administra, de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.


Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Pensamento e Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

DECISÃO FIRME - JOANNA DE ÂNGELIS - DIVALDO FRANCO



DECISÃO FIRME


O agastamento moral torna-se distúrbio de emoção, que finda instalando
processo neurótico.

Sempre depararás com quem não te apoia.

Os trêfegos vêm, prometem auxílio e vão.

Os tímidos planejam ajuda e não se encorajam.

Os descorteses apontam erros e seguem adiante: os agressivos surgem,
impetuosos, procuram louros para si mesmo, e fogem.

Os devotados sempre estão sobrecarregados, mas ajudam, e os humildes laboram
com discrição, simplicidade e constança.

Cada homem é o seu próprio programa e cada coração é a aspiração peculiar à
faixa emocional em que transita.

Não te agastes, assim, com eles, os aturdidos.

Não percas o otimismo.

Alguns te exaltam as qualidades negativas para lisonjear-te, arrojando-te em
decepções.

Não os acates nem os animes. Reage ao mal.

Discorda, nega, conduz, ajuda, administra, serve – com bonomia. És
construtor do bem.

O erro dos outros é problema deles, enquanto que o teu é o problema de bem
ajudar.


Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco
Livro: Rumos Libertadores (Extrato) - Ed. LEAL

domingo, 9 de novembro de 2014

HOJE AINDA - EMMANUEL - CHICO XAVIER





Desejamos a você e aos seus amores um ótimo final de semana com muita paz e saúde!
Abraços fraternais.
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

HOJE AINDA


Não esperes a morte para escolher uma nova existência.

Experimenta agora a renovação.

Hoje ainda é o problema.

Lembra o milagre das horas e ajuda a ti mesmo.

Há sementeiras de resposta imediata.

Hoje ainda, o dever bem cumprido transforma-se em competência e dignidade, gentileza converte-se em alheia cooperação, bondade conquista melhoria e respeito, renúncia atrai simpatia e segurança, silêncio ante a leviandade traz a benção da estima, esforço próprio no estudo acumula a riqueza indestrutível, e disciplina dos impulsos inferiores é capitalização de valores morais...

Não te prendas à idéia do futuro.

O Cristo, que prometeu amparar-nos até o fim dos séculos, permanece conosco onde surge o trabalho do amor e da educação.

Lembra, pois, as virtudes do “agora” e aprendamos a começar.

Não olvides que se esperas por Jesus, no socorro daqueles que vêm do Céu, Jesus espera por nós na pessoa dos mais necessitados da Terra!...

E já que sabes discernir na escolha da luz, afeiçoa-te ao melhor, desde hoje, para que, amanhã, não digas desalentado:

- “Passei pela presença do Senhor; contudo eu estava cego e não sabia...”


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Correio Fraterno, Médium: Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

HISTÓRIA DE UMA REENCARNAÇÃO - MARIA JOÃO DE DEUS - CHICO XAVIER



Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

HISTÓRIA DE UMA REENCARNAÇÃO


Experimentei nessas sensações de volta ao passado o vácuo de meu coração envenenado pela atração dos gozos mundanos, antes de retornar ao orbe para minha derradeira encarnação; vi-me como um ser errante, sem destino, crucificado pelo isolamento e pela condenação da consciência poluta.

Perambulando, mas retida no mesmo lugar como se fora chumbada ao solo, encontrei alguém que reconheci ser um espírito querido à minha existência.

Aproximei-me, então, depois de longa ausência, daquela que me serviu de mãe, a quem conhecestes. Como me sensibilizou vê-la naquela situação de humildade, lutando com mil asperezas num destino de pobreza ingrata!

Acerquei-me daquela jovem de faces maceradas nos trabalhos e lembrei as alegrias mentirosas de que fomos partícipes no passado. Tive ímpetos de incitá-la a abandonar as tristezas da sua vida material, mas uma voz imperiosa ordenou que eu me prostasse de joelhos.

Contemplei genuflexa o seu semblante cheio de serena grandeza no infortúnio e chorei, chorei, muito, exclamando:

- “Oh! Tu que já sorveste comigo, na taça das efêmeras felicidades da Terra, o mesmo vinho de envenenado sabor, e que hoje resgatas na túnica dos pobres e dos humilhados as dívidas de outrora, ajuda-me em meus bons desejos!... Eu quero também esconder nos trapos da plebe anônima e sofredora as úlceras da minha enorme desdita. Lavarei com lágrimas as nódoas da minha consciência. Seja eu sangue do teu sangue, carne da tua carne! Dá-me das tuas vestes e das tuas preocupações, dá-me dessas dores que hoje te crucificam e desses desgostos que desfazem os teus enganos e ilusões, porque só eles, só esses sofrimentos salvadores, balsamizarão as minhas feridas, devolvendo-me a paz consoladora.

Recebe-me, oh espírito bem amado, afaga-me em teu carinhoso regaço para eu adormecer esquecendo!... Eu tenho necessidade de olvido numa luta nova!...”

Nessas rogativas sinceras, vi que o rosto daquela mulher se cobria de lágrimas; pensamentos tristes e amargosos envolviam-na. É que os meus apelos repercutiram no seu coração.

Chorando, chorando, senti-me exausta de forças, sem poder erguer-me da prostação; vibrações de uma brisa misteriosa varriam, entretanto, do meu cérebro esgotado, as mágoas e as preocupações.

Eu perdia a consciência de mim mesma... É que dava o primeiro passo para o meu renascimento na Terra e, segundo os meus desejos, aquela mulher me recebia em seu seio para, igual a ela, sorver o fel da provação redentora e, imitando-a, fui também mãe para sofrer e me redimir.



Pelo Espírito Maria João de Deus - Do livro: Cartas de uma Morta, Médium: Francisco Cândido Xavier

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...