terça-feira, 30 de setembro de 2014

O GIRASSOL




Enviado pela amiga Miriam Márcia S. Machado


O GIRASSOL

Assim como um girassol escolhe sempre estar voltado para o sol, escolha focalizar o lado melhor, mais bonito, mais luminoso e vibrante das coisas que lhe acontecem.

Nossa percepção é seletiva, nós "focalizamos" o que queremos ver e deixamos de perceber o restante.
Você já reparou como é fácil ficar de baixo astral?
Uma conta para pagar...
Não ganhar todo o dinheiro de que se precisa...
Não ter a aparência que se gostaria de ter...
Não ser valorizada no trabalho...
Não ter encontrado o sucesso, ou um grande amor ...

É por isso que freqüentemente não nos sentimos bem. Depositamos nossa atenção no que nos falta, no que nos magoa...E ocupamos nossa mente com pensamentos preocupantes sobre o futuro. Enfim, deixamos a nossa mente à deriva, torturada por pensamentos negativos que nos dominam.

Na verdade a maior parte do tempo, estamos lutando com a vida, não aceitando o que ela nos traz...E quando não aceitamos aquilo que é, e nos concentramos no que deveria ser, nos frustramos, sofremos cada vez mais, ao ponto de perdemos o sentido da existência...

É justamente quando estamos frustrados e insatisfeitos, que precisamos lembrar que possuímos uma antena interna - a atenção - capaz de captar o lado bom da vida. Exatamente como na natureza, faz o girassol.

O girassol se volta para onde o sol estiver, mesmo que este esteja escondido atrás de uma nuvem. Ele está sempre em busca da luz, da vitalidade, da força, da beleza.


Saber captar o lado luminoso da vida significa aprendermos a valorizar tudo de bom que já recebemos e também a sermos gratos por isso...

Apreciar e agradecer o carinho, o afeto, os gestos de atenção e delicadeza oferecidos pelos amigos, filhos, pais, namorados. Apreciar o sorriso luminoso de alguém que você gosta. Apreciar um gesto de gentileza, uma palavra de estímulo do seu colega de trabalho, do seu vizinho...
Apreciar todo contato humano que lhe trouxe conforto, novo animo...Apreciar todo apoio que a vida lhe deu, de tantas formas misteriosas, quando precisou... Apreciar e agradecer porque a Vida é Amor, e sempre o protegeu, realizou seus desejos mais profundos, tomou conta de seus interesses e suas verdadeiras necessidades...

Ser aprendiz de girassol,não é fácil!
Infelizmente a maioria de nós, não foi preparada pra buscar o lado luz da vida, e vive se debatendo na obscura zona dos condicionamentos subconscientes e dos pensamentos destrutivos!

Daqui pra frente, quando perceber que está desanimado, revoltado ou deprimido, que possa se lembrar de ser girassol.
Selecione o melhor do seu mundo, valorize tudo o que de bonito e bom que existe nele!
Acredite no Poder da Luz para neutralizar qualquer situação adversa e transformar sua Vida em uma verdadeira obra-prima!
Assim, começará a reter Força, Vitalidade e Alegria dentro de você.
E como o girassol, estará de bem com a grande festa colorida que é a Vida!

(Desconheço o Autor)

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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

HOLOCAUSTO À FÉ - VIANNA DE CARVALHO - DIVALDO FRANCO




Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!
Obrigado pela companhia!!!
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

HOLOCAUSTO À FÉ


A mensagem rutilante avançava gloriosa por quase todo o Império.

No Oriente, a Palavra alcançara o Egito, Bizâncio, Cartago, Líbia e se ampliara imensamente em Israel, mesmo sob perseguições insanas... No Ocidente, galvanizava as vidas que se dedicavam a Jesus, pela imensidão da Espanha, das Gálias, da Península Itálica e particularmente na capital do Império, com incomparáveis demonstrações de fidelidade que culminava com o sacrifício da própria vida, abalando as estruturas hegemônicas das Legiões...

Depois das calamitosas perseguições que se prolongaram com mais ou menos vigor, Roma havia amenizado o cerco à doutrina do Crucificado, e embora não fosse aceita legalmente, conseguira erguer igrejas, difundir os ensinamentos, publicar as lições incomparáveis do Mestre, realizar reuniões...

Penetrando as classes dominantes, era praticada por comandantes de algumas tropas e seus soldados, por governantes de cidades e pelo povo...

Diocleciano, após muitas lutas sangrentas assumira a governança geral de todo o Império em 284, embora dividisse algumas regiões com outros guerreiros, logo percebendo o perigo que ameaçava a unidade de Roma, que se espalhava por, praticamente, todo o mundo conhecido, porquanto, não poucos generais e comandantes de legiões vinculados à fé cristã, recusavam-se a guerrear, não matando quem quer que fosse, e a impor as leis severas que se faziam necessárias para impedir as sedições e a fragmentação.

Advertido, mais de uma vez, por alguns generais pagãos que se opunham à fraternidade e à doutrina contrária aos deuses das suas tradições politeístas, encomendou o primeiro Édito, firmado no dia 23 de fevereiro de 303, data reservada á celebração da festa da Terminália, que se tratava de homenagear o deus Terminus, protetor das famílias e das fronteiras, coibindo a expansão da doutrina cristã, autorizando a queima dos documentos da fé nascente e a punição dos que se opunham a atender aos deveres do Estado... A seguir, mandou preparar mais dois Éditos, que se transformaram em instrumentos de perseguição sistemática e cruel, variando de acordo com a região em que eram aplicados, caracterizando o pior e o mais perverso período enfrentado pelos novos cristãos.

As mais terríveis técnicas foram aplicadas para que abjurassem a fé e homenageassem os deuses.

Os holocaustos ficariam célebres pela rudeza da aplicação das penas, especialmente nos líderes das igrejas como em relação ao poviléu.

Propunha-se que abjurassem a crença e teriam a benevolência do Imperador. Mas quase todos, apenas um pequeno número de apóstatas, permaneceram fiéis e estoicamente enfrentaram os algozes perdoando-os como fizera Jesus.

Em Antioquia, como em Roma, alongando-se pelas Províncias, mesmo as mais distantes da capital, os cristãos eram queimados vivos em grelhas e postes, decapitados, empalados, atirados às feras, mandados ao trabalho forçado em minas perigosas de onde nunca poderiam sair com vida...

Um pouco antes, por volta do ano 280, Maximiano avançou com a Legião Tebana que fazia parte do seu exército, conseguindo a vitória almejada. Por ocasião do retorno a Agaunum, na Suíça, Maximianus, exultante, impôs que todo o exército deveria homenagear os deuses e fazer sacrifícios, coroando os atos com a proposta de execução de alguns cristãos que estavam aprisionados.

Ocorreu o inesperado, porque a Legião Tebana, comandada pelo capitão Maurício, negou-se a fazê-lo, já que era constituída de cristãos, não atendendo à imposição de celebrar os ritos impostos...

Contrariado, Maximinus sendo desobedecido, impôs que a Legião fosse dizimada, isto é, um entre dez soldados fosse assassinado. Ninguém recuou, e o processo hediondo prosseguiu até a destruição da Legião, inclusive, com a morte do seu comandante, ampliando-se por outras partes do Império...

Diocleciano e seus sequazes, logo após o primeiro Édito, destruíram igrejas, e somente não as incendiaram porque receavam o alastramento das chamas, tendo em vista que as mesmas haviam sido construídas ao lado de grandes edifícios.

É nesse período de hediondez que desaparecem os preciosos documentos originais que narram a história do Evangelho e do suave Rabi, todos ou quase todos reduzidos a cinzas...

Essa página de hediondez histórica permaneceu em atividade perversa por dez anos, somente sendo modificada no dia 13 de junho de 313, quando Constantino e Licínio propuseram o Édito de Milão, iniciando-se uma nova era para a fé cristã.

A liberalidade do novo Imperador logo transformou o Cristianismo em doutrina do Estado, conspurcando a pureza do comportamento moral dos seus adeptos, ceifando a humildade e a simplicidade nascidas na Manjedoura de Belém, tornando-o poderoso e infiel.

Ao longo do tempo, a fim de manter a autoridade e o poder terreno, face à perda dos valores morais, os seus escritores e copistas adulteraram os fatos, interpolaram as informações, falsificaram os ensinamento, criaram dogmas ultrajantes, compatíveis com as formulações políticas e arbitrárias, dando lugar às lamentáveis perseguições aos herejes que eram todos aqueles que não compactuavam com os absurdos estabelecidos pelo Papa e pelo Colégio dos Cardeais, assim como pelos membros da organização em defesa da fé...

As inqualificáveis Cruzadas são as heranças absurdas da temeridade do poder dos Papas e Reis alucinados pelas glórias do mundo, mais tarde ampliadas pela Inquisição que se utilizou dos mesmos métodos que Diocleciano usara, aprimorados pela volúpia da loucura humana que se alastrava...

Foi transformada a Mensagem em força de destruição contra os judeus e ou mouros, contra os albigenses, que tinham também direito à vida, por serem as outras ovelhas que não eram do rebanho, conforme se referira Jesus.

O inevitável progresso, porém, através dos tempos futuros rompeu a densa treva da ignorância e de alucinação, libertando os asfixiados ideais humanos de liberdade, de fraternidade e de dignidade, ao tempo em que o ser humano alcançou e compreendeu as leis do Universo, relegando ao olvido a presunção e prepotência dogmáticas...

Novos tempos, novos conteúdos comportamentais e decadência da fé cristã, dividida, na atualidade, pelo fanatismo dos neopentecostalistas e dos indiferentes vinculados à tradição, deixando as massas sofredoras ao abandono e à desordem moral.

Nada obstante, graças ao advento de O Consolador, renasce a Mensagem dúlcida e simples de Jesus, evocando o sublime Amigo, que prossegue convidando aqueles que O amam ao holocausto pela fé e à abnegação na tarefa do amor em todas as suas dimensões.

Os cristãos novos, sem dúvida, os mesmos que antes conspurcaram a nobre doutrina, encontram-se na liça, buscando restaurar a pulcritude do Evangelho, promovendo o ser humano e construindo a nova era, não estando indenes ao holocausto, certamente diverso daquele do passado, como forma de reabilitação em testemunho de fidelidade e de honradez.

Que se façam dignos da nova investidura libertadora, são os votos que formulamos todos aqueles que os antecipamos na experiência redentora e iluminativa!


Pelo Espírito Vianna de Carvalho - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 21 de dezembro de 2011, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=374.

MEMORANDO - ANDRÉ LUIZ - CHICO XAVIER



Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

MEMORANDO


- A balança do bem não tem cópias.

- A vontade adoece, mas nunca morre.

- Quem compensa mal com mal, atinge males maiores.

- O amor real transpira imparcialidade.

- O sofrimento acorda o dever.

- O remédio excessivo faz-se veneno.

- Somos todos familiares de Jesus.

- Nenhum enfeite disfarça a culpa.

- A vida não cansa o coração humilde.

- Toda convicção merece respeito.

- Só a consciência tranqüila dá sono calmo.

- Emoções e idéias não existem a sós.

- O tempo não desfigura a beleza espiritual.

- Mediunidade, na essência, é cooperação mútua.

- Para o cristão não existem dores alheias, porque as dores da coletividade pertencem a ele próprio.

- Do erro nasce a correção.

- Lábios vigilantes não alardeiam vantagens.

- A caridade é o pensamento vivo do Evangelho.


pelo Espírito André Luiz - Do livro: Estude e Viva, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

CORPO - EMMANUEL - CHICO XAVIER




Abstendo-nos de qualquer digressão científica, porqüanto os livros técnicos de educação usual são suficientemente esclarecedores no que reporta aos aspectos exteriores do corpo humano, lembremo-nos de que o Espírito, inquilino da casa física, lhe preside à formação e à sustentação, consciente ou inconscientemente, desde a hora primeira da organização fetal, não obstante quase sempre sob os cuidados protetores de Mensageiros da Providência Divina.

Trazendo consigo mesmo a soma dos reflexos bons e menos bons de que é portador, segundo a colheita de méritos e prejuízos que semeou para si mesmo no solo do tempo, o Espírito incorpora aos moldes reduzidos do próprio ser as células do equipamento humano, associando-as à própria vida, desde a vesícula germinal.

Amparado no colo materno, estrutura-se-lhe o corpo mediante as células referidas, que, em se multiplicando ao redor da matriz espiritual, como a limalha de ferro sobre o ímã, formam, a principio, os folhetos blastodérmicos de que se derivam o tubo intestinal, o tubo nervoso, o tecido cutâneo, os ossos, os músculos, os vasos.

Em breve, atendendo ao desenvolvimento espontâneo, acha-se o Espírito materializado na arena física, manifestando-se pelo veículo carnal que o exprime. Esse veículo, constituído por bilhões de células ou individuações microscópicas, que se ajustam aos tecidos sutis da alma, partilhando-lhes a natureza eletromagnética, lembra uma oficina complexa, formada de bilhões de motores infinitesimais, movidos por oscilações eletromagnéticas, em comprimento de onda específica, emitindo irradiações próprias e assimilando-as irradiações do plano em que se encontram, tudo sob o comando de um único diretor: a mente.

Desde a fase embrionária do instrumento em que se manifestará no mundo, o Espírito nele plasma os reflexos que lhe são próprios.

Criaturas existem tão conturbadas além-túmulo com os problemas decorrentes do suicídio e do homicídio, da delinqüência e da viciação, que, trazidas ao renascimento, demonstram, de imediato, os mais dolorosos desequilíbrios, pela disfunção vibratória que os cataloga nos quadros da patologia celular.

As enfermidades congênitas nada mais são que reflexos da posição infeliz a que nos conduzimos no pretérito próximo, reclamando-nos a internação na esfera física, às vezes por prazo curto, para tratamento da desarmonia interior em que fomos comprometidos.

Surgem, porém, outras cambiantes dos reflexos do passado na existência do corpo, da culpa disfarçada e dos remorsos ocultos. São plantações de tempo certo que a lei de ação e reação governa, vigilante, com segurança e precisão.

É por isso que, muitas vezes, consoante os programas traçados antes do berço, na pauta da dívida e do resgate, a criatura évisitada por estranhas provações, em plena prosperidade material, ou por desastres fisiológicos de comovente expressão, quando mais irradiante se lhe mostra a saúde.

Contudo, é imperioso lembrar que reflexos geram reflexos e que não há pagamento sem justos atenuantes, quando o devedor se revela amigo da solução dos próprios débitos.

A prática do bem, simples e infatigável pode modificar a rota do destino, de vez que o pensamento claro e correto, com ação edificante, interfere nas funções celulares, tanto quanto nos eventos humanos, atraindo em nosso favor, por nosso reflexo melhorado e mais nobre, amparo, luz e apoio, segundo a lei do auxílio.


Pelo Espírito Emannuel - Do livro: Pensamento e Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier.


A SABEDORIA DO MAR



Você sabe por que o mar é tão grande, tão imenso, tão poderoso?
É porque "se coloca" alguns centímetros abaixo de todos os rios. Sabendo receber, tornou-se grande. Se quisesse ser o primeiro, centímetros acima de todos os rios, não seria mar, mas sim uma ilha. Toda sua água iria para os outros e estaria isolado. A perda faz parte. A queda faz parte. É impossível vivermos satisfatoriamente. Precisamos aprender a perder, a cair, a errar... Impossível ganhar sem saber perder. Impossível andar sem saber cair. Impossível acertar sem saber errar. Impossível viver sem saber viver. Se aprendermos a perder, a cair, a errar, ninguém mais irá nos controlar. Porque o máximo que poderá acontecer a você é cair, errar e perder.
Bem aventurado aquele que já consegue receber com a mesma naturalidade: o ganho e a perda... o acerto e o erro... o triunfo e a queda
*Bem aventurado aquele que cai e não sai da presença do Pai**

Postado no Facebook pela amiga Ana Palmira, de São Carlos, SP. Grato!

terça-feira, 23 de setembro de 2014

TEMPOS DIFÍCEIS - DANIEL


Vidência – Vejo a Terra entrando em um Portal totalmente escuro no espaço, e neste momento percebi que enquanto o nível de vibração das pessoas começava a cair, aumentava a violência, corrupção e mais pessoas aliavam-se aos esquemas da Besta.

Depois recebi a seguinte mensagem:


Irmãs, que a humanidade coloque-se em prece, pois as Escrituras referentes ao Juízo Final, com todos os seus detalhes de dor, separações, fome, guerras e doenças, começam a recrudescer no "portal de escuridão" que a Terra entra.

Serão tempos difíceis para os esquerdistas e direitistas.

A medicina não conseguirá conter as várias epidemias que assolarão as populações; a natureza exaurida na sua Força Vital não mais produzirá com a mesma constância que antes, pois os ciclos de produtividade estão se interrompendo; a água farta no subsolo do Planeta não mitigará a sede do povo e, na superfície, o líquido preciso esgotar-se-á para todos.

O final desta humanidade de "Fim de Tempos" é certo, mas, antes que chegue o fim da dor, o cumprimento do resgate do passado culposo será drenado no solo da Terra que os abriga, para que, em nova morada, consigam reerguer-se, diminuindo sofrimentos futuros.

A Roda do Progresso Planetário é implacável na sua programação, portanto, não há como deter o que virá.

Oração, perseverança no bem e assim concluir-se-á mais um Ciclo Planetário.

Paz a todos.

Daniel

O mesmo da cova dos leões

RETIRADO DO BLOG "OS EXTRA E INTRATERRESTRES E O PLANETA TERRA"

GESH – 08/08/2014 – Vitória, ES – Brasil

DESPEDIDA DE VITAL - CASIMIRO CUNHA - CHICO XAVIER




Lua cheia... Na choça a que se apega,
Morre Vital, velhinho, olhando o morro...
Por prece, escuta a arenga do cachorro,
Ganindo nas touceiras da macega.

Pobre amigo!... Agoniza sem socorro,
Chora lembrando o milho na moega...
Oitenta anos de lágrimas carrega
Na carcaça jogada ao chão sem forro.

Suando, enxerga um moço na soleira,
- “Eu sou leproso...” – avisa em voz rasteira,
mas diz o moço, envolto em luz dourada:

- “Vital, eu sou Jesus! Venha comigo!...”
E o velho sai das chagas de mendigo
Para um carro de estrelas da alvorada.


Pelo Espírito Casimiro Cunha - Do livro: Antologia Mediúnica do Natal, Médium: Francisco Cândido Xavier.

EMMANUEL E A POLÍTICA NO BRASIL - POR CHICO XAVIER



“Amigos, que Deus ilumine o vosso entendimento.
Avesso à política, me sentiria mais à vontade se fosse inquerido acerca do
Evangelho. Todavia, opiniões são coisas que pouco se custa a fornecer; contudo os
meus pareceres são igualmente pessoais, como os vossos, sem o caráter da
infalibilidade.
As mais extravagantes teorias políticas têm sido veiculadas no Brasil, cujo povo,
guardando tradições de raças diversas, ainda se encontra longe da linha decisiva de sua
evolução racial. Tudo aí se mistura e todas as idéias se propagam sem que sejam
devidamente estudadas, ponderadas no cadinho da análise mais rigorosa. A implantação
de um regime extremista seria um grande erro que o sofrimento coletivo viria
certamente expiar.
De um lado prevalecem as doutrinas dos governos fortes, como a política do
“sigma” copiando o fascismo em suas bases; da outra margem, se encontra o
comunismo, inadaptável ainda à existência da nacionalidade, levando-se em conta o
problema da necessidade de braços para o trabalho em uma terra vastíssima à espera das
iniciativas e cometimentos de progresso preciso. É verdade que a Rússia atual fornece
exemplos ao mundo inteiro, porém os homens que inauguraram violentamente os seus
novos regimes não se fizeram de um dia para outro. Eles representavam muitos séculos
de opressão, de martírios, de tormentos nefandos. Não saíram do proletariado que se
compraz na incultura, mas da energia coordenadora que busca conciliar o labor operário
com o trabalho intelectual das academias. O Brasil necessita, antes de tudo, combater o
magno problema do analfabetismo. É necessário que se solucione o enigma pedagógico
que implica toda essa mocidade sem entusiasmo e sem energia para estudo; para o
estado atual não se enquadra outro regime fora da democracia liberal, até que o povo se
eduque convenientemente para as grandes iniciativas do porvir. Fora disso é a ilusão
portadora dos desenganos trágicos que empobrecem a economia e roubam a paz social.
Infelizmente, a ambição, o personalismo, infestam os bastidores da política brasileira,
eminentemente prejudicada pela sua visão mesquinha, concernente aos problemas da
coletividade. Mas o que quereis? O trabalho é dos homens, e a eles compete a realização do progresso
necessário. Longe do cenário do mundo não nos é lícito influenciar sobre questões
distantes da nossa esfera de ação.
A nossa atividade unicamente se circunscreve ao esclarecimento das almas,
pugnando para que as construções da crença sejam novamente reedificadas no templo
dos corações humanos, trabalhados pelas concepções amargosas e destruidoras do
negativismo. Para atingirmos semelhante desiderato só no Evangelho buscamos os
nossos programas de ação. O nosso labor intenso é todo realizado com esse objetivo.
Que os homens resolvam de entendimento posto no código da perfeição, legado à
Terra por Jesus e estarão de acordo com a evolução que deve presidir todas as
manifestações das nossas atividades nos setores do trabalho humano. A Deus elevemos,
assim, os nossos votos humildes para que os governantes do Brasil se acautelem com a
infiltração de idéias contrárias ao bem-estar social e em desacordo com a sua vida de
nacionalidade nova e apta a desempenhar um papel muito preponderante no seio da
humanidade.
Emmanuel.”

Retirado do livro "Notáveis reportagens com Chico Xavier" de Hércio Márcio Cintra Arantes.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

JESUS OU BARRABÁS? OLAVO BILAC, POR CHICO XAVIER




Sobre a fronte da turba há um sussurro abafado.
A multidão inteira, ansiosa, se congrega,
Surda à lição do amor, implacável e cega,
Para a consumação dos festins do pecado.

– “Crucificai-o!” – exclama... Um lamento lhe chega
Da Terra que soluça e do céu desprezado.
– “Jesus ou Barrabás?” – pergunta, inquire o brado
Da justiça sem Deus, que trêmula se entrega.

– “Jesus!... Jesus!... Jesus...” – e a resposta perpassa
Como um sopro cruel do Aquilão da desgraça,
Sem que o Anjo da paz amaldiçoe ou gema...

E debaixo do apodo e ensangüentada a face,
Toma da cruz da dor, para que a dor ficasse
Como a glória da vida e a vitória suprema.

domingo, 21 de setembro de 2014

MEU CORAÇÃO É UMA ESTRELA - ANDRÉ LUIZ



MEU CORAÇÃO É UMA ESTRELA
ANDRÉ LUIZ

Meu coração é uma estrela, e eu fui criado para o bem e para a luz!...
Não fui criado para o mal, nem para a corrupção.
Não recebi uma alma para transfigurá-la em espectro do lodo.
Não fui feito para o vício e a degradação.
Meu corpo é santuário sagrado criado para a exteriorização do amor e da luz.
Meus sentimentos são pérolas que não devo dividir com a imundície.
Meu pensamento é matéria sutil que devo dirigir para as criações superiores.
Minha vontade é alavanca que deseja meu Deus me projete no rumo da paz e da glória.
Situou-me Ele no mundo para que eu me livre do animal que ainda sou e não que o perpetue em mim.
Preparou-me Ele o espírito para a perfeição da angelitude e não para a degradação infamante da forma.Soprou-me na mente o progresso e não o gelo da estagnação.
Portanto, estou no mundo em aprendizado e não em escravidão; em busca da luz e não das trevas; forjando a sublimação e não o retrocesso.
Situa-me, Senhor, dentro desta verdade, e me ampara os caminhos para que eu não ceda às tentações do mundo.
Que eu sirva quanto esteja em mim servir; que eu ame quanto possa; que estenda as mãos e ampare sempre; que esteja próximo quando necessitado; que eu caminhe distribuindo o melhor de mim; que possam contar comigo todos os irmãos do mundo, mas te peço Pai:
Não permite que eu me iluda, me vicie e me perca nele, por ingenuidade ou invigilância, e assim, cego, equivocadamente substitua valores e me afaste de Ti, cada vez mais, para meu próprio prejuízo e infelicidade!...

Assim seja!

Prece ditada por André Luiz - Instituto de Estudo, Pesquisa e Divulgação Espírita André Luiz - Curitiba, PR.

FONTE: http://www.forumespirita.net

O HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO agradece os irmãos DO FORUM ESPÍRITA pela mensagem que iluminou este espaço de aprendizagem e encontros Sagrados.
Se deseja compartilhar e divulgar estas informações, reproduza a integralidade do texto e cite o autor e a fonte. Obrigada. HOSPITAL ESPIRITUAL DO MUNDO.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

FÉ - EMMANUEL - CHICO XAVIER






Olá Alma Irmã, nossas Fraternais Saudações!

Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!
Obrigado pela companhia!!!
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil





“Mas os cuidados deste mundo, os enganos das riquezas e as ambições doutras coisas, entrando, sufocam a palavra, que fica infrutífera.” – Jesus. (MARCOS, 4:19.)


A árvore da fé viva não cresce no coração, miraculosamente.

Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do esforço da criatura.

Qualquer planta útil reclama especial atenção no desenvolvimento.

Indispensável cogitar-se do trabalho de proteção, auxílio e defesa.

Estacadas, adubos, vigilância, todos os fatores de preservação devem ser postos em movimento, a fim de que o vegetal precioso atinja os fins a que se destina.

A conquista da crença edificante não é serviço de menor esforço.

A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola doada a alguns espíritos privilegiados pelo favor divino.

Isso, contudo, é um equívoco de lamentáveis conseqüências.

A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.

Não se faz possível a realização, quando excessivas ansiedades terrestres, de parceria com enganos e ambições inferiores, torturam o campo íntimo, à maneira de vermes e malfeitores, atacando a obra.

A lição do Evangelho é semente viva.

O coração humano é receptivo, tanto quanto a terra.

É imprescindível tratar a planta divina com desvelada ternura e instinto enérgico de defesa.

Há muitos perigos sutis contra ela, quais sejam os tóxicos dos maus livros, as opiniões ociosas, as discussões excitantes, o hábito de analisar os outros antes do autoexame.

Ninguém pode, pois, em sã consciência, transferir, de modo integral, a vibração da fé ao espírito alheio, porque, realmente, isso é tarefa que compete a cada um.



Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Vinha de Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

OS DIAS DE TREVAS APROXIMAM-SE - JACINTA, UMA DAS CRIANÇAS DA VISÃO DE FÁTIMA


Irmãs, que a Luz do Alto derrame-se sobre a Terra.

Nada do que foi dito e enviado pelas Hostes Superiores, em forma de aviso, foi em vão, ou para que temessem a "Ira Divina".

Porém, alertamos: os dias de escuridão aproximam-se céleres das suas "portas".

Irmãos, rogamos que elas não estejam abertas, porque a dor, o desespero e a descrença aumentam, na mesma proporção que as mensagens se materializam em suas vidas.

Crianças fomos no passado. Espíritos ainda insipientes na matéria, naquela época, não dimensionávamos o "Grande Plano" desenvolvido pelas Hierarquias Superiores, no qual estaria na incumbência de humildes pastorinhos transmitir à massa descrente.

No entanto, não fugimos da tarefa que o Senhor nos legou para cumprir. Agora, cabe aos que estão encarnados, e os que creem, preparem-se, pois nada do que foi passado se alterará por motivo de despreparo, ou incredulidade da humanidade.

Preparem-se, porque os dias de trevas aproximam-se.

Que a Luz de Maria Santíssima conforte os corações dos seus filhos.


Jacinta

(Uma das três crianças da visão de Fátima)

GESH – 05/04/2014 – Vitória, ES – Brasil

Retirado do Blog Os Extra e Intraterrestres e o planeta Terra.

IMPOSIÇÃO DAS MÃOS - JOANNA DE ÂNGELIS - DIVALDO PEREIRA FRANCO



Quando nos identificamos com o pensamento do Cristo e nos impregnamos
da mensagem de que Ele se fez Messias, sempre temos algo que dar em
Seu nome, àqueles que se nos cercam em aflição.
Dentre os recursos valiosos de que podemos dispor em benefício do
nosso próximo, destaca-se a imposição das mãos em socorro da saúde
alquebrada ou das forças em deperecimento. A recuperação de pacientes,
portadores de diversas enfermidades, estava incluída na pauta de
tarefas libertadoras de Jesus.
De acordo com a Gênese do mal de que cada necessitado se fazia
portador, Ele aplicava o concurso terapêutico, restabelecendo o
equilíbrio e favorecendo a paz.
"Impondo as mãos" generosas, cegos e surdos, mudos e feridos
renovavam-se, tornando ao estado de bem-estar anterior. Estimuladas
pela força invisível que Ele transmitia, as células se refaziam,
restaurando o organismo em carência.
Com o seu auxílio, os alienados mentais eram trazidos de volta à
lucidez e os obsidiados recobravam a ordem psíquica em face dos
espíritos atormentadores que os maltratavam, os deixarem.
Extáticos e catalépticos obedeciam-lhe à voz, quando chamados de
retorno.
Esse ministério, porém, que decorre do amor, Ele nos facultou
realizar, para que demos prosseguimento ao Seu trabalho entre os
homens sofredores do mundo.
Certamente que não nos encontramos em condições de conseguir os
efeitos e êxitos que Ele produziu. Sem embargo, interessados na paz e
na renovação do próximo, é-nos lícito oferecer as possibilidades de
que dispomos, na certeza de que os nossos tentames não serão em vão.
Jesus conhecia o passado daqueles que O buscavam, favorecendo-os de
acordo com o merecimento de cada um. Outrossim, doando misericórdia de
acréscimo, mediante a qual os beneficiados poderiam conquistar valores
para o futuro, repartindo os bens de alegria, estrada afora, em festa
de corações renovados.
Colocando-se o cristão novo, às disposição do bem, pode e deve "impor
as mãos" nos companheiros desfalecidos na luta, nos que tombaram, nos
que se encontram aturdidos por obsessões tenazes ou desalinhados
mentalmente...
Ampliando o campo de terapia espiritual, podemos aplicar sobre a água
os fluidos curadores que revitalizarão os campos vibratórios
desajustados naqueles que a sorverem, confiantes e resolutos à ação
salutar da própria transformação interior.
Tal concurso, propiciado pela caridade fraternal, não só beneficia os
padecentes em provas e expiações redentoras, como ajuda àqueles que se
aprestam ao labor, em razão destes filtrarem as energias benéficas que
promanam da Espiritualidade através dos mentores desencarnados e que
são canalizadas na direção daqueles necessitados.
É compreensível que se não devam aguardar resultados imediatos, nem
efeitos retumbantes, considerando-se a distância de evolução que
medeia entre nós e o Senhor, máxime na luta de ascensão e reparação
dos erros conforme nos encontramos.
Ninguém se prenda, nesse ministério, a fórmulas sacramentais ou a
formas estereotipadas, que distraem a mente que se deve fixar no
objetivo do bem e não na maneira de expressá-lo.
Toda técnica é valiosa, quando a essência superior é preservada.
Assim, se distende o passe socorrista com atitude mental enobrecida,
procurando amparar o irmão agoniado que te pede socorro.
Não procures motivos para escusar-te.
Abre-te ao amor e o amor te atenderá, embora reconheças as próprias
limitações e dificuldades, em cujo campo te movimentas.
Dentre muitos que buscavam Jesus, para o toque curador, destacamos a
força de confiança expressa no apelo a que se refere Marcos, no
capítulo cinco, versículo vinte e três do Evangelho: "E rogava-Lhe
muito, dizendo: - Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe
imponha as mãos para que sare e viva.
Faze, portanto, a "imposição das mãos", com o amor e a "fé que remove
montanhas", em benefício do teu próximo, conforme gostarás que ele
faça contigo, quando for a tua vez de necessidade.

Joanna de Ângelis

Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 02 de abril
de 1983, em Bucaramanga, Colômbia, extraída do livro "o Passe", de
Rino Curti.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

MENSAGEM DO CORAÇÃO - AUTA DE SOUZA - CHICO XAVIER





Chamas por Cristo em rogativa ardente
E, não longe, a servir, brando e discreto,
Acenando-te ao ninho predileto,
Eis o Mestre a chamar-te docemente...

Enquanto choras em repouso, à frente
Ele sangra de dor, no imenso afeto
Aos que vivem sem luz, sem pão, sem teto,
Na longa retaguarda padecente.

Se procuras ouvir o Grande Apelo,
Para exaltar-lhe as bênçãos e estendê-lo,
Vem e ajuda a aflição gritante e nua...

E encontrarás em Cristo, que te espera,
A alegria da Eterna Primavera,
Reconfortando a dor, maior que a tua...


pelo Espírito Auta de Souza - Do livro: Auta de Souza, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O RICAÇO DISTRAÍDO - NÉIO LÚCIO - CHICO XAVIER





Que esta mensagem chegue com nossas melhores vibrações de Paz e Saúde!!
Obrigado pela companhia!!!
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

O RICAÇO DISTRAIDO



Existiu um homem devoto que chegou ao Céu e, sendo recebido por um Anjo do Senhor, implorou, enlevado:

— Mensageiro Divino, que devo fazer para vir morar, em definitivo, ao lado de Jesus?

— Faze o bem — informou o Anjo — e volta mais tarde.

— Posso rogar-te recursos para semelhante missão?

— Pede o que desejas.

— Quero dinheiro, muito dinheiro, para socorrer o meu próximo.

O emissário estranhou o pedido e considerou:

— Nem sempre o ouro é o auxiliar mais eficiente para isso.

— Penso, contudo, meu santo amigo, que, sem ouro, é muito difícil praticar a caridade.

— E não temes as tentações do caminho?

— Não.

— Terás o que almejas — afirmou o mensageiro —, mas não te esqueças de que o tesouro de cada homem permanece onde tem o coração, porque toda alma reside onde coloca o pensamento. Tuas possibilidades materiais serão multiplicadas. No entanto, não olvides que as dádivas divinas, quando retidas despropositadamente pelo homem, sem qualquer proveito para os semelhantes, transformam-no em prisioneiro delas. A lei determina sejamos escravos dos excessos a que nos entregarmos.

Prometeu o homem exercer a caridade, servir extensamente e retornou ao mundo.

Os Anjos da Prosperidade começaram, então, a ajudá-lo.

Multiplicaram-lhe, de início, as peças de roupa e os pratos de alimentação;

todavia, o devoto já remediado suplicou mais roupas e mais alimentos. Deram-lhe casa e haveres. Longe, contudo, de praticar o bem, considerava sempre escassos os dons que possuia e rogou mais casas e mais haveres. Trouxeram-lhe rebanhos e chácaras, mas o interessado em subir ao paraíso pela senda da caridade, temendo agora a miséria, implorou mais rebanhos e mais chácaras. Não cedia um quarto, nem dava uma sopa a ninguém, declarando-se sem recursos para auxiliar os necessitados e esperava sempre mais, a fim de distribuir algum pão com eles. No entanto, quanto mais o Céu lhe dava, mais exigia do Céu.

De espontâneo e alegre que era, passou a ser desconfiado, carrancudo e arredio.

Receando amigos e inimigos, escondia grandes somas em caixa forte, e quando envelheceu, de todo, veio a morte, separando-o da imensa fortuna.

Com surpresa, acordou em espírito, deitado no cofre grande.

Objetos preciosos, pedaços de ouro e prata e vastas pilhas de cédulas usadas serviam-lhe de leito. Tinha fome e sede, mas não podia servir-se das moedas; queria a liberdade, porém, as notas de banco pareciam agarrá-lo, à maneira do visco retentor de pássaro cativo.

— Santo Anjo! — gritou, em pranto —vem! Ajuda-me a partir, em direção à Casa Celestial!...

O mensageiro dignou-se baixar até ele e, reparando-lhe o sofrimento, exclamou:

— É muito tarde para súplicas! Estás sufocado pela corrente de facilidades materiais que o Senhor te confiou, porque a fizeste rolar tão somente em torno de ti, sem qualquer benefício para os irmãos de luta e experiência...

— E que devo fazer — implorou o infeliz —para retomar a paz e ganhar o paraíso?

O Anjo pensou, pensou... e respondeu:

- Espalha com proveito as moedas que ajuntaste inutilmente, desfaze-te da terra vasta que retiveste em vão, entrega à circulação do bem todos os valores que recebeste do Tesouro Divino e que amontoaste em derredor de teus pós, atendendo ao egoísmo, à vaidade, à avareza e à ambição destrutiva e, depois disso, vem a mim para retomarmos o entendimento efetuado há sessenta anos...

Reconhecendo, porém, o homem que já não dispunha de um corpo de carne para semelhante serviço, começou a gritar e blasfemar, como se o inferno estivesse morando em sua própria consciência.


Pelo Espírito Neio Lúcio - Do livro: Alvorada Cristã, Médium: Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 9 de setembro de 2014

LUDENDORFF - HUMBERTO DE CAMPOS - CHICO XAVIER




Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

LUDENDORFF

O grande general da Linha Hindenburg, depois de ensarilhar os fuzis da Grande Guerra, empunhara as armas do pensamento, dedicando-se à mais intensa atividade intelectual, na construção da Alemanha Nova.

Do seu recanto solitário, Eric Von Ludendorff conseguia o mais assinalado sucesso com as suas publicações, que se multiplicavam indefinidamente. Só a sua revista conseguia uma tiragem de setenta mil exemplares. Seus livros eram disputados, em todos os centros culturais da velha Germânia, ciosa das suas tradições militares e dos seus sonhos de domínio. Ludendorff personificava esse espírito de renovação e de imperialismo. As lutas de 1914-1918 haviam cessado, mas o valoroso militar empregava todas as suas energias, após o armistício, no sentido de reerguer o povo alemão, depois da derrota. Nacionalista extremado, não tolerava a república, era adversário declarado da igreja católica e ferrenho inimigo dos judeus e da maçonaria, concentrando todas as suas aspirações de homem e de soldado no pan-germanismo, acreditando que somente da Alemanha poderia surgir o próprio aperfeiçoamento do mundo. Com Hindenburg, havia sido a coluna inexpugnável dos exércitos das potências centrais na Grande Guerra. Do seu pulso de ferro haviam emanado quase todos os coeficientes de força, em Liège e Tannenberg. Suas tradições de chefe eram objeto de veneração dos seus próprios inimigos, e nos tempos atuais, era o valoroso soldado a única voz tolerada na Alemanha hitlerista, nos problemas da análise do novo regímen, em virtude da sua situação excepcionalíssima, perante as forças armadas de sua pátria, que se ufanavam de possuir um roteiro no seu grande espírito.

Agora, porém, nos últimos tempos, fora o general internado numa Casa de Saúde de Munich, afim de estudar-se a possibilidade de uma operação na bexiga, que lhe devolvesse a saúde abalada aos setenta e dois anos sobre a face da Terra.

Todos os seus compatriotas acompanharam-lhe o tratamento, aguardando a volta do valoroso soldado aos misteres de cada dia, pelo bem da Alemanha. O prognóstico dos médicos era o mais favorável possível. Ludendorff era senhor de uma invejável constituição orgânica. E não seria de estranhar que voltasse um dia à caserna para a vida ativa. Na época do armistício, Hindenburg contava mais de setenta anos de idade, Foch tinha aproximadamente sessenta e oito. Era assim que o exército alemão esperava ainda e sempre a inspiração daquele homem extraordinário. Os facultativos, não obstante a impossibilidade de uma intervenção cirúrgica, consideravam-no a caminho de franco restabelecimento, chegando a conceder-lhe a precisa permissão para afastar-se do leito diariamente. Tudo fazia entrever a devolução de sua saúde.

Mas, naquele dia, o general, dentro de um círculo de recordações, rememorava, apunhalado de saudade, todos os caminhos percorridos. Do seu leito, parecia contemplar ainda a batalha de Tannenberg, onde a sua coragem substituíra a indecisão do general Prittwitz e, conduzindo mais longe a sua memória, voltava aos seus estudos militares na Academia de Grosslichtenfeld, revendo afetos da mocidade e abraçando, em pensamento, velhos camaradas da infância. Uma singular emotividade fazia vibrar o seu coração enrijecido nas lutas, até que um suave e momentâneo repouso físico lhe fechou os olhos do corpo, abrindo a sua visão espiritual, dentro de uma considerável amplitude. Parecia-lhe haver regressado aos tempos longínquos da mocidade, tal a sua lucidez e extraordinária desenvoltura.

Ao seu lado, estava o grande amigo de todas as lutas.

Hindenburg, porém, já não era mais o soldado cheio de audácia e de aprumo. Seu corpo se achava destituído de todas as insígnias e de todos os uniformes e no seu olhar andava uma onda de tristeza e de humildade, saturada de indefinível ternura.

- "Eric - falou brandamente - não tardarás também a transpor os portões da Eternidade... Guarda em teu espírito a esperança no Céu e no Deus de misericórdia, que é a vida de todas as coisas... Abandona todas as tuas preocupações de grandeza e de imperialismo, porque diante da morte desaparecem todos os nossos patrimônios de posse e de domínio material! Renova as tuas concepções da vida, para penetrares o templo da Imortalidade, abandonando o mundo com um pensamento fraterno para todas as criaturas... O nosso sonho de imperialismo e de superioridade da Alemanha não passa de uma vaidade tocada de loucura, que Deus pode desfazer de um instante para outro, como o vento poderoso que move as areias de uma praia. Fecha todas as portas do orgulho e da exaltação, porque, se a nossa pátria quis guardar as minhas cinzas no Panteão de Tannenberg, o meu espírito foi obrigado a se socorrer do último dos nossos comandados... O generalíssimo das batalhas, para Deus, não passava de um verme obscuro e insolente, condenado a prestar as mais severas contas de suas atividades sobre a Terra..."Ludendorff ouvia, com estranheza, as palavras que lhe vinham ao coração, das profundezas do túmulo. Dentro do seu orgulho inflexível conseguiu balbuciar:

- "Deus? Não existe outro Deus a não ser aquele que simboliza a força, a superioridade da Alemanha..."

- "Cala-te! - replicou ainda a voz pungente da sombra. Acima de todas as pátrias do planeta, está a misericórdia suprema de um Deus, cuja providência é a luz e o pão de todas as criaturas. A sua sabedoria permitiu que os homens se dividissem à sombra de bandeiras, não para a carnificina das batalhas, mas para que amassem a escola do mundo terrestre, aproveitando os seus trabalhos, dentro do idealismo das pátrias, até que conseguissem, longe de todo o estímulo do espírito de concorrência, compreender integralmente as leis da fraternidade e da solidariedade humana... Na balança do seu amor e da sua justiça inviolável, a Alemanha não vale mais que a Palestina. Os judeus que combates são igualmente nossos irmãos, no caminho da vida... Reconhece toda a verdade das minhas fraternas revelações, porque, na realidade, nenhuma nação, como nenhum homem, se pode antepor à Vontade Suprema... Unamos as mãos, longe dos combates incompreensíveis, dilatando o ideal da fraternidade sobre a Terra, sob a bênção compassiva de Jesus-Cristo, que é o único fundamento indestrutível na face deste mundo, onde todas as glórias passam, como a vertigem de um relâmpago. Em breve, teu corpo repousará nas cinzas da terra, como os nossos despojos guardados na solidão de Tannenberg. Sobre a poeira das ilusões, hão de elevar-se os cânticos guerreiros, mas nós, com a serenidade da distância, nos uniremos nos céus da nossa pátria, implorando ao Senhor derrame sobre todos os nossos compatrotas os eflúvios do seu amor, da sua misericórdia e da sua paz!..."

Nesse momento, entretanto, Ludendorff não conseguiu ouvir mais a voz consoladora e amiga da sombra.

Suas fibras emotivas haviam-se dilatado ao Infinito. Seu coração parecia parado de angústia, na sepultura do torax envelhecido, e uma lágrima dolorosa lhe pairava nos olhos saturados de espanto. Todas as suas idéias de domínio estavam destruídas nos raciocínios de um instante. Seu espírito voltara à vigília, cheio de angústia inexprimível.

Cercam-no os facultativos, verificando a queda brusca de todas as suas forças. O valente soldado da Grande Guerra estava ali, vencido, em face da morte, e, daí a algumas horas, sem que os médicos pudessem explicar o desenlace inesperado, Ludendorff penetrava os pórticos do mundo espiritual, amparado por uns braços de névoa, não mais para pregar o imperialismo do seu país ou para recordar os dias gloriosos de Tannenberg, mas para orar humildemente, diante da misericórdia divina, suplicando ao Senhor a inspiração necessária para os vivos da sua pátria.



Pelo Espírito Humberto de Campos - Do livro: Novas Mensagens, Médium: Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

AFETOS RELEMBRADOS - MARIA DOLORES - CHICO XAVIER




Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

AFETOS RELEMBRADOS


Alma querida, escuta:
Depois de compromissos assumidos,
De coração atônito, avistaste
Formosas afeições de tempos idos...

Não sabes definir o sentimento
Que te parece fome, em que lutas e esperas,
Ansiando reaver cuidados incessantes,
Contatos e alegrias de outras eras.

Eis que a reencarnação, vedando-te as lembranças,
Não te deixa extrair da névoa transitória
Nomes e posições, impulsos e ocorrências
Que a vida te guardou no escrínio da memória...

Mas a lei da atração te fala sem barulho,
Na força do reencontro inesperado,
Sobre a nova expressão em que se te apresentam
As ligações que volvem do passado.

Alma presa ao dever em que te ajustas,
Bastas vezes te vês em pranto ardente;
Queres reter, de novo, os laços prediletos
De que vives ausente.

Entretanto, alma boa, louva sempre
A prova que te envolve o próprio “eu”...
Firam-te estranhas dores, permanece
No trabalho que o Céu te concedeu.

Ama, abençoa, ampara, esclarece, aprimora...
Essas almas queridas
São flores que plantaste noutro tempo.
Entre sombras e luzes de outras vidas.

Não lhes negues carinho e reconforto,
Mas não te faças coração em chama,
Ensina-lhes o amor em sacrifício
Com que o Cristo nos ama.

Cumpre as obrigações em que Deus te resguarda,
Sem de leve rompê-las...
E, um dia, encontrarás o amor de teus sonhos mais altos,
No País das Estrelas.


pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: A Vida Conta, Médium: Francisco Cândido Xavier.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

PERDÃO RADICAL - AMÉLIA RODRIGUES - DIVALDO PEREIRA FRANCO





Desejamos a você e aos seus amores um ótimo final de semana com muita paz e saúde!
Abraços fraternais.
Centro Espírita Caminhos de Luz-Pedreira-SP-Brasil

PERDÃO RADICAL


As sublimes lições não paravam de iluminar as consciências dos discípulos interessados no conhecimento da Verdade.

Cada momento em companhia do Mestre amado revestia-se de um aprendizado inolvidável.

Jamais houvera alguém que pudesse, como Ele o fazia, cantar a beleza da sabedoria com a linguagem singela de um lírio alvinitente em pleno chavascal.

As Suas palavras eram como pérolas reluzentes que formavam colares luminosos na consciência dos ouvintes.

Ele nunca se repetia. Com as mesmas palavras entretecia variações incomuns em torno dos temas do cotidiano, oferecendo soluções simples, às vezes, profundas, com a mesma naturalidade com que se referia ao Pai, o Seu Abba.

Ressoavam nos refolhos das almas o canto incomparável do Sermão da Montanha, que se lhes tornara o novo norte para o avanço no rumo da augusta plenitude.

Cada bem-aventurança era portadora de um novo conteúdo, como sendo a diretriz soberana do amor em relação ao futuro da Humanidade.

Ninguém ficava à margem, nenhum sentimento era esquecido e a fonte de inexaurível sabedoria continuava a fluir a água lustral dos ensinamentos imortais.

Ele parecia ter pressa de preparar os amigos, embora não fosse apressado.

Eram tantas as necessidades humanas que não era possível desperdiçar o tempo em cogitações da banalidade e emprego das horas em pequenezes habituais do comportamento.

Mais de uma vez Ele falara sobre a emoção do amor e a bênção do perdão, sendo porém enfático em todas elas.

O perdão é sempre melhor para aquele que o concede.

Para que não ficasse esquecido entre as preocupações que assaltavam os amigos, na sua labuta diária, Ele voltava ao tema com novas composições.

Já lhes dissera que se fazia indispensável perdoar setenta vezes sete vezes, o que significava perdoar incessante, ininterruptamente...

Naquela oportunidade ímpar, complementou o ensinamento, referindo-se à conduta pessoal de cada criatura:

Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta...

... Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda e sejas lançado na prisão.

Em verdade, vos digo que de maneira nenhuma saireis dali enquanto não pagardes o último ceitil. (*)

Tratava-se da aplicação da misericórdia nos relacionamentos, de modo a manter-se a consciência de paz.

Nesse sentido, a compaixão em relação aos erros alheios assumia papel de preponderância, mas os amigos aturdidos compreendiam que lhes era muito difícil a mudança de conduta, habituados ao desforço em relação àqueles que os prejudicavam.

Assim pensando, após a exposição do Senhor, Tiago perguntou-Lhe, recordando-se da severidade da Lei Antiga:

Como é possível, Mestre, permitir-se que o agressor fique impune, após a prática do seu ato perverso?

O Iluminado olhou-o com imensa ternura, por saber que ele era cumpridor dos deveres, severo em relação a si mesmo, portanto, exigente no que diz respeito ao comportamento dos outros e compreendeu-lhe a inquietação.

Após um breve silêncio, ante o zimbório celeste, recamado de estrelas que lucilavam ao longe, respondeu benigno:

As águas do rio limpam as margens e o leito por onde correm, transformando e decompondo o lixo e a imundície em rico adubo mais adiante, levados pela correnteza.

Assim também o amor de misericórdia transforma a agressão em bênção para a vítima, auxiliando o inimigo a purificar-se, ao largo do percurso evolutivo.

Quando se perdoa, isto não implica anuência com o erro, com o crime, com o descalabro do outro. Não se trata de desconhecer a atitude infeliz, mas objetiva não retaliar o outro, não aguardar oportunidade para nele desforçar-se.

Não devolver o mal que se sofre é o início do ato de perdoar. Compreender, porém, que o outro, o agressor, é infeliz, que ele se compraz em malsinar porque é atormentado, constitui a melhor reflexão para o perdão radical, o perdão sem reservas.

Ninguém tem o direito de oferecer ao Pai suas orações e dádivas de devotamento, se tem fechado o coração para o seu próximo, aquele que, na sua desdita, derrama fel sobre os outros e cobre a senda que percorrerá no futuro com os espinhos da própria insanidade.

Ter adversário é fenômeno normal na trajetória de todas as criaturas, no entanto, deve-se evitar ser-lhe também inamistoso, igualando-se em fraqueza moral e desdita interior. Quem assim se comporta também sofrerá julgamento da autoridade, a quem seja apresentada queixa, e essa poderá exigir-lhe o ressarcimento do mal até o último e mínimo ultraje.

É o que ocorre com qualquer ofensor ou ofendido magoado. É obrigado a refazer o caminho sob a jurisdição divina, até quitar-se de todas as mazelas e débitos morais.

O interrogante, no entanto, insistiu:

Como então fica a justiça diante daquele que lhe desrespeita os códigos austeros?

O Amigo compassivo compreendeu a inquietação do companheiro e elucidou:

A questão da justiça não pertence ao ofendido, mas aos legisladores que aplicarão a penalidade corretora que se enquadre nos códigos legais. E quando isso não ocorre, a sabedoria divina impõe-se ao calceta, que carrega na consciência o delito, fazendo-o ressarcir os danos com a sua cooperação ou sofrendo os efeitos do mal que praticou, imputando-se sofrimentos reparadores. Ninguém consegue fugir à consciência indefinidamente, porque sempre há um despertar para a realidade transcendental.

Mas, Mestre, nesse caso, todos os crimes de qualquer porte devem ser perdoados e esquecidos? - Instou, inquieto,

Serenamente, Jesus retorquiu:

Não há crime imperdoável. Há, sim, mágoas exageradas. Quem não tem condutas reprocháveis ao longo da existência, por mais austero seja em relação a si mesmo, observando os Códigos da justiça e da religião? Quantas vezes, em momentos de infelicidade e de ira, pessoas boas e generosas, devotadas ao Pai e ao dever, rebelam-se e agem incorretamente? Será justo desconhecer-lhes toda uma trajetória de dignidade por um momento de alucinação, de torpor mental pela ira asselvajada que lhe tomou a consciência?

É necessário, portanto, perdoar-se todas as formas de agressão, entregando-as ao amor do Pai Incomparável, a tomar nas mãos a lei e a justiça, aplicando-as conforme o desconforto de que se é objeto.

Assim fazendo, torna-se digno de também ser perdoado.

Esse é o sublime comportamento do amor, em forma de benignidade para com o próximo, o irmão da retaguarda evolutiva.

Depois do silêncio que se abateu natural, no círculo de amigos, Ele adiu gentilmente:

Convém recordar-se, igualmente, que todos necessitam do perdão para as suas ações infelizes, desse modo, devendo perdoar-se, purificar a mente, permitir-se o direito de errar, compreendendo a sua humanidade e fraqueza, mas não permanecendo no deslize moral nem se comprazendo em ficar na situação a que foi arrojado.

O autoperdão é conquista do amor que se renova e compreende que se está em processo de renovação e de autoiluminação.

Assim, portanto, rogando-se ao Pai perdão pelos próprios delitos, amplia-se o pensamento e alcança-se o agressor digno de ser perdoado também.

A noite prosseguia rica de suaves perfumes e incrustada dos diamantes estelares, registrou a lição imorredoura do perdão a todas as ofensas.



pelo Espírito Amélia Rodrigues - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, no lar de Armandine e Dominique Chéron, na manhã de 5 de junho de 2014, em Vitry-sur-Seine, França. Do site: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=369.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

ADVERTÊNCIA - ARGEU PINTO DOS SANTOS - CHICO XAVIER





Em nossas atividades da noite de 17 de junho de 1954, antes do socorro habitual aos irmãos conturbados e sofredores, havíamos efetuado breve leitura acerca da mediunidade e do amor cristão, preparando ambiente adequado às nossas tarefas. E, ao término da reunião, fomos agradavelmente surpreendidos com a visita de um novo amigo que não conhecíamos pessoalmente, em nossas lides de intercâmbio — Argeu Pinto dos Santos —, logo identificado por um de nossos companheiros que lhe foi filho na experiência física. Espírita convicto, Argeu militou na mediunidade, em Cachoeiro de Itapemirim, Estado do Espírito Santo, trazendo-nos na presente mensagem o resultado de seus próprios estudos.


Meus amigos, vossa leitura desta noite abordou, com oportunos ensinamentos, a mediunidade e o amor fraterno. Dois temas vivos que se conjugam, encarecendo a excelência do serviço que repousa em nossas mãos.

É importante lembrar que o Espiritismo é o Evangelho redivivo e puro, atuando, de novo, entre os homens, a fim de que não sejamos inclinados ao vampirismo, admiravelmente rotulado de preciosidade doutrinal.

De nossa parte, usufruimos também o privilégio de partilhar a tarefa espírita, no setor mediúnico, em passado próximo.

E, agora, cremo-nos habilitados a declarar que espiritista algum, enquanto na carne, consegue avaliar em toda a sua extensão o tesouro de bênçãos que lhe enriquece a alma, porque semelhantes bênçãos exprimem o trabalho e a responsabilidade com que devemos assimilar a nossa Doutrina, venerável escultora do caráter cristão em nossa própria vida.

O nosso Ênio dará testemunho das notícias que vos trazemos.

Depois do regresso à Pátria Espiritual, reconhecemos que a mediunidade não basta só por si. Espíritos que se graduam na esfera do sentimento, nos mais diversos tons evolutivos, acompanham de perto a marcha humana e é preciso evitar a companhia daqueles irmãos que, embora exonerados do corpo denso, jazem ainda profundamente vinculados às sensações inferiores do campo físico, a fim de que não venhamos a transformar o nosso movimento de elevação moral em descida às zonas escuras de subnivel.

É fácil observar que muitos companheiros começam abraçando a fé e acabam esposando preocupações subalternas.

Muitos iniciam o apostolado, assinalando a grandeza dos compromissos que assumem, entretanto, por vezes, olvidam, apressados, que Espiritismo é ascensão com Jesus ao calvário de nosso acrisolamento para a Luz Divina e confiam-se a entidades que ainda sofrem o fascínio do comércio malsão, metamorfoseando-Se em caçadores do êxito mundano, no qual tantos nos barateiam o estandarte de princípios sagrados, convertendo-o na bandeira cinzenta do desânimo para todos os que nos batem à porta, suspirando por socorro espiritual e terminando, desapontados, diante do nosso exemplo desencorajador.

A mediunidade, para triunfar, precisa reconhecer que o amor fraterno é a chama capaz de purificá-la.

Compete-nos hipotecar nossas forças à obra de redenção das nossas atividades, porqüanto não é justo oferecer pão ao faminto e agasalho aos nus, relegando-lhes o espírito à sombra da ignorância.

É louvável dar o que temos nas mãos; contudo, é mais importante dar nossas mãos para que o ajudado aprenda a ajudar-se.

Consideramos indispensável uma campanha de boa-vontade, suscetível de alijar da nossa luta benemérita tudo aquilo que represente acomodação com o menor esforço, para que o nosso ideal traduza lição de Nosso Senhor Jesus-Cristo em nossas atitudes de cada hora.

Para isso, porém, é inadiável o esforço ingente de nossa própria regeneração, de modo a não perdermos tanta esperança na música das palavras vazias.

Devemos estabelecer a competência mediúnica em base de solidariedade humana, a expressar-se em serviço aos semelhantes, entendendo, no entanto, que ninguém pode servir, ignorando como servir.

Disso decorre o impositivo de luz em nosso cérebro e em nosso coração, para que o serviço espiritista Seja realização do Divino Mestre conosco e por nós.

Arejemos, pois, o mundo íntimo no santuário da educação, para que a mediunidade e o amor não se escravizem à sombra, e roguemos ao Pai Celestial nos conceda a precisa coragem de viver o Evangelho de Jesus, hoje e sempre.


Pelo Espírito Argeu Pinto dos Santos - Do livro: Instruções Psicofônicas, Médium: Francisco Cândido Xavier

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...