sexta-feira, 14 de maio de 2010

COLOMBINA

Mascarada mulher o rabecão trouxera
Morrera em pleno baile a frágil Colombina
E, no egrégio salão de culto à Medicina,
O professor leciona, em voz veemente e austera:

- Rapazes, contemplai! É rameira e menina.
Tombou ébria no vício e com certeza era
Devassa meretriz, mistura de anjo e fera,
Flor de lama e prazer, Vênus e Messalina..

Em seguida, a cortar, rompe a seda sem custo,
Desnuda-lhe, solene, a alva pele do busto,
Afasta, indiferente, as flores da rendilha...

No entanto, ao descobrir-lhe a face triste e bela,
O Mestre cambaleia e chora junto dela...
Encontrara na morta a própria filha.

Poema da autoria espiritual de Júlia Cortines Laxe,
psicografado por Chico Xavier, no livro "Antologia dos Imortais", 3ª edição FEB, 1990.

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