terça-feira, 29 de novembro de 2011

PLANO DE AÇÃO ESPIRITUAL - IRMÃO JOSÉ

—Meus irmãos - continuou o benfeitor, procurando sintetizar -, agradeço-vos, inicialmente, terem vindo atender ao nosso convite. Os seareiros disponíveis ainda são poucos; raros os que, mesmo depois da experiência física, prosseguem fiéis a Jesus. Muitos dos companheiros de ideal que desencarnam ainda não se encontram em condições de cogitar senão de si mesmos. O trabalho não cessa. Carecemos de colocar de lado as nossas próprias aspirações pessoais e perseverar no serviço que se desdobra. Os que verdadeiramente se acham dispostos a cooperar com a obra do evangelho não têm tempo para pensar em si. Deixemos para mais tarde as estrelas reluzentes que nos acenam do infinito. A terra, com a vida que se manifesta em suas concêntricas dimensões espirituais, por longo tempo ainda será o nosso campo de ação. O labor apenas começou. Olvidemos, por enquanto, a tranqüilidade das colônias que poderemos habitar no além; as regiões sombrias que circundam o planeta estão repletas de espíritos em desespero - muitos deles são criaturas extremamente amadas por nós; libertos do corpo físico, não lograram leveza em seu corpo espiritual para subir: o centro gravitacional do orbe, de acordo com os seus múltiplos dramas de consciência, os puxa para baixo. Adiante das regiões umbralinas, no interior da terra, encontraremos os que povoam o inferno de sua imaginação enfermiça. Não podemos permanecer na expectativa do socorro divino, que, para alcançá-los, não dispensa o concurso de nossas mãos. Eu vos convido a descer aos abismos do mundo espiritual, com a tarefa específica de resgatar corações equivocados. Torna-se-nos indispensável concluir a tarefa. Neste ponto de sua alocução, irmão José me fixara mais demoradamente. —Se não deveis - prosseguiu - cogitar de perfeição por agora, renunciando ao vôo para o qual ainda não possuis asas compatíveis, não tendes o direito de vos recriminar em excesso, anulando-vos em vossa atual capacidade de ser útil aos propósitos do senhor. Se vos é vedada à ascese aos paramos superiores, em vosso anseio de convivência com os anjos, nada vos impede de continuar crescendo nas regiões primitivas da vida. O Cristo, em sublimado anseio de expansão, que não saberíamos definir, desceu das alturas imensas e veio conviver conosco, os que ainda nos arrastamos no chão de nossa própria miserabilidade.

Retirado do livro "Do outro lado do espelho", de Inácio Ferreira, psicografado por Robson Pinheiro.

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