domingo, 21 de julho de 2013

MEU TIO ABELARDO

Ele sempre aparecia em nossa casa, para nos visitar e nos brindar com sua inteligência e seu fino humor. Passava por Atalaia, onde ia visitar e abraçar o compadre Gil, nosso tio Gildenor, irmão de minha mãe.
Muito bonito e elegante, usava um fino bigode nos anos mais jovens. Lembro-me de uma foto em que mamãe participava da sua formatura em Medicina.
Sua Vemaguete, com o ronco característico e com aquele cheirinho de gasolina e óleo, sempre me faz lembrar de Tio Abelardo. Passava dias hospedado em nossa casa.
Meu pai o amava muito, tanto que colocou o nome em seu terceiro filho, como homenagem eterna. Abelardo Costa Melo Sobrinho é hoje engenheiro civil, casado, pai de família, homem de bem, e honra o nome do saudoso tio.
Anos depois, comprou uma perua Volkswagen, Variant, verde escura. Passeamos muito nela.
Durante alguns anos, passava minhas férias em sua casa em Recife, localizada em uma das ruas do bairro da Imbiribeira. Ele era funcionário do Banco do Brasil e Médico especializado em Pneumologia.
Sua esposa Yeda, calma e serena, cuidava de mim nos dias em que eu permanecia hospedado em sua casa. Guardo boas recordações dela, muito ligada que era em tio Abelardo.
Quando eu estava já cursando Medicina, o visitei em Recife, e ele me ofertou com uma bolsa de couro de médico e com um estetoscópio. Guardei esta lembrança por muitos anos.
Sinto apenas não lembrar de nossas conversas. Quisera hoje ter a oportunidade de revê-lo.
Ele está no mundo espiritual, junto com a amada Yeda. Um dia iremos nos reencontrar!

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