sábado, 8 de fevereiro de 2014

MENSAGEM DE HENRI DURVILLÉ SOBRE AUTO CONHECIMENTO

O primeiro ponto a cumprir é conhecer-te. Não é sem causa que os antigos tinham feito deste conhecimento o primeiro estágio da sua iniciação.
Sabes quais são as tuas qualidades e os teus defeitos. Deves desenvolver umas e eliminar outros. Purificar-se é a primeira parte de todas as iniciações tal como se tem praticado em todos os templos e em todos os agrupamentos de filósofos.
Em primeiro lugar deves depurar teu corpo, dar-lhe por uma higiene raciona> forças e um poder talvez perdidos pela doença e por insuficiência de alimentação, pela falta de ar e de exercícios igualmente prejudiciais. Tu deves adotar uma regra na tua vida mais sã, baseada sobre os princípios que dirigem toda a tua conduta. Teu corpo deve obedecer a teu espírito, e se não está em estado de seguir o movimento de teu pensamento de que lhe servirá este pobre servidor? Se seguires as regras que te aconselhei, adaptarás a tua economia material, todos estes órgãos que te são submetidos, ao ritmos que são o eco dos ritmos superiores. Já, por esta cultura, aderirás ao plano divino.
Tomando este cuidado, precisarás fazer a educação de teu espírito. Esforçar-te-ás para ter deste espírito uma direção mais segura, uma vontade calma e operadora. Deves desenvolver em ti as faculdades e não partir desta idéia de que não poderás adquiri-las. Desenvolve também o teu discernimento, porque, sem ele, a vontade é uma barca sem piloto entre os escolhos da vida.
Assim, obterás o império sobre ti mesmo, que te fará senhor do teu inconsciente. Não sofrerás mais o seu impulso, porém, não cedendo senão ao teu espírito, serás tu mesmo em verdade. Cultiva também o silêncio em que te serão revelados os poderes ocultos. Obtém a calma para os teus sentimentos, a fim de que desenvolvam harmoniosamente. Cala-te e reflete na manifestação das opiniões adversas.
Enfim, será a tua força dizer a palavra conciliadora que religa toda as opiniões. Tu não podes, por ti mesmo, possuir toda a verdade. Por que impões o teu pensamento aos outros? Sê calmo e o teu exemplo pregará melhor ainda do que as palavras. É o primeiro passo a fazeres para a obtenção dos altos poderes, a conquista das forças em ti e ao redor de ti.
E, em seguida, farás a educação de teu coração. É um cuidado que muitos negligenciam; eles têm sofrido pelo sentimento, crêem não poderem fazer nada de melhor do que negar o coração.
Mas, estes males provêm de uma impulsividade muitas vezes atendida.
Deveras primeiramente refrear está impulsividade, estas perturbações. Atraído pelas qualidades exteriores, estás talvez muito triste por amar pessoas que não respondem ao teu ideal elevado; pedes-lhes sentimentos que florescem em teu próprio coração e, como elas são diferentes de ti, a ternura delas é desviada ou se manifesta de outro modo não desejado por ti, sofrerás profundamente.
Muitas vezes a falta está em julgar os outros de acordo consigo mesmo. É um escolho a evitar. As dores passadas têm isso de bom: elas te servirão de guia para os acontecimentos futuros.
Seu papel é nos tornar clarividentes ao encontro do que mais nos seduz, nos ensinar a paciência para atingir o desabrochar dos sentimentos dos outros.
Refrear, porém, o coração não é suprimi-lo; pelo contrário, quando o caminho parecer seguro, tu poderás, em belo surto, procurar a ternura e a glória de uma afeição partilhada.
E, quanto esta alegria, apurada pela pesquisa de um ideal comum, será mais alta e mais pura!
Isto não será uma vitória ou um prazer passageiro como o objeto de tua pesquisa, mas uma comunhão de idéias que te conduzirá a querer o bem do ser amado antes do teu próprio.
O teu coração alargar-se-á, e, à margem das ternuras costumeiras, aprenderás a amar a Natureza, a obter de seu seio amigo as lições da calma, de expansão de uma vida nova, de bondade, de doçura, de fraternidade universal. Gozarás a expansão de uma vida nova, a alegria superior de compreender o que começaste a amar cegamente.
A própria Natureza oferecerá o ensinamento dos altos poderes. Que poderás tu desejar a seu respeito? Estes Poderes que pertencem ao iniciado, obtê-lo-ás se fores digno; e se o fores, em lugar de quereres ter o domínio sobre outrem, não pedirás senão a possibilidade de socorrer aqueles que sofrem, de auxiliar aqui que procuram o seu caminho para irradiar sobre o universo to as forças benéficas, como faz o sol de estio.
É que o Verbo humano, imagem de forças mais altas, tem poderes ilimitados, ao uso do qual ele soube se tornar mestre. Tu os experimentarás e poderás conhecer este poder mágico de que todo ser humano é dotado, quando a iniciação o tiver revelado e quando tiveres sabido conquistar o teu próprio império.
Estas forças não devem servir senão para fins altruísticos.
A realidade dos fatos nota-se sempre quando a ação se torna egoísta. Péladan disse: Aquele que crê pedir ao Hermetismo o poder de seduzir, de vencer os seus inimigos, de suplantar os seus rivais, será vencido, perecerá. É a transposição mágica destas palavras de Cristo: Aquele que fere com a espada, com a espada será ferido.
Em torno de ti irradiam forças e vibrações que são tais como as produzes, como tu podes criar e dirigir a teu gosto. Esta atmosfera psíquica influencia aqueles que te rodeiam e pode operar a distância.
Quando penetrares neste arcano, que se não confia a esmo, tu conhecerás o segredo do Poder da atração e tu serás servido por forças misteriosas.
A medida que o Templo da Iniciação se abrir para a tua alma, ainda mais poderes surgirão em ti, a tua vista ainda mais se abrirá sobre Mundos que tu não conheces, mundos que tu não suspeitas.
Teu horizonte é limitado e tu sofres, mas cada passo dado sobre o caminho te animará diante de horizontes infinitos, banhados de santa luz. Mesmo a custo verás quanto este ser humano que te aparece como o centro de tudo é pouca coisa no conjunto dos mundos. Então, convencer-te-ás de qual o teu verdadeiro lugar no Universo e que não tens valor senão de seres uma célula consciente nas lutas sem fim na vida.
Por que terás orgulho? Quem és tu neste cosmo imenso? Considera a tua pequenez e mede-te com o infinito. Perderás todo este orgulho mesquinho, estas vaidades insuportáveis, que ontem te pareciam importantes; desde hoje te convencerás de um fim mais alto e mais nobre.
Mas, se esta contemplação é mortal à tua vaidade, quanto a tua vaidade perderá em força! Pequena célula consciente, convencer-te-ás desta idéia sublime de que tu és submetido ao Ritmo, ou melhor, aos Ritmos, e que eles são os mesmos do átomo até ao astro. E, como tudo o que te rodeia, serás submetido aos Ciclos imutáveis sob o seu aspecto mutável!

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