terça-feira, 23 de setembro de 2014

DESPEDIDA DE VITAL - CASIMIRO CUNHA - CHICO XAVIER




Lua cheia... Na choça a que se apega,
Morre Vital, velhinho, olhando o morro...
Por prece, escuta a arenga do cachorro,
Ganindo nas touceiras da macega.

Pobre amigo!... Agoniza sem socorro,
Chora lembrando o milho na moega...
Oitenta anos de lágrimas carrega
Na carcaça jogada ao chão sem forro.

Suando, enxerga um moço na soleira,
- “Eu sou leproso...” – avisa em voz rasteira,
mas diz o moço, envolto em luz dourada:

- “Vital, eu sou Jesus! Venha comigo!...”
E o velho sai das chagas de mendigo
Para um carro de estrelas da alvorada.


Pelo Espírito Casimiro Cunha - Do livro: Antologia Mediúnica do Natal, Médium: Francisco Cândido Xavier.

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