A FELICIDADE É FRÁGIL E VOLÁTIL, pois só é possível senti-la em certos
momentos. Na verdade, se pudéssemos vivenciá-la de forma
ininterrupta, ela perderia o valor, uma vez que só percebemos
que somos felizes por comparação.
Após uma semana de céu nublado, um dia de sol nos parece
um milagre da Criação. Do mesmo modo, a alegria aparenta ser
mais intensa quando atravessamos um período de tristeza. Os
dois sentimentos se complementam, pois, da mesma forma que
a melancolia não é eterna, não poderíamos suportar 100 anos de
felicidade.
Imaginar que temos obrigação de ser felizes o tempo todo e
em todo lugar é um grande fator de estresse na sociedade moderna.
A negação da tristeza dispara o consumo de antidepressivos
e a busca de psicoterapias e nos leva a adquirir coisas de que não
precisamos. Não exibir um sorriso permanente parece ser motivo
de vergonha.
Contra essa perspectiva falsa e infantil, Nietzsche nos lembra
que a felicidade vem em lampejos e que tentar fazer com que ela
dure para sempre é aniquilar esses lampejos que nos ajudam a
seguir em frente no longo e tortuoso caminho da vida.
Extraído do livro "Nietzsche para estressados" - Allan Percy
Enviado por minha filha Anamaria, de São Paulo. Grato!
Blog de Eugenio Leite Costa Mélo. "Conhecereis a verdade, e a verdade vos fará livres" - JESUS
terça-feira, 16 de agosto de 2011
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