sábado, 18 de fevereiro de 2012

AÇÃO MEDIÚNICA

Publicada em 17 de Fevereiro de 2012
2446 - Rio de Janeiro

Era uma segunda-feira de janeiro de 1997.

No GESJ, este dia da semana é dedicado a dar assistência espiritual às pessoas que tiveram morte violenta de qualquer tipo, inclusive suicídio.

Nos três últimos anos fizemos irradiações (visita mental) para hospitais e prisões do nosso Estado (ES).

Naquela segunda-feira, perguntei, como de habito, a um dos companheiros, qual o presídio que visitaríamos e isso antes de iniciarmos as atividades mediúnicas da noite. Ele nos respondeu: "Semana passada fomos a Linhares, hoje, visitemos São Mateus". Tudo bem, respondi.

Iniciamos recitando um mantra e durante todo o tempo da recitação, mais ou menos sete minutos, vinha e voltava à minha mente, como ondas na praia, o episódio doloroso e triste acontecido no Rio de Janeiro, na semana anterior, precisamente na Ilha do Governador...

Após o cântico, disse para os companheiros: Não vamos mais a São Mateus e sim a...

Eles ficaram surpresos porque só temos visitado instituições do Espírito Santo, porém, não disseram nada e firmaram suas mentes no local citado.

Lembrei-me nesse instante de um provérbio popular que diz o seguinte: "O homem põe e Deus dispõe!"... Justamente isso havia acontecido, pois nem bem havia completado o endereço e os médiuns presentes incorporaram entidades trevosas, dissidentes, perversas e cruéis, responsáveis pela desgraça acontecida naquele estabelecimento.

Hoje, passado um mês, escrevendo esse episódio, tenho certeza de que a Equipe Espiritual da Casa já os havia aprisionado e os detinha em nosso Centro Espírita aguardando apenas o momento oportuno. Daí a minha incompreensível atitude em mudar, no último instante, o roteiro do trabalho. Como dirigente da Equipe no plano físico, coube a mim a tarefa de conversar com o "chefe da falange das trevas".

Abrindo um ligeiro parêntese, gostaria de dar um rápido esclarecimento a respeito dessa atividade. Os companheiros de lides espirituais de outros Centros Espíritas que militam nessa área sabem muito bem que temos o dever moral e espiritual de assistir irmãos infelizes que estão sofrendo horrivelmente nos charcos do astral inferior ou perambulando entre nós noutra dimensão, é claro, perdidos, confusos, desesperados, aflitos, medrosos, loucos, fanatizados, rebeldes, revoltados, maus, preconceituosos, perversos, e tantos outros infelizes. Também são nossos irmãos e fazem parte do mesmo rebanho do Cristo e por isso as portas espirituais da nossa Casa estão abertas para eles, sempre que trazidos pela Equipe Espiritual que trabalha conosco. Eles os conduzem até nós, no momento certo de socorrê-los. Se Eles, Seres de Luz, se adensam, descem aos charcos e abismos profundos para socorrê-los, por que não darmos uma mãozinha contribuindo com a nossa parte que só exige presença e assiduidade?

Agora nos encontramos mais avançados na caminhada evolutiva, todavia, num passado não muito longínquo, já estivemos desviados do caminho, perdemos por nossa vez o rumo certo e "Mãos de Luz", caridosas e amigas foram estendidas em nossa direção, entrelaçando-se com as nossas, prestando-nos socorro em momentos cruciantes de dor, em nossa "Vida" como ser humano, em crescimento espiritual constante (pelo amor ou pela dor), buscando o progresso espiritual, buscando o AMOR do PAI.

Essa ligeira dissertação é dirigida àqueles que nos censuram e criticam com severidade, alegando não compreender como podemos lidar com energias puras como é o caso das mensagens recebidas de Mestres Ascensionados e de Extraterrestres, como o Comandante Ashtar Sheran, líder de todas as Frotas Estelares, vindas de várias partes do Cosmos, ajudarem ao Planeta irmão, a Terra, formando um só corpo com o nome de Projeto ou Missão Terra. Seres como Yury, que comanda um "Planeta Patrulha", vasculhando e vigiando o nosso Universo e tantos outros de hierarquia espiritual tão elevada que nos sentimos formiguinhas diante de uma montanha, tal a distância que nos separa deles. Quando visitados, por alguma forma de comunicação com esses sublimes Seres evoluidíssimos em Amor e Sabedoria e lhes perguntamos por que vem até nós, se nós mesmos julgamos ainda não os merecermos, todos respondem: Por AMOR. Sublime sentimento que não encontra barreiras e nem vê fronteiras em sua trajetória infinita.

Dentro dessa mesma linha de raciocínio diríamos estar contida a resposta.

– Quem somos nós?

– Seres endividados, carregando ainda na alma complexos de culpa e frustrações, orgulho e preconceito, intolerância e desamor, luxúria e ambição em demasia. Não estamos ainda em condição de atirarmos a primeira pedra, mesmo porque nem Jesus o fez, nos dando um belíssimo exemplo de compaixão, misericórdia, humildade e amor.

Vivemos num Planeta denso, escuro sob o ponto de vista espiritual, devido exclusivamente aos nossos maus pensamentos e ações insensatas, no entanto, Eles, Seres de Luz, se adensam, sofrendo com esse gesto de amor e bondade e vêm até nós, alertar-nos, estimular-nos na prática do Bem e ensinar-nos a dar os primeiros passos seguindo as pegadas, cultivando em nós a esperança de encarnações mais suaves em Mundos Superiores.

Diremos ainda que se fôssemos seres tão evoluídos, iluminados, não estaríamos encarnados na Terra nesses dias de caos moral, sofrimento de toda espécie, horror, epidemias, fome e violência, onde há lugar seguro para ninguém, nem terras altas ou baixas, próximas ou distantes das águas, dentro ou fora dos lares. Vivemos carregando nas costas o grande fardo do medo.

Para fechar esse parênteses, afirmamos: lidamos sim com energias limpas e suaves e energias sujas e pesadas, com Seres de Luz e Seres das Trevas. Assim como fomos socorridos no passado e ainda recebendo ajuda no presente, por que não dar as mãos aos que vêm na retaguarda e precisam de nós?!... Diz-nos Ramatis/Kuthumi que o anjo de hoje já foi o demônio de ontem.

Caio Miranda, no seu livro: "Assim ouvi do Mestre" escreve essa lição do seu Mestre:

..."As criaturas que pretendem unir-se a DEUS sem antes se tornarem HOMENS são insensatas. Querem ser deuses sem haver sido sequer homens.

E o que é finalmente o HOMEM?

É o indivíduo solidário, honesto, simples, leal, sincero e autêntico. O que não mente, não rouba, não fere, não mata, não usa o sexo só par gozar e não está cego pela ilusão das coisas materiais.

Diz-me, filho meu, conheces muitos homens assim?"

GESJ – Janeiro de 1997 – Vitória, ES – Brasil

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