sábado, 9 de abril de 2011

O PASQUIM DO ROBERTO COELHO

Me parece que ele tinha um fusquinha azul. Namorava a Lúcia, quando cursavam Faculdade de Medicina na UFAL. Era uma pessoa tranquila, de boa conversa, educado. Não me lembro de minha irmã Lúcia o elogiando, e o namoro não durou muito tempo.
O que me recorda na figura do Roberto era o gosto pelo jornal O PASQUIM.
Vivíamos em plena ditadura militar, e o Pasquim, de forma jocosa e inteligente, nos mostrava o lado ridículo da ditadura, além de artigos escritos por articulistas de fina inteligência.
E Coelho me emprestava alguns exemplares do jornal para eu ler.
Leitor voraz que era e sempre fui, devorava o jornal de poucas páginas.
Me deliciava com as charges de Millor, as entrevistas com Jaguar, além de suas críticas charges, e adorava Henfil e seu Fradim e outros personagens de suas tirinhas.
Dedicava as tardes de sábado na casa da José de Alencar para ler o Pasquim, sempre acompanhado de meu copo de café com leite e pão com manteiga.
Meu pai, nestes momentos, tirava sua soneca, e ai de nós que fizessemos barulho a ponto de acordá-lo. Meu irmão Abelardo saia sempre para jogar futebol com os amigos.
E eu, em casa, sozinho com meu Pasquim...
Ah, tinha meu gatinho siamês Champ, que eu adorava, era meu companheiro de solidão.
Mas isto é assunto para outra postagem.

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