domingo, 11 de setembro de 2011

ENCICLOPÉDIAS...


É o mundo , como conhecíamos, em transformação...

Enciclopédias viram 'peças de museu'

Em Ribeirão Preto e até em São Paulo é possível encontrar volumes luxuosos sendo vendidos em sebos por R$ 1

Para especialista, geração que só pesquisa na internet corre o risco de não aprender a selecionar informação

Márcia Ribeiro/Folhapress


O proprietário do Sebo da Nove, Antonio Augusto Falco, 66, com enciclopédias à venda em sua loja, em Ribeirão Preto

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

Com capa vermelha e letras douradas, dois volumes da enciclopédia Barsa se destacam no topo da pilha de livros vendidos a R$ 1 no Sebo do Brechó, em Ribeirão Preto.

Apesar do preço e do bom estado, as obras estão há pelo menos seis meses na banca, sem atrair compradores. O desinteresse provocado pela obras de referência em pesquisa tem feito com que sebos de São Paulo e Ribeirão Preto evitem comprá-las e até recebê-las como doação.

Nos sites de venda pela internet, a situação não é diferente: coleções completas vendidas a 10% do preço original permanecem encalhadas durante meses.

"A internet roubou o espaço das enciclopédias. Além disso, elas ocupam muito espaço, não são atualizadas com frequência", disse Messias Coelho, 70, dono do Sebo do Messias, um dos mais conhecidos da capital.

Há três anos, ele deixou de receber as enciclopédias para tentar evitar o encalhe. Apesar disso, coleções da Delta Larousse, da Mirador -20 volumes a R$ 100- esperam por novos donos.

No Sebo da Nove, em Ribeirão, obras que não são vendidas vão para o lixo ou acabam na reciclagem. "Já cansei de jogar enciclopédia fora e doá-las para carroceiros", disse o dono da loja, Antônio Augusto Falco, 66. Para ele, só quem não tem afinidade com internet é que se interessa em adquirir as coleções usadas.

No Sebo Brechó, enciclopédias já foram vendidas como decoração de festa e até peso de porta. "Só não sai para pesquisa mesmo", diz Ana Peron, 49, colaboradora.

Não é só nos sebos que elas perderam espaço. Na biblioteca Altino Arantes, de Ribeirão, a área de livros de referência tem só duas procuras por mês -750 pessoas passam pelo local no período.

Para a pedagoga e educadora da Unicamp Maria Teresa Eglér Mantoan, a tendência é que as enciclopédias sejam abandonadas como processo de transformação do conhecimento. Segundo ela, no entanto, a geração que cresce pesquisando na internet corre o risco de não aprender a selecionar informação.

Meu comentário: Que coisa incrível! Na minha adolescência, meu sonho era comprar uma Enciclopédia Barsa. A Britânnica, então, nem pensar! Era caríssima! Recordo-me que, criança ainda, visitava a casa rica do Tio Aloisio, irmão de papai,e duas coisas me davam inveja: A coleção da Enciclopédia Barsa que ele possuía e os modelos de carros e aviões da coleção do primo Mário Aloisio, expostos em uma vitrine iluminada, na escada para o primeiro andar. Achava o máximo!
Hoje, no sebo, cada volume é vendido a 1 real. E ninguém quer!
Deus meu, como as coisas mudam!

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