sábado, 22 de dezembro de 2012

VIDA A DOIS


Na atualidade, o casamento, assim entendidas todas as formas de união permanente, também experimenta os reflexos destes dias de grandes transformações sociais, desencadeadas, entre outros fatores, pela evolução das comunicações, dos métodos contraceptivos e das condições sócio-econômicas da mulher.
Novos comportamentos, superando preconceitos cristalizados e falsos moralismos, têm caracterizado os tempos presentes, alcançando destacadamente as novas gerações, que pressionam os antigos sistemas em ambiente social permissivo, sem encontrarem orientação segura, para que seus anseios de liberdade não levem ao enfrentamento de desequilíbrios.
As leis humanas são mutáveis e ajustam-se aos conceitos prevalecentes no grupo social. Adaptam-se às exigências das sociedades a partir de suas concepções e senso ético.
As leis divinas, no entanto, são imutáveis e universais, tendo no Amor a sua mais ampla expressão, a partir da atração entre seres que se buscam, conforme os estímulos espontâneos da afinidade.
Em toda a natureza, animada ou inanimada, das partículas subatômicas aos sistemas planetários, dos seres unicelulares aos seres humanos, entre espíritos encarnados e desencarnados, as forças de atração e a lei natural das afinidades geram aproximações e relacionamentos.
O homem, na condição de espírito encarnado em evolução, sendo consciência que se expande em processo de autorrealização, submetido ao conjunto de leis naturais que traduzem a infinita sabedoria, justiça e amor de Deus, assume responsabilidade por todas as suas manifestações perante a vida, determinando conseqüências imediatas ou futuras, na dimensão de sua posição evolutiva.
Ao decidir o curso de seus impulsos afetivos conforme os seus próprios desejos, estabelece compromissos inevitáveis de consciência, que serão exigidos pelos processos educativos da vida, estruturando-lhe o destino através de experiências mais ou menos felizes, no âmbito de seu ajustamento emocional e da harmonia de seus relacionamentos.
Através de encontros e reencontros neste lado da vida, almas aprendizes na arte de amar desfrutam oportunidades de retificarem, estabelecerem ou afirmarem compromissos afetivos, aprimorando seus sentimentos através dos desafios da convivência amorosa e, portanto, responsável.
As mãos que se entrelaçam carinhosamente traduzem a sincera disposição dos corações para uma encantadora vida a dois, mas sempre representam inarredável compromisso das consciências perante a lei do Amor, que é capaz de sustentar os embates das almas aproximadas pelo afeto em suas necessidades de progresso e em seus legítimos anseios de felicidade.

(“Palavras de Luz” – Jornal do Grupo Espírita Francisco Xavier, n. 68 / junho de 2008 – rua Caju 87, Porto Alegre)

Extraído do Blog "Psicologia Espírita", postado por Michelle.

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