quarta-feira, 28 de julho de 2010

DEVORADOR DE LIVROS!

Depois da escola, almoçava, tomava o ponche de laranja que mamãe fazia, e ia para a Bibiolteca Pública Estadual, situada em um velho casarão vizinho a um Hotel, ao lado da Assembléia Legislativa.
No final do térreo, se localizava a área de leitura destinada às crianças e jovens.
A senhora que trabalhava lá, que ficava em um pequeno birô tomando conta, já me conhecia. Todos os dias, de segunda a sexta-feira, lá estava eu, por volta das 14 horas, para ler.
Era meu hobby preferido. Minha diversão.
Eu devorava livros. Lí todos os livros do Monteiro Lobato. Depois comecei a frequentar o primeiro andar, onde tinham grandes mesas, e comecei a ler os livros de Seleções do Readers Digest encardenados. Ficava extasiado em ver as Seleções antigas, todas bem conservadas.
Gostava muito de ler artigos sobre a IIª Guerra Mundial. Sempre me interessei por assuntos relacionados à Guerra.
Passava a tarde inteira lendo. Não me lembro se lanchava alguma coisa. Parece me que levava um pão com manteiga e açúcar para comer lá, no meio da tarde.
Lia também os jornais do dia, Gazeta, Jornal de Alagoas e os de outros estados.
Lí toda a Enciclopédia CONHECER, que fou publicada em fascículos pela Editora Abril e vendida semanalmente nas bancas. Adorava a CONHECER.
Depois comecei a ler a Enciclopédia Britânica, mais esta era mais pesada para mim, de leitura e compreensão. Quando nos mudamos da rua Barão de Anadia para a rua José de Alencar, no Farol, não pude mais frequentar a Bibilioteca.
Em casa, meu pai guardava em uma estante de madeira com portas de correr seus livros. Lembro-me bem da coleção de livros de Humberto de Campos, encarndenadas em cor azul e letras douradas. Lembro-me de um título de um dos livros: "Carvalhos e Roseiras"...
Os livros que papai tinha, li-os todos.
Quando tinha um dinheirinho, ia ao Mercado de Maceió, próximo à Drogaria dos Pobres, e sempre frequentava uma barraca onde vendia livros da Editora Ouro. Era o "Bom Livro", cujo proprietário, um senhor simpático, já me conhecia. Eram livros baratos, que eu podia comprar.Recordo-me agora que ele também vendia livros espíritas. Ele fazia um pacote bem feito dos livros, com papel de embrulho avermelhado, e colocava fita durex! Nesta barraca, simples e aprazível, comprei muitos livros de Machado de Assis e José de Alencar, que eu adorava. Livros de Júlio Verne, em sua maioria eu comprei lá. "Vinte mil léguas submarinas", "Volta ao Mundo em 80 dias", foram livros que eu lia e me transportava em sua leitura.
Lia sempre com uma caneca de café com leite e pão com manteiga e açúcar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário! Obrigado por sua participação!

DOUTRINAR E TRANSFORMAR - EMMANUEL - CHICO XAVIER

Meus amigos: Em verdade é preciso doutrinar para esclarecer. Mas é imprescindível, igualmente, transformar para redimir. Doutrinação q...