sexta-feira, 30 de julho de 2010

O AERO WILLYS DO TIO ALOISIO






Meu tio Aloísio, irmão do papai, era o nosso parente mais rico. Funcionário de carreira do Banco do Brasil, gerente de carteira, Tio Aloísio morava em uma bela casa no Farol, que na época era o bairro da elite de Maceió.
Sempre andava de carro novo, dos melhores. Lembro-me que ele tinha uma Rural Willys, me parece que verde e branca, e depois possuiu um Aero Willys vermelho. Quando andávamos neste carro, ficávamos alegres, contentes.
O barulho da transmissão do Aero Willys, um carro de luxo na época, parece que eu estou ouvindo até hoje: uóóóóóóó! Marcha royal, ao lado do volante, interior grande, espaçoso. Cabiam seis pessoas!
Ficava sonhando em andar no carro do Tio Aloisio. Sua esposa chamava-se Tia Helena. Seus filhos, Mário Aloisio, Loli e Leninha.
Na casa de Tio Aloisio, no bairro do Farol, na escada que dava acesso ao primeiro andar, havia um mostruário de miniaturas de carros e aviões que me deixava extasiado. Este mostruário era iluminado, e para mim, criança pobre, era um sonho ver aquilo.
Tudo na casa do Tio Aloisio era bonito. Os sofás da sala eram fofinhos, de veludo. A sala de jantar era belíssima. A cozinha, enorme. Comida gostosa e farta. Nazaré, a secretária do Tio, cuidava de nós com um carinho especial. Gostava muito de Nazaré. Gosto, pois ela ainda está viva! Maria, a outra secretária, era mais calada, mas muito educada e gentil conosco.
Eu dizia para mim mesmo: Quando crescer, vou ter todas as miniaturas que eu quiser!

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