terça-feira, 27 de julho de 2010

NATAL NA PRAÇA DA FACULDADE

Nossos natais eram sempre comemorados na casa da Vovó Neguinha. Certeza de encontrar toda a família, e sempre um bom lanche para todos. Vó Neguinha fazia questão de oferecer sempre algo delicioso para cada visita, cada parente que chegava em sua casa.
Quando chegava a noite, o point da época era a festa de fim de ano da praça da faculdade. Parques de Diversão lá se instalavam, com rodas gigantes, montanha russa, bancas de tiro ao alvo, a barraca da mulher que virava monstro, entre tantas outras atrações.
Andávamos de um lado para o outro da festa, vestidos em nossas melhores roupas, aquelas de fim de ano. Camisa nova, calça coringa nova, sapato novo.
Eu me lembro de uma época difícil que passamos em nossa família que eu tinha só duas camisas para sair: uma verdinha claro, marca "volta ao mundo" e outra de tecido de algodão com desenhos de revista de quadrinhos, de tons corais.
Mas no final do ano, sempre exibíamos nossas novas roupas!
Nossas irmãs, mais velhas, Lúcia e Lígia, já saíam com as primas para passear na festa e para paquerar. Nós, Abelardo e eu, meninos ainda, saíamos com os primos Audísio Filho, Válter e Adilson  e só queríamos ir para a festa para brincar, lanchar, tomar sorvete de máquina, delicioso, de morango de corante bem vermelho e comer cachorro quente com tomate verde cortadinho por cima! Era tão gostoso! Depois dava uma diarréia danada, mas tudo bem.
No sistema de som, que irradiava para toda a praça,  tocava como atração principal as músicas novas do disco do Roberto Carlos. Além de Ronnie Von, Renato e Seus Blue Caps, The Fevers e outros. Adorávamos!
Era um desfile de meninas bonitas com seus vestidos novos. E todo mundo rodando pela praça, admirando tudo, curtindo cada coisinha que víamos!
Tinha o Bingo, com aquelas cartelas verdes onde colocavamos um milho na pedra que tinha sido chamada, e podíamos ganhar alguns brindes, bem baratinhos. Parecia que o preço da cartela era um cruzeiro, bem em conta.
Comíamos milho assado, e compravamos balas e chocolate nos ambulantes.
Como era gostoso nossos finais de ano!
Andávamos sempre lisos, sem um conto nos bolsos, e nossos tios nos davam uns trocados para gastarmos na festa.
Sempre tinha um jantar que nossa vovó Neguinha servia para todos. Meu pai Aldo e minha mãe Nercy sempre estavam presentes. E todos os nossos tios, irmãos de mamãe, em volta: Audísio, Doumuriez, Geruza, Gildenor, Lizete,Vitória, Nildomar, Getúlio,  Zilene e Rivadávia.
Recordações felizes que nos deixam um gosto bom na alma!

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