terça-feira, 27 de julho de 2010

A MORTE DO AMBULANTE

Cenas do cotidiano nosso na farmácia. Na época, o trânsito na rua do comércio era normal, e sempre tinha muito movimento. Os carros desciam da ladeira do Brito em direção ao beco do Moeda, onde se localizava nossa drogaria, e dobravam à esquerda para pegarem a rua do Comércio.
Em frente à farmácia, ficavam postados alguns ambulantes, vendedores de picolés e pipocas Lírio do Vale, que eram bem gostosas, um saquinho de papel meio cilíndrico, branquinho.
Um dia, à tarde, um carro fez uma manobra brusca, abriu demais a curva e atingiu um vendedor de picolés. Eu estava no balcão, à espera de clientes. Assisti ao acidente. O rapaz caiu inconsciente, bateu a cabeça no meio fio da calçada. Morreu na hora.
Aquele fato me deu uma tristeza enorme!
Pensava eu como o mundo é cruel e injusto!
Aquele rapaz, igual a mim, não teve as oportunidades que eu tive de ter uma família equilibrada, um lar, uma escola...
Precisava trabalhar para sobreviver com um salário miserável.
Quem sabe, era arrimo de família, ajudava pais e irmãos.
E morreu trabalhando...
Aquela cena nunca saiu do meu pensamento.

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